𝐗𝐗𝐈𝐗.𝒇𝒊𝒓𝒔𝒕 𝒎𝒊𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏
𝐈𝐑𝐈𝐒
- Prontos? - Alastor Moody perguntou com sua carranca séria
Acho melhor eu contextualizar o que ocorreu até aqui, bom, depois da linda declaração de James, ficamos meses sem conseguir ter o bendito do encontro, devido a provas, fofocas e Minerva, apenas nas férias tivemos paz, e pode acreditar que poderia ter sido as melhores férias da minha vida, se meu pai não me mandasse cartas dizendo que o Lorde me esperava a todo momento, quer dizer, esse é apenas o resumo das cartas, cada uma me fazia chorar cada vez mais, James nem sabia da existência destas cartas, as únicas pessoas que sabem são Marcela, que por ser metamorfomaga se transformou em borboleta e entrou no meu quarto enquanto eu lia e chorava na carta e Helena, que é minha melhor amiga e por apenas esse motivo eu a contei.
Depois de uma viagem a Itália onde Donatella e Peter finalmente ficaram pela primeira vez (pelo menos é isso o que nós achamos), voltamos a Hogwarts onde Dominique e Remus tiveram pequenos e grandes desentendimentos até semana passada quando prendemos eles em uma sala vazia de Hogwarts e apostamos com os professores que eles iriam ficar juntos naquela semana, ao total, cada um de nós, e quando falo nós digo, Marcela, Lily, James, Eu, Sirius, Donatella, Peter e Helena, ganhamos cinquenta galeões, isso nos rendeu várias saídas legais a Hogsmeade.
A parte ruim foi ter de lidar com comensais da morte e sonhos horripilantes, pelo menos de minha parte, um fato que ninguém sabe, nem James, nem Helena nem ninguém. Não houveram tantas brigas em Hogwarts, para que não levantassem suspeitas que agíamos com a Ordem da Fênix
Ordem da Fênix, organização criada por Dumbledore e aurores para competir contra Você-sabe-quem e seus escravos. Fomos chamados para ela logo no início do ano, e obviamente aceitamos, mas até então nunca fomos em uma missão, essa seria a nossa primeira missão.
- Claro! - Depois de um tempo encarando Helena, nós assentimos com a cabeça.
- Apenas uma pergunta, Moody, os comensais de Hogwarts irão nos identificar, certo?
- Eles não irão, apenas maiores de vinte anos poderão ir a esta festa, apenas usem o sobrenome "puro" de vocês, pareçam adultas e sangue puristas, esta marca durará no máximo cinco dias.
Ele disse apontando para marca negra em nossos braços, ver aquele símbolo revirou meu estômago, me lembrou do sonho de ontem a noite.
Um véu, um garoto de óculos, um cara com a cicatriz em seu olho, uma mulher louca que aparentava ser Belatrix mais velha e um homem caindo no véu assim que um raio verde nele, uma mulher chorando enquanto segurava o menino de óculos. Então, uma risada, uma risada que eu nunca esqueceria em minha vida, a risada de meu pai.
- Está tudo bem? - James, que estava com roupas de garçom, cochichou em meu ouvido enquanto passava a mão em minha coxa direita, eu apenas balancei a cabeça para cima e para baixo.
- Vai dar tudo certo, além de linda, sei que é perigosa. - Ele falou em meu ouvido e com isso eu sorri.
- Tão perigosa quanto aquela cobra de Você-sabe-quem.
- Você quis dizer, Voldemort, não é? - Ele beijou o lóbulo da minha orelha ao falar.
James e Sirius eram os únicos que não falavam "Você-sabe-quem", eles e Dumbledore, mas a diferença entre dois adolescentes e Dumbledore é que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado tinha medo do diretor de Hogwarts, além de que o velho era experiente, aquela cobrinha sem narina pode matar qualquer um de nós com um estalo de dedos.
- Agora vão!
Moody falou apontando para a porta para que pudéssemos aparatar. Me soltei de James, porém ele puxou meu braço e depositou um beijo em meu pescoço.
- Vai dar tudo certo. - Ele disse e me abraçou pela cintura, fazendo com que me sentisse baixa, mesmo que eu fosse alta, visto que tive que ficar na ponta de meus pés para meu braços alcançarem o seu pescoço.
Segurei a mão de Helena e assim que ela olhou para mim seu dedinho se levantou.
- Promete que não irá morrer por mim hoje? - Meu dedinho se entrelaçou no dela.
- Prometo. - Beijei a minha mão, assim como ela e nós demos um pequeno giro juntas.
Feito isso, um embrulho tomou conta do meu estômago e tive a sensação que não foi culpa da aparatação.
- Marca? - Lá estávamos nós, na mansão Malfoy, que estava discretamente enfeitada. Os dois seguranças perguntaram a mim e a Helena e nós mostramos nossas falsas marcas para os seguranças.
Assim que passamos pela porta olhei para Sonserina ao meu lado, ela usava um conjunto verde, um cropped verde com um decote arredondado em seus peito, o que destacava ainda mais eles, ela usava uma saia verde transparente com leves partes cintilantes e por baixo, obviamente, um short verde da mesma cor que o cropped, seus cabelos estavam bem ondulados e sua boca bem marcada pelo batom nude que ela usava.
- Tudo certo, conseguimos passar. - Ela disse para a varinha e logo depois a guardou. - Atenta a qualquer coisa que acontecer.
