Prólogo 🖤💙
Sexta feira 13 de setembro.
Jimin's pov.
Parado em frente à janela do quarto principal da kitnet do mais velho, Jimin gostava de se apoiar no parapeito e observar a rua.
Ele notava o dia frio, e o vento que soprava forte e úmido em seus cabelos recém retocados, o céu parecia claro demais para ser tarde da noite. Ele odiava quando isso acontecia, pois o fazia perder a noção do tempo, e quase sempre chegava em casa depois do horário combinado, gerando perguntas que ele não conseguia responder.
Também pensava em como seu corpo doía, suas pernas ainda pareciam fracas e sua pele grudenta. Ele estava exausto. Já faziam horas desde que havia chegado ali, e sua rotina de estudos juntamente com seu estilo de vida dupla, era especialmente cansativo.
Ele se sentia sujo, nojento. Mas não por vergonha ou culpa de ter feito algo que supostamente não deveria. Mas sim porque o tatuador não soube se controlar essa noite e acabou gozando bem em seu rosto, fazendo com que alguns resquícios voassem diretamente em seu cabelo. Teria de tomar um banho ali mesmo.
A música que Jungkook ouvia enquanto ainda estava pelado e largado sobre a cama bagunçada fumando um cigarro barato, fazia Jimin sentir um leve transe e o levava para momentos passados, já que a playlist tocando aquela melodia, era a mais utilizada no Spotify do mais velho, a de sexo.
O cheiro de cigarro atravessava suas narinas, e o deixava levemente enjoado. Seu corpo arrepiava de frio, era claro que somente aquela camiseta velha e longa de seu tatuador não seria o suficiente para esquenta-lo.
Mas Jungkook adorava que Park ficasse com seu corpo a mostra depois de transarem, afinal, ele gostava de observar cada marca deixada por ele naquele dia, ou em outros. O observava como se fosse um belo troféu pelo qual havia lutado pouco para conquistar.
Uma música alta dispara em surpresa, o som vinha de um celulares debaixo de um dos travesseiros largados na cama. Era o de Park. O que a princípio não despertou muito interesse em ambos, mas assim que Jungkook pegou o dispositivo e leu em voz alta quem era, park foi arrancado de seus pensamentos e deu um salto em direção a cama. Era Sungjin.
Jungkook na mesma hora desligou a música e tentou se manter o mais quieto possível, já que ele tinha conhecimento da situação frágil que seu ficante tinha, e não queria causar confusão alguma para o lado dele.
— Oi pai, eu tô no yoon. Dava para escutar a voz do homen no outro lado da linha, ele perguntava onde seu filho estava, e queria saber se ele precisava de carona. — Não precisa vir aqui, eu já estou voltando, até você chegar, já vou estar em casa. Prometo.
Jimin estava tenso, já estava se levantando e colocando suas roupas antes mesmo de finalizar a ligação.
O banho teria que ficar para outra hora.
— já vai? Jungkook perguntou, enquanto tentava soar indiferente.
— Meu pai quer vir me buscar cara, preciso correr. Disse já quase pronto para sair dali. — E nem adianta se oferecer para pedir um carro, eu já chamei. O menor disparou com o celular em suas mãos em direção a porta e a fechou com força média.
— Eu nem ia falar nada. Jungkook comentou, e ficou quieto logo depois, observando o menino que acabara de fuder a 3 vez esse mês ir embora de sua casa sem ao menos se despedir.
Jimin descia as escadas do prédio de 4 andares com pressa, abria o aplicativo de corridas e pedia um carro. Era mais fácil assim, ele sabia o que o mais velho pensava sobre si, que não passava de um garoto mimado que buscava uma maneira de punir os pais, e que acabaria se apaixonando pelo primeiro homem que o tratasse minimamente bem. O que não era uma completa mentira, mas também passava longe de ser a verdade.
O caminho no uber foi tranquilo, ficou o tempo todo repetindo em sua cabeça as respostas ensaiadas para possíveis perguntas que seus pais poderiam fazer.
