_ Capítulo Único _ Parte II

Nick Waan

Você achava mesmo que eu não iria me vingar de você, Alex Bitencourt? Era apenas questão de tempo para toda essa relação perfeita, desabar. Você roubou todos os meus interesses amorosos, dizia que ia me ajudar, e começava a namorar ou fuder com eles. E com a Ally não foi diferente, eu a vi pela primeira vez na calourada, mas, ela estava tão linda, que eu não tive coragem de me aproximar dela. E você, sem nem pensar duas vezes, a roubou de mim.

Só que, dessa vez, eu não deixei barato, eu lhe avisei, se eu te visse traindo a Ally outra vez, eu iria abrir o jogo, pena que você não me escutou. E já fazia tempos que eu estava entrando nessa equação, pena que você nem desconfiou.

Eu sempre chamava ela para algum lugar que você estava a traindo, mas, você sempre conseguia escapar. Só que, o papo das passagens deu mais certo que o esperado e agradeço muito ao ex do Charlie por ter me enviado aquela foto de vocês se pegando. Sim, fui eu que fiz aquela postagem, mas, não sou o dono daquela conta, apenas utilizei dos meus poderes de hacker.
Espero que depois dessa, você nunca mais cruze o mesmo caminho que a Ally ou muito menos o meu, mesmo que você nunca descubra que quem postou foi eu. Desejo que desapareça das nossas vidas e acredito que você irá ficar na seca por bastante tempo, quem gostaria de se relacionar com um traidor? Eu, com certeza não.

Sei que foi errado ter mentido para a Ally, sobre não ter te visto, só que a coitada parecia tão ansiosa na mensagem, que nem percebeu a contradição. E sei que é loucura, eu estar discutindo isso na frente do espelho, como se estivesse aqui. Só que, eu estou amando que meu plano finalmente deu certo. Entretanto, eu não esperava que a Ally ficasse tão triste por causa disso.

Alguns sacrifícios são necessários, não é mesmo?

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

23:50pm

Eu estava jogado no meu sofá, assistindo um filme bobo de natal com a minha mãe, que estava mais dormindo, do que acordada. Quando escutei a campainha tocar, pausei o filme, vesti minha camisa novamente e fui atender a porta. Como o natal era apenas comigo e com a minha mãe, não havia necessidade para uma super produção. Eu estava com um tênis branco, uma calça preta com detalhes rasgados e uma camisa de manga comprida num vermelho vinho.

Assim que abri a porta, tomei um susto, não esperava que meu plano fosse funcionar tão rápido e eu realmente não esperava que o Papai Noel iria atender um dos meus desejos, antes da meia noite.
Não me odeiem, quando digo que meu maior desejo era transar com a Ally, só que, depois de conhecê-la melhor, percebi que ela não merecia ser apenas uma boa foda. Ela merece o mundo, merece ser a minha namorada, talvez até a minha esposa, se tiver casamento na sua lista de metas. Para mim, não importa nada, apenas ser o suficiente para ela e a tê-la pelo resto da minha vida.

— Eu quero que você transe comigo! — diz, com os olhos vermelhos e o rosto todo borrado de rímel. Eu simplesmente não acredito que ela está me pedindo isso, não era para acontecer dessa forma, eu deveria ser um ombro amigo, um conforto, para que futuramente ela se apaixone perdidamente por mim. Para que eu possa finalmente transar com ela.

— O que? — pergunto em choque. As coisas fugiram do meu controle, isso não é bom.

— Transe comigo, Nick! — se aproxima e eu me afasto num impulso, ela abaixa o olhar e pega uma das minhas mãos, não recuo — Por favor... — implora com os olhos enchendo d'água.

Puta merda! Você se meteu numa merda das grandes, Nick Waan. Será que vai conseguir resolver?

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

01h50mns atrás...

Ally Torres

Depois daquela humilhação, desbloqueiei a porta e fui correndo para o meu quarto, assim que cheguei no mesmo, abri, tranquei a porta, me joguei na cama e comecei a chorar.

