02. Ponto de Vista: Jimin

"Eu te amo, amor, e se estiver tudo bem
Eu preciso de você, amor, para aquecer as noites solitárias
Eu te amo baby, confie em mim quando digo"
- Can't Take My Eyes Off You.

Capítulo 2 - Pov's Jimin

— Viram o Jungkook? — parei de repente na frente dos meus amigos no campus da faculdade.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Yoongi com uma expressão séria, meio curiosa e meio preocupada. 

— Não — neguei balançando a cabeça diversas vezes, me sentindo eufórico. — Só estou querendo achar o Jungkook.

— Você apareceu correndo do nada, mano. — disse ele.

— E parece nervoso. — completou Taehyung, pendurado no pescoço de Jin que o segurava pela cintura. Eu sempre tive inveja desses dois. Eles fazem as coisas parecerem tão fáceis. Desde que se conheceram.

Foi na festa de aniversário de Yoongi, os dois eram amigos em comum dele porém Taehyung sendo primo - colega de curso de Jungkook - e Seokjin sendo seu colega de engenharia. Um bateu o olho no outro, soltaram gracinhas cheias de indireta até chegar em “nossa como eu gostaria de beijar essa boca” e eles de fato se beijaram. Passaram a se encontrar, a beijar ainda mais e fazer mais que beijar, então simplesmente concordaram em namorar. Pareceu tão simples. Eu queria que tivesse sido assim para mim. 

No meu caso, eu estava surtando em silêncio por um certo garoto fofo de olhos grandes, sorriso doce, cabelo extremamente macio e corpo gostoso, pensando que todo o seu afeto e chamego comigo era apenas amizade. Eu quis acreditar que fosse apenas amizade. 

No fundo, eu sempre gostei de admirá-lo em silêncio, isso era algo só meu. Minha insegurança não me permitia me ver tendo mais do que isso.

Eu desejei tê-lo no meu peito somente para mim e fazer parte de todos os seus momentos vendo-o ser feliz e apoiando-o nos desafios da vida genuinamente. Eu pensava que não precisava de nada em troca, era muito pra mim tê-lo ao meu lado, pedir por mais seria egoísta da minha parte e se eu exigisse ele poderia fugir do alcance dos meus olhos, o que eu não queria de forma alguma.

Para mim, a dor do amor secreto valia a pena. 

— Tá, mas algum de vocês viram ele? 

— Por que encontrar o JK parece tão importante? — perguntou Jin com a sobrancelha erguida. — Vocês brigaram ou algo do tipo? Está precisando se desculpar? Por que eu sei de algumas maneiras legais que já testei com o Tete e deu ce…

Balancei as mãos nos ares, negando.

— Não, não. Eu só… Pelo amor de Deus gente, eu perguntei a cada pessoa que eu vi no caminho. Não é possível que o meu denguinho tenha evaporado!

— Hoje é dia do ensaio da peça, alías, estávamos indo p… — interrompi Taehyung com um beijo demorado na testa.

— Muito obrigado! Você é um anjo! — e saí correndo em disparada para o auditório.

Jungkook vinha se dedicando a um tempinho nessa peça, mas planejando-a de verdade era há anos. Desde o ensino médio. De lá para cá aperfeiçoando. Seria uma grande obra sua, aprovada pelo coordenador do curso de artes e tudo. Era uma ótima oportunidade. Se executada com sucesso, o ajudaria a conseguir o estágio na área de dramaturgo para continuar a escrever roteiros de peças, posteriormente com seu sucesso - ao qual tenho muita fé que vem - de novelas, séries e filmes. 

Por ser algo importante, ele não gostaria de ser interrompido, mas eu preciso fazer isso. Não consigo me conter. Não depois daquele vídeo.

Entrando no auditório em disparada, tropecei no tapete e trombei em uma garota, pedindo desculpas rapidamente, nem me importando com a cara feia que ela fez.

Lá dentro, a primeira coisa que chamava atenção era o palco amplo e bem estruturado. As fileiras de assentos se estendem a partir dele, criando um anfiteatro. As cadeiras oferecem um excelente campo de visão, algumas delas equipadas com mesas dobráveis para que a gente possa fazer anotações ou usar nossos dispositivos eletrônicos para acompanhar as apresentações.

A iluminação suave destacava a madeira polida e o design sofisticado do auditório. A atmosfera era ao mesmo tempo solene e inspiradora. Como diria meu denguinho: é um lembrete constante de que ali é onde as ideias mais profundas são compartilhadas.

Eu poderia bem ali, profundamente, expressar meus sentimentos mais intensos. Isso se eu estivesse pensando em algo além de Jungkook, Jungkook, Jungkook, onde está o Jungkook? O caos residia dentro de mim e isto era tudo o que eu queria saber: Jungkook.

Me sentia com um turbilhão de emoções. Dentro de mim tinha uma excitação, uma alegria incontrolável, e uma euforia intensa. 

Eu havia ficado sem bateria e não peguei no celular até que ele terminasse de carregar - fiquei distraído fazendo trabalho da faculdade - mas sabia que Jungkook havia mandado alguma coisa para mim pedindo para que eu abrisse estando sozinho. Quando notei do que se tratava, me amaldiçoei por não ter visto antes e deixado se passar horas.

Ele estava tão encantador, confessando seu amor por mim com direito até a carta de amor. Suas palavras ainda ecoavam em minha mente, e meu coração batia tão rápido que eu o sentia martelando em meu peito, como se estivesse prestes a sair pela minha boca. E correr até ali não ajudou a controlar os batimentos. Na verdade, parecia que eu estava querendo acompanhá-lo, indo tão depressa, impulsionado pela minha paixão desenfreada. 

As luzes do auditório agora eram apenas um borrão em minha visão, pois eu estava completamente focado em encontrar Jungkook. Meus pés pareciam flutuar no ar, e eu sentia como se estivesse submerso em um oceano de sentimentos.

O que se sobressaia em meu peito era um chama ardente que eu tentei conter por anos - com sucesso até então - mas agora ela se espalhou por completo em meu ser e se recusava a apagar. A ideia de que Jeon Jungkook, meu melhor amigo, meu denguinho, me amava de volta, era como um sonho se tornando realidade. 

Eu temia que estivesse em um sonho muito, mas muito, fodasticamente bom. Afinal, isso realmente estava acontecendo? Se for sonho ou delírio meu, por favor, universo, eu não quero acordar nunca mais.

Um garoto me repreendeu pouco depois da entrada no corredor amplo, dizendo que não era para correr ali. Então me obriguei a diminuir o ritmo, mas dentro de mim tudo continuou acelerado. A cada segundo, a cada passo mais perto do palco, minha excitação aumentava. 

O vi sair dos bastidores com umas folhas na mão - provavelmente o roteiro -, seu rosto estava iluminado por um sorriso radiante e eu senti uma energia incontrolável correndo por minhas veias. 

Enquanto viamos seus filmes de romance ele comentava toda vez que o amor era uma montanha-russa de emoções. Naquele momento, eu me encontrava no auge da subida, prestes a despencar numa aventura que estava por vir e eu desejava que fosse incrível. 

Meu entusiasmo e felicidade transbordavam em cada movimento e em cada pensamento. Eu estou determinado a fazer minha parte para esse amor florescer. Ele precisa saber disso.

— Jungkook! — chamo ele que estava de costas para mim. 

