☃︎ Capítulo 8 ☃︎
Desculpa a demora, mas está aqui o capítulo.
Já avisando que não tem um hot enorme, porque estava zero criatividade para isso, mas tem quase onze mil palavras de muita boiolagem.
Autora on.
— Sim, ainda quero ser seu raio de sol. — Jeon abraçou o loirinho. — Senti saudade.
— Também senti. — puxou o cheiro do perfume.
Sem dificuldade, o mafioso colocou Jimin em seu colo.
— Vai Jungkook, me beija logo. — riu da pressa do pequeno.
— Claro. — beijou o loiro apressado.
Jeon segurando firme na cintura do Park, uma das mãos entrou dentro do moletom, sentindo a pele macia do menor. Jimin estava ficando molinho, mas precisava da mão do mafioso em outro lugar.
Pegou uma das mãos, deslizou para a sua bunda, já entendeu apertando ali. Os dois estavam querendo terminar aquilo na cama, mas Jeon não sabia se Jimin iria querer ser tão rápido com isso.
Continuou o beijo com apertos, passadas de mão, comentários nada puros.
— Quer dormir aqui? — Jungkook perguntou.
— Será que devo? — se fazer de santo. — Porque posso acabar na sua cama facilmente, e dormir onde você fudeu metade de Seul não me parece legal.
— Metade de Seul nada. — Jimin riu. — Nem é tanta gente assim.
— Tu é um puto Jeon, já te vi saindo com três mulheres, coisa de puto. — falou.
— Odeio quando tem razão. — ele sempre tem. — Mas eu comprei essa casa em novembro, antes era um apartamento, não trago ninguém para casa.
— Por que não? Vai falar que só transou com essa multidão em motel? — Park não acreditaria nem se pagassem.
— Não, existe uma regra, se eu trago para a minha casa é porque vai existir uma segunda vez, mas eu não quero duas vezes, então é só na casa da pessoa, ou em motel. — levou um tapa no peito.
— Como você é cachorro. — Jimin perplexo. — Você gosta realmente de mim? Porque se eu for parar na sua lista de pessoas com quem já fez sexo, eu te mato!
— Não raio de sol, você não vai parar em lista nenhuma. — falou. — Vou te tornar um Jeon Jimin.
Viu ele ficando vermelho de vergonha por saber que Jeon pensa em casar com ele.
— Quer dormir aqui? Se quiser apenas dormir, também aceito, saudade de acordar com você em cima de mim. — perguntou novamente.
— Tudo bem, eu durmo aqui. — aceitou.
— Roupa você pode ficar sem, não ligo. — Jimin riu.
— Tae está aqui no condomínio, ele sempre tem roupa minha, mas amanhã vejo isso. — falou.
— Essa máquina aí fora é sua? — confirmou.
— Meus pais me deram. — contou. — Muito lindo!
— Realmente. — concordou.
Jimin on.
— Sua irmã te pediu perdão?
— Contra a vontade dela, mas pediu. — falei. — Meus pais ainda não colocaram ela para morar sozinha, mas quando eu ouvi tudo que ela fez de propósito acabei falando umas coisas que pode levar ela para algum lugar.
— O que falou? — perguntou.
— Contei que Rosé já me bateu quando quis ver as maquiagens dela, era adolescente e estava curioso quanto aquilo. — ele não gostou de saber que apanhei dela. — No dia seguinte eu estava a ajudando com lição, eu que ensinei ela a se maquiar, se vestir bem, tudo para ser popular na nova escola, recebi como agradecimento ela ajudando as pessoas fazerem bullying comigo, e outras coisas.
— Se ela não fosse a sua irmã, eu a matava. — sei disso. — Tae me contou que você quase foi estuprado por colocarem droga na sua bebida.
— Sim, eu tinha quinze. — com uma irmã dessa, inimigos é desnecessário. — Mas agora já deixei claro que cansei dela, e que quando ela precisar de mim, e isso vai ser logo, eu não vou ajudar em nada. — falei. — Cansei de ser trouxa
— Fez bem, também disse adeus. — falou.
— Após o que ela fez, não esperava menos. — Estou com calor! — Aqui está quente! — tirei o moletom, ficou só a blusa de gola alta. — Vai me apresentar seu quarto?
— Quando quiser. — que tal...
— Agora. — me segurou firme e levantou, não pareceu se importar em me carregar.
Estava perto da escada quando ouvi miados, olhei para o chão, dois gatinhos, um preto e outro amarelo, filhotes.
— Me põe no chão. — pedi.
— Por quê? — apontei o chão, me colocou no chão.
— Que coisinhas lindas. — Peguei os dois. — Quando adotou?
— Assim que voltei da Suíça. — Há quase duas semanas. — E meu quarto?
— Depois. — Os gatos conseguiram chamar a minha atenção. — Você disse que iria adotar um cachorro.
— Não, gasta mais. — mão de vaca.
— Qual o nome? — perguntei.
— Minmin o amarelo por conta do seu cabelo loiro, e o preto não tem nome, todos que achei não combinavam com ele. — respondeu.
— Breu? — sugeri passando a mão nele.
— Não, nada de breu. — chato.
— Ele parece com você. — falei, tão bonitinho. — Que tal, chatinho?
— Ótimo jeito de me chamar de chato. — eu sei.
— Já sei. — esperou eu falar. — Pantera.
— Tudo bem, o pretinho vai ser pantera. — uma fofura.
— Eles estão com fome. — Jungkook foi dar comida para os dois. — Vem, vamos subir!
Segurou em minha mão, subimos a escada.
Eu olhando as coisas, aqui em cima também é bonito. Como ele fez tudo conceito aberto, consigo ver tudo lá embaixo, o parapeito é de vidro.
— Você tem bom gosto. — elogiei.
— Obrigado! — tem quadros abstratos na parede. — Meu quarto é por aqui.
— O último do corredor, por quê? — perguntei.
— Quando aparece uma visita chata, eu posso falar que meu quarto é longe e eu não ouvi. — sem vergonha.
Abriu a porta e me deu espaço para entrar primeiro, entrei no quarto dele, ele acendeu a luz.
— É bonito. — falei olhando tudo. — Pretendo vir bastante aqui, você deixa?
— Pode vir o quanto quiser. — me abraçou por trás, beijou minha nuca.
— Já abre um espaço no closet. — Bem grande. — Quando menos esperar já estou morando aqui.
— Não vou ligar. — eu estava brincando.
— Era brincadeira, ainda nem me pediu em namoro. — virei para ele. — Ou pretende ser apenas meu ficante?
— Não, eu vou casar com você! — minha boca abriu um pouco, e fiquei vermelho.
— Fica me deixando com vergonha, é de propósito. — ele riu. — Nem sabe se vou rejeitar ou aceitar.
— Teria coragem de rejeitar meu pedido? — confirmei. — Não acredito, é muito bondoso para fazer isso, tem um coração derretido como Mantega.
— Verdade. — concordei. — Mas eu sou um doce, quer provar?
— Adoraria. — ele me beijou.
É, hoje eu finalmente vou transar com ele, não é fazer amor, acho isso tão fofinho, mas não combina comigo.
[...]
— Mais uma. — falei.
— Você não cansa? — neguei.
— Eu vou sentar um pouco para descansar. — disse que fazer amor não combinava comigo.
— E eu que sou safado? — confirmei.
— Só sou safado aqui, fora do quarto o terrível é você. — Sou um anjo lá fora. — Mas se você não quiser tudo bem.
Fiquei de bunda para cima, sentindo minha pele queimar com ele olhando.
— Você é um capetinha. — colocou outra camisinha e subiu em cima de mim, senti penetrando de uma única vez. — Pensei que na quarta vez já estaria acostumado.
— Para de falar e me fode logo. — mas não me acostumei.
— Mandão! — sou mesmo.
Fiquei molinho quando começou a se movimentar, eu perco as forças, mas fico sempre querendo mais.
Segurou em minha cintura para dar sustentação na hora de acabar comigo, foi mais forte e segurando minha cintura com a mesma intensidade.
Não deu uma pausa até me fazer gozar novamente e ele gozar em seguida, agora eu cansei.
— Você não usou camisinha? — perguntei, ele saiu de cima de mim. — Rasgou ela?
— Parece que sim. — puta que pariu! — Então, foi forte o suficiente para você?
— Essa veio com defeito, camisinha não rasga facilmente assim. — falei. — Amanhã eu tomo uma pílula.
— Hoje, já passou da meia-noite. — legal.
— Preciso de um banho. — estou suado e sujo de porra, mas muito feliz.
Nós tomamos banho juntos, ele me deu banho, meu quadril está me matando.
Precisou lavar meu cabelo, odeio tirar porra do cabelo.
Saímos após escovar os dentes, entrei em seu closet o seguindo, segurando a toalha que cobre meu corpo acima do peito.
Entregou uma camiseta preta, ele compra roupa com números maiores, certeza! Uma cueca preta também, soltei a toalha, tirei a etiqueta no dente.
— Aguenta mais uma? — olhei bravo para ele. — Culpa sua que fica assim na minha frente.
— Safado! — coloquei a cueca e depois a camiseta.