Nesse momento, eu me sinto a própria Giselle caindo dentro daquele poço, melhor, me sinto a Branca de Neve comendo a maçã envenenada ou a Aurora espetando o dedo na roca de fiar. Não importa qual comparação eu faça, todas me levam para o mesmo caminho, despertar desse conto de fadas ridículo. Conto esse, que tive o desprazer de viver a minha vida inteira, mas, eu já deveria saber que um dia, eu cairia da Torre. Era ilógico, aquele garoto ser tão perfeito ou melhor, se apaixonar por uma iludida como eu, que acha que sua perfeição, dá o direito de ser tratada como uma princesa.

Um pensamento, completamente errado, ridículo para ser mais exato. Só que, eu já deveria estar preparada, ele nunca respondia o meu “te adoro” de volta e nem fazia muita questão de me exibir na universidade, como os outros casais fazem. Era como se eu namorasse sozinha e só agora, no bendito natal, depois de ganhar um par de galhas, eu finalmente, consegui enxergar a realidade com clareza. E sabem o que é pior? A minha prima favorita ter a pachorra de zoar com a minha cara, como se isso não fosse nada, como se os meus sentimentos não importassem. Como se, eu não fosse absolutamente nada para ela.

Como se eu fosse, um grão de poeira flutuando por aí, sem importância, sem nada. Apenas, flutuando e flutuando. Apenas... Caindo na real. Percebendo que nessa família perfeita, de nada importa os sentimentos, apenas a perfeição. Eu sabia que os olhos escondiam certas realidades, só não esperava que fosse dessa forma. E o meu ponto é provado, quando ninguém deu a mínima para ver como eu estou.
Eu pertenço a uma grande família de merda, cheia de méritos idiotas e anulações de sentimentos.

É até ridículo parar para pensar, que antes dessa traição, eu achava tudo um mar de rosas, só que agora eu vejo que esse mar, está repleto de Flores da Morte. Que representa toda essa mudança, toda a venda que foi removida dos meus olhos, toda a dor que sinto nesse momento. Toda a clareza que chegou até mim. Toda a... Não sei.

Só sei que, toda essa dor deve ser engolida por alguma coisa e como dito anteriormente, eu puxei o pior lado do meu pai. Posso até ser a garota perfeita, a inteligente da família, mas, eu tenho um lado que é sempre reprimido. Desde quando eu, sem querer, machuquei uma colega de classe.

Ela estava me provocando, só porque eu errei uma conta de multiplicação, que foi respondida oralmente. Eu apenas confundi os números e virei chacota por dias, até que, eu simplesmente explodi. Com toda a calma do mundo, peguei um lápis, pedi para a professora fazer a ponta e tentei furar a barriga da garota. Consegui fazer um pequeno buraco que jorrava um pouco de sangue, antes de ser puxada pela professora. Depois desse incidente, prometi nunca mais ser assim e fui trocada de turma. Pelo o que ouvi falar da garota, ela foi morar no Paraná e já tem um filho.

Mesmo lembrando desse incidente, dessa vez, eu não consigo me controlar. Eu não irei machucá-lo, farei algo muito pior. No nosso segundo mês de namoro, ele pediu para transar comigo, mas eu disse que não estava pronta e ele prometeu esperar. Por isso, acho correto me entregar, especialmente se for para a pessoa que ele mais ama. Nosso querido, Nick Waan.

E sim, farei por vingança e por estar finalmente pronta, passei meses me preparando para me entregar para aquele idiota, qual é o problema de me entregar para o meu vizinho? A merda já está pegando fogo, jogar mais gasolina, não faz diferença. Sei que é infantilidade da minha parte fazer isso sem aceitar o término, mas, algumas galhas são necessárias, né?

— É isso! — grito, tirando o rosto da cama. — Eu vou transar com Nick Waan! — dei uma risadinha estranha e me coloquei sentada.

Desbloqueei o celular e procurei minhas mensagens com o Nick Waan.

Ally: Acordado?

Sem resposta. Mais ok! Acredito que ele não saiu de casa. E se saiu, eu tenho um plano B. Nick Waan não é o único garoto transável que existe no Rio de Janeiro. E muito menos, o único que conhece o meu querido ex.

