01. Viciado
BEM VINDES A NAUGHT!
➼ Fanfic está concluída. Por que aparece em andamento? Para ver se o wattpad não derruba por considerar ter sexo e pouco enredo (é, meus doces, eles baniram as pwp). Espero que essa tática funcione se não terei que retirar a fic daqui;
➼ Naughty significa danado. Também serve para travesso, desobediente, malcriado, perverso, maldoso, impróprio;
➼ Mantenho a idade brasileira nos personagens;
➼ Falando em idade, o conteúdo é +18, não me responsabilizo por menores estarem consumindo;
➼ Eu prometi essa fic já tem quase um ano, tive bloqueio criativo mas esses dias encontrei ela pela metade e pensei "opa, vou terminar". Vamos ver se vocês gostam dessa safadeza;
➼ Reforço que esta é uma estória fictícia, nada condiz com a realidade dos membros do BTS, qualquer semelhança é mera coincidência e é uma obra sem o intuito de ofender;
➼ Nunca esqueça que um autor se dedica muito para fazer os capítulos, então se você gosta das obras dele, não deixe de demonstrar apoio votando e comentando pois traz uma alegria sensacional, além de incentivá-lo a continuar.
➼ Esta fanfic está disponível apenas no meu perfil no wattpad, para sua segurança leia apenas no próprio site ou pelo app!
Atenciosamente, SweetNaminnie.
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Capítulo 1 - Viciado
Não existe pessoa no mundo que não seja ou já foi viciada.
Não estou falando apenas sobre o que a maioria geralmente pensa quando se menciona vício; não é só sobre drogas lícitas como por exemplo álcool e cigarro ou ilícitas tipo LSD, cocaína, heroína. Porque os vícios não estão apenas aí.
Na verdade, o vício que necessito falar é um em específico: a paixão.
Essa não acomete uma parte da população mas sim o mundo inteiro, afinal, todo mundo tem paixão por algo ou alguém. É inevitável. Assim como é inevitável se viciar.
Paixão e vício andam lado a lado.
Existem inúmeros exemplos como:
Celebridades em geral por quem você desenvolve uma feição e quer constantemente saber mais, sonha acordado, carregando seus sentimentos eufóricos dentro do peito e aí de quem tentar te impedir de gostar da pessoa;
Sentimento incontrolável por uma série, sequência de filme, livro ou mangá que você lê inúmeras vezes, nunca se cansa, tem a mesma euforia e também aí de quem tentar te afastar disso;
Sua loucura, vinda da paixão e do vício por compras;
Pode ser um de cuidar de plantas que você curte todo diazinho com tanto esmero;
Quem sabe certa paixão viciosa por algum objeto eletrônico como seu celular, computador, vídeo game, aos quais você não consegue se libertar fácil e, novamente, coitadinho de quem tentar te separar do que lhe atrai.
A lista de paixão viciosa pode ser longa e depende de lupino para lupino.
Qualquer que seja seu vício, os mais comuns, os peculiares, os que as pessoas entendem ou não, a paixão está ali. Ela acompanha de pertinho te fazendo ficar agarrado a tal ser ou coisa a qual você não consegue desapegar pois fazendo mal ou não te dá prazer. Te trás euforia. Felicidade. Então é, para mim todo mundo é viciado porque ninguém escapa da paixão.
Eu mesmo tenho duas: na dança e em alguém. Não sei dizer muito bem porquê mas, na minha visão, o último é sempre mais forte. Talvez por englobar mais das sensações, quem sabe. Só sei que paixão amorosa é foda e eu já disse viciante?
Focando nesse meu vício terrível, quando um lupino se apaixona por alguém, o cérebro libera o hormônio ocitocina, o famoso "hormônio do amor", que mexe primeiro na cabeça, depois no instinto interno que chamamos de lobo, então se torna comum ficar doidinho sempre que você o ver. Fora que constantemente você associa esse alguém a algo ou simplesmente não para de pensar no mesmo, tem vontade de estar perto e, sabe de um fato curioso que descobri a pouco tempo? O cérebro identifica isso como dependência!
E, porra, como sou mesmo dependente daqueles olhos brilhantes e expressivos, daquela boca de formato único e sorriso lindo, daquele corpo bem trabalhado que me traz calor… Até da sua personalidade doce, calma, gentil, às vezes teimosa e chata.
Longe desse conjunto todo, como no início tentei ficar, eu entro em abstinência. O sentimento de estresse, da falta, insônia ou sonhos inquietos, o peso no meu peito e o constante desejo de ter a coisa mais importante da minha vida, que vive em função de me permitir as diversas sensações, me deixa louco. E me privar de tê-lo por perto é agoniante.
Por isso, alguém apaixonado e um dependente químico é semelhante.
Explicando melhor, estando perto dele eu sinto os sintomas da paixão: suor, taquicardia, frio na barriga. Isso porque meu cérebro libera uma descarga de dopamina, que é estimulante e traz adrenalina, e opióides que traz euforia e dependência. Exatamente o que acontece com um viciado em heroína por exemplo. Claro que vícios em drogas são mais intensos do que uma pessoa apaixonada, porém, a comparação faz sentido, não é?
Os neuropsiquiatras ainda acrescentam que a descarga hormonal da paixão é tão intensa que você não consegue esquecer o alguém, está constantemente se lembrando, o desejando, querendo por perto, e se atingido o limite pode desencadear a obsessão. As ondas cerebrais são as mesmas, mas claro que não são todos os apaixonados que são obcecados, no entanto, não diminui o fato de que a paixão amorosa é intensa e perigosa, podendo chegar à loucura.
Com isso não se brinca, eu sei, mas eu me sinto assim. Totalmente enlouquecido de paixão! Para piorar, é por quem não deveria. E ainda sinto que perco mais do meu controle a cada dia que passa por conta deste fato.
Sabe, alguns lupinos chegam ao êxtase da paixão amorosa quando são correspondidos, outros não. Eu me enquadro nos outros.
Apaixonado. Esse sentimento costuma trazer uma grande leveza, paz, faz as pessoas reagirem melhor em seus atos, lidarem com as coisas de forma fácil e serem satisfeitas. Todavia, a decepção vem forte também quando você se depara com alguma traição vinda do seu vício ou, como no meu caso, tem a falta de correspondência. Isso dói.
Eu ainda tenho certa reciprocidade, porém, não da forma que eu gostaria, o que me deixa mais inconformado e impossibilitado de seguir em frente numa outra tentativa com outro alguém.
E eu tento seguir em frente. Porém, meu lobo se apegou e não quer ninguém que não seja ele. Tento me controlar e ficar afastado, eu juro, mas afastamento trás a maldita abstinência pois o cérebro envia uma descarga emocional que geram sensações até físicas me fazendo passar mal, impede de dormir direito, faz sentir dor ou estresse. Eu vivo pilhado o tendo por perto e não podendo consumar meu desejo, só que estando longe é pior.
Acho que o meu problema é que eu não termino isso logo, meus afastamentos são curtos e rasos porque desse lupino é difícil fugir - ele está constantemente no meu pé.