Assim que eu ouvi o que ela disse, senti uma mão tocar em minha bunda indelicadamente, me virei para trás e era, obviamente, um homem que olhava descaradamente para os decotes dos meus peitos. Para que não houvesse muita atenção em mim, eu apenas dei um beliscão forte em sua nuca, o que causou dor o suficiente para ele me soltar.
- Eu ainda te pego hoje a noite, querida, gosto das mais difíceis. - Revirei meus olhos para Helena que pisou no pé de um cara que tocou em seus peitos.
- Porque homens não sabem ouvir não?
- Porque eles acham que o seu vestido vermelho decotado é dedicado somente a eles. - Me olhei novamente, eu realmente parecia uma comensal adulta, com aquele vestido vermelho colado até o joelho, com decote no peito, salto alto agulha e vermelho, o preferido dos homens, principalmente quando ele é alto. Não tenho culpa se homens gostam de coisas perigosas, se um dia eu quiser andar em cima do cadáver de um homem será com esse salto alto. Que nem aquela música da Nancy Sinatra "These boots are made for walking" só que ao invés de botas, eu vou caminhar de salto agulha.
★★★
O resto da festa não foi muito diferente do início, atenção aos outros, assédio, bebidas e finalmente chegamos ao Lord Voldemort ou Tom Servolo Riddle, como preferir.
Ele chegou com sua varinha a mostra, como se estivesse preparado para matar aquele que atravessasse seu caminho, usava, estranhamente, um terno, rídiculo.
Ele falou algo sobre servir a ele e que traição é igual a pena de morte, o discurso dele foi no mínimo pesado, mas o que me impressionou não foi ele foi as pessoas ue apareceram atrás dele.
Helena deu um susto quase como um grito silencioso, acho que ela não pensou muito quando viu a figura pois se colocou na frente dele e consequentemente, de Voldemort.
Pude sentir de longe a dor dela, sabe quando você consegue sentir a dor daquela pessoa amada, quando ela tão querida que você faria de tudo para a manter segura, dentro de um potinho, onde nenhum mal poderia atacá-la? Sabe quando ela é tão querida que você tem um laço forte com ela, quando sua dor é a dor dela e assim sucessivamente? Helena e eu somos assim, um conjunto, se você me chama consequentemente, chama ela também.
Eu pude sentir a dor que atacou seu coração, a dor que fez as lágrimas escorrerem por sua pele, a dor que fez tornar aquele lugar que agora estava silencioso, tão barulhento.
Ela se pôs em frente a Voldemort e por fim o ignorou indo para a sombra atrás dele. Regulus Black.
As mãos de Helena acariciavam o rosto dele e então por fim ela se virou para Voldemort.
Eu sei que ela ia fazer alguma coisa de errado, eu sei e eu sei que logo em seguida eu faria isso também.
- Seu vagabundo, filho da puta! Você merece colher o que você plantou idiota! Um dia você irá morrer, lentamente, cada pedaço seu irá flutuar como se fosse pó, cada pedacinho seu! E eu farei questão de assistir isso sentada. Porque não VOLDEMORT, eu não tenho medo do seu nome, eu não tenho medo dessa sua feição ridícula de cobra, eu não tenho medo de seus comensais, eu não tenho medo de você. E você irá morrer, sabe por quê? Porque nada que é bom dura muito e se isso que é bom, for bom apenas para você, irá durar menos ainda.
- CALE A BOCA!
- Me obrigue! Eu não vivo na porra de uma ditadura Tom Ridlle!
- Deixem que eu mesmo a mato! -Voldemort falou e foi o momento em que tudo ficou em câmera lenta para mim.
Corri e me pûs rapidamente na frente de Helena desviando o feitiço com a minha varinha. Olhei rapidamente para frente, Régulos lacrimejava, Walburga estava ao seu lado, com o rosto sério e a coluna ereta, nem olhava para ele, apenas ajeitava a pose do mesmo, do lado esquerdo de Voldemort, estava meu pai, ele mudara obviamente, mas, era estranho o vê-lo. Por falar na peste o mesmo tentou me atacar com um "Crucio".
- Se estivesse presente na vida da sua filha saberia que ela é ótima em feitiços e DCAT. - Helena gritou e eu sorri por ela ter me defendido.
- Ela não quer que eu esteja presente. Eu já enviei cartas há semanas.
- Das quais eu não faço questão de ler.
- Se tivesse lido uma, saberia que está prestes a receber um meio-irmão. - Minha varinha apontou para a dele lançando um rápido expelliarmus.
AAAA AQUELE FILHO DA PUTA
Fui em direção a ele prestes a dar um soco bem dado em sua cara, na verdade eu não dei um soco mas fiz melhor, peguei meu salto alto e cravei em suas costas.
- Escute aqui, papai, eu estou pouco me fodendo para sua vida, ou para como você vive, ou se eu vou ou não ganhar um meio-irmão que possivelmente vá me odiar, eu só quero que me deixe em paz.
- Eu te deixo. - Ele disse com um sorriso no rosto. - Com tanto que largue o Potter.
Soltei o salto alto de suas costas
- Paizinho, pode me perturbar o quanto quiser, se acha que eu me importo mais comigo do que com aqueles que amo.
- Você ama ele?
- Algum problema? - Sua feição mudou.
- Largue ele! Ou a vida dele será um inferno.
- Eu vou pagar pra ver.
Eu podia não acreditar naquele momento, mas ele fez da vida de James um inferno.
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