Levanto da cama e dou uma olhada no espelho, santo cristo, eu estou horrível. Mais ok, já ouvi algumas colegas dizendo que o pós-sexo te deixa toda bagunçada também. Dou uma pequena ajeitada no cabelo e saio do quarto. Só não esperava dar de cara com o Leon.

— Você está horrível! — reviro os olhos.

— Não me diga o óbvio, Leon. — falo, enquanto passo por ele, só que o infeliz agarra o meu braço. 

— Você está bem?

— Mesmo olhando o meu estado, você ainda tem coragem de perguntar se estou bem? — rio alto — Quando foi que você virou comediante?

— E quando foi que você ficou tão desequilibrada, Ally? Você não é assim.

— Surprise!! — faço mãos de jazz e ele revira os olhos.

— Se com uma galha e um coração partido, você ficou nesse estado, não quero nem imaginar quando você perder um de nós. — ele solta o meu braço — Você está bem?

— Não. — digo baixo e ele suspira — Há quanto tempo está aqui?

— Há muito tempo! — ri sem graça — Eu vim logo atrás de você e te ouvi chorar, por uma hora e meia. Embora eu quisesse arrombar a porta e te consolar, achei melhor respeitar o seu espaço pessoal, sei que você faria o mesmo no meu lugar, Ally.

— É, eu faria. — dou um sorriso amarelo — Obrigada, por me respeitar e por ter sido o único a vir. — ele ri alto e acabo tomando um susto.

— Eu não fui o único, Ally. Somos os Torres e não deixamos nenhum Torres sofrendo. Todos vieram, menos a Lily, meu pai e a Andrea, eles estavam tendo uma conversa séria com a idiota da minha irmã. — ele pega na minha mão — Até a Dakota veio, ela bateu algumas as vezes na porta, acho que você não ouviu, ela perguntava o porquê de você está chorando e pedia para te abraçar. — meus olhos enchem d'água, eu amo tanto aquela bebezinha — Todos te amam muito e estão aqui para o que você precisar.

— E cadê todo mundo?

— Todos concordaram que eu seria o único que teria racionalidade suficiente para conversar com você. — assento, realmente de todos, o Leon é o mais calmo e o mais racional, acho que por ter sido criado longe do meu tio, ele teve que aprender a ser um apoio para as mulheres que entrassem ou já estivessem na sua vida.

— Desculpa por estragar nossa ceia. — ele ri.

— Você não estragou nada, Ally! Imprevistos acontecem e idiotas nascem sem necessidade. — rio e ele me puxa para um abraço apertado, enquanto me aperta, também alisa os meus cabelos, infelizmente, começo a chorar outra vez.

Eu realmente precisava desse abraço. Depois de uns dez minutos, ele me solta. 

— Tenho que ir! — digo, limpando algumas lágrimas, minha cara deve estar muito pior agora.

— Vai voltar para o terraço? Eu volto com você.

— Não irei para o terraço. — ele levanta a sobrancelha

— Para onde vai? Já é quase meia noite. — diz, enquanto encara o relógio na parede.

— Não sei... — digo num tom malicioso, indo em direção a porta — Diga aos outros para não se preocuparem, eu sei o caminho de casa. — pisco e saio.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Respirando fundo, aperto a campainha, escuto um, dois, três toques, antes da porta ser finalmente aberta.

— Eu quero que você transe comigo! — digo assim que o Nick abre a porta com uma expressão confusa.

— O que? — diz completamente gritando, acredito que esteja em choque com o pedido repentino. Se eu estivesse no lugar dele, também teria a mesma reação.

— Transe comigo, Nick! — me aproximo, mas, ele se afasta, como se fosse um gato assustado. Eu abaixo o olhar e pego em uma das suas mãos, ele não recua — Por favor... — imploro, enquanto sinto os meus olhos encherem d'água.

Ele me olha da cabeça aos pés, solta um suspiro longo e abre passagem. Com um sorriso largo, entro no apartamento dele me sentindo uma nova mulher. Ele fecha a porta e coloca a mão nas minhas costas, um arrepio estranho logo percorre toda a minha espinha.

— Melhor conversarmos no meu quarto. — concordo e ele me guia.