Talvez eu devesse parar de ter esperanças, passar pela abstinência total de vez e terminar o que nem comecei pois está claro que nosso relacionamento nunca chegará ao nível que anseio e eu só fico sofrendo em silêncio por isso, ficando cada vez mais farto. Talvez eu deva agir com mais precisão, quem sabe sair da cidade, passar pelo luto de perdê-lo até meu cérebro digerir que acabou e então continuar vivendo num vício que não me machuca tanto que é a dança.
Mas não dá!
Eu amo demais aquele conjunto todo que forma a pessoa incrível que o beta é. Só que ao mesmo tempo ele é impossível de ter. Então outra vez tento me afastar e me livrar do sentimento…
Não consigo.
Merda.
O vício que tenho nesse maldito é forte. Acredite em mim, para superar esses grandiosos é difícil. E, lá no fundo, eu nem quero.
Você alguma vez admitiu para si que é completamente viciado? E mesmo sabendo que é errado, que precisa maneirar ou mudar o que for para fugir da tentação, chegando até criar um vício mais leve e menos prejudicial para substituir, ainda sim você não consegue parar? Você tenta, tenta, tenta, porém, não consegue lidar com a abstinência daí você acaba cedendo e abraçando seu vício de vez? Já fez isso? Pois eu já.
De todos os vícios intensos que eu poderia adquirir, o meu foi por um beta. Não é incomum ficar louco por um lupino, a questão é quem é ele.
Novamente eu admito que sou um maldito viciado.
Viciado no meu próprio padrasto.
E eu lembro perfeitamente o dia em que comecei a notar que meus sentimentos por ele estavam se tornando diferentes.
Havia tido uma decepção amorosa. Naquela semana eu jurei a mim mesmo que nunca mais iria cair de paixão novamente. Ingênuo. Mal sabia o que me aguardava pela frente.
Pois bem, fazia uns dias que eu andava pilhado por ter perdido meu primeiro namoradinho para meu ex melhor amigo e a escola estava me estressando muito então eu explodi.
Cheguei em casa furioso. E, para minha surpresa, assim que passei pela porta encontrei minha mãe. Uma alfa que raramente parava em casa por trabalhar em excesso. Aliás, esse era outro motivo que andava me chateando. Ela prometeu que as coisas seriam diferentes após se casar novamente com um cara mais novo, mas ela continua não tendo tempo para mim, assim como meu padrasto que no início estava sendo legal só que agora anda indo no mesmo caminho de se dedicar demais ao emprego e esquecer que tem vida. Quando vão ver que isso não é saudável?
— Bom dia, Jimin! — Jungah me ofereceu um sorriso. — Como fiquei em casa hoje, fiz o almoço!
— Já passou de meio dia. Boa tarde. — sorri cínico, passando reto.
— Que mau humor é esse? Você finalmente se maturou? É um alfa? — perguntou esperançosa, sempre quis que acontecesse logo. — Se bem que com o seu jeitinho e aparência, você parece mais um ômega. — seja qual for ela exibiria os filhos e filhas de ambos da alta sociedade porque madame Jungah é interesseira, bem fútil mesmo e chega a ser insuportável, por isso, nenhum namorado a aguentou até hoje.
Virei a cabeça lentamente, a fuzilando com o olhar.
— Eu não sou um alfa. Não me compare com um. Nem com um ômega. Porque sou beta! E você saberia do seu filho beta se parasse em casa. — falei rude, terminando de ir para meu quarto e no caminho batendo todas as portas possíveis pois ainda estava furioso.
Me sentia frustrado e irritado com ela. Comigo mesmo pelo motivo de ser trouxa. Por que não percebi que meu namorado e amigo estavam próximos demais? Eu fui muito ingênuo. E por que só dava bola fora na escola? Queria ser bom em alguma coisa, mas tudo o que fazia não parecia ser o suficiente.
Não demorou para Jungkook adentrar meu quarto, provavelmente para me repreender de ser grosso com a alfa, mas mudou de ideia ao me ver chorando. De raiva. De mim. Das pessoas que confiei. Dos professores chatos. Do meu pai nunca me procurou. Da minha mãe que raramente se importa. Do meu novo padrasto que era gente boa - diferente dos antigos machos alfas de Jungah - mas ficava ausente também. De tudo. Mas apesar dos pesares, ele era o único que me entendia e ao menos estava ali, agora fazendo carinho no meu cabelo.
— O que aconteceu, Chimmy? — perguntou.
— Não me chama assim. Eu não sou mais criança. — resmunguei, ainda rude. Um dia ele viu minha mãe me chamando assim e agora fica com essa chatice.
— O que há com você hoje, hein? — cutucou minha cintura, o que causou cócegas. Por estar estressado eu não rolei de rir como de costume, bufei, sentando na cama e o encarando sério.
— Isso não tem graça, Jeon! — ele fechou a cara e cruzou os braços - braços fortes, aliás -. Me encarando com um olhar sério. Intenso. Penetrante. Por que, de repente, me senti arrepiado? E por que diabos estava fitando Jungkook com tanto apreço?
— Jeon? — ergueu a sobrancelha. Eu nunca o chamava assim.
Suspirei, jogando o cabelo para trás. A frustração se sobressaindo à raiva.
— Me desculpa, hyung. É que eu estou me sentindo mal. Podemos conversar depois? — ele negou, sentando ao meu lado e acariciando meu rosto. Seu toque foi eletrizante. Eu estava no auge das minhas emoções. Frágil. Suscetível a cair.
E eu ainda não sabia, mas aquelas sensações novas, mais intensas do que as que já experimentei, iam me fazer conhecer uma forte atração. Com o passar dos dias eu ia perceber que meu coração acelera demais quando estou com ele.
Não sei exatamente como ou quando mas apaixonei completamente. Isso se já não estivesse apaixonado visto que o admirava secretamente desde que o conheci a um ano e admiração é um dos sentimentos que facilmente se torna paixão.
Jungkook estava perto, me olhando com aqueles olhos grandinhos que expressavam tanto afeto e intensidade. Foi ali que me viciei em seus olhos. Notei que a boca desenhada parecia de uma boneca e eu quis sentir sua textura. Assustei com meu pensamento, com o coração que perdeu o compasso. Sempre o achei lindo, mas o que era esse sentimento tão intrigante de repente?
— Por que depois se podemos falar agora? O tempo vive correndo, talvez depois não tenhamos a chance.
— Ora, não seja pessimista. — afastei do toque porque aquela carícia estava me deixando estranho. Quente. E olha que era apenas um simples encostar de dedos no meu queixo que subiu pela minha bochecha.
Jungkook não estava fazendo nada demais, aquele era o costume dele, sempre fazer carinho. Porém, eu estava me sentindo estranho naquele dia. Naquele momento. O que havia de errado comigo?