Peguei a toalha e levei para o banheiro, coloquei no lugar certo. Voltei ao closet e ele já estava vestindo calça, só queria um desodorante.
Todos os produtos em cima da ilha, peguei o neutro, passei, e depois o perfume dele que o senti usando ontem quando cheguei.
Ele veio fazer isso, e eu olhei onde a toalha estava, no chão, ele já vai pegar.
Ia saindo do closet, segurei seu braço.
— Sua toalha. — apontei no chão.
— O que tem ela? — o lerdo sou eu.
— Que o chão não é o lugar dela, pega e coloca no banheiro. — falei.
— Mas tem quem faz isso. — rico.
— Só pega a toalha, não vai cair um pedaço. — foi até lá e pegou, saiu do closet. — Estou ouvindo seus resmungos.
— Nem falei nada. — Claro que não.
Sequei meu cabelo com o secador dele, aí sim saí do closet.
A cama está sem forro, Jungkook levou o outro sujo.
Achei onde guarda os limpos e coloquei na cama, e travesseiros.
Deitei bem na hora que ele entrou, apagou a luz e veio deitar ao meu lado.
— E as cortinas? — perguntei, ainda estão abertas.
— Fechar cortinas. — rico!
— Humilhando um necessitado. — ele riu.
— Você não tem nada de necessitado. — eu tenho. — Vamos dormir, você me cansou!
— Calúnia. — me abraçou.
— Boa noite! Raio de sol. — beijou minha nuca.
— Boa noite! — estou pensativo.
Ele ainda não falou que me ama, tudo bem que disse que me tornarei um "Jeon Jimin", isso indica casamento, mas eu queria ouvir que ele também me ama, porque eu o amo, e muito.
— Já dormiu? — neguei.
— Tô quase, por quê? — perguntei baixo.
— Queria falar uma coisa. — Que coisa? — Eu te amo!
Virei para ele sorrindo, ele falou.
— Sério? Me ama mesmo? — perguntei.
— Sim, eu te amo! — me deu um selinho.
— Eu também te amo! — abracei ele.
— Está chorando? — neguei. — Certeza?
— Fica quietinho para eu continuar te amando. — riu de mim.
— Não chora. — choro sim, é a primeira vez que escuto isso de algum par romântico. — Parece um bebê.
Fez carinho no meu cabelo, e eu dormi abraçado com ele.
Passei muito tempo dormindo, estava cansado. Acordei sozinho na cama, espero que não tenha sido um sonho o que aconteceu ontem.
Levantei e fui até o banheiro, fiz minha rotina matinal, voltei ao quarto passando a mão no cabelo para alinhar os fios.
Sentei na cama, peguei meu celular e mandei mensagem ao Tae.
Bom dia!
Preciso de um favor.
Ele logo apareceu digitando, recebi a mensagem.
Tae - Bom dia! O que exatamente?
Você poderia trazer algumas roupas minhas para a casa do Jungkook?
Sem comentários engraçadinhos.
Ele visualizou e demorou para responder, está surtando, certeza.
Tae - Em meia hora estou aí, safado!
Não sou, obrigado!
Jungkook entrou no quarto com uma bandeja, café na cama.
— Pensei que ainda estivesse dormindo. — não estou.
— Acordei faz poucos minutos. — falei. — É para mim?
— Sim. — colocou na minha frente. — Bom dia! — beijou minha testa.
— Bom dia! — quantas coisas gostosas, minha bebida preferida.
— Antes de comer. — Olhei para ele, pegou algo no bolso, abriu uma caixinha azul e colocou na bandeja ao lado do bolo.
Alianças!
— Por mim, iria te pedir em casamento. — não duvido. — Mas você nunca teve um namoro decente, e quero proporcionar isso para você. — nunca tive mesmo. — Park Jimin, meu raio de sol, quero ter a honra de ficar ao seu lado, te fazer sorrir, matar quem te fazer chorar, ser seu repouso, amigo, e namorado, aceita namorar comigo?
Tô chorando!
— Aceito! — limpei meus olhos. — Me fez chorar logo cedo, isso não se faz.
— Emotivo. — como que não chora com essas palavras? — Eu te beijaria, mas você não gosta de ser beijado antes de escovar o dente.
— Não gosto mesmo, mas já escovei, pode me beijar. — acho um pouco anti higiênico.
Ele se aproximou e me beijou, agora oficialmente como namorados!
Tô namorando alguém que me ama e não quer mudar meu jeito de ser, espero que o final dessa história seja em frente de um altar.
Não poderia estar mais feliz!
Terminou o beijo com selinhos demorados, abri os olhos, agora que é meu e demais nenhuma puta.
— Eu te amo! — falei.
— Eu te amo! — Ser amado de volta é muito bom. — Hora de colocar a aliança nesse lindo dedinho.
Pegou a menor, colocou no meu dedo anelar da mão direita.
— Sua vez. — peguei a outra, coloquei em seu dedo.
— Agora você é só meu! — apenas meu.
— Sim, só seu! — ele está de acordo. — Come.
Comecei pelo sanduíche, depois bolo de chocolate, em seguida alguns Cookies, foi o que eu aguentei comer.
— Salvou o número da Yuuko como "minha fofinha" por ser sua amiga, ou noiva? — perguntei, limpei a boca com o guardanapo que ele trouxe.
— Amiga, sua irmã estava salvo como "minha lindinha", agora está bloqueada. — com razão.
— Yuuko continua salvo como "minha fofinha"? — espero que não.
— Só Yuuko, meu namorado é ciumento e levemente inseguro. — bati no braço dele.
— Não sou inseguro! — cada coisa. — Só não gosto do fato da sua ex noiva estar salvo com nome carinhoso demais. — é estranho. — Deixa eu ver seu celular?
— Por quê? — quero saber se tem o número salvo se todas com quem já dormiu.
— Quero ver. — simples.
— Vai me deixar ver o seu? — peguei e ofereci. — Eu jurava que não.
— Não tenho nada a esconder. — Um ultimato.
— Argumento interessante. — pegou o dele no bolso e me entregou, ficou com o meu. — Trocou a senha?
— Sim, é 1301. — respondi. — Qual a senha do seu?
— 1310. — é meu aniversário? — Sim, é seu aniversário.
— Que fofinho. — coloquei e desbloqueou.
Fui direto na lista de contato.
— Trezentos contatos? — perguntei espantado.
— Sim. — quanta gente.
Fui lendo os nomes, 75% é mulher. No app de mensagem, achei conversa com homem também, as insinuações mostram que era alguém que já dormiu com ele.
Ouvimos a campainha.
— É para mim. — falei.
Coloquei o celular na mesa de cabeceira e levantei, peguei minha calça que estava em cima de uma das poltronas e vesti, calcei a pantufa de novo.
— Não mova um músculo, quando eu voltar a gente conversa. — deixar avisado.
— Por que sinto que me ferrei? — puto!
Peguei o celular dele e saí, se eu deixar aqui ele vai ver o que eu estava olhando. Coloquei no bolso, desci para o primeiro andar, vi os dois gatinhos brincando com o arranhador.
Fui até a porta, abri e saí para impedir que os dois espertinhos saiam.
— Oi! — Helen veio também.
— Oi nada, conta o que aconteceu? — curiosos.
— Eu vim devolver o moletom dele ontem após pensar bastante, e decidi ouvir o seu lado da história. — comecei a contar. — Ele me contou e se explicou, me pediu perdão, disse que não vai mais casar com a japonesa. — mas comigo sim. — Perdoei e pedi perdão também, nós nos acertamos, o que aconteceu depois já imaginam.
— Sexo selvagem. — Tae falou.
— Com certeza foi isso, agora o humor do Jimin vai melhorar. — não tenha tanta certeza.
— É. — falei. — Hoje ele me trouxe café na cama, e me pediu em namoro. — mostrei a mão com a aliança.
— Finalmente namorando o crush de anos. — Helen falou. — Você transou ontem/hoje, está namorando, mas parece bravo.
— Ia falar a mesma coisa. — Tae concordou.
— Como que fica de boa sendo que seu namorado é grande puto, quase prostituto. — é impossível.
— Explica. — expliquei. — Mas eles são passados, é só pedir para ele apagar. — Helen calma como sempre.
— Faça um barraco. — barraqueiro. — Helen fala isso, mas quando começou a namorar a Na-yeon, a namorada deixou quatro contatos no seu celular.
— E estão os quatro até hoje. — Helen confirmou. — Nenhum dos outro trezentos fazem falta.
— Jungkook também tem trezentos. — falei.
— É mal de ativo, Yoongi e Hoseok também tinham isso. — Tae comentou. — Apaguei tudo, ter número de ex ficante para quê? Se está comigo não vai ter número de outro, não gostou? Termina.
— Exatamente. — concordei com ele.
— Passivos são assustadores. — Que nada menina, somos um doce.
— Coisa da sua cabeça. — Tae me entregou uma sacola de papel. — Roupa para você.
— Obrigado! — agradeci.
— Nós já vamos, deixei minha princesa sozinha com a capetinha. — é a sobrinha dela. — Da última vez pintaram a piscina de rosa.
