𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈. 𝒘𝒉𝒆𝒓𝒆 𝒉𝒆 𝒂𝒔𝒌𝒔 𝒎𝒆 𝒐𝒖𝒕 𝒂𝒏𝒅 𝒊 𝒂𝒄𝒄𝒆𝒑𝒕
𝐈𝐑𝐈𝐒
Naquela manhã eu acordei encurralada de meninas, além das minhas melhores amigas, acordei com Lily, Dorcas, Marlene e muitas outras garotas mexendo em minha parte do armário, segundo ela, hoje seria um dia especial. No final de tudo fui obrigada a usar um vestido azul marinho com decote nas costas e uma jaqueta preta. E então fui empurrada até o refeitório para que eu pudesse comer, o problema era, ela me obrigaram a comer rápido, ou seja, eu quase engasguei umas cinco vezes. E quando eu achava que não tinha como piorar ela me empurraram até o campo de quadribol, porque hoje teria o jogo final. Entre corvinal e grifinória.
Assim que cheguei no campo (com um vestido azul, o que fez todo mundo pensar que eu torcia para a corvinal), Alice e Marcela distribuem hidromel para todos os alunos dos sextos e sétimos anos, o que se parar para pensar, é estranho, pois é bebida alcoólica.
Com estranheza peguei um copo de Hidromel e fui até a bancada, no lugar onde sempre sento, bem no meio, nem muito atrás, nem muito na frente, nem muito para direita, nem muito para esquerda, assim que me dirigi ao local, havia um papel, que tinha escrito "Lugar pertencente a Íris Wildsmith, vulgo, Rainbow"
O que James inventou dessa vez?
Foi a única coisa que eu consegui pensar, mas mesmo assim não deixei de me sentar na cadeira, como se nada tivesse acontecido.
Era uma manhã ensolarada, quente e definitivamente linda. Não havia nenhum resquício de nuvem, o vento batia de leve em meus cabelos beijando meu rosto, levemente avermelhado devido a maquiagem que fui obrigada pelas meninas a fazer, os raios de sol refletiram em meus óculos escuros, o que me fez fechar os olhos e apenas aproveitar a sensação tão boa que me consumiu naquele momento. Levei o copo descartável até minha boca sentindo o sabor doce do Hidromel consumir minha garganta.
— Quem você acha que vai ganhar? — Ouvi uma voz rouca em meu ouvido, a voz de Donna me fez abrir os olhos e olhar para ela.
— As estratégias corvinas são bem originais e bem pensadas, mas os grifinórios tem os melhores jogadores de Hogwarts, o que me faz ficar em dúvida sobre quem irá ganhar a taça de quadribol esse ano. — Digo olhando para a italiana com descendência asiática ao meu lado.
— Confio no potencial grifinório. — Ela disse com uma naturalidade estranha, geralmente, neste tipo de jogo ela torce contra a grifinória, já que a cota de paciência de Tella para grifanos, é pouca.
Não tive tempo de responder pois ouvi a voz forte de Helena se aproximando.
— *Mételo por el culo! Tenho orgulho de minha origem, *Pajero! — Ela gritou com o dedo do meio. — Olha odeio estereótipos latinos, mas se esses idiotas xingarem minha origem de novo, eu vou virar o próprio estereótipo latino.
— Se eles te xingarem de novo, eu bato neles enquanto você lixa as unhas. — Digo fazendo um high five com ela.
— E eu dou um belo chute nas bolas deles. — Donna falou com sua voz doce e rouca, o que chegou a ser engraçado.
— É isso aí! — Helena falou e finalmente se acomodou na cadeira ao meu lado direito. — Sobre o que estavam conversando?
— Sobre quem irá ganhar o jogo. Eu acredito que seja os grifanos. — Tella falou.
— Ah é, Sirius me falou que James acordou todos os jogadores de madrugada, todos os dias para fazê-los treinar. — Detalhe da história que eu posso ter omitido, Sirius e Helena estão namorando, nós não sabemos como, eles simplesmente riem toda vez que perguntamos o que aconteceu, o que aconteceu e como eles saíram de uma segunda chuvosa rindo, gripados e namorando.
— O que aconteceu na segunda-feira de noite? De verdade Helena, a gente quer saber. — E uma nova crise de risos chegou, fazendo meus olhos rolarem e um suspiro alto ser soltado de minhas narinas.
— Vocês não perguntaram a ela o que aconteceu segunda-feira, não é? — Uma voz mansa me fez virar para esquerda.
— Infelizmente, perguntamos. — Dominique sentou do lado de Donna e assim conversamos até que o jogo começasse.
