1.7 / Uma tarde esclarecedora

São Paulo
Janeiro, 2018
                                            
Clarissa Corrêa é uma mulher sábia. Ela foi excepcionalmente sagaz quando disse: "Acredito que existem fases, ciclos, começos, recomeços. E acho que estou bem no meio de um deles". Eu, literalmente, me identifico com esse pensamento.  Estou tentando fazer a minha mãe entender que essa frase condiz com o que estou sentindo em relação à minha convivência instável com o meu pai. Eu contei para ela que estamos mais próximos ultimamente. Porém, aparentemente e com toda a razão, ela está desconfiada pela mudança de comportamento dele. Ela tem receio de que repentinamente ele volte a agir como antes. 

— Não, mãe. Não precisa ficar preocupada, juro para a senhora que está tudo bem. Nós estamos até passando mais tempo juntos, estamos conversando mais. Algumas vezes eu até ofereci a minha opinião sobre um caso em que ele estava trabalhando, embora o que eu pense não vá fazer grande diferença. 

Ando pelo quarto de um lado para o outro com o celular no ouvido.  

— Tem certeza que está tudo bem mesmo? Olha, eu posso conversar com ele se você quiser, filha. Não quero que se sinta mais distante do que já está do seu próprio pai. 

Respiro fundo e tento compreender melhor a minha mãe. 

— Estou sendo totalmente sincera com a senhora. Eu estou me sentindo em casa, está tudo bem. Como eu disse ontem, meu pai agendou uma visita na Casa das Rosas. Hoje nós iremos lá para conhecer.

— Tudo bem. — mamãe bufa do outro lado da linha — Eu vou dar um voto de confiança. Se o Carlos sair da linha, eu não quero nem saber das desculpas que ele vai contar, eu vou ter outra conversa séria com ele e, se for preciso, vou até São Paulo para falar o que eu bem entender. 

Paro de caminhar de um lado para o outro antes que apareça um buraco no chão. Sento na cama e respiro fundo novamente. Como vou fazer para a dona Rosana entender que essa preocupação está sendo parcialmente exagerada? 

— Considerando o nosso histórico com o papai, eu concordo com a senhora. Mas como eu disse, está tudo bem. A senhora está sendo relativamente leviana. Está tudo certo por aqui. Pode conversar com a Bia, ela vai confirmar a minha versão dos fatos. O papai realmente está tentando ser presente novamente. Estou convicta de que ele não vai arruinar nosso relacionamento. Okay?

— Okay. — ela faz uma pausa rápida — Eu acredito em você e acho que preciso ter fé nele também. Contudo, se acontecer qualquer coisa, não hesite em contar para mim. 

— É claro que vou contar, mãe. Prometo que não vou ser relutante. Aliás, estou com saudades. 

— Também estou, Tina. Te amo, tchau. 

— Tchau. — tomo a liberdade de desligar a chamada. 

Encaro a tela escura do celular. A cautela da minha mãe em relação à essa situação me fez ficar um pouco insegura. Apesar da minha convicção e da recente reaproximação com o meu pai, quem garante que isso não passa de uma fase e que depois tudo vai ser infeliz como era antes? Eu não posso prever o que vai acontecer; porém, ainda vou me esforçar para manter a minha fé intacta. 

A tela do aparelho acende, sinalizando que recebi uma nova mensagem. É um recado que foi deixado na minha caixa postal. Faço o procedimento para ouvir a mensagem. 

— Ah, sou eu. Você desapareceu do aplicativo de mensagens, eu te liguei algumas vezes, mas sempre estava ocupado. Enfim, eu só liguei para saber se aconteceu alguma coisa grave. Me liga, tá? 

Considerando que passei mais de cinquenta minutos conversando com mamãe e que não respondi as mensagens que o Felipe mandou ontem à noite, eu também ficaria preocupada. Eu não ignorei intencionalmente, somente fiquei distraída com outra coisa. Procuro o seu contato na agenda do celular para ligar para ele. As batidas do meu coração acompanham minuciosamente o toque que a operadora pôs para aguardar a outra pessoa atender. 

— Oi! Já tem um tempo que estou tentando falar contigo. Aconteceu alguma coisa?

— Não, não. Estou bem. Eu só estava conversando com a minha mãe.