— Yoongi está resfriado, mas quem vê pensa que está nos últimos dias de vida, dramático! — faz parte. — Tchau! Boa sorte com seu namorado.
— Tchau! — me despedi dos dois.
Entrei na casa, os gatinhos perto da porta, fechei ela rápido para evitar o pior.
— Não pode sair. — falei com eles, miaram. — Bonitinhos!
Subi para o segundo andar, fui até o quarto, Jungkook no mesmo lugar.
— O que tem na sacola? — perguntou.
— Roupas que o Tae e a Helen vieram me entregar. — respondi, coloquei em cima da poltrona. Sentei na cama após tirar o celular dele do bolso.
— Em que eu me ferrei? — por onde eu começo?
— Antes nós não tínhamos um relacionamento sério, agora que temos, exclua todos os contatos de pessoas com quem já transou ou namorou. — falei direto, sem rodeios. — Não tem sentido continuar com eles aí.
— Eu namorei só uma vez. — encarei ele. — Tá! Quatro vezes, mas durou menos de dois meses. — foi antes de me conhecer, após me conhecer ele não namorou mais ninguém.
— Já sabe dos meus dois antigos namorados, um durou um ano, e o outro seis meses. — entreguei o celular para ele. — As conversas indecentes também, puto!
— Assim vai machucar. — está merecendo. — Você não tem nada no celular.
— Não mesmo, esse negócio de dormir com várias só você fez. — falei. — Sou um anjinho.
— Vai sonhando! — olhei a tela do celular, apagando 289 contatos.
— Quem são os onze que ficou? — perguntei.
— Meus pais, Yoongi, Hoseok, Tae, Helen, Namjoon, Jin, Yuuko, Na-yeon e pizzaria. — terminou de apagar. — Pronto, já me livrei de apanhar no primeiro dia de namoro.
— Ainda não. — me olhou esperando o que falta. — Salva o meu número. — ele anotou o meu, fiz o mesmo. — Está como?
— Meu raio de sol e um coração vermelho. — mostrou. — Nem pense em salvar como Jungkook.
— Sou péssimo com apelidos. — ruim mesmo. — Já sei, meu amor, o que acha? — perguntei olhando a tela do meu celular, senti um beijo no meu pescoço. — Não faz isso, sabe que sou sensível.
— Por isso estou fazendo. — jura? — Eu acho perfeito, pode colocar esse, me chamar assim também.
— Vai devagar, não estou acostumado a colocar apelidos carinhosos nas pessoas. — posso te chamar de praga.
— Tudo bem! — salvei o número dele. — Seus pais ficaram como em você vir aqui?
— Puta que pariu! — Entrei no aplicativo de mensagem, quinze ligações perdidas da minha mãe. — Sinto que vou morrer.
— O que você fez? — perguntou.
— Esqueci de avisar que iria dormir fora, meu plano era só vir e entregar seu moletom, conversar, mas dormir não. — respondi.
Liguei para ela, na primeira chamada já atendeu.
— Onde você está Park Jimin? — perguntou preocupada. — São onze horas, você disse que seria rápido seu compromisso, quer me matar de preocupação? Por que não atendeu esse celular? A função dele é essa, você me atender quando eu te ligo!
— Oi, mãe! Desculpa preocupar a senhora, eu acabei esquecendo completamente de te avisar. — esqueci mesmo. — Não atendi porque acabei tirando o som, então não ouvi suas ligações. — eu tirei antes de entrar na casa, para não atrapalhar na hora da conversa. — E estou na casa do Jungkook, dormi aqui.
— Na casa do Jungkook, vocês se acertaram? — com tapas não, mas na conversa sim.
— Sim, está tudo bem entre nós. — Jeon me olhando.
— Que bom! Seu pai foi chorar no banheiro. — dramático e ciumento. — Volta hoje para casa?
— Se eu volto hoje? — olhei Jungkook, negou. — Não, vou ficar mais um dia.
— Tudo bem, ligue se algo mudar. — confirmei. — Tchau! Se cuide!
— Tchau! Não deixa o pai sozinho, risco de vir atrás de mim. — ela riu porque sabe ser verdade.
Desliguei, coloquei o celular na mesa de cabeceira.
— Então, o que vamos fazer? — perguntei.
— Agora eu vou para o escritório resolver certos assuntos, e você vai comprar a pílula. — já tinha esquecido disso.
— Deixa eu ir com você? — pedi. — Por favor.
— Não vai me ganhar com esse biquinho lindo, vai comprar a pílula. — chato.
— Hoje eu não vou te amar. — falei bicudo. — Você não pensa em ter filho um dia?
— Sim, mas não no momento. — entendo. — E acho melhor após estarmos casados.
— Tudo bem! — queria antes. — Vou te contar uma coisa.
— O quê? — perguntou.
— As chances que eu tenho de engravidar são poucas, é genética, minha mãe tem, a mãe dela tem, minha bisa tinha. — contei. — Quando minha mãe engravidou, ela fez um tratamento de um ano para conseguir. — quero deixar ele ciente. — Eu quero ter filhos, mas talvez não aconteça.
Só se eu me submeter a um tratamento dolorido de um ano.
— Está bem com isso? Talvez eu não consiga te dar filhos. — avisar antes.
— Estou bem, nunca sonhei em ser pai. — menos mal. — Se eu tiver você comigo não preciso de mais nada, você é suficiente. — beijou minha testa. — Ainda vai tomar a pílula.
— Tá! — isso que é medo de ser pai.
Nós dois trocamos de roupa, escovamos os dentes.
— Não trouxe cartão, e nem dinheiro. — falei antes de sairmos.
— Eu dou o dinheiro. — tirou a carteira do bolso, pegou uma nota.
— Mão de vaca, nem para dar a mais. — ele riu.
— Não sou mão de vaca. — calúnia.
Saímos da casa, eu fui até meu carro, abri a porta e entrei.
— Nem um beijo eu ganho? — fechei a porta e abri o vidro.
— Não me deu dinheiro para sorvete, então não! — liguei o carro.
— Vingativo. — não viu nada.
Voltei na rua que vim, saí do condomínio.
Fui até a farmácia que costumo comprar remédios, o caminho foi tranquilo e rápido, o carro ser veloz ajuda.
Saí do carro, olhei a farmácia, abriu uma sorveteria ao lado.
Comprar a pílula ou um sorvete? A pílula é desnecessária, eu nem tenho chance de engravidar mesmo.
Comprei um sorvete, fui olhando as vitrines tomando meu sorvete, ele ajudou minha consciência ficar menos pesada.
Em nome de Cristo não vou engravidar! Amém.
Voltei para o condomínio, entrar na casa foi fácil já que ele me deu a senha.
— Oi gatinhos. — os dois miando.
Tirei meu tênis e subi, só troquei de roupa e escovei o dente. Voltei ao primeiro andar, liguei a televisão.
Assisti a um filme de uma hora e pouco, ele ainda não chegou.
Fui até a cozinha, abri a geladeira, estava procurando chocolate, achei uma barra.
— Roubando a geladeira? — que susto!
— Não faz isso! — chato.
Virei para ele abrindo a embalagem da barra, mordi um pedaço e fechei a geladeira.
— Por que demorou? — está atrás da ilha.
— Passei em um restaurante, trouxe comida. — colocou a sacola em cima, já fui olhar para ver o que ele trouxe de gostoso. — E sorvete já que você queria.
Parei de mexer, nem está pesada a consciência.
— É mesmo? — perguntei.
— Sim, aqui. — mais uma sacola. — E calda também.
— Não precisava, mas obrigado. — olhei a sacola, do mesmo que tomei mais cedo.
— Tomou a pílula? — confirmei olhando ainda a sacola.
Me sinto péssimo!
Mas não durou muito quando ele começou a me irritar, quase bati nele.
Com o que ele me irritou? Comeu minha carne, fiquei só no ódio!
— Quem é o bebê mais bravo? — sentou do meu lado no sofá, estava comendo meu sorvete.
— Me deixa. — Virei de costas.
— Desculpa bebê, prometo que não vou comer sua carne de novo. — só vou desculpar porque o dinheiro para pílula foi gasto em sorvete.
— Tá! Se fizer de novo eu atiro em você. — falei.
— Agressivo! — Nem sou.
Me abraçou, terminei de tomar o sorvete com ele beijando meu pescoço.
Os dias se passaram, as semanas, dois meses se passaram.
— Jimin, o que vai fazer hoje? — Helen me perguntou.
Estava tirando roupas do closet para doar. Eu mudei da casa dos meus pais, para o meu apartamento, mas passo mais tempo na casa do Jungkook que aqui.
— Jungkook vai me levar para sair, hoje completamos sessenta dias juntos. — respondi. — Por quê?
— Eu agora estou noivo também. — Tae falou. — Íamos ficar vendo coisas de casamentos.
— Uma pena que não vou poder. — ótimo! Os dois ficam fazendo música atrás de mim.
"Todo mundo tem um noivo, só o Jimin que não tem".
— Quando será que Jungkook vai te pedir em casamento? — Helen perguntou.
— Amo estar namorando, mas também queria saber sobre isso. — falei. — Eu quero casar!