Seu apartamento é menor que o meu e não tem dois andares, mas, continua sendo muito bonito. Cheio de cor e vida, além de muitos quadros na parede de uma criança que acredito ser ele. Seu quarto é em tons pastéis, e eu nunca imaginei que Nick Waan teria um quarto desse jeito. Logo o garoto que é apaixonado por um outfit black e anda muita das vezes todo emburrado. Que não larga seu all star surrado e está vinte horas tocando seu baixo.

Puta merda.

Eu não sabia que tinha observado o Nick todos esses meses de forma inconsciente. Oh shit!

Além das paredes dessa cor, tem um amplificador no canto do quarto, seu baixo, um espelho, uma cama enorme, uma estante cheia de livros e uns posters autografados e emoldurados. Um quarto fofo, eu diria.
Assim que entramos por completo, ele tranca a porta e olha para mim com a sobrancelha erguida.

— Por que caralhos eu deveria transar com você? Tipo, do nada? — pergunta eufórico.

— Pelo o que fiquei sabendo da sua reputação, você transa com qualquer pessoa que pedir. — ele dá uma risada debochada e cruza os braços.

— Então, por causa da minha reputação, eu devo transar com você?

— Sim.

— Não.

— Como assim não?

— Eu não vou transar com você, Ally! — diz sério — Você é namorada do meu melhor amigo. Por que caralhos eu trairia a confiança dele?

— Você não está sabendo? Ele me traiu, com um tal de Charlie.

— E daí? Só porque virou corna, vai sair dando para qualquer um?

— É claro que não. — digo num tom baixo — Só achei que ele ficaria puto, quando descobrisse que a minha primeira vez foi com você e não com ele.

— Sua primeira vez? — ele pergunta gritando — Puta merda! — começa a girar pelo quarto, enquanto repete o xingamento.

— O que? Não tem porquê ficar chocado.

— É óbvio que tem, Ally! — grita — Você não entende a gravidade da situação? Você é virgem e quer que eu transe com você. Eu nunca transei com alguém virgem e a primeira vez tem que ser especial para ambos os lados envolvidos e... — o interrompo.

— Para tudo tem uma primeira vez. — digo num tom malicioso.

— Eu não vou transar com você e ponto final. — ele se aproxima — E eu não serei usado na sua vingança, arrume outra pessoa.

— Você é a única pessoa que confio no momento. Por favor. — tento fazer a cara que fazia na infância, para conseguir brinquedo dos meus pais. Ele revira os olhos e suspira.

— Tá bom!

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Nick Waan

— Tá bom? Você vai transar comigo? — diz, enquanto dá pulinhos de alegria e joga os braços ao redor do meu pescoço.

— É impossível recusar quando você faz essa cara. — ela abre um sorriso, o mais lindo que já vi em toda a minha vida, nem parece que estava chorando pelo bastado do Alex — Mas, por você ainda ser virgem e aparentemente ter tomado essa decisão por impulso. Não será sexo com penetração. — bufa e eu me aproximo da sua orelha —, só que se você gostar e pedir para transar comigo novamente sem impulso, sem o desejo de vingança. Eu ficarei muito honrado em ser a sua primeira vez. — sussurro e vejo os seus pelinhos da nuca completamente arrepiados.

Mesmo sendo o meu maior desejo, eu acho completamente errado transar com ela nesse estado. E ainda mais ela sendo virgem. Caramba. Por essa eu não esperava. Do jeito que o Alex é, pensava que já tinha dormido com ela, realmente estou chocado com essa informação.

O Alex foi o primeiro da turma a perder a virgindade ou como as pessoas gostam de falar, foi o primeiro a perder o cabaço. Ele tinha 15 anos na época e transou com uma garota do segundo ano no banheiro, obviamente eles foram pegos e suspensos por uma semana. Só não foram expulsos, porque o senhor Bitencourt estava muito orgulhoso do filho e com um pouco de dinheiro, conseguiu uma suspensão de uma semana.
Já eu, perdi a virgindade com 17 anos, com a prima do Alex no ano novo, ela tinha acabado de fazer 18 anos e tinha terminado com o namorado alguns meses atrás, como ela era experiente, eu me acostumei com pessoas assim, por isso, nunca tive a chance de me envolver com alguém virgem. Até hoje.

