𝐗𝐈. 𝒕𝒂𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒄𝒂𝒓𝒆 𝒐𝒇 𝑰𝒓𝒊𝒔
𝐉𝐀𝐌𝐄𝐒
Assim que chegamos a sala dos Marotos, Íris se sentou no sofá, meio tonta e olhou para mim, de forma invasiva, isso fez com que meu rosto ficasse mais vermelho que um pimentão.
— O que foi?
— Nada. — Ela caminhou até mim um pouco balanceada e segurou meu rosto, olhou diretamente para minha boca, não pude deixar de olhar para seus lábios vermelhos e manchados. Ela umedeceu os lábios e olhou para meus olhos.
— Só quero testar uma coisa. — Ela sussurrou contra minha boca, fazendo com que eu sentisse seu hálito quente de nozes.
Dito isso ela me beijou, suas mãos que antes estavam em meu rosto se deslizaram lentamente até meu pescoço acariciando o mesmo. Subitamente me senti como se estivesse na vassoura, atrás do pomo, a sensação de que tudo daria certo, a sensação de serenidade.
Meus braços deslizaram sobre sua cintura, puxando seu corpo mais para perto do meu.
Sua boca era deliciosa e aconchegante. Não era a primeira vez que provava de seus lábios, mas a primeira vez que deliciava sua língua e tenho certeza que aquela língua é uma das mais quentes que havia provado, além de provocativa. Sua língua dançava em harmonia com a minha, nossas línguas tinham uma sincronia inexplicável.
Seus braços desceram até meu peito, me empurrando delicadamente, depois de finalizar o beijo com um selinho.
Ela se afastou lentamente até o sofá e pegou um dos mantos que se mantinha ali.
— Boa noite, potter pirado!
— Nada disso mocinha, antes de dormir tome um remédio para aliviar a dor que vai ser a ressaca de amanhã. — Procurei rapidamente um remédio, na caixa de prontos socorros de Remus e dei para ela uma pílula e joguei o feitiço "aguamenti" em um copo que achei na geladeira. — Tome.
— Obrigada, Madame Pomfrey. — Ela ironizou.
— O que necessariamente queria testar me beijando? — Digo me apoiando na mesa, ali perto e colocando minhas mãos no bolso.
Ela semicerrou os olhos e logo depois pôs-se a rir, sua cabeça se inclinou para trás e suas mãos pararam na barriga. Ela parecia querer parar de rir e logo ao final de suas longas risadas ela suspirou, como se ainda achasse a situação engraçada.
— Por que está tão inquieto? Foi só um beijo. — Ajeito minha postura.
— Não estou inquieto, só estou curioso. — Ela solta uma risada sarcástica.
— Queria testar o beijo que a Evans estava perdendo. Não acha que eu o beijei porque estava minimamente apaixonada por você, não é?
— Não, só fiquei curioso. Afinal, a regra número um é não se apaixonar, certo?
— Certo, Potter pirado. — Ela se deitou e logo fechou os olhos.
Íris estava inquieta dormindo, babava muito e balançava de um lado para o outro, de alguma forma, aquilo era incrivelmente fofo.
Me deitei do lado do sofá e pensei um pouco sobre o dia de hoje, foi um dia e tanto. Principalmente o fato de que me aproximei muito de Helena hoje, principalmente pelo fato de que tive que defendê-la de comensais da morte e tenho certeza que vai doer em mim contar a ela e a Sirius que Régulos estava no meio deles.
Depois pensei no que aconteceu agora, no beijo doce de Íris em suas mãos tocando levemente em meu pescoço, no fato de que não me senti agitado, não senti nada além de batimentos acelerados.
Sorri com meu pensamento, aquela menina era incrível.
★★★
— Bom dia, baby. — Acordo com um beijo na testa de Íris.
— Impressão minha, ou você está um pouco carinhosa demais na sua ressaca?
— Na verdade, só queria pedir para você me dar suas anotações da aula, cabeça de alga.
— Está explicado. — Me levantei do chão olhando para ela, a menina estava com os cabelos molhados, sua vestimenta era um pijama da grifinória com o dobro do tamanho dela. A menina olhava para mim com as sobrancelhas levantadas, enquanto penteava o cabelo. — Não, você vai para aula. Da última vez que não estava sob a supervisão de ninguém, ficou bêbada.