Ele me olha, confuso e surpreso, com certeza não me esperava ali.

Olhando para ele e sua beleza estonteante, sabendo que me corresponde, eu não consigo me controlar. Não mais. Eu pulo o palco, indo até ele em passos firmes e determinados, o puxando pela cintura e colando minha boca na dele ouvindo o coro surpreso de seus colegas. Por um segundo consigo imaginar a cara de choque deles e do próprio Jungkook. No próximo segundo tudo ao meu redor parecia ter desaparecido e a emoção de estar - finalmente - o beijando era como um calor reconfortante.

Explodi em completa paixão ao senti-lo corresponder com a mesma intensidade que a minha, se permitindo levar pelo momento. Busquei sua língua, a envolvendo, enquanto apertava sua cintura firmemente com os dedos. A paixão que senti - assim como ele - durante todos aqueles anos de amizade estava finalmente se transformando em um amor puramente profundo e ardente. Era possível notar isso através do nosso beijo delicioso e cheio de emoção.

Suas mãos foram até meus ombros os apertando, eu me entreguei ao beijo com fervor, sentindo prazer nos nossos lábios se moverem em perfeita sincronia como se estivéssemos nos comunicando com uma linguagem só nossa. Era um beijo que transcendia o tempo e o espaço. Eu estava completamente descontrolado e rendido por Jungkook. 

A cada respiração profunda, nos aprofundávamos ainda mais. A sala estava silenciosa, parece que saíram para nos deixar a sós, e eu sou grato por isso. 

Uma eletricidade pulsava entre nós, era como se o universo estivesse celebrando esse encontro. Nossos corpos também já que eu estava cada vez mais excitado - agora de uma maneira diferente, cheia de paixão mas repleto de desejo - e ele também.

Estávamos completamente ofegantes quando eu mordi seu lábio inferior, o ouvindo suspirar e logo em seguida afastar. Seu rosto tão adorável, ao mesmo tempo tão másculo, estava corado, suas pupilas nos olhos grandinhos dilatadas e a boca entreaberta respirando pesado. Seus olhos ficaram fixos na minha, como se refletisse se a tinha beijado mesmo, e então ele ergueu o olhar se deparando com o meu lhe encarando intensamente.

Ficamos assim por alguns segundos.

— Você não vai dizer nada? — perguntou.

Eu sorri.

— Atitudes falam bem mais do que palavras, não acha? — acariciei sua cintura, sentindo ele tremer um pouco. Ah, isso me empolga demais. — Não gostou do meu beijo?

— É claro que sim. — seus dedinhos nervosos apertaram e mexeram com o pano da minha camiseta nos ombros. — Mas eu quero te ouvir. 

Eu sei que ele quer saber detalhes de como foi receber o vídeo, sobre a euforia que eu senti o assistindo enquanto deduzia que aquilo era para mim e depois tinha a confirmação. Assim como queria saber porque eu apareci tão de repente e o que me fez agir com tamanho impulso. Mas eu estava anestesiado, só conseguia sorrir como um idiota, a mente estava vazia, o coração pulsava de amor e o corpo estava eletríco. Ele merecia mais do que um “sim”. E no momento me faltavam palavras o suficiente para esclarecer tudo.

Eu não sei o que fazer, mas vou fazer. Portanto, disse:

— Esteja na minha casa às nove. — não resisto a sua carinha preciosa segurando um sorriso que queria escapar e aqueles lábios desenhados atraentes agora tão vermelhinhos me convidaram a mordê-los e dar início a outro beijo, dessa vez um pouco mais calmo apesar de igualmente intenso.

— Ji… — resmungou nos meus lábios, eu o selei. 

— Hum? — ele tem um gostinho tão bom das balas de cereja que vive chupando, delicia de boquinha. Eu poderia beijá-lo o dia todo. Vinte quatro horas, sete dias da semana.

— Eu preciso ajudar com o ensaio para à peça. — ele precisava me soltar, mas sua atitude era contrária, me puxava pelos ombros com os dedos enrolados na minha camiseta. 

— Uhum. — continuei a dar vários selinhos em sua boca.

— É sério. — ele se afastou claramente com a mesma dificuldade que eu estava tendo de tirar minhas mãos dele. — Às nove?

— Às nove. — me vi obrigado a soltá-lo. — Estarei te esperando. 

Andei de costas até a escada no canto do palco - esta que ignorei ao simplesmente dar a louca e pular lá - vendo-o sorrir, acenando sim com a cabeça… Até perceber que as folhas que antes segurava estavam todas espalhadas pelo chão e eu até pisei em algumas.

— Aish, Park Jimin!

Saí rindo, o deixando bravinho por ter que recolher e provavelmente organizar a sequência tudo de novo com algumas folhas sujas e amassadas.

❤️

Eu não queria um encontro tão clichê mas gostaria que fosse romântico e a falta de tempo não me ajudava - eu tinha três horas para deixar tudo pronto -, precisava ser prático. Acabei me rendendo a pesquisar na internet, porém só encontrava opções inviáveis. A não ser uma aliança. O que me fez ir às pressas até sua casa, pular sua janela e revirar sua caixinha de jóias até encontrar um dos anéis anelares. 

Eu sempre penso que quero as coisas simples, mas para ser sincero, quase nunca as escolho. Ao invés de ligar para ele, saber onde ele está, eu saí correndo perguntando para cada pessoa no campus. Ao invés de subir no palco como qualquer pessoa decente faria, eu pulei. E agora ao invés de tocar a campainha de sua casa, me explicar para seus pais ou Namjoon que com certeza permitiriam que eu pegasse o anel, eu entrei às escondidas e me fui tão rápido quanto cheguei.

Por que eu faço isso? Pela emoção

E foi pela emoção de ter um segredo só meu que eu nunca busquei me declarar - isso ignorando minhas inseguranças do caralho.

Eu expliquei a moça da joalheria que gostaria de algo já pronto devida a minha situação, ela disse que eu tive sorte porque era o último par da peça da qual gostei. Valeu pela força, universo! 

— Você saberia me dizer alguma ideia para um encontro que eu preciso ter montado daqui a — olhei no relógio — Duas horas e vinte minutos?

— Flores e jantar romântico em um restaurante é um clássico que sempre funciona.

— Eu precisaria de reserva, não posso contar com tanta sorte. Já tive a minha cota. — balancei a sacolinha que ela acabou de me entregar.

— Cinema?

— Eu queria algo diferente, sabe?

Ela ficou pensativa, exatamente como eu.

— Bem… Eu não faço ideia. — meus ombros caíram, ela percebeu meu alto astral abaixando porque logo tratou de dizer — Mas que tal fazer uma lista do que ele gosta? Talvez assim você possa ter um norte do que escolher.

— É uma boa ideia. Muito obrigado! Tem um papel e uma caneta?

Ela assentiu, indo buscar. Não me importo de estar sendo um cliente inconveniente.

Continuei sentado à sua frente, logo escrevendo:

Filme de romance - não está passando no cinema;

Roupas largas - romântico de menos levar ele para fazer compras;

Salão - precisaria de hora marcada para hidratar aquele cabelo macio e cheiroso como ele gosta;

Tatuagens - não temos hora marcada;

Andar de patins - eu não sei fazer isso para lhe acompanhar, não quero quebrar a perna;

Escrever roteiros - sugerir escrever nossa história de amor?