Eu sou bissexual e já dormi com umas doze pessoas, já o Alex é Pansexual e perdi as contas da quantidade de pessoas que passou por suas mãos. E caso estejam curiosos, sim, já nos envolvemos. Não transamos, mas já nos pegamos duas vezes. A primeira vez foi no meu aniversário, o meu presente foi uma bela chupada e fiquei bem feliz em retribuir. A segunda vez foi no aniversário dele, batemos uma pelo outro e ainda fizemos um meia nove. Sei que é irrelevante pensar nisso agora, mas, é incrível como poderíamos ter tido um relacionamento se ele não fosse egocêntrico e ganancioso.

— Ok! — ela disse me tirando dos meus pensamentos longínquos — Não importa o sexo, só quero ser tocada.

— Você que sabe! — sussurro no seu ouvido e colo seu corpo no meu.

Calmamente, vou passando os dedos pelas suas costas que estão completamente expostas. Puta Merda. Não acredito que essa era sua roupa da noite. Cada toque, deixa sua pele arrepiada, me pergunto se aquele idiota nunca a tocou dessa forma. Vou descendo os dedos pela sua espinha, até chegar na área coberta pela saia do vestido.
Enfio a minha mão naquela entrada e aperto suas nádegas, logo escuto um suspiro leve em resposta, acredito que tenha gostado. Aperto outra vez e ela desce as mãos do meu pescoço para cravar as unhas nos meus ombros.

Nunca fui uma pessoa sádica, mas, essas unhas me furando por cima da blusa, está um tesão. Aperto outra vez e ela também repete o movimento, dou uma risada e retiro as minhas mãos dali. Subo a mão para sua cintura e dou uma apertada forte, suspira outra vez e fecha os olhos.
Com a outra mão, vou subindo levemente da sua cintura até a sua bochecha, quando chego naquela região, faço questão de fazer um carinho leve. Passo o polegar por toda sua bochecha e sigo para seus lábios, desenho seus lábios inferior e quando passo para o superior ela abre os olhos e me encara.

Seu olhar estava sedento, não sei se era por causa do desejo de vingança, ou pela minha calma. Já que ela quer isso, não vejo necessidade nenhuma em me apressar, quando temos todo o tempo do mundo. Encaro seus belos olhos claros por alguns segundos, antes de descer o olhar para seus lábios rosados. Com o meu polegar ainda ali, posiciono ele no centro e desço lentamente abrindo seus lábios. Olho mais uma vez para seus olhos e agarro seus lábios num beijo.

De princípio, calmo, lento, que fazia ela suspirar ou melhor fazia ela gemer alto, ao ponto de apertar muito mais os meus ombros. A mão que estava no seu rosto, anteriormente, ganhou lugar na sua nuca, fazendo um carinho leve e às vezes puxando seus fios loiros. A outra mão apertava fortemente sua cintura.
Quando ela recolocou os braços ao redor do meu pescoço, fiz questão de aprofundar o beijo. Dessa vez, rápido, faminto, com direito a mordidas em seus lábios deliciosos.

Com muita pressa, retiro a mão da sua nuca, desço para sua cintura, dou uma pequena apertada e desço as duas mãos para sua bunda. Então, a tiro do chão.

Coloque as pernas na minha cintura. — digo sem fôlego no meio do beijo, ela obedece e entrelaça suas pernas na minha cintura.

A seguro com apenas um braço e retorno a mão para sua nuca. Lentamente, caminho para a minha cama e a coloco ali, como se ela fosse um cristal ou uma pena. Ela mantém as pernas na minha cintura, mas paro o beijo para retirar a minha camisa.
Ela observa o meu movimento com os lábios completamente inchados com uma respiração irregular. Jogo a camisa em qualquer lugar do quarto e tiro suas pernas da minha cintura.