— Nós vamos. — Tae falou. — Helen na próxima semana, e eu em um mês.
— Você pode pedir ele. — olhei para ela.
— Não, vai parecer que estou desesperado. — Estou, mas não vem ao caso.
— Você está, semana passada chorou comendo os bolos que fomos experimentar para o meu casamento. — Tae comentou.
— Jungkook é louco por você, ele facilmente aceitaria. — Helen concluiu.
— Mas só estamos namorando há dois meses. — rápido demais!
— Eu pedi minha princesa após três semanas namorando, mas estamos noivas há três anos. — eu sei, juntei as duas. — Não existe tempo para isso, se vocês se amam e querem estar juntos para sempre, não tem problema.
— Vou pensar. — e bastante. — Terminei, peguem o que vão querer.
Sim, minha doação é para os dois.
Os dois foram dividindo, só algumas peças deram briga.
— O que vai dar de presente para o Jungkook? — ela perguntou experimentando uma jaqueta.
— Um carro. — Os dois olharam para mim. — Tô brincando!
— Está nada, você comprou um carro para dar de presente? — confirmei.
— Certeza que ama ele, nós dois ficaríamos lindos juntos! — Tae interesseiro falou.
— Essa calça é perfeita em você, por que vai doar? — Helen perguntou, mostrou a calça de couro.
— Já disse, eu engordei no último mês, ela não serve mais. — expliquei.
— Engordou né? — entendi.
— Não estou grávido! E parem de insistir nisso. — falei. — Nós só fazemos sexo com camisinha, e eu tenho aquele problema, sem tratamento não vou engravidar.
— Quero tanto ser tia. — por enquanto, vai ficar querendo.
— Eu engordei porque Jungkook me enche de comida, sempre que vou lá cozinha para mim, e minhas comidas favoritas. — Fica difícil não comer muito. — E se falo de fazer dieta ele fica bravo, fala que não preciso.
— Não precisa mesmo, ficou mais gostoso! — cada coisa.
— Delícia. — amigos doidos!
— Vou fazer escondido, daqui a pouco vou rolar se continuar nesse ritmo. — já me vejo rolando por aí, mini bolinha.
— Vai fazer por que quer, ou ainda é pelo comentário que a ex ficante do Jungkook fez? — vou deportar a Helen para o Brasil.
— Os dois. — ficaram bravos. — Ela me chamou de baleia enorme.
— E o que aconteceu depois? — chorei por uma hora sem pausa. — Jungkook matou ela.
E isso também.
— Vamos logo arrumar sua roupa para o encontro. — Decidimos o que eu iria usar, e depois eles foram embora.
Tive meu dia de príncipe, até em SPA eu fui. Ao estar no apartamento novamente, tomei banho e lavei o cabelo.
Vontade de comer um docinho!
Com roupão eu fui para a cozinha e peguei doce na geladeira, comi e voltei ao quarto.
Escovei o dente, antes de ir para o closet. Vesti calça jeans preta, blusa de pelinho branca, calcei bota off-white.
Me olhei no espelho, ser eu é difícil, muito lindo!
Arrumei meu cabelo, e passei maquiagem. Coloquei os acessórios brincos e o colar que ele me deu.
Passei perfume por último como sempre, desodorante também, neutro, o com cheiro estava me fazendo mal.
Saí do quarto com meu celular e cartão, não vou pagar nada, é porque vou dormir na casa dele, se eu quiser comprar algo amanhã preciso do meu cartão.
Ouvi a campainha, fui até a porta, abri.
— Oi, bebê! — falou.
— Um instante. — falei. — Desligar as luzes. — apagou, saí e tranquei a porta. — Oi, amor! — dei um selinho demorado nele. — Estava com saudade!
— Mas nós nos vimos ontem. — grande coisa.
— Muito tempo. — uma década quase. — Ficar grudadinho em você.
— Vamos meu grudinho. — segurou em minha mão entrelaçando nossos dedos. — Está mais carente que o normal.
— Se quiser eu te dou espaço. — chato! Pode nem ser grudinho agora.
— Não, amo você ser um grude. — bom mesmo.
Descemos no elevador e saímos do prédio, o carro parado em frente, abriu a porta para mim.
Fiquei esperando ele entrar, logo o fez.
— Está lindo! E muito gostoso. — elogiou.
— Obrigado! — agradeci. — Vamos? Tô com fome!
— O que seus amigos iriam fazer hoje? — perguntou.
— Ficar olhando coisas de casamento. — respondi. — Nada legal.
— Não é legal casamento? — ele não entendeu.
— É, mas eu não vou casar por agora, então não é divertido para mim ficar olhando essas coisas. — uma pena.
Jungkook é o melhor namorado que já tive, mas eu quero ter ele como noivo, e esposo.
— Agora eu entendi. — e jura que eu sou lerdo.
O caminho foi tranquilo, eu olhando a janela enquanto ele dirige e segura minha mão.
— Coloca isso. — uma faixa, estava para entrar no restaurante.
— Nem pensar, eu estou maquiado. — falei.
— Está? — perguntou olhando meu rosto.
— Não, eu nasci com o olho esfumado e a boca brilhando. — cada pergunta.
— Cavalinho, não vai acontecer nada com a sua maquiagem. — duvido muito.
— Eu fecho os olhos. — ele aceitou.
Foi me guiando em tudo, se eu cair, mato ele!
Nós subimos uma escada, ouvia o violoncelo e o piano no segundo andar.
— Pode abrir os olhos. — abri, olhei tudo sorrindo. — Você ama as estrelas, vamos jantar sob as estrelas.
— Eu amei. — o teto é todo de vidro, a lua e as estrelas estão lindas. — Obrigado amor!
— Por aqui senhores. — o garçom falou, nos levou até a mesa, Jeon puxou a cadeira para mim. — O cardápio. — entregou após nós dois estarmos sentados.
— Já comeu aqui? — perguntei para ele.
— Não, Namjoon recomendou, e após vir aqui para olhar o espaço confirmei que iria gostar. — atencioso.
Olhei todas as várias opções do cardápio, escolhi risoto com legumes e frango grelhado, e vinho branco para acompanhar.
— Escolheu? — confirmei, chamou o garçom, ele falou o que escolheu, e eu a minha parte.
— O que vão beber senhores? — Jungkook quis suco porque está dirigindo.
— Vinho branco. — falei.
— Ótima escolha, já trago, com sua licença. — e se retirou.
Olhei o teto, está lindo o céu.
— Bebê, seu pescoço vai doer se continuar assim. — não ligo.
— A constelação de Órion está linda! — falei.
— Se você diz, eu acredito. — ele não sabe diferenciar constelações.
Após a comida chegar precisei parar de olhar para cima, me concentrei no prato e na taça.
— Você que deu meu novo número para a sua irmã? — tomei um gole do vinho, que não está descendo bem.
Por que novo número? Eu derrubei o celular antigo dele na banheira, foi após fazermos sexo, e eu queria tirar foto, não deu certo.
— Não, deve ter sido a Lisa. — respondi.
— Vou falar com a Lisa. — se fudeu.
Meus pais deram duas opções para a Rosé: ir servir as forças armadas e fazer terapia, ou ser deserdada. Faz dois meses que ela está servindo as forças armadas, tem mais um ano e dez meses pela frente.
— O que ela te falou? — pegou o celular e me passou.
Abri no aplicativo de mensagem, entrei na mensagem. Está pedindo ajuda para sair do exército, se meus pais souberem ela está ferrada.
Tirei print e enviei para mim.
— Toma. — devolvi.
Tivemos um jantar tranquilo, o vinho realmente não me fez bem. Vou tomar remédio depois, antes que piore.
A sobremesa eu pedi torta de limão, Jungkook quis algo mais chique que nem sei falar o nome.
Comi bem devagar olhando as estrelas, saboreando.
Jungkook levantou e abaixou com um joelho no chão, ao meu lado.
Engasguei com a torta, o que ele está fazendo?
— Vai amarrar seu cadarço? — ele riu e negou. — Então o que está fazendo?
— Meu namorado falou que quando fosse para pedir em casamento, queria sob as estrelas. — é brincadeira né? — Jimin, antes de pensar que posso estar indo rápido demais, nós nos conhecemos há sete anos, e eu quero recuperar todo esse tempo que não pude estar ao seu lado. — vai me fazer chorar. — Não quero mais você como meu namorado, e sim, como noivo. — estou chorando. — Quero passar todos os dias da minha vida contigo, que seja meu para sempre assim como serei apenas seu, eu te amo e não imagino minha vida sem você, quer casar comigo? — abriu a caixinha mostrando as alianças.
Eu não era emotivo assim.
— Sim, mil vezes sim. — ele sorriu, ficou com medo que eu não aceitasse. — Rápido.
— Apressado! — pegou a aliança com pedrinhas, e colocou no meu dedo, beijou em cima. — Eu te amo!
— Minha vez. — Coloquei no dedo dele.
Me fez levantar, segurando minha cintura.
— Prometo que vou te fazer muito feliz. — falou.
— Acredito em você. — tô tão feliz! — Eu te amo!