Sabe, seus pais não eram tão ruins, só era super protetores, o que era completamente justificável. Eles queriam assegurar de que Jimin tivesse uma vida fácil, confortável e sem mais nenhum grande erro. Por isso eram tão preocupados, nada poderia atrapalhar esse objetivo ou fazer que o menor voltasse aos velhos hábitos. Mas claro que ele saia de vez em quando, já tinha 18 anos. Quando era menor saia muito, mas depois dos 17 isso raramente acontecia. Porém depois de muito trabalho conseguiu reconquistar a confiança dos pais e ganhou o privilégio de sair 1 vez por semana.
Ele também pensava no tatuador, e se perguntava sobre como fazer uma tatuagem com o primeiro "profissional" que não pedia identidade, o faria se colocar em risco várias vezes no mês.
Mas a atração foi imediata, assim que o viu naquele pequeno apartamento, com suas tatuagens a mostra e a maquininha na mão. ele sabia exatamente o que queria fazer nas próximas horas.
Ele já tinha conhecimento que era gay desde cedo, e já havia tido muitas experiências com outros homens, mas nada igual ao o que ele tinha naquele momento.
Era um ficante? Ele se questionava, já que namorados não eram, pois Jungkook comentava sobre outras pessoas que ele fodia no meio tempo.
Mas honestamente, não importava, pois Jimin tinha exatamente o que queria. Transar para aliviar o estresse, e tempo para continuar focando na escola, e garantir que seus pais nunca descobririam sobre esse homem, ou sobre mais um de seus passatempos sujos.
A distância de um local até o outro dependendo do trânsito não passava de 25 minutos, então chegou em casa pouco tempo depois da ligação, pronto para dar qualquer desculpa assim que necessário. Seu alívio foi instantâneo assim que notou a falta do carro de seu pai na garagem.
Entrou na casa silenciosamente, e foi em direção ao seu quarto. A primeira coisa que fez foi tomar um banho, e lavar o cabelo. Passou seu creme corporal, e massageou algumas áreas que ainda se encontravam doloridas, como seu pescoço e coxas.
Sua entrada também doía, estava assim a alguns dias, ele já havia tentado alertar o tatuador sobre isso mas a resposta que obteve foi que isso era normal, principalmente quando tinha sido arrombado 2 vezes na mesma semana, e que não tinha muito o que se fazer, a não ser esperar passar. Porém, com toda sua vasta experiência de quando era mais novo, sabia que se ficasse um tempo imerso em água quente, o desconforto iria embora.
Sentou em sua bancada e começou a estudar para uma prova que ele poderia ter daqui alguns dias, fora interrompido duas vezes. Com a batida em sua porta realizada por seu pai com a intenção de saber se seu filho estava em casa como havia prometido. E com uma ligação de seu melhor amigo, Yoongi.
— Tá em casa já? — o garoto perguntou, curioso para saber como tinha sido a noite na casa do mais velho. — Óbvio, já são mais de dez horas da noite, se eu não estivesse aqui, estaria internado em um hospital... Denovo.— Jimin respondeu virando mais uma página de sua apostila. — Me conta como foi, teve alguma coisa diferente das outras vezes?—
— Na realidade não, das 3 vezes que eu transei com esse cara, nos sempre fizemos a mesma coisa. A única coisa diferente, é que dessa vez ao invés de gozar na camisinha, foi no meu rosto. — O loiro comentou com um tom baixo, com medo de ser escutado. — Mentira... Mas você gosta né, eu te conheço, se não tivesse gostado teria ido embora na mesma hora.—
— Gostava, hoje não mais.— respondeu, fazendo uma feição um pouco enojada.
Jimin ficou no telefone com Min, por mais uns 30 minutos, e logo depois desligou e foi dormir. Já que no dia seguinte, teria aula.
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É isso por hoje pessoal, espero que tenham gostado. Lembrem que isso é só o prólogo, por isso está curto e superficial. A intenção é só mostrar para vocês a dinâmica da relação deles e um pouquinho da vida do Jimin. Os próximos caps são bem maiores e detalhados.
Estou ansiosa para vocês lerem!
Enfim, se curtiram, não se esqueçam de votar e de adicionar a história na biblioteca. Se tiverem alguma sugestão, podem me mandar mensagem que estarei aberta a qualquer ideia. Bjusssss 🖤💙
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