Me afasto da cama e renovo meu tênis, ficando apenas com a meia. Volto para perto da Ally e começo a retirar seu tênis, depois de removido os dois. Vou beijando seus tornozelos até chegar nas suas coxas, beijo um lado e depois o outro. Quando estou perto o suficiente das suas coxas, subo seu vestido para sua barriga e me deparo com uma lingerie belíssima. Meu Deus. Eu vou passar mal hoje. Antes de remover a calcinha, me atrevo a fazer uma pergunta.

— Você já fez isso antes? — pergunto passando os dedos por suas coxas.

— Não. — responde ofegante.

Puta Merda, Alex.

— Você estava mesmo namorando com o Alex? Ou com um monge? — rio e vejo suas bochechas ganharem um tom rosado.

— Eu já chupei ele, uma vez. Mas, eu acredito que foi péssimo, já que ele nunca mais pediu. — passo as mãos no meu cabelo e a puxo para sentar.

— Tira o vestido. — ela obedece e eu acabo de ter a confirmação de que irei passar mal. Já vi muitos bicos e seios, mas, os dela, são completamente PERFEITOS.

Por favor, Ally, me faça seu e ordene que eu só veja isso pelo resto da minha vida. Faço um gesto e ela se deita novamente.

— Levante essa gostosura para mim, por favor. — digo e ela ergue o quadril, removo rapidamente sua calcinha e...

Puta Merda! Se seus seios são perfeitos, sua vagina é a oitava maravilha no mundo. Beijo suas coxas mais uma vez e caio de boca no paraíso. Chupo, passo a língua, penetro alguns dedos, a masturbo, enquanto sinto ela perder o chão debaixo de mim. Ela grita o meu nome e se meu quarto não tivesse isolamento, minha mãe já teria vindo até aqui. Vantagens de ser um artista, poder ter um quarto a prova de som.

De recompensa por ser tão barulhenta, apalpo seus seios e dou uma beliscada de leve, logo seus gemidos ficaram cada vez mais altos. Acho que terei que fazer um chá de mel para ela amanhã.
Rodo a minha língua dentro dela e sinto ela querendo fechar as pernas ao meu redor, ela com certeza vai gozar. Dou mais uma chupada e a penetro, uma, duas, três vezes e finalmente ela goza.

— Puta merda! — grita com a respiração ofegante e eu me jogo ao seu lado — Minha vez! — diz num tom malicioso e sobe em mim. Ela dezafivela meu cinto, abre o botão, desce o zíper e olha profundamente — Erga essa bunda para mim, bonitão. — sorri e eu obedeço.

Ela parecia que ainda estava se recuperando da gozada, mas, isso não impedia o olhar que ela demonstrava. Depois de jogar a minha calça e cueca em qualquer lugar por ali, ela começa a me chupar, beija as minhas bolas, lambe todo o meu comprimento e me chupa até gozar. Não foi excelente, mas foi muito bom. É tudo questão de prática.
Depois de engolir a minha porra, ela se joga ao meu lado e eu a puxo para deitar no meu peito, logo passando o lençol por nossos corpos nus.

— Foi péssimo, né?

— Você quer uma verdade ou uma mentira?

— Chega de mentiras... — meu coração gela —, de agora em diante, irei querer sempre a verdade.

— Nada que a prática não leve à perfeição. E não foi péssimo, foi muito bom, Ally! — ela sorri e se aconchega mais no meu peito.

— Posso te perguntar uma coisa? — ela diz, depois de ficar em silêncio por uns cinco minutos.

— Claro! — ela se apoia no próprio cotovelo e olha no fundo dos meus olhos.

— Você já chupou mesmo um professor? — rio alto.

— Na verdade, foi um professor que me chupou. Sabe o Ricardo que dá aula de Filosofia? — ela concorda — Ele me perguntou se podia me chupar para tirar o estresse do corpo.

— E você deixou? Isso é tão errado, tão antiético, se a universidade descobrir... — a interrompo.

— Boca calada é uma divindade! — beijo sua bochecha — E mesmo se descobrissem, eu não seria o único a cair.

— Como assim?

Bom, podem me chamar de Regina George, porque é maravilhoso saber os podres de todo mundo.

— Não tem necessidade de você saber o porquê, docinho.

— Você sabe alguma coisa de mim?