Beijou-me, fui pedido em casamento sob as estrelas, por quem eu amo e me ama.
Pensei que isso não aconteceria, mas está acontecendo.
Suas mãos me mantêm em pé porque sempre fico molinho, pode me beijar mil vezes que será como a primeira vez, uma mistura de sentimentos.
Nos afastamos com selinhos demorados, abri os olhos.
— Eu amo as estrelas. — falei. — Mas amo mais teus olhos.
— Por quê? — perguntou.
— Seus olhos tem várias constelações, e elas brilham por minha causa, as estrelas não. — expliquei.
— Eles sempre vão brilhar por sua causa. — beijou minha testa.
Após terminar de comer meu pedaço de torta e pagar a conta, nós fomos embora.
Eu admirando minha aliança, tirei uma foto e coloquei no grupo, mandei para a minha mãe também.
Tae - FINALMENTE!
Helen - Parabéns! Você vai ser muito feliz, Jimin!
Tae - Com certeza, Jungkook morre por você, te fazer feliz é mais fácil.
Helen - Tendo doce e comida ele é feliz.
Os dois me zoando, palhaçada!
Fui ver o que minha mãe falou.
Mãe - Parabéns filho! Jungkook vai te fazer muito feliz!
Mãe - Nem pense em me esquecer só porque vai casar.
Mãe - Seu pai quer saber quanto dinheiro ele vai precisar gastar no seu casamento.
— Falando com seus amigos? — perguntou.
— Não, os dois estão me zoando, dizendo que se me dar doce e comida já me faz feliz. — respondi. — Se concordar, apanha.
— Claro que não bebê. — nada convincente. — Com quem está falando então?
— Minha mãe, meu pai quer saber quanto dinheiro ele vai precisar gastar no meu casamento. — falei.
— Nada, eu vou pagar tudo. — eu amo esse homem!
Obrigado mãe! E não vou te esquecer.
Jungkook disse que o pai não vai gastar nada, ele vai pagar tudo.
Esperei pela resposta, logo apareceu.
Mãe - Seu pai pulou de alegria, mas eu insisto, pelo menos uma coisa nós vamos pagar.
— Meu pai achou ótimo, mas minha mãe quer pagar algo. — Minha mãe é mão aberta, meu pai dá tchau com a mão fechada.
— Fale que não precisa. — quero ver ela aceitar.
Não precisa mãe.
Mãe - Discordo! Já sei, nós damos a Lua de mel.
Mãe - Escolham o lugar e nós pagamos tudo.
Mãe - Se quiser voltar grávido, não irei ligar.
— Boa notícia. — começar assim.
— Qual? — perguntou.
— Nós ganhamos a Lua de mel. — maravilha, né?
— Seus pais são ótimos! — são mesmo. — Quero ver como vou convencer os meus a não pagar nada.
— Boa sorte! — vai precisar. — Ela disse que é só escolher o lugar, vão pagar tudo.
— Primeiro presente. — Sim, terão mais. — O que mais ela disse?
— Que não irá ligar se eu voltar grávido. — contei sem dar importância.
Nada de netos mãe.
— Não sei se é uma boa ideia. — falou. — Nós teríamos acabado de casar, e você nem fez aquele tratamento.
— Sim. — filhos não está na lista de sonhos, ou prioridade do Jungkook.
Ele parou o carro em frente a casa dele, veio e abriu a porta para mim.
— Você me deu um lindo presente, agora é a minha vez. — segurei em sua mão e levei até a frente da garagem. — Fecha os olhos.
— Sério? — seríssimo. — Tá! — fechou.
Fui até a porta, coloquei a senha e a porta começou a subir, acendi a luz da garagem.
— Pode abrir. — abriu e se surpreendeu.
— Está me dando um carro? — confirmei.
— Você merece, e não me faça mudar de ideia quanto a isso, ou eu pego de volta. — não me irrita.
— Sim, chefe. — ele faz com êxito me irritar.
— Quer testar o motor? — perguntei.
— Eu posso? — parece criança.
— Ele é seu, então sim. — respondi. — A chave está na ignição.
— Obrigado bebê! — depois ele me recompensa, está concentrado demais no carro.
Entrou no Mercedes Benz preto, já ouvi ele comentando desse carro.
— Quer vir? — perguntou com a cabeça para fora da janela.
— Não, curta seu momento. — e eu preciso tomar remédio logo.
— Volto logo. — Claro que volta.
Saiu com o carro, ele não volta tão cedo.
Sabia que deveria ter entregado amanhã, mas eu nem imaginava que ele iria me pedir em casamento hoje.
Guardei o carro que fomos, apaguei a luz, saí e fechei o portão. Entrei na casa dele, estava escuro.
— Acender a luz da sala de estar. — acendeu.
Tirei a bota, calcei minha pantufa e segui caminho.
— Oi! — os gatos miando, coloquei comida para eles.
Subi para o quarto, entrei no closet, deixei minha bota com outros sapatos meus. Peguei um pijama leve de seda azul-escuro, fui para o banheiro.
Abri a parte debaixo da pia e peguei a caixa de remédios, para qualquer tipo de dor. Estava para tomar o para dor de cabeça quando senti minha boca encher de saliva, droga.
Adeus vinho! Vomitei tudo. Já imaginava que tinha me feito mal, só não pensei que fosse tanto.
Dei descarga, meu estômago está melhor!
Coloquei a banheira para encher e fui escovar o dente. Tomei o remédio enfim.
Tirei minha roupa, deixei os acessórios em cima da pia.
Entrei na banheira, relaxar um pouco.
Vou evitar bebida alcoólica por um tempo, segunda vez que isso acontece.
Fiquei um bom tempo na banheira, cheguei a cochilar.
— Bebê. — sinto toques no meu ombro. — Bebê.
— Hum? — resmunguei.
— Dormiu na banheira. — Abri os olhos. — Está cansado?
— Não, deve ser efeito do remédio. — falei.
— Remédio? — confirmei. — Está doente?
— Não, o vinho me fez mal. — contei. — Já coloquei para fora, mas estou com fome agora.
— Consegue se vestir sozinho? — sim. — Vou trazer algo para você comer, se precisar de ajuda, me chama.
Saiu do banheiro, levantei e saí da banheira, usei uma toalha para me secar. Vesti o shortinho e a camisa do pijama, calcei a pantufa novamente.
Ao sair do banheiro me sentei no banco recamier preto, fica aos pés da cama.
Logo Jungkook entrou com um prato e uma xícara, veio até mim, me entregou os dois.
— Obrigado! — coloquei o prato nas minhas coxas. — O que tem no sanduíche?
— Frango, tomate e queijo. — bom! — O chá é de camomila.
Comecei a comer o sanduíche, na sequência que eu gosto, nem tomate, e nem frango encostando no pão, as fatias de queijo impedindo isso.
— É a primeira vez que o vinho te faz mal? — neguei.
— Já aconteceu antes. — contei. — Uma vez no mês passado, e há alguns anos.
Há alguns anos foi por beber três garrafas, mas ele não precisa saber.
— Quando bebeu vinho no mês passado? — perguntou.
— Na comemoração do noivado do Tae. — respondi.
— Não beba mais vinho, não gosto de te ver assim, pálido. — terminei de comer e beber. — Vou levar isso.
Após escovar o dente e tirar toda maquiagem, me deitei.
— Que sono! — resmunguei.
Se Jungkook quiser transar hoje vai ser sozinho, porque eu não vou transar com ninguém.
Quando ele voltou, foi até o banheiro, depois closet, e enfim deitou ao meu lado.
Nos cobriu com um lençol, e me abraçou.
— Costuma ficar em cima de mim. — falou. — Apagar a luz.
— Estou bem aqui. — falei.
— Sei. — dormi bem grudadinho nele.
De madrugada eu acordei, olhei Jungkook, completamente apagado.
Levantei devagar, calcei pantufas e saí do quarto sem fazer barulho, os gatos aproveitaram para entrar, um fica na poltrona, o outro na cara do Jungkook.
Desci para o primeiro andar, a luz da cozinha estava acesa, Jungkook deve ter esquecido de apagar.
Abri a geladeira e peguei o que me fez acordar, sorvete. Coloquei em um bowl, com pedaços de chocolate, Nutella e m&m's. Sentei no balcão, e comecei a comer minha mistura doida.
Ouvi passos na escada, eles acordaram o Jungkook.
— O que faz acordado aí, bebê? — perguntou, se aproximou.
— Comendo. — ficou no meio das minhas pernas, olhou o que tem no bowl.
— Não costuma acordar para comer, e o que você está comendo? — como eu misturei tudo, está indecifrável o que tem dentro do bowl.
— Sorvete, chocolate, Nutella e m&m's. — respondi. — Quer?
— Definitivamente não. — negando minha mistura doida. — Só acordou por isso, ou passou mal de novo?
— Só por isso. — acordei com a boca salivando. — As bolinhas de pelo te acordaram?
— Sim, estavam brincando de pular em cima da minha barriga. — só queriam tirar ele da cama.
— Te amam. — já estou terminando. — Você vai sair depois?
