Um dia se passou e o clima entre os irmãos esta atenue, o que foi bom e colaborou para que os momentos bons acontecessem. Como ir em uma cachoeira uns dois quilômetros do casarão.

Nós finalmente chegamos no nosso destino, os irmãos mostram empolgação começando se despir, cubro meus olhos, mas depois percebo que eles usavam roupas de mergulho para nadar. Sinto me irritada comigo mesma, não pensei em colocar a roupa por baixo do meu shorts, não, eu vim segurando minhas roupas em uma sacola.

Susana e Lúcia também começam a tirar o vestido me deixando envergonhada, nunca passei por um momento como esse. Eu sempre fui amiga das pessoas, mas não de um jeito tão exposto como agora. Não tive momentos tão femininos com a minha mãe, pois ela morreu antes, então a única presença feminina que sobrou foi a senhora Marta, que não é tão feminina ou delicada para me ensinar ou ter conversas de certos gêneros.

O bem é que eles também estavam vestindo roupas femininas de natação, olhei para os meninos e uma cena que me prendeu foi Pedro tirando seu blusa, seu peitoral era fraco mas tinha seu charme que acelerou meu coração,  Pedro é lindo de todos os meninos que já conheci ele é o mais lindo que já conversei. Minhas bochechas ardem me dando indícios de que estariam vermelhas no momento.

Percebo que estou parada enquanto eles já estão todos na água se divertindo. Não fui a única a notar minha forma de estátua, mas Susana também.

"Não vai entrar, Viollet?" Susana perguntou me olhando, fazendo os outros me olharem também.

"Eu preciso me trocar" digo e observo Lúcia vir até mim, saindo da água.

"Eu fico de vigia, vamos atrás de umas moitas para você se trocar" Ela pega a minha mão e aceno a para o resto.

"Já voltamos" digo.

Assim que achamos uma área boa pra me trocar Lúcia ficou de costas do outro lado de uma moita, troco rapidamente tirando meu shorts e blusa, tiro o sapato de caminhada e visto meu vestido de natação. Derrepente uma forte ventania me faz proteger os meus olhos das folhas e poeira que veio com ela, um ar frio flui ao meu redor tirando todo o sol e o calor tô clima de hoje cedo.

Quando abro os meus olhos  a minha volta está totalmente diferente, neve flui em todos os lugares em que meus olhos possam ver.

"Jesus amado, o que está acontecendo?" Me abaixo tocando na neve que pesa na minha mão.  "Neve" sorrio com o quanto é maravilhoso e assustador. O barulho de pedras se quebrando me assusta, finalmente lembro de Lúcia e a chamo, mas ninguém me responde. " Agora eu tô nervosa" um barulho de trenó sooa pela área mas não vejo ninguém se aproximando, o som vai ficando mais alto e mais alto, quando um grande e forte rugido soa fazendo minha cabeça girar e eu me apoiar em uma árvore fechando os olhos. Em segundos o calor voltou e o rugido e o trenó sumiram.

Estou de volta ao início, o calor me fazendo suar, o barulho dos pássaros cantando e a voz de Lúcia me chamando me deixa alerta.

"Estou indo " volto para perto de Lúcia

"Lúcia, você está sentindo frio?" Pergunto a ela que faz uma careta.

"Não, estou morrendo de calor. Vamos, eles estão nos esperando. E eu também" Ela ri e voltamos para os irmãos dele.

Na volta o clima pareceu mudar e um forte temporal vir. Depois do acontecimento estranho que presenciei preferi passar o jantar na biblioteca sozinha. A fantasia me fazia acalmar e distrair meus pensamentos malucos.

Meu coração queima pelo chamado do futuro.

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