Porquinhos da índia - levar ele para escolher e dar junto das alianças? 

Arte em geral - não tem eventos por aqui hoje;

Arte… prático… romântico… duas horas… Desenho, colagem, escultura, pintura.

— É isso! — tive a sua atenção. — Vamos ter uma noite de pinturas!

— Ótima ideia, senhor Park. Dá para comprar tintas e pincéis papelaria aqui do lado. Só não sei se vendem telas e cavalete.

Meu sorriso se ampliou quando minha mente se iluminou com uma ideia maravilhosa.

— Não precisarei de telas e cavaletes. — a olhei com um sorriso sapeca. — Vão ser pinturas corporais.

❤️

Para termos espaço na sala, arrastei o sofá para a sacada e estendi um pano grosso branco com a intenção de que ficasse todo pintado no final. No meio mantive - por enquanto - a mesinha de centro com duas taças de vinho, dois pratos e talheres, assim como várias almofadas para ficar confortável pois comeríamos ali rodeados pelos itens de pintura, várias tintas e pincéis, e velas de led semelhantes às naturais mas sem risco de acidentes.

Preparei rapidamente um arroz, carne de porco, salada e enchi um pote bonitinho com marshmallow recheados que ele gosta. Fiz a refeição ouvindo algumas playlists prontas no YouTube Music porque não teria tempo de separar cada música, no fim optei por uma com músicas suaves e apaixonantes. 

Eu queria que esse encontro nos conectasse, que desse liberdade para que eu lhe expressasse todos meus sentimentos, e fosse significativo.

Tomei um banho longo, em busca de me acalmar um pouco, afinal, eu estava correndo demais hoje. Mas saí do banheiro ainda me sentindo elétrico. 

Mal acreditava que isso estava acontecendo.

Jungkook me ama. Como eu sempre fantasiei em segredo. Como eu torcia para que amasse alguém um dia, mesmo que a pessoa pudesse não ser eu. Eu torcia ainda mais para que fosse recíproco e ninguém nunca partisse seu coração tão precioso. Sabendo que sou eu o escolhido, eu tenho certeza que isto nunca irá acontecer, ele vai ter seu coração cuidado com muito amor e carinho. E eu não poderia estar mais feliz!

Uma regata branca, uma cueca vinho, short curto preto, todos de algodão. Simples e confortável. Me olhando no espelho, lembrei de algo.

Eu

Venha confortável e com uma roupa que possa sujar

Jungkook

Especificadamente estranho, mas ok 

Eu 

Não pense besteiras!

Jungkook

Mas eu não disse nada 

Eu 

Pode ter pensado 

Jungkook

Não sou safado como você

Eu

E como você sabe que eu sou safado?

Jungkook

Ain, hyung
Tchau

Posso imaginar ele todo sem jeito ficando vermelhinho, isso me empolga e causa um enorme sorriso.

Eu

Te vejo em cinco minutos, denguinho

Jungkook

Ou não

Eu

Não se atrase

Jungkook

Ou

Eu

Eu vou morrer de nervoso 

Jungkook

Eu já estou 
Mas já já estou aí
Agora para de mandar mensagem
Tenho que trocar de roupa 

Não mandei mais nada, joguei o celular na cama, o deixando terminar de se arrumar pensando como será que ele estava antes de eu pedir que viesse básico. 

Penteei meu cabelo com os dedos e passei um perfume, é doce, mais do que eu costumo usar, mas escolhi esse porque ele gosta muito de coisas doces e já elogiou uma vez, garantindo que era o melhor aroma que tinha sentido na vida.

Não moramos longe então logo minha campainha estava sendo tocada. Caminhei rapidamente até a porta, sentindo meu coração bater ansioso ao abri-la e quase sair pela boca ao vê-lo. Seu cabelo preto grandinho estava bem escovado, deveria ter lavado e secado no secador e como sempre parecia tão macio quanto os marshmallows, seus olhos grandinhos brilhavam refletindo as luzes como se elas fossem estrelas, mordia o lábio atraente e mexia na beirada da camiseta também branca mas de mangas e números maior que ele, claramente nervoso. Nosso short era igual e ele usava um tênis preto que logo foi retirando dos pés, colocando na sapateira no canto da porta. 

Quando se abaixou, seu cabelo se espalhou para frente e vi o desenho na sua nuca, uma pequena lua que completava a minha do pulso. A fizemos na adolescência, na primeira festa que fomos juntos - claro que eu lhe dei uma identidade falsa por ser muito mais jovem -, lá tinha álcool e uma barraca de tatuagem, então já se imagina o que houve. 

“Somos amigos tipo para sempre?”, ele perguntou.

“Somos! Para sempre!”, respondi um tanto bêbado. 

“Então vamos eternizar de verdade!”

Sabia que tinha essa vontade de ter o corpo todo desenhado e acabei indo na onda. O que eu não fazia por esse garoto?

Agora ele tem o braço todo fechado e várias pelas pernas. Admito que acho sexy. Ele chamou meu nome por eu estar em silêncio com os olhos vagando por suas tatuagens.

— Ah, oi. Sinta-se a vontade. — estendi o braço e a mão, mostrando o espaço alterado.

Vi seus olhos arregalarem e sua boca entreabrir. Ele sentiu a surpresa. Sorri.

— Eu preparei uma comida simples com uma sobremesa que sei que você gosta. Vamos jantar nas almofadas, tudo bem? Ou você acha que é desconfortável? Podemos nos sentar na mesa se quiser, eu só preci… — fui interrompido.

— Hyung! — riu, provavelmente da minha afobação. — Está ótimo assim. — sentou-se. — Vamos comer agora?

— Pensei em bebermos o vinho primeiro. Mas podemos alterar. Está com fome?

— Muita. — se jogou no chão, sendo dramático. — Eu fiquei o dia todo organizando o enredo e ajudando com o ensaio, nem tive tempo de comer mais do que uma barrinha de cereal. 

— Então não vamos perder mais tempo. — fui até ele, me sentando à sua frente e destampando as panelas que estavam ali no pano em cima de tapetes térmicos. 

— Uhmm… — foi levantando. — Que cheiro delicioso!

Eu sorri. 

— Sirva-se. — o entreguei a colher. — Espero que o sabor também esteja.

— Claro que sim. Disso eu já sei. — aceitou a colher, já fazendo seu prato. — Você tem a comida gostosa, hyung. — não consegui não sorrir. — Igual a sua mãe.

— Isso soou estranho. — eu sorri ainda mais largo ao vê-lo arregalar bem os olhos.

— Aish, você é mesmo um safado. — resmungou. 

Eu gargalhei.

— Mas falando sério, minha mãe fez questão de me ensinar. — disse, montando meu prato também. — Ela não queria que eu fosse um inútil que se escorasse nas pessoas como meu pai. Ela me ensinou a ser um bom marido.

— Será? 

Era normal a gente brincar um com o outro, mas agora as coisas eram diferentes para mim.

— Quer descobrir? — o provoquei.

Ele não me respondeu, enfiou a comida na boca, o que me fez rir. 

— Uhmm… — não resistiu em resmungar satisfeito. — Muito bom! 

— Já posso me casar com você? 

Ele se engasgou, ficando completamente vermelho e tossindo.

— Meu Deus. — o dei uma garrafinha de água, a qual peguei na caixa térmica ao meu lado onde também estava o vinho. — Tudo bem. — acariciei suas costas. — Eu vou com calma. 