— Está falando de ir resolver assuntos da máfia? — agora que ele é líder aqui na Coréia, Namjoon se aposentou recentemente, Jin não gostou nada de ter o marido mais tempo em casa, mais tempo para quebrar as coisas.
— Sim, você vai? — negou. — Porque precisamos conversar.
— Sobre? — ele preocupado antes que eu fale o motivo.
— O óbvio, nosso casamento. — respirou aliviado. — Terminei.
— Após o café nós conversamos. — está marcado.
Fiz ele me carregar para o andar de cima, Passivos no poder!
Me colocou no chão quando chegamos no quarto, eu fui ao banheiro escovar meus dentes. Quando saí Jungkook colocava as duas bolinhas na poltrona.
— Vão voltar. — falei.
— Não vão. — com certeza vão.
Deitei e ele em seguida, assim que nos cobrimos os gatos pularam deitando no nosso meio.
— Eu disse que eles iriam voltar. — Voltamos a dormir com eles plenos no meio.
[...] Mais tarde.
Eu acordei mais de dez horas, já estava sozinho na cama, porque Jungkook não fica na cama após acordar, sempre levanta.
Levantei e fui direto para o banheiro, nunca fui tanto ao banheiro como ultimamente, minha bexiga está diminuindo de tamanho, ou estou tomando muita água.
Lavei as mãos, escovei o dente e lavei meu rosto, passei protetor solar. Penteio meu cabelo, estava parecendo que vi um fantasma.
Saí do banheiro e entrei no closet, troquei o pijama por shortinho moletom preto e cropped sem manga branco.
Arrumei a cama antes de sair do quarto, as cortinas já estavam abertas, isso não tem me atrapalhado dormir nas últimas semanas.
Desci para o primeiro andar, Jungkook está mexendo em algo de costas para mim no balcão.
Minmin e pantera sentados perto do pé dele, comendo biscoitos que ele está dando.
Fui devagar e o abracei por trás.
— Bom dia! Bebê dorminhoco. — Nem dormi tanto.
— Bom dia! Amor. — beijei as costas dele. — O que está fazendo?
— Nosso café da manhã. — respondeu.
— Ótimo! Estou com fome! — bastante.
— Quando não está? — ouvi ele resmungando, bati nele. — Isso doeu.
— Não me acuse que não irei te bater. — falei.
Sentei à mesa para esperar nosso café sair, os gatos vieram atrás de mim, pantera subiu no meu colo, em seguida Minmin.
— Sou cama agora? — miaram, deitaram os dois com a cabeça na minha barriga.
— Aqui, coma, raio de sol. — colocou o prato na minha frente com pão e ovos mexidos. — Seu capuccino.
— Obrigado amor. — comecei a comer tomando cuidado com os gatos.
— Por que não come comida como os outros coreanos? — perguntou após sentar na minha frente.
— Meu pai é filho de coreanos, mas nasceu no Canadá, se mudou para a Coréia com dezenove anos, nunca se acostumou com comida cedo, minha mãe se adaptou a ele e eu também nunca cheguei a experimentar comida de manhã. — respondi. — Você é pelos seus pais?
— Sim, comida coreana eu fui ver na escola, minha mãe não arrisca cozinhar nada da Coréia. — os pais dele são de Israel, por isso judeus.
Jungkook, quando tinha apenas dois anos, foi abandonado pela mãe biológica no muro das lamentações em Jerusalém, e ele nunca mais a viu. Acabou sendo cuidado pela embaixada coreana em Israel, o embaixador Israelita quando o viu se encantou. Assim, ele foi adotado pelo embaixador e sua esposa que não pode ter filhos.
O embaixador pediu para vir à Coréia, eles queriam criar o pequeno Jeon perto do seu povo.
— Meu colo está pegando fogo. — reclamei.
— Os gatos estão aí? — confirmei.
Ele levantou e colocou ração nos potinhos, os dois pularam do meu colo e foram comer.
— Pronto. — sentou novamente.
Nós comemos e ele foi lavar a louça, eu fui até o escritório dele, mas foi rápido, só queria pegar o iPad.
Fiquei olhando umas coisas até ele terminar, sentou do meu lado no sofá.
— Vamos conversar! — falei. — Você quer casar em quantos meses?
— Por parte bebê, calma! — tô ansioso! — Primeiro a se decidir, onde vamos morar após casar?
Não tinha pensado nisso.
— Excelente pergunta, e eu já respondo. — entreguei o iPad e corri para o lavabo.
— Ainda é pelo vinho, bebê? — perguntou.
Certeza que meus órgãos desceram pelo cano, odeio ficar assim.
Escovei o dente após dar descarga, e em breve tô com fome de novo.
— Não é pelo vinho, já coloquei ele para fora ontem. — voltamos à sala.
— Aquela mistura doida pode ter dado isso. — deve ser. — Quer tomar algum remédio? Talvez um chá?
— Estou bem! — não mesmo. — Voltando ao assunto antigo, você não vai querer se mudar para o meu apartamento, e eu não quero mudar para a sua casa.
— Compramos uma casa então? — confirmei.
Anotei no primeiro item, "comprar uma casa".
— Vai ser casa ou apartamento? — perguntei.
— Casa, não sou fã de morar tão perto de outras pessoas, e dividir garagem também não. — enjoado!
— Vamos ter que dividir tempo em ter que planejar o casamento e a casa. — Vai ser difícil.
— Não vamos. — como assim? — Eu vou planejar nossa casa, e você o casamento, ou o contrário, pode escolher.
— Está me dizendo que vai planejar a nossa casa e eu não vou saber de nada? — confirmou, bati nele. — Sabe que eu odeio surpresas!
— Sim, mas você pode planejar a casa e eu o casamento. — olha o ódio subindo. — O que vai querer bebê?
— Te matar, tem essa opção? — negou enquanto ria. — Escolho o casamento. — casamento é um só, a casa eu mudo depois para o jeito que eu gosto.
— Ótima escolha, agora fale o que não quer na casa de jeito nenhum. — você nela. — Sei que pensou em mim, mas escolhe outras coisas.
— Chato. — ele pegou o celular para anotar, pensei. — Nem pense em transformar nossa casa em um castelo do drácula, nada de quadros sombrios, ou tudo preto.
— Algo mais? — claro que tem mais.
Acredito que falei por meia hora tudo que está proibido de ter na nossa casa, precisa ser perfeita!
— Acabou? — pensei.
— Só mais uma coisa. — revirou os olhos, um soco e vai ficar virado para sempre. — O nosso closet precisa ser enorme, eu tenho muitas roupas, e você também, me recuso ter que doar mais porque você errou o tamanho.
— Tão exigente. — quieto!
— Agora, quando podemos casar? — perguntei. — Em um ano?
— Tudo isso? — pelo jeito não. — Menos.
— Helen se casa na próxima semana, esse mês já está ocupado, no próximo mês é o Tae, mas no primeiro dia então, podemos casar em três ou quatro meses. — isso pareceu melhor.
— Bem melhor! — deixa eu ver o próximo ítem da minha lista.
— Interessante! — resmunguei. — Faça a sua lista de convidados, e rápido. — passei o iPad para ele com a caneta.
Levantei e fui até a cozinha, olhei os armários, procurando algo para comer. Peguei um pacote com Cookies, e leite de morango na geladeira. Voltei à sala e me sentei, comi enquanto ele escreve quem vai convidar.
— Terminei. — Acabei com o pacote nesse tempo.
— Deixa eu ver se aprovo seus convidados. — ele me passou o iPad. — Seus pais nem precisava colocar, óbvio que eles serão convidados. — eles me amam mais que amam o Jungkook, amo meus sogros. — Seus avós também, seus amigos ok, mas quem é Jackson e Mark?
— Amigos meus. — não conheço eles. — Eles moram na China, são da máfia.
— A tá! Tudo bem. — fui colocando "ok" do lado de cada nome. — Não, não vai convidar aquela sua prima endemoniada filha de uma puta.
— Por quê? — eu vou bater nele.
— Quando nos conhecemos ela sentou no seu colo, quase beijou a sua boca, e ainda falou sobre o meu peso, odeio essa menina. — apaguei o nome dela. — A mãe dela também não, nem o pai, muito sonso.
Voltei a colocar "ok" nos nomes, e quem eu não conhecia eram mafiosos que precisam estar no casamento, então não liguei.
— Quem é Batel? É homem, ou mulher? — perguntei.
— Mulher, uma amiga. — conheço esse tom.
— Quando dormiu com ela? — perguntei.
— Ano passado, última vez que fui em Israel. — deixa eu lembrar.
— Isso foi em novembro, nem fudendo! — apaguei o nome dela.
— Por que ela não? É realmente uma amiga, e ficaria feliz de me ver casando com o amor da minha vida. — Fofo, ainda é não.
— Você ainda pergunta? A última "amiga" sua que encontrei me chamou de baleia enorme, e outra disse que eu não tinha beleza nenhuma, eu me recuso passar qualquer estresse relacionado a minha aparência ou corpo no dia do meu casamento. — as duas citadas estão mortas, mas mesmo assim.