— Ainda bem que está tudo certo, fiquei preocupado. Eu... — ele pensa por alguns segundos — posso te ver hoje?

— Infelizmente não. Vou sair com o meu pai. Desculpa.

— Sem problemas. Você veio para a cidade para ficar com ele. Eu não tenho o direito de atrapalhar seus planos, não vou tirar isso de você. 

— Fico contente pela sua compreensão. Eu estava ansiosa para isso acontecer, você sabe sobre a minha situação com ele. Além do mais, nós podemos marcar para outro dia, certo? Você sabe que isso é importante para mim. É claro que você também é,— é mais fácil pronunciar essas palavras para ele quando estamos distantes um do outro — mas nós temos vários dias pela frente. Não posso ter o luxo de escolher outra data, preciso agir conforme a agenda dele. 

— Claro que sim, eu entendo. O meu trabalho de guia ainda não terminou, tem muitos lugares que eu quero te levar. 

— E eu ainda sou uma turista ativa. Tenho energia de sobra para sair pela cidade afora. 

— Guarde suas energias, você vai precisar. Vou aproveitar o dia para resolver algumas pendências da faculdade. Conversamos sobre isso mais tarde.

— Tudo bem. 

Tem alguma frase apropriada para eu me despedir e desligar a chamada? Será que devo me despedir com "tchau, amor"?  Porque sempre nós conversamos por mensagens, então, não sei exatamente como me despedir. E, que tal algo como "conversamos depois, tchau". Acredito que essa opção seria insensível demais, até mesmo para mim que não costumo ser tão fofa e romântica. 

— Você ainda está aí? Ficou quieta do nada. — a voz calma dele me tira da minha indecisão. 

— Claro, estou aqui. Fiquei contente por se importar comigo, mas está tudo bem. Obrigada pela preocupação. É bom saber que sou tão especial que você não consegue ficar livre de mim por algumas horas. 

— Óbvio que importo. E como eu disse antes, vou sempre me preocupar com você. Tina, eu te reencontrei depois de um ano e três meses, você não vai se livrar de mim tão fácil. 

— E quem disse que eu quero ficar livre? — retruco.

Eu gostaria de saber de onde tirei coragem para fazer essa provocação. 

— Que bom que estamos na mesma página. Não quero tomar mais do seu tempo. Você precisa sair e eu vou ficar de babá por algumas horas. 

— Manda um beijo para a Íris, por favor.

— Ela perguntou se você é a minha namorada. Eu disse que sim, você está de acordo?

Como uma criança de dois anos de idade já entende sobre esse assunto?

— Certamente. — é lógico que eu ficaria nervosa de admitir e confirmar em voz alta. Essas reações espontâneas e involuntárias estão ficando patéticas — Você tem razão, eu tenho que me arrumar para sair. — resolvi arriscar a terceira opção para a despedida, creio que é a melhor alternativa — Conversamos mais tarde, pode ser? Boa sorte com a sua afilhada. Beijo!

É uma despedida usual, simples e fofa. Um meio termo das duas primeiras opções. 

— Tudo bem. Vou cobrar a promessa de conversamos mais tarde. Tchau, Tina. — ele desliga a ligação. 

— Pensei que essa chamada seria infinita. Vocês são o casal perfeito, tenho orgulho do meu trabalho. Acho que posso tentar me profissionalizar na área, O que você acha? Existe algum tipo de agência que trabalha em juntar pessoas? Eu posso ser a personificação do Tinder. Eu tenho talento. — Bia diz enquanto está com os braços cruzados, encostada despreocupadamente no batente da porta. 

— Primeiramente, Bia, você estava espiando a minha ligação? E, segundamente, que ideia é essa? Desde quando você descartou as carreiras de arquiteta ou atriz?

— Querida, eu não descartei. Só estou dizendo que se nada der certo eu posso usar como plano C ou como um segundo emprego.  

— Se é isso o que você quer, vá em frente. Eu ainda não conheço profissões nesse ramo, mas você pode inovar. Você vai ir comigo e com o papai à Casa das Rosas?

— Não. Lúcia e eu decidimos ir ao Mercado Municipal. E, além do mais, eu não vou atrapalhar seu momento de pai e filha. Você precisa disso, é necessário e importante. 

— Obrigada por compreender, Bia. Mas você não vai ser um incômodo. Pode ir se quiser.