Ele continuou me olhando, gentil, aguardando que eu desabafasse. Ninguém sabia que eu namorava, estava planejando lhe contar mas aconteceu o que aconteceu, por isso disse:
— São tempos difíceis na escola. Meus professores estão cobrando demais e eu não sou um dos melhores alunos. Me parece que nada do que faço é o suficiente. Eu não sou bom nas coisas. Tenho a impressão de que não gosto de fazer nada. Está sendo cansativo. Acho que sou inútil. — abaixei a cabeça.
— Quem está sendo pessimista agora, uhm? — brincou, em seguida ergueu meu rosto. — Eu sei que escola não é fácil e às vezes as pessoas cobram demais, gostaria de te dizer que é só uma fase mas não é. Em todo lugar que você for, em qualquer etapa da vida que estiver, vai acontecer isso ou algo parecido. Principalmente quando se tem um chefe. — ele rolou os olhos, com certeza pensando no dele, logo continuando:
— Tudo o que está nas suas mãos é dizer foda-se a essas pessoas e dar o seu melhor em tudo o que fizer. Talvez você não seja bom ou não goste de algo, mas está tudo bem. Você só saberá se tentar. E tentando você descobrirá as coisas que gosta muito também. Só não se preocupe tanto, ok? Dê um passo de cada vez, faça o que quiser fazer e desista se realmente não te fizer bem. Apenas não seja covarde em tudo, nem fique se lamentando. Há coisas que são difíceis no começo mas que no final dão certo. Você saberá a hora de continuar a lutar ou desistir bem aqui... — tocou meu peito.
Eu tentei mas não consegui contratar o solavanco do meu coração ou o lobo eufórico em meu interior, nem mesmo meu olhar completamente admirado.
— Eu só quero que você seja feliz e não se arrependa de nada. Nunca. Pois esse é o pior sentimento que alguém pode ter. — via no seu olhar tão expressivo o quanto era verdade. Perguntei do que ele se arrepende. — Muita coisa. A minha vida seria diferente se eu tivesse parado desde cedo de acatar as ideias do meu pai.
Seu pai era um beta amargurado que acreditava que para sua classe se dar bem na vida, tinha que aproveitar as oportunidades… Ele nunca assumiu com todas as letras, no entanto, eu sentia que casar com a alfa mais bem falada e bajulada, também rica e gostosa, da cidade, era uma oportunidade das boas.
— Seguindo seu conselho, você tem vinte e seis anos, nada de pai no seu pé mais, pode se curar desse incômodo do passado e recuperar suas vontades, não?
— Talvez, um dia, quando eu me sentir pronto para sair da zona de conforto.
Sorri. Capturando sua mão e acariciando, deixando um beijo nas costas dela para depois soltar.
— Faça isso. E obrigado. — me sentia melhor agora, sem toda aquela afobação negativa. E talvez mais encantado do que deveria.
Jungkook sorriu e abriu os braços, como ele estava em pé, ajoelhei na beirada do colchão para abraçá-lo. O fiz mais forte do que pretendia. Com isso, pude sentir o peitoral largo e firme contra o meu. A mão grande afagava minhas costas em carinho. Alcancei seu pescoço e enterrei seu rosto ali. Ele tem um cheiro tão másculo, fresco e gostoso… Fiquei totalmente arrepiado e entregue aquele momento. E talvez esse foi o erro. Afinal, o que diabos estava fazendo me permitindo ser atraído dessa forma?
Afastei bruscamente, voltando a me sentar, de olhos arregalados, e puxando a camiseta mais para baixo para cobrir certas partes. Havia ficado excitado. Cacete! Isso era tão errado!
Já desconfiava que poderia sentir atração por garotos, na verdade, sempre soube tanto é que namorei um, porém, era desesperador quando este era um lupino feito. Aliás, meu próprio padrasto recém adquirido.
Por acaso estava ficando louco?
— O que foi? — perguntou Jeon.
Você me abraçou e eu fiquei excitado. Eu não poderia dizer isso mas não era um bom mentiroso na época, então fiquei ali, paralisado, com minhas bochechas fartas queimando.
Essa merda nunca aconteceu na frente de ninguém. Por que tinha que ficar duro logo agora? Aliás, justo por ele? Deviam ser esses malditos hormônios! Talvez devesse colocar "perder a virgindade" no topo de minhas prioridades. Ou não porque eu só tenho dezesseis anos.
O Jeon era esperto e também muito bom de análise, até porque estava se empenhando em ser detetive como minha mãe, então não demorou muito para descobrir o que havia de errado.
— Você está duro, Jimin?
Sim. E a culpa é sua.
Apenas fiquei quieto, em silêncio, lhe encarando com os olhos saltados e todo corado. Eu era muito bobo.
— Não precisa ficar envergonhado. Essas coisas acontecem. Você nunca teve ereções assim antes?
Neguei. Quer dizer, havia tido mas assim não. Assim parecia promíscuo demais pois, porra, havia excitado por sentir o cheiro e o corpo de quem devo considerar meu familiar colado ao meu, que beijava a boca da minha mãe. Era por isso que estava tão constrangido.
Por que esse sentimento diferente agora? Por que justo em sua frente? Inferno. Por que caralhos por ele?
— Bem… Você tem que se aliviar quando acontece. Não é bom ficar segurando. Você já se masturbou?
Ah, sim. Claro que sim. Era um adolescente, afinal. E meu rostinho de menino adorável pode não deixar transparecer, mas eu adorava uma punheta. Só que, naquele instante, neguei.
— Então não sabe como se faz?
Ele é tão amorzinho. Estava tão cuidadoso, querendo me instruir. Me senti um perverso por estar fingindo uma inocência que não tinha. No entanto, acreditava que era melhor assim porque vai que ele me repreende por ser tão safado. Nunca se sabe, né?
— Você nunca viu pornô?
— Eu não gosto de pornô. — dessa vez não estava mentindo. Preferia usar e abusar da minha própria imaginação maliciosa e olha que agora ela estava com muito conteúdo, uhm?
Jungkook ficou pensativo, provavelmente tentando cogitar alguma ideia para me ajudar. Ele sempre faz tudo por mim, constantemente ansiava me fazer ficar bem e feliz. E, ah, eu ficaria desse jeitinho se o beta me tocasse com a mão grande e aparentemente firme. Fiquei ainda mais vermelho com esse pensamento.
Eu estava me sentindo um imoral pela primeira vez.
— Você é mais puro do que eu pensava. — suspirou.
Ainda acreditaria nisso se soubesse o que estou sentindo e pensando de você, Jeon?
— Tudo bem. Eu posso te mostrar como funciona.
Se ajeitou na cama, de frente para mim e meu coração quase saiu pela boca. Ele ia fazer o que eu estava pensando?
— Olha e repita, sim? — abriu o zíper da calça, colocando o pau para fora… Porra! Eu estou fervendo!
Ele tinha um lindo pênis, na minha dedução era quase do tamanho de um alfa, e nem estava ereto porque claramente Jungkook não tinha tesão nenhum em fazer aquilo, só me mostrar como mover a mão, como apertar e ter cuidado para não puxar a pele.
E, caramba, imaginando formas de fazê-lo subir pra mim, me senti pulsar no mesmo instante, além de salivar.