— Bebê, eu te prometo que ela não vai falar nada disso. — como tem certeza? — Ela não fala coreano, e nem inglês, se te criticar, você não vai entender.
— Tudo bem. — Vou contratar um tradutor, se alguém me xingar, eu quero entender para chorar depois.
Anotei o nome dela de novo, exclui mais uns dez com quem Jungkook já dormiu, palhaçada!
— Agora farei a minha lista, e quem não gostar, você tira assim como eu fiz. — direitos iguais.
A minha foi bem curta, só a lista do Jungkook tem mais de cem pessoas.
— Toma. — entreguei.
Ele foi lendo todos os nomes.
— Quem é Oliver? — perguntou.
— Um amigo que conheci quando estava na Inglaterra. — respondi.
— Amigo? Dormiu com ele? — cara engraçado. — Do que está rindo?
— Oliver é mais passivo que eu e o Tae juntos, não mesmo. — Cada coisa.
Está pensando que minha vida sexual antes dele era muito ativa, já estava juntando teia de areia.
— John? — já esqueceu?
— O comissário de bordo que pensou que nós dois éramos namorados, viagem de Natal. — lembrei ele.
— Esse John. — continuou lendo. — Quem é Charlotte? Dormiu com ela?
— Ei! O bissexual da relação é você, eu sou gay. — cabeça de vento. — E Charlotte é a minha médica, ela me atende desde os dezesseis anos.
— Não exclui ninguém da sua lista, chato! — eu tenho bom gosto, você não amor.
— Uma pena. — Estou pulando de alegria por dentro.
— Não vi a sua irmã na lista. — comentou enquanto eu anotava algumas coisas.
— Nós não temos motivos para chamá-la. — falei. — Ela era uma péssima melhor amiga para você, e uma irmã horrível para mim, espero que meus pais entendam isso.
— Eles vão. — tomara.
— Tem algo que você não quer no casamento? — perguntei.
— Só lembre que está se casando com um mafioso, não um príncipe, nada de casamento parecendo algo da realeza. — Nem gosto dessas coisas. — E nada muito colorido também.
— Tá! Trevoso! — anotei as exigências dele. — E agora você não vai saber de mais nada até o dia do casamento.
— Vivo bem com isso. — não vive.
— E eu preciso do seu cartão, deixe liberado para fazer compras grandes. — foi buscar a carteira, difícil foi tirar o cartão da mão dele. —Mesma senha?
— Sim, a mesma. — excelente.
Após uma semana, estávamos no Brasil para o casamento da Helen, que foi linda a cerimônia. A festa teve briga, eu achei demais!
Helen querendo separar, Na-yeon incentivando, minha amiga é a calma do relacionamento.
O Jungkook é mafioso, e eu sou estressado por natureza, quem é calmo no nosso relacionamento?
Saímos da festa três horas da manhã, as recém casadas tinham ido para a sua Lua de Mel, uma ilha particular na América Central, Helen é podre de rica, pode pagar por isso.
Eu falo como se fosse pobre, coisa que nunca fui.
Não bebi uma gota de álcool, meu noivo não deixou, e proibiu os garçons de me servirem bebidas com álcool. Só bebi suco e refrigerante, apenas!
Eu continuei passando mal durante a semana, nada para no estômago por muito tempo. Ontem eu tomei remédio para enjoo, melhorou um pouco, desde ontem sem colocar até as tripas para fora.
Jungkook quer que eu passe no médico para descobrir o que tinha naquele vinho, estou quase concordando.
— Vou tomar banho. — falei após entrarmos no quarto de hotel, Helen também bancou hotel para todos os convidados que vieram de fora.
Tomei um banho relaxante, lavei meu cabelo porque eu suei muito enquanto dançava. Escovei os dentes antes antes de sair do banheiro, com o roupão.
— Vai tomar banho? — confirmou.
Ele entrou no banheiro e eu fui me vestir. Só cueca e camiseta, está bem quente no Brasil.
Deixei meu cabelo úmido com uma toalha, e fiquei na sacada para ele terminar de secar, não quero usar o secador às três horas da manhã.
Estava olhando as coisas que o cerimonialista me mandou, meu casamento vai ser lindo.
Senti minha boca enchendo de saliva, corri para o banheiro.
— Bebê? — ocupado. — Com certeza bebê.
Quando esse enjoo vai acabar? E mesmo vomitando tanto, não me sinto fraco, só odeio estar fazendo isso.
— Ainda está enjoado da viagem? — levantei e dei descarga.
— Não a de avião, mas a de barco pode ser. — Helen casou em alto mar, esse era o desejo da Na-yeon, os convidados foram de barco até o navio. — Muito tempo em alto mar.
— Quando voltarmos para a Coréia, acho bom ir em um médico. — claro.
Escovei o dente de novo, e saí do banheiro. Fiquei na sacada, meu cabelo seca rápido.
— Vou pedir um chá para você. — Entrei no quarto e sentei na cama, ele fechou a porta da sacada, ligou o ar-condicionado.
— Não acha meio tarde para isso? — negou, ligou e falava inglês.
— Ela não fala inglês. — sério?
— Me dá. — pedi o telefone.
— Você sabe português? — óbvio que sim, sou amigo da Helen há quase dez anos.
— Oi, desculpa atrapalhar, será que vocês poderiam trazer um chá para o quarto 306? — e Jungkook impressionado, eu falo português, você não.
— Claro senhor, um chá para que exatamente? Ajudar a dormir? — perguntou.
— Não, enjoo. — respondi.
— Está grávido? — não, ficou doida?
— Não, passei muito tempo no mar. — esse é o motivo.
— Tudo bem, mandaremos o melhor chá, boa noite! — falou.
— Obrigado e boa noite! — ela desligou, coloquei o telefone no lugar certo. — Já vão mandar o chá.
— Nunca me contou que fala português. — pois é.
— Não surgiu a oportunidade. — falei.
Após dez minutos ouvimos batidas, coloquei um shortinho e fui atender. Ele colocou a bandeja com o chá em cima da mesa no quarto, agradeci e dei a gorjeta.
— Obrigado senhor. — logo saiu, fechei a porta.
Peguei a xícara, cheirei, tem gelo por não poder tomar quente. Tomei rapidinho o chá, levemente amargo.
Agora vou dormir!
Nós voltamos para a Coréia após três dias visitando alguns lugares que Jungkook queria conhecer, e ele também fez acordo com alguns criminosos do Brasil, fui o tradutor dele.
Após sair do aeroporto ele me deixou em frente ao prédio, seguiu para a casa dele. Subi de elevador com as minhas duas malas, no meu andar tem apenas dois apartamentos.
Entrei no meu, precisa entrar alguma luz.
— Abrir todas as cortinas. — levei as malas para o meu quarto, desfiz as duas antes de guardar. Roupas limpas voltaram aos seus lugares, a sacola que estão as sujas levei para a lavanderia, tudo na máquina que lava e seca.
Abri as janelas da sala, a porta da sacada não, o céu está meio estranho.
Limpei o apartamento, deixei brilhando. Após comer, fui tomar banho. Quando limpo e vestido, deitei na cama muito cansado.
Apaguei, e por muito tempo, muito tempo mesmo.
Ouvi minha campainha tocando sem parar no sonho que eu estava tendo, acordei assustado com o barulho.
Levantei e saí do quarto, a casa está escura.
— Acender luz da sala. — acendeu.
Caminhei até a porta, abri.
— Oi, amor! — falei.
— Oi nada, por que não atendeu minhas ligações? — entrou.
— Sim, eu estou bem, obrigado por se preocupar e fique à vontade. — fechei a porta.
— Desculpa, você está bem bebê? — confirmei. — Agora, por que não atendeu minhas ligações e nem leu as mensagens?
— Estava dormindo. — respondi.
— Resolveu dormir à tarde? — não foi bem a tarde.
— Não, eu dormi eram umas nove horas. — ele ficou chocado. — O quê?
— Já são quase nove horas da noite. — nossa, bastante mesmo.
— Estranho, ainda sinto sono. — bocejei. — O que tem na sacola? — apontei a sacola na mão dele. — Você entrou de tênis? Eu limpei hoje esse chão, vai tirar agora.
— Claro chefe. — foi tirar e voltou com pantufas.
— Coreano falsificado! — ele me deu a sacola. — O que tem aqui?
— Comida, e uma que vai parar no seu estômago. — delícia.
Após comer eu já queria dormir de novo, enquanto ele contava algo da máfia, cochilei um pouco, não era chato o assunto, só estou com sono!
— Bebê! — acordei, eu tô acordado! — Como pode ter tanto sono?
Ótima pergunta, não tenho a resposta.
— Vai dormir aqui, ou ir embora? — perguntei.
— Dormir aqui, estou preocupado com você! — sei disso.
— É melhor dormindo que vomitando. — Tem que pensar no lado bom da história.
— Verdade, vamos para o quarto que você está quase dormindo sentado. — sim.
Fomos ao quarto, eu escovei o dente e deitei, ele escovou o dente e foi colocar outra roupa. Se deitou ao meu lado, abracei ele.