— Você está dizendo isso agora porque não consegue visualizar que eu posso estragar o passeio com os meus comentários inadequados. Não me sinto excluída, te dou todo o apoio para ir só vocês dois. E, você me conhece, literatura não é o meu forte. 

— Tem certeza? — sempre é bom confirmar outra vez. 

— Não costumo ser prudente, porém, tenho certeza absoluta da minha escolha. 

O clima agora à tarde está bem ameno, a temperatura nesse exato momento é de 26°C. Consegui deixar para trás o meu casaco, mas o guarda-chuva veio comigo, não posso confiar cegamente nas informações que o Google oferece, as previsões do clima podem mudar. Pensei veemente que o trajeto da minha casa até o nosso destino final seria estranho, como se o meu pai e eu fôssemos dois desconhecidos. Eu estava absolutamente e levemente enganada, pois ao contrário do que pensei, não está nada tenso entre nós dois. Assim como o tempo está bom e o dia ensolarado, nossa relação está agradável. Conversamos sobre o seu trabalho, sobre o ano passado e também sobre a mamãe, o que eu achei interessante o papai perguntar dela.

— E o Felipe, minha filha? — senhor Carlos pergunta constrangido. Estou surpresa por ele se interessar sobre a minha vida amorosa, não temos o costume de falar sobre esse assunto específico. Aliás, não falávamos sobre quase nada, já que estávamos distantes um do outro, literalmente e emocionalmente — Vocês estão juntos mesmo? Se não quiser falar sobre isso, tudo bem. — percebo que ele aperta o volante com mais intensidade. 

— Tudo bem, pai. — não é o que eu imaginei que conversaríamos durante o caminho, mas não vou desperdiçar a chance de continuar falando com ele — Nós estamos juntos sim. Por falar nisso, lembra de quando nós fomos ao parque Ibirapuera?

— Lembro sim, acho que foi em 2016. Por quê? — confuso, papai olha para mim. Evidentemente ele não sabe qual é a relação de um assunto com o outro. 

— Sim, foi em setembro. Irei explicar. Quando nós estávamos lá, o Felipe também estava, e ele tirou uma foto minha com aquele cão. Acontece que ele me contou sobre essa foto no dia que eu fui à DóRéMi Music, ele escondeu esse fato de mim por muito tempo. 

— E o que aconteceu depois? — meu pai pergunta de maneira cautelosa.

— Eu pensei muito e decidi perdoar. Sei que foi errado, mas não é necessário criar um drama em cima de um comportamento passado, não iria mudar nada. 

— Não sei muito da situação. Mas o que eu sei, minha filha, é que você está se tornando uma mulher muito madura, prudente e responsável. Eu tenho orgulho disso. 

— Obrigada, pai. — enxugo uma lágrima que escapou do meu olho esquerdo — O senhor não sabe o quanto é maravilhoso ouvir isso de você. 

Deixamos o carro em um estacionamento afastado do local para onde estamos indo. Então, consequentemente, vamos caminhar até à Bela Vista, número trinta e sete, que é o endereço da Casa das Rosas. Caminhamos lado a lado sentindo o vento no rosto e observando a colossal e magnífica Avenida Paulista com seus atributos. São Paulo é uma cidade extraordinária, posso dizer que fico tentada a me mudar para cá. Talvez eu realmente consiga me adaptar à agitação e à singularidade dessa deslumbrante cidade. Sobre a Casa das Rosas, não pesquisei basicamente nada, fiquei atenta a não descobrir nenhuma informação relevante e perceptível, decidi ser surpreendida pelo Monumento. Aprendi durante esses dias que eu não preciso estar prevenida o tempo inteiro, não é necessário criar uma rotina caprichosamente planejada. Posso estar aberta às surpresas e ao inusitado, no entanto, desde que eu continue agindo com prudência e cuidado.

As pessoas passam rapidamente por nós, distraídas com outras coisas, não se dão conta que essa avenida, onde coloco os meus pés, é o coração da cidade. Possivelmente só tenho essa perspectiva porque sou uma turista circulando pela cidade afora. Para os habitantes daqui, isso se tornou algo rotineiro, então, é como se não agregasse valor aos olhos deles, pois é um simples lugar que eles veem todos os dias, é como se não fosse nada novo. 