Ele apertou os olhos fechados por um instante.

— Por favor, não me mate até o fim dessa noite.

Eu queria dizer que só se fosse de prazer mas temia que ele engasgasse de novo ou, pior, se assustasse tanto que saísse correndo.

— Não vou. — subi o carinho para seu cabelo, não conheço uma textura melhor que essa. — Vai ser tranquilo, sim? 

Ele assentiu, confiando em mim.

— Então, como está sendo organizar a sua própria peça?

Dei a deixa para continuarmos conversando durante a refeição. Ele sorriu, me contando tantos detalhes, como estava sendo ajudar os atores a treinar, e mais uma porrada de coisas que eu mal prestei atenção. Estava concentrado demais em seu rosto tão doce e masculino sendo expressivo como ele é, me deixando todo boiola por dentro tanto quanto faz carinha de bravo como ri de alguma coisa engraçada do ensaio. 

Eu lhe contei que fiquei o dia todo envolvido com trabalhos chatos, o que o levou a entrar no assunto:

— Ah, por isso você não viu o vídeo…

— Foi uma parte. — ele me olhou confuso. — O celular estava sem bateria quando acordei coloquei carregar, fui na padaria, aliás, lá tem um novo pão doce bem recheado que você vai amar! 

— Você pensou em mim quando estava na padaria? — perguntou para confirmar, os olhos cheios de esperança.

— Eu penso em você o tempo todo. 

Ele sorriu tímido e mordeu o lábio.

— Pois depois de tomar café conferi meu planner e precisava finalizar meus trabalhos da faculdade então me sentei para fazer, ficando a tarde toda nisso. 

— Você me deixou muito ansioso. — admitiu, mexendo na barra da camiseta.

— Desculpe — peguei sua mão, fazendo carinho. — Não foi intencional. 

— Tudo bem. — assentiu. — Qual a sobremesa?

Eu ri dele mudando de assunto, mas aposto que estava doido por essa parte então vou relevar. Abri o pote, o vendo ficar boquiaberto por um segundo e então sorrir, exclamando:

— Marshmallows! 

Sua alegria me deixa tão satisfeito...

Ele pegou o pote da minha mão e se pôs a comer, as bochechas ficando cheinhas por ter colado vários de uma vez na boca, estava parecendo um coelho fofo comendo. Eu o olhava todo sorridente. 

— Vai devagar, eles não vão sumir, tem mais no armário e eu não quero que se engasgue de novo. 

Ele assentiu, dizendo de boca cheia e as palavras meio atrapalhadas:

— Obrigado, hyung.

Ah, que vontade de mordê-lo!

Ele é fodidamente adorável, a coisa mais fofa que já vi na minha vida. Sério. Me dá tanta vontade de pegar no colo e mimar quando ele está sendo tão fofo assim.

— Se eu soubesse do que se tratava — retomei o assunto — Teria visto no mesmo instante e no segundo seguinte estava na porta da sua casa.

— Você age meio doidinho. — disse, ainda de boca cheia e sorrindo. 

Que bochechas mais mordivéis!

— Você me deixou eufórico, fora de mim.

— Por que? 

— Porque… — encarei diretamente seus olhos grandinhos e brilhantes. — É recíproco. Você sempre foi meu crush.

Seus olhos arregalaram, creio que ele esperava ouvir algo assim na minha resposta - até porque eu o beijei - mas ao ouvir era um choque porque notava que era real. Foi assim comigo também quando assisti seu vídeo.

— S-sempre? — ele até largou o pote de marshmallow de lado, completamente interessado e focado em mim.

Assenti.

— Eu percebi que gostava de garotos quando te conheci no acampamento porque, para mim, você era tão fofo quanto as garotas que eu queria andar de mãos dadas e fazer carinho no cabelo. Eu passei a surtar internamente com isso, foram muitas dúvidas dentro de mim, eu demorei muito tempo para compreender tudo. — suspirei. — Minha mãe me pegou chorando uma vez, acabei me abrindo e ela me esclareceu que não existe só héteros e gays no mundo, que eu podia gostar de meninas e meninos igualmente, não precisava me forçar a escolher nem me forçar a ser alguém que não sou.

— Oh, eu não sabia. Nunca falamos sobre isso. E sua mãe é tão legal. Meus pais também não se importam de eu gostar de garotos, eles sempre souberam.

— Isso é bom. — sorri. — Combinamos de levar isso na naturalidade, sem dever explicações. Por isso nunca cheguei levantando bandeira em nenhum lugar, mesmo que seja claro para todos que eu apoio a comunidade, porque héteros não fazem isso, eles apenas vivem. Era o que eu queria fazer. 

— Eu entendo. Mas também, sempre fomos reservados, né? Nunca falamos sobre quem beijamos ou gostamos…

— Acho que foi um erro nosso, afinal, somos amigos. Não tinha problema em saber. 

— Tinha sim. Por que seria outra pessoa com você e não eu. — confessou, mordendo o lábio.

Assim eu não consigo parar de olhar pra lá. Ele não facilita com esse ato mesmo eu sabendo ser por nervosismo.

— Creio que foi por isso que eu nunca fiz questão de saber. Mesmo que eu quisesse que você fosse feliz, independente de com quem fosse, isso esmagaria de vez as minhas esperanças ocultas. 

— É… — assentiu, colocando mais um doce na boca.

— Esclarecendo melhor sobre você, sempre tive um gostar casto, até porque você era muito novo. Eu nunca pensei em ter mais do que amizade, nessa época eu te considerava como um irmão mais novo. 

— É, eu ainda não gostava de você também. Era só meu hyung que me levava no cinema, jogava todos os jogos comigo, e ajudava com os deveres de casa junto do Nam. Mas continue, estou gostando de saber.

— Com dezessete eu acabei querendo namorar, me envolvendo com você-sabe-quem. 

— Não precisa dizer mais nada, disso eu sei e lembro bem como foi. — uma expressão emburrada dominiu seu rosto.

— Ei, já passou.

— Mas eu odiei te ver daquela forma. 

— Foi algo estupido. E eu achei tão bonitinho você estando ali para mim, me apoiando e cuidando mesmo tendo quatorze aninhos. 

— Você era meu hyung mais legal, eu senti que precisava te ajudar mesmo não sabendo muito bem como.

— Ajudou. Obrigado. — sorri grato.

Ele sorriu de volta, satisfeito.

— Eu comecei a reparar que tinha algo de errado quando as meninas vinham perguntar seu nome para mim, eu ficava indignado dizendo que você era só uma criança. Isso se seguiu até eu sair da escola. 

— Por isso você passou a me levar e buscar todo dia? — perguntou com os olhos estreitos.

— Sim, eu tirei carteira de motorista só para isso. — ri. — Eu queria te proteger porque você era meu “irmãozinho”. Mas então eu viajei para o intercâmbio de inglês que meu pai por algum milagre me deu de presente, fiquei um ano e meio fora, conversando com você somente por vídeo chamada, quando voltei você estava com seus todo desenvolvido, mais alto que eu, e… 

Que vergonha.

— E… — incentivou a continuar, todo curioso. 

— E temos uma coisa divertida para fazer! — me levantei, recolhendo as panelas. 

Eu comecei a tirar todas as coisas de lá, enquanto ele me seguia com o olhar. Até que se levantou enquanto eu levava a mesinha de centro pro canto e se pôs na minha frente.