Eram reações tão intensas, tão promíscuas, tão excitantes, e novas. Nunca havia experimentado antes. Nem com meu namoradinho.
— Confia em mim. Isso é muito normal, você vai se sentir melhor e saiba que não vou sair explanando que você se masturba. Não precisa mesmo ter vergonha. — riu, levando a situação com um “foda-se” impressionante.
Vergonha o Jeon teria se soubesse o que estava passando pelos pensamentos de seu enteado, vulgo eu, neste instante. Eles eram dar bons amassos gostosos e quem sabe deliciosas chupadas no pênis dele. Ou no mínimo uma punhetinha de mão amiga.
Como um bom menino, decidi reproduzir as instruções, fiquei de joelhos sobre as pernas e fiz os típicos movimentos com o punho seguindo o que ele fez.
Caralho, meu lobo estava eufórico, meu corpo quente e pau estava todo melado. Acho que eu estou no cio. E olha que eu sou beta, nem cio tenho.
O senhor futuro detetive estava de fato falando mais coisas, explicando, instruindo para que eu fizesse da melhor forma, mas só conseguia pensar no quanto aquela boca parecia apetitosa, o quanto o corpo alto e bem trabalhado era gostoso, enquanto a voz e o cheiro dele, que começou a ficar cada vez mais forte, me atiçava ainda mais.
Gozei rápido. Focado na face alheia corada pela situação, o suor descendo pelo pescoço, os braços fortes e a mão grande empenhada em mostrar os movimentos naquele pau delicioso, não poderia ter outra reação.
Havia tocando uma na frente dele, por ele, não tinha como aquilo ser mais excitante. Pela primeira vez me senti sujo. E eu gostei.
Jungkook riu, dizendo que era normal às vezes não durar por muito tempo e afirmou que, já que havia me ensinado, podia ir cuidar de suas coisas. Em seguida saiu do cômodo e eu me joguei no colchão pensando o quão aquilo foi intenso. Entretanto, em compensação também estava me sentindo um grande pervertido, imoral do caralho.
Isto não me impediu de começar a analisar atentamente meu padrasto por inteiro no restante do dia, o vendo pela primeira vez como homem beta, não um familiar. E naquela noite eu não me importei, pelo contrário, gostei de sonhar eroticamente com ele.
Foi ali o marco do meu tesão por Jeon. E depois daquele dia nunca mais consegui esquecer o meu desejo. A minha paixão. O meu vício.
O fato de não termos o mesmo sangue deveria diminuir meu sentimento de culpa por estar infringindo a moral de desejar um macho casado, pior, da minha mãe. Deveria dar uma aliviada de "oh, ao menos eles se juntaram recentemente e parece ter interesse entre os dois, não amor", porém, não alivia em porra alguma. Eu me sinto um traidor safado.
Sabe, mesmo ele sendo dez mais velho que eu e tendo chegando a pouco tempo, nossa relação era ótima. Éramos amigos antes de qualquer coisa. Ele me aconselhava e apoiava em muita coisa. E nosso afeto instantâneo encantou a todos os lupinos da cidade que o conheciam bem, pois ele é o beta mais gato daqui, além de ser um futuro detetive casado com a filha bem falada dos delegados mais ricos e influentes. Enfim, todos ficam bobos do jeito que ele me trata, mas não mais que eu que me derreto com seu jeito carinhoso de ser quando simpatiza/gosta de alguém.
Falando nisso, tenho minhas teorias de que ele não gosta de verdade da minha mãe pois prefere passar o tempo que tem livre vendo anime comigo, me levando para jogar golfe e me ensinando a cozinhar do que com ela - talvez porque a mesma gosta apenas de festas da alta sociedade onde só tem gentinha esnobe e falsa - e porque nunca o vi ter carinho, aquele afeto de casal que se ama. O tal geralmente a trata como se estivesse falando com um superior do trabalho, educado mas distante.
Logo, eu penso que quem tê-lo de verdade, terá o mundo, pois pelo o que conversamos Jungkook tem um amor imenso para dar que considero do tamanho do universo que ele carrega nos olhos.
Ah, seus apaixonantes olhos!
Eu não me canso deles. São o meu maior bem, mas também o meu mal.
Bem porque através deles meu mano expressa toda sua afeição, carinho e amor, e foram as primeiras coisas que vi quando ele chegou em minha vida e mal porque eu sou viciado neles, nos seus olhares que cada vez mostram algo diferente.
Muitos podem sequer ver isso, mas eu sei de todos esses "algos" que ele esconde nas orbes escuras, desde raiva, incerteza, carinho e amor - lá no fundo espero um dia ver paixão e desejo -. Eu o conheço como mim mesmo. E ele conhece a mim. Impressionante porque nós nos conhecemos a tão pouco tempo se for parar para pensar.
Foi por isso que quando me afastei, passando ignorá-lo, buscando incansavelmente tirar esses sentimentos que mim por achar que não deveria os sentir, Jungkook ficou sem saber o que fazer. Não sabia lidar com aquele meu lado, sequer havia visto esse Jimin tão fechado e ignorante, então começou a andar sério, mostrando a mim pelo olhar toda a sua chateação vinda do que eu estava fazendo. Mas eu era apenas um adolescente, estava confuso pelos hormônios da testosterona e também pelos da paixão, não conseguia lidar com aqueles sentimentos, do mesmo modo que ele não conseguia lidar com esse meu lado distante e por vezes frio.
Eu não demorei a ficar deprimido por sentir sua falta e voltar a me aproximar. Para minha surpresa ele me aceitou em seus braços, sem questionar nada. Eu fiquei feliz. Ele ficou feliz. Tudo ficou bem.
Não tanto para mim já que aqueles sentimentos não saiam do meu peito - na verdade do cérebro, ele quem induz essas paradas mas é comum associarmos ao coração -. E, mesmo mudado, mais maduro, continuei me esforçando para não deixar de ser o Jimin que ele conhecia e amava: obediente, calmo, adorável, um doce de pessoa.
Não que eu não fosse esse rapaz. Eu era. Só que eu era muito mais que isso. Jungkook não sabia de tudo, principalmente uma parte a qual eu escondia... No lugar da minha antiga ingenuidade, eu tenho maldade. E também estresse por desejo acumulado em alguém que nunca poderei ter. Talvez este falasse mais alto, pondo em risco meu descontrole, mas eu me esforçava muito para não seguir meus instintos e acabar fazendo uma merda que o afastasse completamente.
Bem, para ser sincero, eu quase cedi várias vezes aos desejos profanos do meu beta interior, porém, eu não consigo. Também não poderia. Eu nunca me perdoaria se o fizesse pois sei que ser enganado por alguém que você considera é ruim, imagina pelo próprio filho. Eu não suportaria ser um traidor. Por isso me reprimia. E ficava paranóico.
É pela minha consciência que tive discussões e mais alguns afastamentos... Sem sucesso porque já comentei que abstinência de vício é foda? Pois é. Voltamos a ficar bem e mais um ano se passou.