Presumo que a minha mãe também gostaria de estar aqui. Esse pensamento faz com que a minha mente recorde de alguns minutos atrás, quando meu pai e eu citamos mamãe algumas vezes nas nossas conversas. Isso foi o gatilho para eu fazer uma pergunta impertinente, que há vários meses tem rondado os meus pensamentos e suposições. Uma dose de coragem permeia-me, então, subitamente preenchida por essa coragem desconhecida, resolvo tirar a minha dúvida antiga nesse exato momento. 

— Pai, o senhor ainda ama a mamãe? — ouso colocar essa indagação para fora. 

Alguns segundos se passam e eu não obtenho a resposta da minha pergunta. Quando penso que não fui ouvida, resolvo perguntar novamente, mas sou interrompida pela tão aguardada resposta do meu pai. 

— Eu jamais deixei de amar a sua mãe, Tina. 

Essa resposta fez com que surgissem outras várias perguntas na minha mente que agora se encontra em confusão. Analiso a resposta direta do senhor Carlos e decido colocar outra pergunta na mesa. 

— Então, por que o senhor não lutou pela restauração do casamento? Por que simplesmente optou pelo divórcio? Por ser a opção mais fácil?

O meu plano era fazer somente uma pergunta de cada vez. Um dos meus defeitos é ser tagarela quando estou nervosa. Portanto, não consegui manter a boca fechada, falhei nessa fácil tarefa. 

— Filha, — calmamente meu pai diz — quando o relacionamento já está tão quebrado, às vezes não tem mais o que consertar. Não teriam mais os destroços para construir uma nova vida. E, mesmo se tentássemos novamente, ainda existiria as cobranças, o medo e a desconfiança. É claro que com razão, não estou tirando a minha culpa do cartório. Quando alguém passa por uma experiência dolorosa e estressante fica difícil de deixar completamente para trás, sem lembrar de nada.  

— Eu concordo com a última parte, mas o senhor não quis ao menos tentar. Não há como saber o resultado final se não tentar. Como disse Shakespeare, "nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar por simples medo de arriscar."

Tenho consciência que não estamos em um debate, mas ao citar William Shakespeare, senti que foi a minha cartada final. Como se eu estivesse coberta de razão. O estranho, é que nesses últimos dias a minha vida está girando em volta desse nome sublime.

— Eu concordo com Shakespeare, minha filha. Entretanto, quando a sua mãe pediu o divórcio, eu não quis arriscar a melhoria da minha parte, pois cheguei à conclusão que ela merece alguém melhor que eu. 

Uau. Sou surpreendida com essa revelação. Eu não tinha conhecimento que ele se sentia assim. 

— Podemos continuar essa conversa depois? — papai continua — Chegamos à Casa das Rosas.  
  
Fico surpresa também ao ver o grande Monumento à minha frente. Diferentemente dos demais edifícios desta Avenida que são modernos e contemporâneos, esse Casarão tem um estilo clássico francês. É como se ele possibilitasse que os visitantes voltassem no tempo, quando as construções tinham o padrão semelhante.  Esse edifício foi construído em 1935, por ser muito antigo e ser um dos poucos que restaram dessa época, carrega consigo uma herança histórica valiosa e de muita relevância. Atualmente, uma das poucas informações que sei, esse Casarão tem enfoque em literatura e poesia, ou seja, esse lugar combina perfeitamente comigo — pois amo história e literatura. 

Passamos entre os arbustos impecavelmente podados, admirando todas as rosas que são maravilhosas. O aroma floral que transpassa o ambiente é incrível, no momento em que a brisa do verão sopra, o cheiro das rosas passeia com mais rapidez pelo local afora, facilitando assim, o alastrar desse perfume delicioso. 

Há vários visitantes admirando os jardins também. Alguns aproveitam o momento propício para tirar fotografias. Acho que o Felipe gostaria de estar aqui para usufruir da luz solar, da beleza e das cores dos jardins, tenho certeza que dariam ótimas fotos. 

— Creio que a minha mãe gostaria de visitar aqui. Ela ama flores. 

— Sim, eu concordo. Quando você vier à cidade outra vez, sua mãe pode vir.

