indecisão

Vivo uma batalha comigo mesma, com meu eu daqui e o de lá. Não sei quem sou nem quem quero ser. Gosto daqui, pouco vou lá. As pessoas daqui me vêem, elas são verdadeiras, acolhem cada palavra minha com carinho, elas me enxergam verdadeiramente sem nem conhecer meu rosto. Totalmente o oposto das pessoas de lá, que conhecem bem meu rosto, mas nunca me vêem. Eu não gosto de estar lá, é claustrofóbico, tóxico.

Eu gosto daqui, é aconchegante. Me sinto bem, me sinto leve. Gosto dos fantasminhas que vagam por aqui, gosto do cheiro de café que me acompanha e adoro espalhar flores coloridas por onde passo. Gosto de semear amor, de dar sem esperar nada em troca, de mergulhar de cabeça em palavras alheias. Essa sou eu, e eles não me conhecem. Ninguém me conhece de verdade. Apenas as pessoas daqui, elas sabem. Gosto daqui, lá não consigo ser assim.

Uma pessoa especial me perguntou hoje para quem é endereçada todas essas palavras melosas, para que escrevo tanto? Eu não sei, querido. Aos meninos do Bangtan, é óbvio, mas é bem mais que só imaginar universos onde vivo um romance com meus ídolos. É bem mais. Escrevo por amor, por necessidade, por vício. Escrevo por ser quem sou. E eu gosto de ser Vick, adoro o mistério, e amo as palavras. Mas essa dualidade está me deixando maluca, me tirando o sono e perturbando meus dias.

Quem sou eu afinal? Esse meu eu daqui ou o de lá? Eu não sei, estou perdida. Mas para lá não quero voltar. Talvez eu fique por aqui somente, espalhando estrelas douradas para quem quiser admirar, sonhando acordada, espalhando mais amor, sendo eu.

É, talvez eu apenas fique por aqui.

[01/04/22]

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