No entanto, ao invés dessa porra de paixão ir embora, ela aumentou. A cada dia me sufocava mais e eu estou cogitando jogar tudo para o alto. Sério. Deve ser um alívio imenso gritar para quem quiser ouvir o que está entalado na garganta. Deve ser maravilhoso agir sendo totalmente você e dane-se se o você é um maldito devasso que quer o macho alheio como acredito que sou. Todavia, coragem, cadê?
Ao menos me afastar eu sei que não irei mais, afinal, é melhor tê-lo por perto. Mesmo que Jungkook me ame apenas fraternalmente, basta, pois é mil vezes melhor assim do que a distância que eu tentava estabelecer nas nossas emoções e também fisicamente, nos fazendo sempre brigar e sair emocionalmente feridos.
Só é difícil continuar tranquilo porque a tentação que é esse beta me deixa louco.
Jeon Jungkook é o cara mais lindo do mundo. E eu tenho como provar com um pequeno resumo.
Ele tem sobrancelhas bem moldadas; os olhos mais belos que já vi, maiorzinhos, brilhantes, e que carregam o universo todo; seu nariz é charmoso e sua boca então... Ah, ela tem um desenho original que me lembra a boca de uma boneca, sempre está vermelhinha por conta do lip tint que o beta usa e comporta um sorriso completamente encantador.
Jungkook também tem orelhas bonitas que carregam alguns piercings; o cabelo preto com umas ondulações nas pontas por estar mais comprido que o comum ajuda a destacar a beleza do meu beta; seu maxilar demarcado também é maravilhoso; seu pescoço e a clavícula aparentemente apetitosa me faz salivar. Seu corpo alto, bem desenvolvido, é gostoso e seu odor fresco com um tom de cereja me deixa embriagado!
Ele fez trinta anos semana passada, mas sua aparência é tão jovem que ele passa fácil por um rapaz de vinte e um como eu. Um extremamente atraente por sinal.
Diante dele, eu sentia como se tivesse um demoniozinho soprando no meu ouvido, me fazendo ansiar agarrá-lo, experimentá-lo e viciar de vez. Me fazendo querer muito consumar meus desejos, pensar coisas impuras com o moreno e até ter ereções em momentos complicados - tipo um jantar de família -. Ou me apertando o peito com o amor desesperado para ser correspondido.
Mas eu sempre me agarrava ao anjinho do outro ombro, com toda força para não ceder aquele pecado e cometer alguma atrocidade.
Era muito difícil não perder a linha visto que Jungkook me encantava a níveis surreais e me descontrolava de desejo na mesma proporção.
Minha mãe, que por algum milagre estava em casa, disse para ajudar Jungkook a lavar o carro. Eu fui...
Quase caí no chão ao chegar na porta de casa e ver minha paixão viciosa com um calção mais curto que seu comum e uma camiseta branca que deixava mais daquele corpo bem trabalhado e delicioso à mostra.
Oh, como amo aquilo! No entanto, é tentação demais, vou ter que não só segurar mas apertar o anjinho e buscar me controlar o dobro.
— Como foi seu primeiro dia na faculdade? — perguntou, como sempre ansiando saber de tudo sobre mim, me entregando um pano para passar no painel enquanto ele limpava os bancos do automóvel. Seu cabelo está bagunçado e ele concentrado é tão sexy que por um instante me perdi.
— Jimin? — pisquei.
— O que era mesmo?
— Sempre aéreo. — ele negou, rindo. — Eu perguntei sobre seu dia na faculdade.
— Ah, foi diferente. — resumi. — Mas bom. A professora principal gostou de mim por eu saber muito do mundo artístico e o coreógrafo gostou dos meus passos originais. — sorri. — Meus colegas apostaram que vou ser o melhor da turma.
— Chimmy vai ser o melhor dançarino de todos! — disse empolgado, sorridente, bagunçando meu cabelo.
— Tudo bem, mas não me chame assim. — me senti constrangido. — Você sabe, nem minha mãe me chama assim mais porque eu não sou mais uma criança.
— Sinto muito, mas você sempre será um bebê para mim que me deixa com vontade de cuidar. — riu, divertido. Oh, Jungkook mudaria de ideia fácil se soubesse tudo o que o bebê aqui pensava em fazer com ele. — Será até mesmo depois do divorcio.
— Oi?
Eu entendi certo ou estou imaginando coisas?
— Sua mãe e eu conversamos, é o melhor a se fazer. Nosso casamento aconteceu rápido, através de um fogo, depois que apagou não restou nada. — deu de ombros.
— Eu não esperava por isso…
— Tem mais ou menos um ano que eu já pensava que ia acontecer. Só que estávamos enrolando por comodismo. Até que Jungah conheceu outra pessoa e oficializamos nosso término.
Ele continuou falando sobre a relação, desabafando sobre o quanto eles não tinham nada em comum e eu fiquei ali, aéreo, todo desacreditado que era real. Que os dois não se amam. Que a minha paixão está solteira… E sua voz é tão doce e melodiosa, a boca tão linda… Para a não mais novidade, mais uma vez me vi admirando esse homem.
Também quase tive um ataque cardíaco ao vê-lo esfregar o capô com a maldita camiseta branca se molhando no vidro, ficando transparente, deixando visível aquele abdômen e os mamilos atraentes… Enquanto o observava - ou babava - acabei notando algo diferente, de marca escura no quadril do lado esquerdo.
— O que é isso? — não contive a curiosidade, nem meus atos, levantei a camiseta alheia e dei uma abaixada no calção, obviamente me sentindo afetado com o que fazia. — Uma tatuagem? — encarei surpreso o moreno que sorriu tímido, coçando a nuca. — Como não vi isso antes?
— Está aí desde nossa última viagem ao Japão, você que nunca reparou porque sempre foi um garotinho avoado. — deu de ombros.
Sou avoado porque só fico no mundo da lua pensando em você, sabia?
Analisei o desenho, deixando meu impulso me levar, acariciando a pele próxima ao quadril com os dedos. Estou excitado com a descoberta e agora com a pele exposta. Ah, a pele exposta! Se abaixar mais um pouco do calção, poderei me excitar em maior quantidade, entretanto, preciso me controlar.
— Por que uma cobra?
— Eu estava muito bêbado e simplesmente fiz. — disse, tentando se mostrar 100% nem aí, só que eu o conhecia bem demais para saber que ele estava constrangido e que provavelmente destesta essa tatuagem em sua pele porque não gosta de fazer nada por impulso, sempre tinha que ser tudo premeditado e pensado mil vezes para ele evitar errar ou se constranger.
— É sexy.
O olhei de cima a baixo, não aguentando e lambendo os lábios. Jungkook ficou paralisado, me encarando. Não me admira que fique surpreso. Ele me vê como seu bebê e, porra, eu sou seu récem ex enteado o mostrando parte da merda de um desejo nutrido a anos e bem ocultado por não querer atrapalhar o relacionamento da minha mãe.
— Joonseok detesta. — comentou, rindo sem graça.
— Seu colega de trabalho? — ele assentiu. Vai se fuder que tem outro lupino na jogada pra disputar comigo logo agora que posso entrar no jogo. — Eu detesto ele. — digo sem pensar.