— Não. — minto. Eu sabia que no ano passado, no seu aniversário de 18 anos, ela ficou bêbada e tentou beijar um poste. Acho que ela nem se lembra disso e acredito que as pessoas que estavam com ela também não se lembram.

Realmente, a primeira vez que vi ela de verdade, no seu juízo perfeito foi na calourada. Mas, vê-la daquela forma foi muito bom. Como eu sei disso? Meu pai tem uma rede de bares e hotéis, e naquela noite eu estava substituindo o gerente que estava com virose. Sei que é péssimo dizer isso, mas agradeço por ele ter ficado doente, para eu ter essa história sobre ela.

Ela procura o próprio celular na cama, desbloqueia, digita alguma coisa e joga no lugar que ele estava anteriormente.

— Você não viu a postagem?

— Não. — minto — No natal temos uma regra de não mexermos no celular.

— Por que?

— Sei lá. — rio — Invenção da minha mãe! — concorda e volta a se deitar no meu peito. Aliso os seus cabelos e não faço a mínima ideia de quando dormimos.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Então, é finalmente Natal... E o que você fez?

Acordo com a Ally me abraçando fortemente, como se eu fosse um urso de pelúcia. Olho para seu corpo e aparentemente ela acordou no meio da noite, pois está com o meu moletom do Ac/Dc e uma das minhas cuecas. Já eu? Estou do jeitinho que vim ao mundo.
Devagarinho, tiro o meu braço debaixo do seu pescoço e levanto, vou até o banheiro, escovo os dentes e tomo banho. Volto para o quarto, coloco uma cueca, uma bermuda de moletom e uma camisa branca de manga curta. Pego o meu celular e vejo que são dez da manhã, olho o celular da Ally e está cheio de ligações perdidas. Essa menina enlouqueceu mesmo e isso é prova. Destranco a porta e vou até a cozinha.

— Bom dia, filho! — diz a minha mãe com um sorriso radiante, enquanto tira os seus ovos mexidos do fogo.

— Bom dia! — beijo a sua bochecha e vou até à geladeira. Não faço a mínima ideia do que preparar para uma futura chef.

— Por favor, não me diga que a filha dos Torres está no seu quarto. — a encaro assustado.

— O que aconteceu?

— A mãe dela bateu na porta de todos os vizinhos atrás da filha. — ela fala, enquanto adiciona açúcar no café — E até onde me lembro, o senhorzinho não dorme de porta trancada, só quando está com alguém.

— E se ela estiver, o que você respondeu?

— Disse que não sabia e falei que você dormiu na casa de um dos seus colegas de banda. — sua cara fecha — Você sequestrou essa menina?

— É claro que não! — digo firme — O Alex traiu ela e ela queria ficar longe da família. Foi só isso...

— Hmmm... — faz o barulhinho, enquanto prova o café, depois faz uma careta. — Falta açúcar! — diz e eu acabo caindo na risada.

Acho legal quando a minha mãe está assim toda descontraída, vê-la deprimida é horrível. O divórcio foi difícil para ela, foram 35 anos jogados no lixo, e o motivo para tal decisão, eu não sei até hoje.
Suspiro e resolvo preparar algumas torradas, ovos mexidos com mel e bacon, suco de laranja natural e um chá de mel. Não chega aos pés das coisas que ela faz, só que já é um começo.

— Você dormiu com ela? — minha mãe perguntou, enquanto eu tirava o suco da laranja.

— O que falamos sobre não perguntar sobre a minha vida sexual? É estranho. — ela ri.

— Eu também já fui adolescente, Nick. Também já saí de casa para transar com um homem e você também já fez isso. — ela ri e bebe um pouco do café. Realmente já fiz isso, e sim, a minha mãe é super ciente da minha sexualidade e super me apoia.

Mesmo que a minha vida sexual só tenha iniciado aos 17 anos, desde os 13 anos eu sabia que gostava de homem e mulher. E minha mãe me deu muito suporte em relação a isso, meu pai também, só que a minha mãe era mais entrosada no movimento. Ela disse que na escola tinha muitas amigas lésbicas que lhe ensinaram muito sobre o assunto.