— "E", o que, hyung? — neguei. — Me conta, por favor. Eu quero saber de tudo.

Fechei os olhos diante daquela carinha pidona e suspirei.

— Eu quis te comer. — vi a surpresa em sua face. O embaraço e a vergonha dominavam a minha. Ele só tinha dezessete caralho. — Meus pensamentos se tornaram insuportáveis e eu fiquei envergonhado e irritado comigo mesmo porque eu não podia sentir isso por você. Porque eu te via como um "irmãozinho", lembra? Era errado te querer dessa forma. Passei a buscar controlar meus desejos, no processo saí com um monte de gente. Mas mesmo tendo adquirido autocontrole com meus pensamentos, transferindo minhas vontades à outras pessoas conseguindo esquecer você, eu já havia te notado. E você é muito além de um corpo atraente. Tem toda a sua doçura, sua gentileza, sua dedicação, seu jeitinho adorável e encantador, para terminar de acabar comigo. — suspirei, sendo sincero — Eu não sei como consegui ter tanto autocontrole, seguir esse tempo todo sendo apenas seu amigo, sem deixar meus sentimentos e desejos escaparem nem um pouquinho sequer.

— Você foi muito forte. 

Eu assisti. 

— Foi sofrido no início mas depois eu me conformei. Era bom ficar de chamego com você, ficar acariciando seu cabelo, isso me fazia bem. Eu não sentia que podia pedir por mais. E eu passei a guardar essa paixão toda por você, deixando ser algo só meu, pois assim nada nem ninguém poderia estragar. Ao mesmo tempo comecei a desejar que você tivesse alguém bom, que pudesse ser feliz, mesmo que não fosse comigo. Já que eu não acreditava, ainda que notasse seu nervoso se tornando maior perto de mim, que pudesse ser recíproco. Eu tinha medo e inseguranças, não sabia eu se te merecia. — isso era difícil de expor, afinal, sempre demonstrava segurança por onde passava. A verdade era que não era bem assim. — Eu acreditava que você estaria melhor com outra pessoa.

— Isso não é verdade. — negou várias vezes. — Eu não consigo estar melhor com alguém que não seja você. 

Me abraçou.

— Nossa, que cheiroso.

Eu sorri.

— Obrigado. E eu agora imagino que não. — acariciei seu cabelo. — Você se declarou para mim tão intensamente, eu consegui sentir seu amor e eu me senti um idiota por acreditar nessa insegurança, que estava mais para paranoia, de que eu não merecia... Eu mereço receber seus sentimentos. Porque eu tenho muito a retribuir. Eu não quero mais que te façam feliz. Eu sou essa pessoa. 

O apertei contra mim, murmurando em seu ouvido:

— Eu te amo, Jeon Jungkook. Obrigado por dar o primeiro passo e o mais importante entre nós. Eu captei sua intenção, amei que fez em formato de vídeo. Eu amei ouvir todas aquelas lindas palavras saindo da sua boca. — afastei o suficiente para ver seu rosto. — Eu amei ser pedido em namoro. 

Ele estava sorrindo abertamente, aposto que seu coração estava tão acelerado quanto o meu.

— E eu posso não ser tão bom nas palavras quanto você, aliás peço desculpas por ter aparecido igual um louco e totalmente sem palavras no auditório hoje - eu estava eufórico por ter libertado o que sentia por você, o que controlava a tempos -, mas eu acabo de me abrir. Eu me proibi de pensar em você, ocultei meus sentimentos verdadeiros deixando a amizade sobrepor a eles, só que depois do seu vídeo minha estrutura se abalou completamente e tudo explodiu, vindo à tona. Sei que merecia mais que uma atitude repentina vinda de uma adrenalina, por isso eu pensei muito e montei esse encontro. Para te dizer a minha versão e também o meu sim. — tirei a caixinha do bolso.

Seus olhos quase saltaram para fora dos olhos e senti as mãos que estavam nos meus ombros tremendo. Uma delas foi levada até sua boca.

— J-Jimin hyung…

— Eu quero muito te namorar. Mas você quer isso de verdade? Eu não suportaria ter meu coração partido, não por você.

— Mas é claro que eu quero de verdade. Não ficou claro? Eu sou louco por você! 

— E eu por você.

Sorri quando ele me deu a mão.

Coloquei a aliança lá e deixei que ele colocasse a minha em mim.

— Tudo é incrível! — se jogou feliz nos meus braços.

Meu Deus, como eu amo esse garoto.

— Desculpa novamente por ter demorado com a resposta.

— Eu perdoei a ansiedade que me causou desde que me deu aquele beijo estonteante. — disse sorrindo.

— Eu adoro quando você fala palavras chiques. Aquele poema foi a coisa mais linda que já ouvi.

Ele riu, um pouco tímido mas bem alegre.

— Amo seu sorriso. — disse, sendo o boiola que sou por ele. Feliz que agora posso soltar esse meu lado.

— Ele só existe por sua causa.

Me vi obrigado a beijá-lo. 

Não estava afoito como mais cedo, estava sendo muito mais sentimental, apaixonado. Ele me corresponde tão cheio de emoções quanto. A forma como nossos lábios se movem juntos, sua língua toca a minha… Esse foi o beijo mais doce que eu já provei. E não é porque ele estava com excesso de açúcar pelos marshmallows. 

— Oh, meu Deus! — exclama, todo emocionado. — Isso é como a realização de um sonho, não é?

— Se é um sonho, eu não quero acordar.

— Nem eu.

Sorrimos.

— Qual era a outra coisa que íamos fazer?

Pego sua mão, caminhando de volta para o centro.

— Suas dicas estão ao seu redor, consegue imaginar?

— Vamos pintar? — perguntou, já interessado. É uma das coisas que ele gosta, afinal.

— Sim, nós vamos.

— Que demais, hyung! Onde estão as telas? — enquanto procurava ao redor, me aproximei, tocando suas mãos, subindo os dedos pelos seus braços, sentindo arrepiar.

— Aqui — subi até suas bochechas — Aqui — deslizei as pontas dos dedos para baixo, rumo ao seu torso — Aqui. 

— Eu sou a tela? — perguntou tímido.

— E eu também. — sorri. — Vamos fazer pinturas nos nossos corpos. 

— Agora eu entendi o porque poderia me sujar. Eu gostei! Vamos, eu começo.

Certamente ele tinha bem mais ideias do que eu, era um artista nato que mandava bem em tudo o que se propunha a fazer. E então temos eu com meus desenhos infantis.

Sentados com a musiquinha soando mais alta pois ele pediu que eu aumentasse, com pincéis suaves e tintas vibrantes, ele começou a pintar carinhosamente meu braço, e eu aproveitei do seu rostinho lindo concentrado para molhar na tinta vermelha e lhe desenhar um coração na bochecha. 

Ele brigou comigo porque acabei o fazendo riscar a flor que fazia em mim por tê-lo surpreendido de repente. Eu ri, sujando seu nariz e ele deu sua expressão zangada vindo me atacar, despejando a tinta na mão e sujando minha regata. 

Não era sempre que saia algum desenho porque fazíamos graça, acabando rabiscando ou nos sujando todos de forma abstrata numa mistura de cores. Nós nos entregamos a diversão e a intimidade dessa brincadeira artística. Até tiramos as blusas para termos mais espaço para deslizar os pincéis e as vezes até os próprios dedos. 