— Nós já terminamos, ainda que nem tenhamos começado nada. — contou.
— Melhor assim. E eu gostei de você ser inconsequente ao menos uma vez na vida. Gostei da sua tatuagem. — eu posso lamber? — Aliás, eu gosto de tudo em você, Jeon. — deixei mais da intensidade invadir meu olhar.
Eu quero que meus olhos sejam expressivos como os dele. Eu quero que ele veja o que sinto. Nem que seja para me repreender. Eu cansei de esconder meus sentimentos de anos.
— Jeon? — franziu o cenho, estranhando que havia o chamado assim - sempre me referia a ele carinhosamente como hyung - e que esteja lhe olhando descarado.
Uma tensão pairou entre nós.
Eu tentava controlar as batidas frenéticas do coração e o desejo que fazia meu baixo ventre ferver pois isso é real: eu o toquei e agora estamos a centímetros um do outro. Espera. Quando foi que me aproximei? Foi inconsciente. Não importa. O que importa é que tenho que me segurar ao maldito último fio imaginário de sanidade porque se eu deixá-lo escapar, já era.
Não posso atacá-lo de repente. Isso o assustaria e o afastaria. Tive sorte que antes de fazer alguma estupidez, Jungah apareceu nos chamando para ir comer.
Todavia, sabe o que descobri enquanto o tinha bem pertinho de mim? Que eu posso tentar tirar o vício mas o vício nunca sairá de mim. Eu sempre irei ser apaixonado e completamente viciado por Jeon Jungkook. Só que dessa vez, finalmente, eu aceitei os fatos de vez. Ia informar a minha mãe e começaria a lutar para conquistá-lo!
🐺
Após o treino diário, tomei um banho merecido, vesti apenas um calção porque estava fazendo calor e segui para a lavanderia colocar a roupa ensopada de suor para lavar. Foi quando me deparei com a roupa de Jeon ali em cima.
Ele havia tomado banho depois do serviço, jogado as peças ali de qualquer jeito e saído com pressa para levar Jungah para o aeroporto.
Mamãe teve uma proposta maravilhosa em outra cidade, logo vai lá terminar de levar seus documentos e suas coisas, afinal vai se mudar. Primeiro porque vai receber muito mais, segundo que o novo macho dela mora lá, e por fim para me dar privacidade para tentar algo morando apenas com Jungkook após saber o quanto eu sou louco pelo mesmo. Coisa que surpreendeu meu lado medroso e pessimista que afirmava que ela ia me achar um filho de merda.
Mas também, sempre soube que Jungah vive de aparências, de luxos e futilidades. Para ela na época foi conveniente ficar com o beta mais desejado da cidade para exibir que o possuía e porque precisava se casar para mostrar que era capaz de manter ao menos um relacionamento bom, que ela não era uma lupina difícil de lidar, era perfeita, os ex's que eram os errados da história. E, Jungkook, bem, ele aproveitou a oportunidade de ficar com alguém influente que o ajudou a se tornar um detetive de sucesso.
Pelo o que ambos me contaram, eles tinham um grande tesão um no outro, porém com o passar o tempo se tornou apenas conveniente transarem já que poupava ter que sair e paquerar gente nova e por fim o interesse acabou. Por serem diferentes demais seguiram uns dois anos sendo só amigos. Ou nem isso porque não tinham nadinha em comum e conversavam como dois colegas de profissão.
Eu me mantive quieto desde a deixa de Jungah pois estava nervoso. Eu não sabia como abordar Jungkook. Qual será a melhor forma de mostrar interesse? Tipo, muito interesse?
Enquanto pensava nisso de novo, peguei tudo ali, abri a máquina e joguei primeiro minhas roupas lá dentro, quando fui pôr as dele, deixei a cueca para trás. A analisei. Mordi o lábio, não conseguindo me conter e acabando por fazer algo pervertido, cheirei.
Fora o típico suor, seu odor másculo e de leve tom refrescante com cereja me trouxe um tesão absurdo. Duro como pedra, necessitava me tocar. O quão perverso isso poderia ser? Não importava, só queria fantasiar tudo o que não podia completar na realidade e me aliviar.
Por isso, embriagado com o cheiro do beta e insano de desejo, me livrei do calção e contornei o pano em volta do membro, passando a me tocar veemente, de olhos fechados, pensando nele e no quanto ele era fodidamente delicioso!
Oh, como isso era errado. Devasso. Excitante. Queria tanto aquele beta, eu o amava e desejava de uma forma tão inexplicável… Ele era a minha maior admiração. Tinha todo o meu carinho. O meu amor. O meu desejo. Todo o meu ser.
— Jungkook… — gemi baixinho, carente. — Ah… Jungkook-ah… — mordi o lábio, acelerando o ritmo da mão. Nunca senti tanta liberdade para gemer o nome dele visto que estava sozinho. Ouvir minha própria voz clamando pelo moreno fez meu pau pulsar.
— Jimin?
Puta que pariu!
Meu corpo arrepiou todo e quase saltei do lugar. Na verdade o que saltava, sem parar, é meu coração. Me virei, encontrando justo meu pecado e maior vício ali.
A adrenalina fez o sangue correr mais rápido em minhas veias e meu pau latejou. Aliás, minha excitação aumentou. Eu sou um pervertido mesmo.
— É a minha cueca? — de sobrancelha erguida, apontou para o item que eu segurava.
— E daí? — não estava raciocinando direito, minhas pernas estavam se movendo sozinhas, assim como minha boca. Não adiantou nada querer planejar algo bonitinho pra me confessar… Foi o que pensei após dizer: — Isso é culpa sua, afinal. Todo esse meu desejo acumulado e insano, esse vício por você, é culpa sua por ser tão gostoso. Então, sim. Essa é a sua cueca. Eu estou excitado e batendo uma por você. — aproximei tanto que nossas bocas estavam praticamente coladas. Eu era capaz de sentir seu hálito no meu, me desestabilizando todinho. — O que você vai fazer a respeito?
Para minha surpresa, Jungkook me puxou pela nuca e me beijou.
Eu nunca me senti tão feliz, tão eufórico, e fora de mim quanto agora.
Seu beijo era quente e bruto ao que puxava meu quadril para se esfregar no seu, me mostrando que eu não estou caído sozinho.
— Você anda tão faminto e nem estamos na primeira lua cheia. — disse sarcástico entre nossos lábios.
Fui bastante hipócrita. Podia não ser o dia que os instintos betas estão mais altos, loucos e embriagados, ansiando para se saciarem como uma espécie de cio, mas, naquele instante, parecia ser tamanha vontade que estávamos de saciar os desejos. Não só ele, como eu também.
Ah, é tão bom estar sentindo o quanto é recíproco. Eu fui bobo não é? Eu nunca notei, ainda que seus olhos sejam tanto expressivos e eu seja apaixonado por eles, viciado em encará-los. Porém, as coisas acontecem quando tem que acontecer. O nosso momento é agora.