— A senhorita Torres é bonita. Se você pretende assumir o lugar do Alex, espero que seja melhor que ele.

— Eu já sou melhor que ele. — digo dando uma piscada e ela ri.

— Com certeza é! Nunca fui com a cara desse menino. — dizendo cutucando um pedaço de fruta no prato. Eu apenas dou risada e termino de fazer o café.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Ally Torres

Acordo com a cama completamente vazia, pego o celular e tomo um susto por já ser quase 11 da manhã, e por ter um monte de ligações perdidas da minha família. O Leon não avisou a eles que eu voltaria? 
Affs. Por que eles tem que ser assim?

Dou de ombros e levanto da cama, eu estava me sentindo desconfortável nua, então levantei e peguei um moletom e uma cueca do Nick. O moletom ficou grande, mas a cueca até que ficou boa, a cintura do Nick é só um pouquinho mais larga que a minha. E Jesus, o que aquele menino faz com a língua e os dedos, é surreal. Nunca gozei também forte, igual ontem. Deus abençoe a pessoa que tiver ele pelo resto da vida.

Poderia ser eu? Sim, só que eu não sei, ele é o melhor amigo do meu ex e nem sei se os nossos sentimentos se tornaram recíprocos um dia. Ainda preciso de tempo para curar toda essa merda que o Alex me fez sentir. Talvez leve dias, semanas, meses ou até mesmo anos, até eu me sentir segura para namorar outra vez. A única coisa que importa, é que graças aquela postagem, eu me livrei de um grande arrependimento futuro.

Levanto da cama e caminho até o banheiro, tomo banho e procuro uma escova, tem umas duas ainda no pacote, pego uma delas e escovo os meus dentes. Depois de feito isso, visto as minhas roupas, amarro o cabelo num coque frouxo e saio do quarto. Estava indo em direção da porta, quando escutei o Nick me chamar.

— Ally! Eu não acredito que você iria fugir sem dar tchau. — diz rindo e eu me viro lentamente, vendo a senhora Waan me encarando com um sorriso malicioso. Será que ela sabe?

— Não iria fugir, apenas iria dizer para a minha família que ainda estou viva. — os dois riem.

— Mande uma mensagem e tome café conosco. — a senhora Waan diz. Eu balanço a cabeça algumas vezes, enquanto penso antes de aceitar o convite.

Ally: Bom dia, primito! Avise aos demais que estou viva e não tinha necessidade de ficarem me ligando.

Leon: Ok! Mas, acho bom vir para casa logo! Minha tia está quase arrancando os cabelos.

Rio e bloqueio o celular, me sento e começo a comer. Estava tudo delicioso e o Nick disse que foi que ele preparou tudo, acho que já tenho o meu sous chef. Depois de um tempo conversando com os dois, resolvo ir para casa.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Assim que passo pela porta, sou atingida por um abraço dos meus pais.

— Graças aos céus, você está bem! — diz a minha mãe com o seu drama de sempre. Os dois se afastam. — O que você estava?

— No apartamento do Nick. — todos me encaram em choque. Sim, todos, aparentemente ninguém foi embora. Será que estavam preocupados?

— Ué? Sua mãe esteve lá e a mãe dele não sabia de você.

— Ela nem sabia que eu estava lá. — passo por eles e vou em direção ao meu quarto. — Eu precisava de um amigo, por isso decidi dormir lá e desculpa por ter estragado a ceia.

— Tudo bem, meu amor. — diz Andrea — Só não esqueça que sempre estaremos aqui por você. — sorri, todos sorriem e eu também.

— Obrigada! Eu amo vocês. E Feliz Natal! — entro no meu quarto e caso não tenha ficado óbvio, eu aceitei o término e bloqueie o idiota em tudo.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Ally: Amigos com benefícios?

Nick: Amigos com benefícios.

═════ ⭐️.🎄.⭐️ ═════

Realmente o Natal é um momento mágico, sempre aprendemos muito com ele e eu com certeza aprendi muito esse ano e aprenderei muito mais nos próximos anos. Depois desse choque de realidade, eu com certeza, nunca mais serei a mesma.

Fim...🎄

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top