Só haviam risos e gestos afetuosos à medida que as tintas ganhavam vida em nossas peles. Estávamos conectados como eu desejava e ainda mais cúmplices, à medida que nossos corpos se tornavam telas vivas que contavam parte de nossa história de amor. 

A simplicidade e a alegria daquele momento me deixou fascinado. 

❤️

Nós tiramos fotos para deixar registrado nossa bagunça artística tão linda, em seguida, ele foi se banhar enquanto eu guardava as velas, os itens de pintura e tirava o pano branco todo colorido de respingos e marcas de nossos corpos seja sentados, de pé, ou arrastado, além de marcas de mãos para todo lado. Estendi-o no varal. Tirei minhas roupas as deixando lá e lavando os pés para poder ir até o banheiro pegar as roupas do Jungkook que pedi para deixar do lado de fora para poder estender junto das minhas. 

Passei um pano no chão para retornar meu sofá para o lugar dele, assim como a mesinha de centro onde deixei as taças, o vinho que havíamos pulado mais cedo, e deixei algumas velas de led para manter enfeitado.

Jungkook apareceu de cabelo molhado, com uma toalha no pescoço e outra na cintura.

O calor me subiu, espalhando pelo meu corpo e eu engoli em seco quando ele se aproximou.

— Você vai me deixar assim? — fez bico. — Não me separou nenhuma roupa.

— Por mim, você ficava até sem isso. — não resisti, toquei o nó da toalha em sua cintura, analisando seu peitoral levemente musculoso. Uma delícia. Me deu vontade e, já que agora sou o seu namorado, me rendi a ela levando a mão até uma das tetas inchadinhas e apertando.

— Hyung… — manhou, se aproximando mais.

Sorri.

— Você gosta. 

— E você precisa ir tomar seu banho, anda. Vai! — me empurrou, me expulsando da minha própria sala. 

Saí rindo, indo lavar sua obra de arte feita no meu corpo.

De olhos fechados enquanto a água caía sobre meus músculos das costas eu não conseguia pensar em outra coisa além do que acabei de ver. 

Há um bom tempo eu me convenci de não pensar nele desse jeito. Mas agora eu sou seu namorado, não preciso mais me segurar, não é?

Jungkook não é um neném inocente como eu dizia para todas as garotas e alguns garotos, como Hoseok, que vinham até mim por ter interesse nele e acabavam desistindo por eu afirmar tal coisa.

Pois é, foi assim que eu aproximei de Hoseok. Ele havia sido transferido para a nossa faculdade e me viu conversando com Jungkook, chegando em mim para saber quem era aquele "moreno gato". Mas eu disse o quanto ele era inocente que chegava a ser bobo que ninguém conseguia fazê-lo ceder porque ele não entendia nenhuma investida, era para ele desistir. 

Hoseok não foi como as demais pessoas que colocou um olhar triste no rosto, o rabinho entre as pernas, e saiu andando. Ele ficou me atazanando com perguntas até eu soltar que o motivo real era que eu gostei dele, queria ser seu amigo de sala, mas ele não facilitava querendo se tornar meu rival. Eu queria que o Jungkook tivesse alguém mas não que fosse próximo de mim. E ele logo entendeu que eu na verdade, o queria só para mim.  

Desde então é o cara a aguentar minha paixão secreta. O único porque nossos amigos eram fofoqueiros e eu não queria que se espalhasse.

O ponto é que em todo esse tempo eu menti. 

O Jungkook não era bobo e nem inocente. Era um homem inteligente, sagaz, e com desejos. Eu só não via a última coisa e não queria ver porque seria por outras pessoas então eu as afastava sempre que podia.

Mas agora eu não ia me afastar. 

Eu ia investir. 

Porque agora eu sou o seu namorado. E o desejo que ele demonstrar será todo e unicamente por mim.

Será que ele me quer tanto quanto eu o quero?

O arzinho me pareceu gelado quando saí do banheiro. Fui direto para meu quarto vestir uma calça de pijama, cueca e uma blusa de mangas finas, pegando peças parecidas para Jungkook e meias porque seus pézinhos são tão geladinhos quando o clima esfria. 

Ele estava encolhido no sofá.

— Oh, meu denguinho. Te torturei?

— Sim — assentiu — Você foi mal me deixando só assim. O tempo esfriou.

— Eu percebi só agora. — o entreguei as peças. — Mas você já é de casa, agora é meu namorado, podia ter pego no meu guarda roupa.

— Ah, você sabe, eu não sou assim de mexer nas coisas das pessoas. — vestiu a cueca e calça por debaixo da toalha. 

— Eu sei. E estou te dando liberdade para fazer isso. Quero te ter mexendo onde você quiser nesse apartamento porque com o meu coração já mexe há tempos. 

Ele negou, rindo.

— Você é brega, hyung. — tirou a toalha do pescoço, vestindo a blusa e depois a usando para secar um pouco mais do cabelo.

— Vai dizer que é ruim ter um namorado assim? 

— Não foi o que eu disse. — se levantou.

Eu ia perguntar onde ele estava indo mas vi que estava usando do que eu falei, indo sozinho até a lavanderia estender as toalhas.

— O que vamos fazer agora? — perguntou ao voltar.

Peguei as duas taças em uma mão só e a garrafa na outra. 

— Vinho doce, o seu favorito. 

— Oba! — pegou a taça que eu enchi, logo voltando a se jogar - com cuidado devido ao vidro em mãos - no sofá. — Vai ser ótimo para voltar a esquentar.

Eu sorri, concordando.

Me sentei ao seu lado, ele colocou as pernas esticadas em cima das minhas coxas. Intimidade entre nós nunca foi um problema. Tínhamos de sobra, apesar dele se negar a tocar nas minhas coisas e usá-las sem permissão. Mas em questão de toques, sempre tivemos. 

Peguei seu pé colocando a meia em um e no outro, logo massageando com uma mão já que a outra pegou a taça.

— Sabia que eu achava que estava tendo um infarto? — seu sorriso era curto, mostrando mais dos dentes mais salientes da frente, fofinho. 

— Deixa eu adivinhar… Por isso que estava saindo correndo do nada dizendo que estava passando mal?

— Exatamente! Meu irmão que me ajudou a perceber que era toda vez que você estava perto e eu passei a notar que te observava demais. Eu gosto de te olhar. — eu sabia que ele prestava atenção em tudo, mas não imaginei que me olhava assim com esses olhos de interesse, de amor. Amei descobrir. — Então acabei percebendo meus sentimentos. Fiquei inseguro mas eu não nasci para ser inseguro e sim corajoso. Dei meu jeito de me confessar.

— E eu, do fundo fo coração, amei. — sorri alegre, sentindo meus olhos ficarem pequenos. Acontecia com frequência quando eu estava em sua presença. 

Minha massagem subiu para seu tornozelo, era mais um carinho para falar a verdade.

— Você ainda tem… — o olhei com interrogação na face — Deixa pra lá.

— O que? — ri. — Agora quero saber.

Sua mão livre passou a remexer na barra da blusa. 

— Não é nada.

— Ei, pode perguntar. Quero sinceridade entre nós. Ainda mais agora que entramos em um relacionamento.

Ele mordeu o lábio, ficando pensativo.

— É… É que eu queria saber se… Você ainda… Sabe… — os dedinhos estavam bem nervosos. — Ainda pensa coisas sobre mim.