Como meu sono está em excesso e o enjoo persistiu pelos próximos dois dias, sem falar da fome descontrolada, sempre precisava estar mastigando algo. Marquei uma consulta com a minha médica, sem o Jungkook saber, ele se desespera à toa quando se fala de mim.
Ela pediu exames simples, de urina e sangue. No dia seguinte às nove horas eu estava lá sentado, esperando ela falar o motivo para esses sintomas.
— Então, estou morrendo? — ela riu.
— Não Jimin, um instante e já te falo os resultados. — eu tenho ansiedade, acelera.
— Vou morrer quando, em seis meses? Tem que dar tempo de casar. — pegou o outro envelope, abriu e tirou as folhas, começou a ler.
— Sempre apressado e se adiantando nos resultados. — é meu jeitinho.
— Mas eu vou morrer ou não? É uma doença grave? — negou.
— Você só está grávido, Jimin, parabéns papai! — ala, doidona!
— Impossível! — falei.
— Leia os resultados, e olhe lá embaixo. — me entregou as pastas, pulei a parte que não entendo.
"Gestante: Positivo".
— Precisa estar errado, eu nem fiz o tratamento. — Como aconteceu?
— Fez sim. — Fiz nada. — Assim que completou dezenove anos.
Puxei na memória, meu Deus! Eu fiz mesmo, já pensou se eu engravidasse de um ex babaca? Que livramento!
— Quem é o outro pai? — perguntou. — Sabe quem é, né?
Não sou puta, doutora.
Se fosse o Jungkook grávido, aí teríamos problema em achar o responsável, mais rodado que prato de microondas.
— Meu noivo. — como eu vou contar para ele? — Tem certeza disso? Pode estar errado?
— Exame de urina e sangue, não falha. — para tudo tem uma primeira vez.
— Mas nós usamos camisinha. — Se o Jungkook não quiser, vou precisar cuidar sozinho.
Espera, a pílula que eu não tomei.
— Já sabe como aconteceu? — confirmei.
— Uma vez ele me deu dinheiro para comprar a pílula, e ela magicamente virou sorvete. — que droga!
— Chama o bebê de Ice cream quando nascer. — engraçadinha!
— Mas tem certeza mesmo? — vai que né?
— Já sei, para tirar todas as suas dúvidas, vai fazer um ultrassom. — excelente ideia. — Uma amiga minha aqui na clínica é obstetra, ela vai cuidar de você.
Em meia hora um gel gelado estava sendo passado na minha barriga, estou tremendo!
Tomara que esteja errado, tomara que esteja errado, tomara que esteja errado.
— O outro pai não vai estar presente? — ela perguntou.
— Ele ainda não sabe, e nem está no país nesse momento. — Jungkook viajou para o Japão, com Yoongi e Hoseok, coisa da máfia.
Tae xingou toda a descendência do meu noivo por levar eles, ri muito.
— Vamos ver se você está mesmo grávido. — eu espero que não.
— Ele está. — quietinha Charlotte.
Começou a passar o aparelho na minha barriga, eu encarando o quadro na parede de um bebê.
— Você está! Parabéns! — Jungkook vai falar na minha cabeça por um mês quando descobrir que a pílula virou sorvete. — Consegue ouvir, esses são os batimentos dos bebês.
— O que disse? — meu coração acelerou.
— Se acalma papai. — me acalmar? Não vou. — São gêmeos, olha.
Olhei a tela, ela apontou os dois.
— Gêmeos! — não estou passando bem!
Eu desmaiei!
Quando despertei estava com soro, a enfermeira que estava no quarto chamou as médicas.
— Que bom que acordou. — a obstetra falou.
— Foi um sonho você falar que estou grávido de gêmeos? — fala que sim.
— Não, você está. — talvez eu chore um pouco.
Me sentei na cama, o que eu vou falar para o Jungkook?
— Vamos falar dos bebês. — está com uma pasta na mão.
— Eles estão bem né? — perguntei preocupado.
— Sim, ótimos! — menos mal. — O tamanho para nove semanas é excelente, na verdade, eles são bem grandinhos.
— Não vão puxar o Jimin. — Vou trocar de médica.
Nove semanas, contei nos dedos, dois meses e uma semana.
— Essa pasta tem toda informação que precisa, seu pré-natal já está feito. — ela explicou o que era para mim. — Eu vou te acompanhar durante toda gestação, mais um médico especialista em gravidez masculina.
— Tudo bem. — Abri a pasta, fui passando as folhas. — Como assim dieta?
— Não é exatamente uma dieta com refeições específicas, apenas uma lista de alimentos que você precisa inserir no seu dia. — legal. — Do outro lado os alimentos que não pode comer, e as bebidas.
— Algo mais? — ouvi muitas recomendações.
— E a receita para as vitaminas que precisa tomar todos os dias. — entregou. — Tem oito fotos aí, quatro de cada bebê.
— Obrigado! — agradeci. — Já posso ir embora?
— Sim, passe na recepção que vão marcar sua próxima consulta. — ainda parece que estou sonhando.
Saí do quarto com a pasta na mão, fui até a recepção, em duas semanas eu tenho uma consulta.
No caminho para casa passei em uma farmácia, comprei as vitaminas, repelente porque não posso ser picado por insetos, pode adoecer os bebês na barriga.
O farmacêutico indicou todos os remédios que agora preciso ter em casa, pesquisei rapidamente confirmando, comprei tudo.
Primeiro dia sabendo da gravidez já gastei um monte.
— A sorte de vocês é que seu pai é rico! — falei com a barriga no carro.
Entrei no apartamento com as sacolas, deixei em cima da mesa. Tomei as vitaminas, e coloquei algumas em uma caixa que separa por quinze dias o que preciso tomar, facilitar minha vida.
Os outros remédios foram para a maleta de remédios, deixo no banheiro.
Grávido, como vou explicar para o Jungkook?
Almocei algo bem saudável, com um suco mais saudável, quero que os bebês nasçam saudáveis e grandes.
Fui para o quarto, tomei banho e deitei apenas de cueca. Respondi às mensagens, Jungkook mandou foto do hotel que está, chique!
Após tudo estar respondido, resolvi dormir.
— Fechar cortina. — fechou e eu dormi.
[...]
Hoje é domingo, eu passei na médica sexta-feira, sábado eu passei boa parte do dia dormindo.
Jungkook chegou de madrugada do Japão, e pediu para eu vir passar o dia com ele.
Eu sinceramente queria esperar até os bebês nascerem para contar, mas parece que preciso contar antes disso.
Nove hora eu estava apertando a campainha, minhas mãos suando, passei na calça.
Ele abriu a porta, está com o cabelo preso, isso me desconcentrou um pouco.
— Bebê. — voltei.
— Oi, amor! — dei um selinho nele e entrei.
— E meu beijo, passei três dias fora. — Coloquei a bolsa no sofá e ele me abraçou por trás. — Senti saudade!
— Também senti. — eu nem pensei tanto nisso após descobrir a gravidez. — Da próxima vez me leva, ao invés do Hoseok com o Yoongi.
— Quer ir por mim, ou para ver Yuuko? — isso não vem ao caso.
— Sua causa. — ele riu da minha mentira, beijou meu pescoço.
— Agora meu beijo. — virei para ele, me beijou.
Beijar é bom, ser beijado pelo Jungkook é perfeito!
Para poucos, na verdade, para um só que sou eu.
Senti sua mão apertando minha bunda, logo eu estava gemendo em sua boca, estou muito sensível.
Miados atrapalharam nosso beijo, eles não são muito fãs que se beijam enquanto estiverem no local.
— Gatinhos terríveis! — falou, olhamos os dois.
— Já tomou café? — negou.
— Você trouxe bolsa, nunca traz nada. — sabia que ele iria estranhar.
As vitaminas e o repelente estão dentro, não tinha como trazer na mão.
Tirei a caixa de vitaminas e fui para a cozinha, ele atrás de mim.
— O que é esse tanto de remédio? — perguntou, peguei água.
— Eu passei na médica. — falei.
— Você está bem? — confirmei.
— Se eu continuar tomando isso por mais sete meses ficarei totalmente bem. — é quando os bebês nascem.
— Que bom! — mal sabe tadinho.
Tomei as vitaminas, em seguida tomamos café juntos.
Quando ele foi atender uma ligação no escritório, aproveitei e coloquei os papéis da consulta com as fotos embaixo da almofada, sentei do lado.
— Quem era? — perguntei após ele sentar ao meu lado com uma garrafa.
— Jin, está dizendo que se Namjoon não voltar a trabalhar ele vai o matar. — quebrou o que agora? — Ele quebrou um prato folheado a ouro.
— Também te mataria se quebrasse um prato desse — simples assim.
— Obrigado pela parte que me toca, colocar Namjoon para cuidar da parte financeira. — ótima ideia.
Ele ligou a televisão, assistia ao jornal que estava passando enquanto bebe o líquido da garrafa.
Eu olhava um pouco a televisão, mas meus olhos voltaram a encarar ele, estava tremendo de leve.
Deus, não sou religioso, mas o mate se ele não quiser assumir.
— Eu estou grávido!.........................
Aliança de noivado.
Noivos, bebês a caminho, tudo em perfeita ordem.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!
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