— Por favor. — Ela olhou para mim com a feição de cachorrinho abandonado, um dia com Sirius e ela já sabe que essa carinha, sempre me convence.
— Está bem!
— Obrigada, cabeça de alga! — Ela diz me abraçando fortemente, aquele abraço me trouxe uma sensação boa — Prometo que vou ficar quietinha.
Revirei os olhos, peguei meu uniforme e sai da sala para ir ao banheiro.
★★★
𝐈𝐑𝐈𝐒
Pensando melhor, era para eu ter ido com James, perturbá-lo na aula de poções por ele provavelmente está olhando e babando nos cabelos ruivos da Lily, seria mais divertido do que ficar no sofá, com a pior dor de cabeça do mundo.
Foi com o intuito de sair daquele lugar imundo denominado sala dos marotos, que fui a cozinha de hogwarts pegar alguma coisa para comer.
Para a minha infelicidade total me encontrei com quem não deveria.
— Olhe Lúcio, a Wildsmith veio nos fazer companhia. — Rolei os olhos até a gangue de comensais que me cercavam.
— Vai procurar o que fazer, vai Bellatrix! Talvez assustar criancinhas, que obviamente não são do seu tamanho até por que, você é covarde o suficiente para não lutar com pessoas que sabem mais feitiços do que você. — Desviei meu olhar dela e transferi para o casal de loiros oxigenados à minha frente.
— Ah! Como o amor é belo, não é! Dois adolescentes de nojentas famílias puro sangue, se casando para criar outra criança rica e mimada. Como é a vida de quem sempre esteve no poder, socialmente falando? Deve ser tão maravilhosa quanto os cabelos oxigenados dos dois. — Movi meu olhar a um narigudo de cabelos longos.
— Que lindo cabelo, Snape! Tenho certeza que vai conseguir chamar Lily Evans para sair. Ah é! Ela nem fala mais com você! Coitadinho, decaiu de amiguinho da Lily para comensal da morte. — Última coisa que eu falo, todos já estavam com a varinha apontada para mim, conferi o bolso da calça do pijama de James.
"Ótimo dia para esquecer a varinha!"
— Crucio!
Os raios verdes que saíram da varinha de Bellatrix me atingiram rapidamente, e logo depois veio a risada ensurdecedora de Bellatrix junto aos outros sonserinos.
Tudo ficou horrendamente tonto, e eu tenho plena certeza de que vou desmaiar em dois minutos.
A última coisa que senti antes de desmaiar foram as mão grandes de um homem e ouvi um grito de uma mulher.
★★★
Assim que abri os olhos, lá estava novamente, na sala dos marotos, com cabeleiras longas, ruivas e onduladas cobrindo minha visão.
— Ela acordou. — Lily saiu de perto de mim e pude raciocinar mais o que estava acontecendo.
Havia duas pessoas na minha frente, Sirius Black, com os cabelos sedosos, longos, escuros, olhar sombrio e raivoso, com o uniforme grifano por baixo de uma jaqueta de couro preta. Sua feição era de puro ódio e rancor.
Lílian Evans, com seu cheiro de lírio se espalhando pelo cômodo, cabelos longos, ondulados e lisos com um pequeno enfeite em seu cabelo. Sua feição era pior que a de Sirius, feição de raiva, rancor, vingança e antipatia.
— Prometam que não vão fazer nada com eles, por favor. — Não deu tempo deles me responderem, James e Marcela chegaram bruscamente.
— Quem fez isso com ela? — James perguntou para Sirius.
— Bellatrix, Lucius, Narcissa e... — Sirius parou um pouco e completou. — O ranhoso.
Parece que James estava esperando ouvir o nome de Snape, para sair correndo furioso. Marcela e Lily foram juntas. Mas Sirius ficou.
— Por que ficou?
— Porque sei que Helena vai estilhaçar cada um, Dominique vai arranjar um jeito de arruinar a vida de cada um individualmente, Donatella vai recorrer a Dumbledore, Lily vai conversar com Minerva, James e Marcela vão terminar o que Helena começou e eu vou ficar aqui, cuidando da minha quase colega. — Eu ri.
— Admite que me ama, Black.
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