A forma como ele falou "coisas" me fez compreender. Ele quer saber se eu ainda tenho pensamentos impuros.

— Você é muito atraente.

— Não é essa a pergunta… — disse, meio tímido.

— Então você terá que ser mais claro para ouvir o que quer. — apertei seu tornozelo.

Ele tomou metade do vinho de sua taça de uma vez só. Provavelmente estava sentindo a garganta seca, então me olhou diretamente.

— Você me deseja, hyung? 

— Se você soubesse o quanto até se assustaria. — bebi um gole.

Sua boquinha se entreabriu de surpresa, ele ficou assim alguns segundos até perceber e a ocupar com a borda da taça.

Subi para sua canela por dentro da calça. 

— Eu só planejei o encontro até a pintura. Quer assistir alguma coisa? 

— Pode ser. Mas, por favor, nada de vídeos de anime. 

Eu ri.

— Hoje eu estou por conta do romantismo. Que tal aquele novo filme?

— Qual? 

Vermelho, Branco e Sangue Azul.

Seus olhos se iluminaram.

— Sim! Eu amo esse livro! Ainda não assisti para ver como ficou o filme. 

— Então vamos ver. 

Jungkook estava se divertindo, assim como eu. Mas quando chegou as partes mais quentes, eu me remexia. Estava inquieto porque minha mente fértil estava imaginando coisas demais. E não era com os atores. Se eu o desejo? Eu queria ter perguntado se isso era uma piada. A resposta era tão clara.

Olhei de canto de olho para meu denguinho, estava corado e eu duvidava que fosse apenas pelo vinho. 

Ah, que tortura. Ele está tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe… 

Mas eu sou paciente. 

— Mudaram algumas coisas. — comentei.

— Sim, mas se for parar para analisar não foram tantas coisas. É só que eles precisavam resumir o enredo em duas horas, no máximo, de filme. 

— Faz sentido. Que bom que não cortaram ou suavizaram muito as partes quentes. 

— Eu gostei delas. 

O encarei, mantendo o carinho em sua panturrilha.

— É? — ele assentiu, apesar de corado não estava mais tímido porque o vinho já havia feito efeito. Eu também sentia uma leveza. — Eu também. Até porque estava imaginando nós dois.

— Hyung… 

— Uhm? Eu disse que queria sinceridade. Só estou exercendo isso. 

— Safado. 

— E agora seu. — alisei a parte interna de seu joelho. 

— Você está me dando um ataque cardíaco.

Eu gargalhei. 

— Tudo bem. Vou ficar quietinho. Está tarde,  quer ir dormir? 

Ele assentiu um tanto sem jeito. Será que esperava algo mais?

Nós dividimos a cama algumas vezes, principalmente quando eu dormia na sua casa. Na minha, a gente sempre arrumava os colchões de solteiro na sala e dormia lado a lado. Mas agora será a primeira vez que vamos dormir juntos como namorados. Eu estou tão feliz e muito empolgado! 

Após escovarmos os dentes, nos deitamos e eu não perdi tempo, fui logo o puxando para mim, ficando de conchinha. 

— Minhas noites são tão solitárias, essa cama fica tão vazia. Me sinto sortudo de ter você aqui. 

Sua mão acariciou a minha que estava em seu peito.

— Eu também. 

— Boa noite, denguinho. — esfreguei meu nariz na base de sua nuca, sentindo seu cheirinho adocicado e logo dando um beijinho ali, sentindo ele se arrepiar.

— Boa noite, hyung.

Eu não vou conseguir resistir.

Dei mais um beijinho. E outro. E mais um. Ele foi se arrepiando mais e passou a se contorcer suavemente nos meus braços. Sorri, entusiasmado. 

O apertei contra mim, continuando a selar onde havia espaço e então rendendo aos meus impulsos que não fazia mais questão de controlar raspei os dentes no vão do seu pescoço, o ouvindo soltar o ar pesadamente.

Para minha surpresa e alegria ele chocou-se contra mim, seu quadril fazendo círculos leves e tímidos. Segurei sua cintura, o puxando para mim, assim podendo sentir mais daqueles movimentos. 

Ele rebola tão gostosinho… Meu pau está pulsando com isso e com todas as imagens relacionadas a ele rebolando explicitamente no meu colo passando pela minha mente.

Jungkook virou o rosto para trás, murmurando um tanto sofrido e manhoso:

— Hyung…

Colei minha boca na dele, movendo os lábios nos seus e minha língua na sua, sugando no processo, sentindo seu gemido sendo engolido pelo nosso beijo e seu quadril mover com mais destreza. 

Levei minha mão até sua coxa, lentamente indo em direção a sua intimidade e confirmando algo que me deixou ainda mais excitado. Ele estava tão duro e pulsante quanto eu.

Apertei, movendo devagar sobre o tecido. 

— Ah — soltou nos meus lábios, o som de seu gemido me atingiu em cheio. Eu rapidamente saltei na cama, o virando para cima e abrindo suas pernas, me colocando no meio delas. 

Simulei uma estocada ao mesmo tempo que procurei por seus lábios, o beijando afoito com todo desejo presente em mim e que negligenciei à tempos. Devorei sua boca intensamente sentindo a textura e gosto da sua língua na minha - ambas com sabor de vinho e paixão - ao que levava a mão para baixo da blusa que vestia tocando seu abdômen quente deslizando as unhas até a barra da calça. Ele arqueou um pouco.

— Agora está muito quente. — murmurei rouco de tesão, me afastando. — Acho melhor tirar isso. 

Peguei a barra da blusa, recebendo um sorrisinho seu junto de um assentir. Sorri ao vê-lo novamente sem camisa mas dessa vez podendo prestar atenção em cada miséria célula, deslizar a mão por cada centímetro e logo a boca, beijando do pé de sua barriga até seu pescoço então deslizando a língua para baixo rumo a um dos mamilos marronzinhos que não consegui resistir. Coloquei para dentro da boca, brincando com a língua, sugando, e mordendo.

Sua mão foi para meu cabelo úmido enquanto ele resmungava um gemido, me empurrava contra seu peito e eu aproveitava aquela oportunidade.

Após brincar bastante, fui para o outro, sentindo ele puxar meu cabelo mas nunca me afastando. Ele estava se contorcendo. Apreciando. E eu sorri durante o ato.

Expus minha língua, passando pelo meio de seu abdômen, descendo, e ao ver aquele volume na calça fina eu não resisti, levei minha boca até lá mordendo levemente para não machucar.

— N-não. — ele se contorceu, segurando meu cabelo agora com uma maior firmeza para minha cabeça se manter em um rumo que conectasse nossos olhos. — Sem pano.

É claro que eu não vou negar o pedido do meu amor.

Puxei a calça, tendo sua ajuda para jogá-la longe. Meus lábios foram para suas coxas, onde eu beijei cada uma delas no meu próprio tempo, indo para a parte de dentro e chupando. Ele tentava fechar as pernas quando eu fazia isso, mas eu as segurava com firmeza e continuava a marcá-lo na área sensível. 

Depositei um beijinho nos testículos, subindo com a língua pelo comprimento, sentindo ele pulsar e me fazendo imitá-lo. Olhei para Jungkook, sorrindo com malícia pois meu próximo ato premeditado foi colocar sua glande na boca e chupar. 