Meus olhos se focalizaram em James, essas últimas semanas ele tentou de várias formas falar comigo, nenhuma realmente me chamou, não a atenção necessária, eu esperava mais de James, parecia que ele estava fazendo aquilo de propósito, como se quando eu menos esperasse ele viesse com uma bomba que me fizesse mudar de ideia, mas por outro lado parece que ele não conseguia ter ideias sem sua equipe e tentava me chamar para sair ou para conversar da forma menos criativa possível.
James estava parado ao lado dos aros tentando localizar o pomo, a Corvinal estava dez pontos na frente e a Grifinória tentava de toda forma fazer pontos, porém o goleiro corvino pegava todas, dava para ver a feição frustrada na cara de Marlene a cada vez que via o goleiro rebater o gole para algum artilheiro corvino.
James gritava em motivação a equipe e Sirius ajudava, olhei de relance para Helena, que sorria de orelha a orelha olhando para o namorado, seus olhos cor de chocolate brilhava e eu tenho plena certeza que não era pelo sol e sim por paixão ardente e impulsiva. Tornei a olhar para Sirius que lançou uma piscadela rápida para Helena e voltou a jogar, pus meu braço em volta de seus ombros e dei um beijo em sua bochecha, ela se virou para mim e sorriu.
— Quem diria que se apaixonaria por, Sirius, canalha Black. — Ela riu com meu gesto e falou:
— Quem diria...
Quando voltamos a olhar para o campo a Grifinória havia feito dez pontos o que levou todos nós a bater palmas.
De volta ao jogo, um vulto rápido passou sobre nós e logo percebi que um corvino estava em busca do pomo, James, com o olho tão ágil quanto o de uma águia avistou o corvino e logo outro vulto passou pela gente alcançando rapidamente o outro apanhador, e então a disputa se acirrou por completo. No final de tudo o apanhador corvino foi acertado por um balaço o que facilitou para James que pôs seus braços a frente de seu rosto e acelerou a vassoura, conseguindo pegar o pomo e levantando os braços.
Ele foi até o solo e desceu da vassoura e de repente o estádio inteiro ficou em silêncio, não entendi o porquê, mas só sei que nem os professores falavam um "piu", Helena e Donna se levantaram e gritaram:
— Um, dois... Um, dois, três, quatro! — E logo uma batida contagiante começou fazendo todos a minha volta dançarem, olhei para frente e choquem: JAMES ESTAVA COM UMA GUITARRA!
Diferente das outras pessoas eu não dancei, nem cantei eu fiquei paralisada enquanto tentava descobrir o nome da música que ele cantava para mim.
Era uma música em que ele falava que estava apaixonado por alguém, que não sabia o que fazer em relação a isso, que sonhava com a pessoa e queria gritar que estava apaixonado por esse alguém. A música fala sobre alguém que conheceu uma garota que abalou seu coração, como ele nunca havia sido abalado, fala sobre uma garota que faz alguém cair de joelhos por ela, a música falava sobre alguém que achava o amor por essa garota rídiculo.
Era uma música muito dançante e legal, era apaixonante, não sei porque mas havia me tocado de forma intensa, não sei se era porque James estava cantando ela ou porque eu decidi gostar daquela música, mas não posso negar, ela me tocou.
Desci as escadas até o campo de quadribol onde James cantava e sorria, ao me ver ali ele sorriu ainda mais me fazendo sorrir, me pus a sua frente ouvindo atentamente o que ele cantava.
E eu daria meu reino por apenas um beijo seu
Senti algo diferente naquele momento, algo que eu só havia sentido com o idiota na minha frente, senti que podia viver sem ele, mas eu não queria viver sem esse homem.
Ele enfim parou de cantar e uma explosão de cores tomou o campo, me deixando com uma espécie de espuma colorida que eu nem sei como surgiu.
— Me perdoa?
— Eu não iria te perdoar, mas é inevitável, eu estou apaixonada. — Ele sorriu.
— Isso significa que vai sair em um encontro de verdade comigo?
— Não preciso nem pensar para dizer sim, James.
— Você tem três segundos para desistir, em três segundos eu vou te beijar e você não pode desistir.
— Não irei desistir.
— Um...
— Tenho certeza da minha resposta, James.
— Dois...
— James...
— Três!
Ele nem terminou de falar e eu já o beijei, com toda a intensidade e saudade que havia tido daqueles pequenos e maliciosos lábios, minhas mãos deslizaram para seu pescoço e apenas uma mão estava em minha cintura, pois a outra estava levantada em comemoração, me separei rapidamente e sorri.
— Senti saudade de suas idiotices.
— Senti saudade de você, Rainbow. — Ele me deu um selinho e me abraçou. — Gosto de você, Rainbow, até demais.
Mételo por el culo! = Vai tomar no cu
Pajero = Punheteiro
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