Uma vez ele disse que desejava que eu nunca me arrependesse. E que queria minha felicidade. Eu estou praticamente completando um sonho aqui e agora estou desejando o mesmo para ele.
Seus lábios de boneca foram para meu pescoço enquanto movia a pélvis, roçando nossos paus. Ergui sua blusa, contendo a mesma fome que Jungkook.
— O sujo falando do mal lavado, ahn? — devolveu.
Ri e o empurrei, fazendo seu corpo se chocar contra a máquina de lavar que tremia, voltando a beijar os lábios que tanto ansiava sentir com toda a gula que tinha por eles.
Minha língua se enroscou na de Jungkook causando um grande prazer em nós. As minhas mãos subiram pelo seu torso nu, até os mamilos, rodeando e apertando o fazendo gemer em meus lábios, rebolando o quadril no meu. Ele também está duro.
Seus dedos não acarinharam meus fios como de costume, eles puxaram, me fazendo grunhir de tesão enquanto nos envolvemos cada vez mais no beijo intenso.
Pressiono o corpo gostoso com o meu, quase revirando os olhos ao senti-lo retribuir o ósculo intenso com direito a chupadas e mordidas.
Jeon arfou, jogando a cabeça para trás ao que movia a pélvis, esfregando meu pênis duro no seu coberto pelas roupas. Segurei uma de suas coxas com firmeza, forçando meu quadril como em estocadas.
— Jimin… — ele gemeu. Eu rosnei. Porra é excitante demais ouvi-lo chamar por mim.
Meus lábios tocaram seu pescoço atraente e cheiroso. O corpo sexualmente ativo libera maior quantidade de feromônios, odor natural que, durante contato com quem lhe atrai, provoca muito tesão. E isso mexe comigo e me deixa muito excitado, o que faz os meus aumentarem também. O cheiro de refrescante de cereja se misturou com o meu de amora com um fundo de caramelo. É forte. Atraente. Erótico. Me arrepiou por completo.
Desci beijos e lambidas, levando a boca a um dos mamilos marrons usando a língua para envolver, os lábios para sugar, os dentes para morder.
— Caralho! — puxou meu cabelo, forçando minha cabeça contra seu peito, estremecendo. — Jimin… — resmungou quando apertei sua cintura, o impedindo de contorcer como fazia e fui para o outro botãozinho.
Levantei a cabeça, lambendo os lábios para conter a saliva e abrindo um sorriso largo, maldoso, ao vê-lo com os olhos cerrados, a boca bonita presa entre os dentes e o rosto coradinho.
Toquei seu queixo, os dedos deslizando por ele e logo pelo maxilar tão sexy. O segurei levemente, levando o dedão a boquinha que entreabriu beijando, tocando a língua, envolvendo, chupando. Puxei o ar entredentes, excitado demais.
O clima está tão quente, me sinto ferver.
— Você está lindo assim, hyung. Todo entregue a mim. Mas que tal você largar meu dedo e chupar meu pau? — propus indecente. Ele riu com malícia.
— Você é um grande safado, uhm?
Coloquei a língua para fora, lambendo sua boca. Então o fitando com toda a intensidade que guardei nesses anos. Ele até soltou o ar pesadamente, rindo um tanto afetado.
— Vamos fingir que você não gosta. Agora fica de joelhos para mim, vai.
— Calma, bebê. — sorriu cínico com o apelido. — Não seja ansioso.
Eu fui no inferno e voltei assim que o vi ajoelhado aos meus pés exibindo o torso gostoso e a carinha travessa, me olhando com os olhos brilhantes expressando o mais puro desejo. Então ele já esperava por isso? Por quanto tempo Jeon sonhava em me chupar?
Agora ele terá o que deseja. Vou realizar todos seus desejos secretos. Assim como os meus.
Levei meu pau até sua boquinha de boneca, contornando o desenho natural e bonito que ela tem com a glande inchada e toda meladinha. Sendo sincero, eu estava me segurando muito, caso contrário já teria gozado tamanho meu tesão nesse homem. Tê-lo à minha mercê está sendo surreal. E como a droga que ele é na minha vida, como o viciado que sou, preciso de mais. Por isso tratei de colocar o falo na sua boca que o acolheu bem.
— Oh!
Jungkook não estava perdendo tempo, subia e descia pelo meu comprimento, me tocando com a língua habilidosa e masturbando o que não cabia na cavidade quentinha, macia, gostosa. Porra! Eu estou ali mas minha mente está indo para outro lugar, fantasiando se será tão prazeroso assim ou mais quando eu estiver em seu interior.
O beta estava empenhado no vai e vem, de olhos fechados, gemendo como se me chupar fosse a melhor coisa do mundo, e quando abriu e me mirou com intensidade, senti minhas pernas bambearem. Além de gemer seu nome.
— Jungkook-ah... — enrolei os dedos nos fios escuros, firmando sua cabeça e movendo o quadril na direção dele, todo eufórico, necessitado.
Já recebi boquetes antes, mas esse é bom demais. Ele manda muito bem no que faz. E eu estou tão sensível por ter me tocado, pela situação, e agora por estar sendo chupado, que posso gozar a qualquer instante.
— Ah, sua boca me deixa louco... Isso! — ele parou de se mover, me deixando foder como queria enquanto apertava e unhava minhas coxas me fazendo grunhir.
Jeon é um maldito safado. Ele estava gemendo todo manhoso, de boca cheia, enviando vibrações para meu pau, tendo os olhos fechados como se me dar prazer é imensamente satisfatório para ele. Talvez seja. Merda. Que delícia.
— Jeon... Eu quero gozar. — mordi o lábio, ainda movendo a pélvis e às vezes o engasgando um pouco. Nossos olhos estavam conectados, aproveitando isso, busquei minha face mais inocente e disse: — Me deixa gozar na sua boca, hyung?
— Caralho, Jimin! Goza, então. Me deixa saborear você. — pediu, excitado, rouquinho, me punhetando rápido e me olhando com seus mirantes que são lindos, brilhantes, com as pupilas dilatadas. Assim eu não resisto.
— Ah! — minhas costas arquearam um pouco ao que meu corpo sofria espasmos e eu jorrava porra em sua boca. Ele engoliu e lambeu os lábios, me dando um sorriso perverso. Puta que pariu. Eu vou morrer de tanto tesão.
O puxei pela nuca, o beijando com vontade, acariciando seu corpo atraente, instigando, excitando…
O virei de costas, empurrando suas costas, obrigando que ele deitasse o torso sobre a máquina de lavar que por enquanto estava quieta.
Desci as peças de baixo, contemplando desde suas panturrilhas bonitas, posteriores das coxas grossas, o bumbum arrebitado que enviou uma corrente quente e eletrizante pelo meu corpo, a cintura fina tão linda, as costas de ombros largos, sua nuca onde selei. Contemplei até o cabelo comprido agora todo bagunçado.
— Gostoso. — rosnei, lhe dando um belo tapa na bunda. Ele não reclamou. Não. Jeon riu safado. — Abra as pernas. Bom garoto. — elogiei, afagando a lateral de seu corpo na cintura. Ele gargalhou maldoso, me olhando danadinho por cima do ombro.