— É uma ótima ideia. Voltando ao nosso assunto anterior, por que o senhor se dedicou mais ao trabalho? Por que se afastou de mim e da mamãe? Eu nunca obtive respostas para todas as minhas perguntas. 

— Quando eu morava no orfanato, poucas pessoas acreditaram em mim. Eu não tive uma família para me ajudar e incentivar com os meus sonhos. — continuamos andando sem direção exata. Meu pai colocou as mãos dentro dos bolsos da calça social e eu não deixei de reparar nesse gesto, sei que ele está desconfortável com esse diálogo. Se ele não quiser continuar, não vou insistir — Quando eu conheci a sua mãe naquela lanchonete em que ela trabalhava com a Anna, eu fiquei encantado com ela. Não sei se você sabe, mas eu confundi a sua mãe com a sua tia no segundo dia que eu fui lá. — ele solta uma risada baixa — Bem, sua mãe me motivou bastante no período da faculdade e depois também. Só que eu pensava que eu precisava estudar o máximo que fosse para ser o melhor. E, quando eu consegui o emprego no antigo escritório, eu ainda buscava ser o melhor. Por isso que eu acabei deixando vocês em segundo plano para trabalhar o máximo que eu podia, tenho que admitir que ainda sou um pouco assim. Eu fazia o possível para ser o melhor para que de certo modo, todos que duvidaram de mim no passado, vissem que eu era capaz de ser um grande advogado. Queria que eles percebessem que eu poderia ser bom. 

Paramos ao lado de um canteiro de rosas vermelhas. Ainda não respondo nada sobre o que o meu pai disse, eu não sei se existe alguma palavra no dicionário para expressar o que eu estou sentindo agora. É uma junção de raiva, remorso e empatia. Não sabia que o meu pai levava essa responsabilidade consigo por todos esses anos. Como alguém pode achar que pelo fato de outra pessoa ser órfã ela não é nada? Esse pensamento é tão obsoleto, repugnante e sem nexo. Definitivamente, hoje está sendo uma tarde esclarecedora. Não encontrei nenhuma palavra que expresse todos os meus sentimentos, então, acabo escolhendo três palavrinhas óbvias, porém, bastante significativas:

— Eu sinto muito. 

— Tudo bem, minha filha. O passado não vai mais influenciar o meu presente. E eu já aprendi a lição, não tenho que mostrar nada para ninguém, o que importa é que eu mesmo saiba. E família é mais importante que qualquer emprego dos sonhos. Tina, você não tem que pedir perdão por nada. O erro foi totalmente meu, eu quem preciso me desculpar. Você me perdoa, minha filha?

— Não preciso nem pensar duas vezes, pai. É claro que eu te perdoo.  

— Obrigado. — sou pega de surpresa com o abraço caloroso e saudoso que ele me dá — Eu te amo, filha. 

— Também te amo, pai. — a emoção me invade e eu faço o possível para segurar as lágrimas que querem sair — Obrigada por responder as minhas perguntas impertinentes. Foi bastante esclarecedor. 

— Não foram impertinentes. Que tal entrarmos para aprender mais sobre história, literatura, arquitetura e poesia?

— Claro. — desfaço o abraço — É para isso que estamos aqui. Vamos entrar e aproveitar o nosso momento de pai e filha. 

Fomos em direção a entrada do casarão. Tenho a impressão que hoje vai se tornar um dos melhores dias do ano e eu estou completamente pronta para aproveitar essa tarde.

Olha quem apareceu! Como vocês estão? Eu estou bem, obrigada. Vocês estavam com saudades dessa história? Eu fiquei tão longe desse universo que nem lembrava de quase nada. O lado bom de tudo isso é que eu terminei de escrever UDN. Quem está com o livro na biblioteca provavelmente já sabe da novidade.

Enfim, muito obrigada por continuarem comigo por aqui. Pretendo continuar a história em Maio, ainda falta muito para terminar, mas devagar nós chegamos lá.

Vocês gostaram desse capítulo? O que acharam desse momento de pai e filha? Estou muito satisfeita da aproximação dos dois, afinal, a Tina e o Carlos merecem uma segunda chance.

Antes de fecharem o livro, não esquecem de deixar a estrelinha para mim. Os votos ajudam muito na divulgação do livro. Obrigada, xuxus.

Beijinhos e até o próximo capítulo! 😙❤

       

       

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