— M-meu Deus… — manhou, as pernas tremendo querendo se fechar ao passo que eu descia lentamente para então subir. 

Fui repetindo o ato, descendo, subindo, rodeando a ponta com a língua, descendo, subindo, ouvindo sua respiração ficar cada vez mais ofegante e os sons que saíam de seus lábios mais audíveis.

Quando prendi a respiração e o fiz tocar minha garganta, ele se tremeu todo, gemendo meu nome.

— Jimin… 

Fiz de novo. E de novo. Toda vez que descia. Ele foi se perdendo nos gemidos, os dedos dos pés se encolhendo, pulsando cada vez mais na minha boca. 

Chupá-lo era uma delícia. Fazê-lo se perder em sons lascivos, chamando meu nome, por estar sentindo prazer por minha causa era mais ainda.

E eu podia melhorar aquilo.

Me levantei, deixando ele confuso. Sorri, me despindo, vendo seus olhos grandinhos vagar por cada parte do meu ser. Ele não disse nada, mas seus olhos brilhavam e pau pulsou em resposta. 

Mexi na gaveta ao lado, retirando de lá um lubrificante.

— Posso? 

Ele assentiu, mordendo o lábio. 

Melei meus dedos, levando um deles até sua entrada pequena e enrugadinha. Não sei que ponto eu cheguei, mas eu achei fofo. Fiz carinho, sentindo ela se abrir para mim aos poucos, ela ficou mais a vontade ainda quando voltei minha boca até seu amigo duro chupando com vontade enquanto a amassiava deixando toda confortável e abertinha para mim.

Jungkook se contorcia na cama, gemendo, eu soube que poderia continuar quando passou a rebolar cada vez mais ansioso nos meus dedos.

— Meu denguinho — ele me olhou de olhos cerrados, já estava molinho de prazer sobre a cama. — Diz para mim que me deixa te comer.

— Você é tão safado. — disse corado com o sorriso aberto. — E obsceno. Por que não "me deixe fazer amor com você?". Cadê o romantismo?

— Difícil pensar em ser romântico tendo você todo abertinho para mim, amor. — ele resfolegou como se recebesse uma surpresa, provavelmente pelo apelido amoroso. — Eu não consigo pensar em mais nada que não seja entrar aqui — acariciei o local, me sentindo vibrar ao imaginar o que falei — Colocar meu pau todinho dentro dessa coisinha linda e foder até te deixar dormente.

Vi seu pau pulsar, apreciando a ideia.

— Ah, hyung… — seu cenho franziu como se estivesse bravo, mas ele estava era suplicando — Por favor, faz isso logo. Põe você inteirinho dentro de mim e me fode até amanhecer. Mostra para mim todo o desejo que guardou todo esse tempo. Me faz seu.

— Caralho. — coloquei a camisinha às pressas, lambuzando de lubrificante e me inclinando sobre ele — Eu acho que amo essa sua boquinha suja. 

Ele sorriu danado com a língua entredentes.

— É? 

— Uhum. 

— Ela também ama a sua. — capturou meu rosto, tomando meus lábios para si e eu fui logo introduzindo, buscando fazer com calma, ainda que estivesse fodidamente eufórico.

Esse garoto me enlouquece.

Ele gemeu em meus lábios, apertando os olhos enquanto eu empurrava. Sua boca ficou entreaberta e eu a tomei com desejo, pulsando dentro dele, sentindo seu aperto delicioso ao meu redor. O beijei com desejo e puro prazer, envolvendo sua língua, roubando seu fôlego e o resto de sua sanidade.

Saí devagar, investindo a primeira vez, observando suas reações. Ele resmungou, apertou os meus ombros, mas não parecia estar desgostando. Por isso, continuei. 

À medida que ia tomando um ritmo inicialmente lento, ele puxava meu rosto para si, querendo mais beijos. E eu o dei de bom grado, sentindo relaxar um pouco mais em cada um deles, até não estar conseguindo mais me beijar por causa que aumentei o ritmo das investidas e ele os gemidos.

Seu interior tão quente, apertado, abraçando meu pau e o engolindo enquanto ele gemia sentindo todo o prazer que isso nos proporcionava, me deixava enlouquecido. Eu me via cada vez mais fora de mim, estocando mais forte, mais rápido, passando a morder e sugar seu pescoço enquanto ele bagunçava e puxava meu cabelo.

— Jimin… Ah… Hyung… Tão gostoso... — dizia com a fala cortada.

— Você. — mordi sua orelha, o sentindo estremecer. — Você que é gostoso. 

Suas pernas ao redor de mim me apertaram e ele me puxou para si, me abraçando por completo. 

— Eu gosto tanto de te sentir… Seu calor... Você... Fundo e forte… Uhmm… — se esforçou para abrir os olhos, procurando meu maxilar para beijar.

— Gosta? 

— Sim… Você me come tão bem — as mãos deslizaram pelos meus braços, apertando. Investi um pouco mais bruto. — Own… — sua testa veio pra a minha. — Eu te amo. 

— Eu também te amo, meu amor. — voltei a tomar seus lábios, engolindo seus gemidos que queriam aumentar já que eu agarrei sua bunda com uma mão enquanto a outra segurava seu rosto firmemente para que eu devorasse sua língua da forma mais erótica.

Jungkook passou a rolar os olhos de prazer, eu mordia meu lábio inferior sendo potente no interior quentinho e gostoso que me sugava me dando tantas sensações embriagantes.

Minha mente estava vazia. No meu corpo calor e uma energia incontrolável dominava. Ele gemia irresistível, com uma carinha corada e testa franzida de prazer mais irresistível ainda o que me fazia tomar sua boca até o ar nos faltar. 

Eu não tinha palavras para descrever o quanto estava sendo bom. Era fodidamente intenso a maneira que eu investia e ele recebia. Se antes éramos uma bagunça de tintas e risadas, agora somos uma bagunça de gemidos e estremecimentos de prazer.

— Amor — eu disse rouco, quase sem voz ao seu ouvido — Eu vou gozar.

O senti se contorcer abaixo de mim.

— Eu t-também quero. 

E eu queria sentir. Portanto, me esforcei para me controlar mesmo sendo difícil pra caralho e o ajudei, massageando sua ereção firme, pulsante e toda melada demonstrando que estava próximo. 

Jungkook explodiu em um orgasmo que não duvido que o fez ver estrelas, ele se contorceu todo na cama, me puxando para ele, me agarrando e arqueando o corpo. Sua expressão de prazer com a boquinha atraente aberta me fez automaticamente fechar meus olhos, tendo isso em mente, e sentindo ele me apertar, eu não consegui mais prolongar. Jorrei intensamente, me sentindo a segundos fora de mim enquanto vibrava, ficando completamente tonto de prazer.

Desabei sobre seu corpo, com ele ainda resmungando gemidos manhosos, mas agora baixinho. Eu estava quente, suado, e completamente extasiado. 

Eu sinto que hoje nós criamos não só uma mas várias lembranças únicas e especiais que residirá mais para sempre em nossos corações.

Essa, até então, foi a melhor noite da minha vida. 

· · • ⊱✿⊰ • · ·

➼ Não resisti, fiz o lemon hihi

➼ Essa fic foi muito gostosa de escrever, espero que tenha sido bom pra vocês também. Obrigada por cada votinho e comentário ❤️

➼ Nos vemos por aí em outra fic minha talvez, beijos docinhos!

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