— Eu posso ser bem mau, uhm? — empinou, esfregando a bunda no meu pau.
— Quem sabe mais tarde você possa me mostrar essa sua maldade. Mas agora continue sendo bonzinho e me deixe provar de você. — pisquei, abaixando e massageando aquelas bandas que tanto desejei. Cheguei a salivar. É tanto desejo que acaba escorrendo pelos meus poros.
Lambi a base de sua coluna, por reflexo ele abaixou mais as costas e empinou nas minhas mãos. Apertei com gana, alternando beijinhos e mordidas em sua pele, abrindo, lambendo o buraquinho e soprando. Jungkook piscou, ansiando mais. Sorri, o dando mais.
Passei a lamber com empenho, às vezes rodeava o anel, outras fingia penetrações, levando o beta para o precipício da excitação, o induzindo a se jogar. E quem sabe gozar deliciosamente.
Ele rebolava contra meu rosto, no mesmo instante gemia manhoso, me deixando com vontade de lhe dar todo o prazer do mundo só para ele continuar fazendo música para meus ouvidos com seus grunhidos e lamúrias.
— Faz de novo. — pediu ao que fiz uma sucção intensa. — A-awn… Merda! Isso é tão… Tão bom — suspirou, apoiando a testa nas mãos que estavam largadas de qualquer jeito em cima da máquina de lavar. — Uhm... Jimin! — arfou. — Puta merda! Puta merda! — gemia alto, tentando se controlar mas era em vão.
Eu apenas dava risadinhas do desespero da minha paixão e continuava a beijá-lo ali da melhor forma possível enquanto apertava e massageava as bandas daquela bunda atraente.
Quando notei que podia, adentrei os dedos de uma só vez. Um ex ficante disse que eu não sou tão paciente. Ainda vou aprender a ser.
— Porra!
Movi de forma que tocasse sua próstata. Podia ser a primeira vez que ia consumar mas certas intimidades sexuais já experimentei com algumas pessoas ou em mim mesmo. Essa carícia eu sei onde é, como faz e como o prazer é delicioso.
Mantive um vai e vem com ele rebolando mais e mais nos meus dedos ao passo que eu dava mordidinhas nas nádegas.
— Eu sempre te desejei, sabia? — disse grave em seu ouvido, ele gemeu mas foi de desgosto por eu ter parado de massagear sua próstata. Acariciei seu corpo, o arrepiando. — Por sua culpa eu nunca consegui me deitar com alguém. Não faz ideia do quanto meu lobo pede por você. Ah, Jeon. Por que você me viciou desse jeito?
— Eu te viciei?
— Sim. Eu sou um desgraçado, viciado no seu amor, no seu olhar, na sua boca, no seu corpo, em você todinho. E sinto que vou ficar ainda mais agora. — uma das minhas mãos foi até seu rosto, o virando para me olhar. — Então se você não tem intenção de continuar alimentando a minha paixão, diz. Porque eu não aguento mais me segurar. Ou você me ama de volta ou eu não vou ir até o fim, saio por essa porta e- — ele me beijou. Desajeitado mas com muito sentimento. Eu senti o gosto do seu amor.
— Eu te amo, Jimin. Eu sinto o que você sente a cerca de um ano mas com a mesma intensidade. Fica comigo. Agora. E para sempre.
O hormônio da paixão fez a festa no meu cérebro. Meu coração estava tão acelerado que parecia que iria explodir. E meu sorriso sequer cabia em meu rosto. Jungkook sorriu de volta. Tão leve. Tão livre. Tão encantador. Eu o beijei com toda paixão presente em mim. Ele retribuiu com gosto.
Tive que correr até meu quarto para pegar preservativo e lubrificante, logo pude penetrá-lo. Jeon fez careta. Levei minha mão ao seu pau - maior e mais gostoso do que eu me lembrava pois eu nunca o vi tão duro - o punhetando, provavelmente lhe dando um misto de sensações que ao menos o fez relaxar.
Comecei a mover o quadril. Não era tão diferente de alguns passos de dança mas o que eu senti estando dentro dele com aquelas preguinhas me apertando é indescritível. Nunca havia sentido tanto prazer assim. E olha que agora a pouco tê-lo me chupando foi um grande deleite.
— Ah, Jeon… Tão gostoso… — e quente e apertadinho. — Tão meu…
— Uhm... Jimin… — murmurava, seu tom me informando que estava cada vez mais sentindo prazer. Ótimo. Assim eu posso ir mais rápido.
Rápido e forte.
Nossos corpos quentes suando, se chocando, fazendo barulhos eróticos, nossos odores espalhados pela lavanderia, nossos gemidos se misturando… Ah, é tão intenso e também muito insano!
— Jimin... É gostoso... Gostoso te sentir por inteiro. Oh! Que vontade que eu estava de provar de você!
— Pode se gabar a vontade. Você é o primeiro. — com o corpo inclinado, metendo no seu, mordi sua orelha ganhando um resmungar por isso. — E é mesmo gostoso. Gostoso como você. Mas vamos fazer ficar ainda mais?
Liguei a máquina de lavar, agora ela vibrava diretamente em seu pau.
Eu segurava sua cintura firme, movendo o quadril, tornando os movimentos certeiros, intensos, nos deixando embriagados de tanto tesão e prazer.
No sexo, liberamos hormônios, a oxitocina, responsável pela felicidade e pelo amor, é um deles. Ele aumenta a confiança e os laços íntimos. Coisa que estou amando experimentar.
— Eu te amo… — falar esse segredo no seu ouvido me fez sentir tão aliviado, tão livre. Jungkook levou a mão à minha que se encontrava na sua cintura, entrelaçando nossos dedos.
— Oh, bebê, eu também! Você manda tão bem com esse quadril!
— Te foder é tão gostoso, paixão.
— Jimin… Ahn… Porra! — socou a máquina, ensandecido com tantas sensações. Eu o entendia. Muito bem.
Apertei seu quadril, metendo rápido, com força, fodendo direitinho a paixão da minha vida.
Também já me sentia no limite, era excitação demais, deleite demais, tudo estava intenso ao ponto de nos tirar de nós.
Logo senti aquelas paredes deliciosas me esmagarem, me afetando ainda mais.
— Caralho, Jeon!
— Jimin! — gemeu, em seguida arfando e vindo. Eu atingi o limite em seguida, primeiro veio o orgasmo, uma descarga de prazer intensa no meu cérebro, depois veio a ejaculação.
Bem, no sexo, o corpo também produz dopamina, que combate os hormônios do estresse, e endorfina, sendo que ambos são responsáveis pela sensação de felicidade, euforia e bem-estar. Tudo o que acabamos de sentir.
Foi tão satisfatório, a felicidade que senti foi imensa de uma forma que me cegou e eu sequer vi nós dois cochilando na lavanderia, jogados no chão abraçadinhos em cima das roupas que tiramos mais cedo enquanto a máquina girava algumas outras.
Agora o sentimento que me domina é de alívio e de realização por amar e ser correspondido.
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