𝐗.𝒅𝒓𝒖𝒏𝒌 𝒘𝒊𝒕𝒉 𝒎𝒚 "𝒃𝒐𝒚𝒇𝒓𝒊𝒆𝒏𝒅'𝒔" 𝒃𝒆𝒔𝒕 𝒇𝒓𝒊𝒆𝒏𝒅

𝐈𝐑𝐈𝐒

Aula de adivinhação. Cachecóis das cores Vermelho, Amarelo e preto estavam presentes em toda a sala e na minha frente Sirius Black.

A doida da Sílaba escolheu as duplas hoje, segundo ela aquelas duplas faziam ela sentir tontura, que significa, energias negativas.

— Hoje, alunos, estudaremos a bela arte do tarot. Usada para entender seu passado, ajustar seu presente e prever seu futuro. Elas entregam de forma linda o verdadeiro significado que é o presente.

— Essa mulher é mais maluca que a gata rabugenta do Filch. — Sirus sussurrou e eu não pude deixar de rir, acontece que eu ri um pouco alto demais. Todos viraram os olhos para mim e Sirius pôs a mão na minha boca, me impedindo de rir mais. Fiz um símbolo de "obrigada" com o polegar.

— Quero que todos peguem seus livros e abram na parte de tarot. Em cada mesa tem 72 cartas de tarot. — Todos abriram o livro.

— Eu começo. — Sirius falou entediado.

Ele embaralhou as 72 cartas e pôs na mesa, escolhi a primeira carta. A carta que eu tirei era um garoto montado em um cavalo era bem nítido duas coisas, o fato de o cara estar pelado e o sol enorme atrás dele.

— Seu passado era cheio de diversão, calor era um passado honesto e verdadeiro. A carta que você tirou foi "O sol"

Ele pediu que eu escolhesse mais uma carta. Agora a carta eram três homens e um cupido sobre eles.

— Segundo o livro dessa doida, seu presente será repleto de amor, indecisão, comunicação e bem possivelmente um triângulo amoroso. A carta que você tirou foi os enamorados. — Ele revirou os olhos e pediu que eu pegasse outra carta.

Dois cachorros latindo para lua, esse era meu futuro.

— Nada, o branco, a indecisão, nada está claro ainda. — Ele revirou os olhos e me deu as cartas.

A primeira carta dele foi "A torre'', ou seja, destruição, o presente dele foi "A estrela'', a única coisa que tem escrita sobre essa carta é em relação a esperança e o futuro dele é a "A morte", que já fala por si só, o fim.

Ele se levantou bruscamente e falou:

— Vou sair desta aula chata e sem sentido vem comigo? — Ele me deu a mão e como eu faço qualquer coisa para sair da aula eu aceitei. Todos olharam para a gente, Sirius me puxou e neste momento pude pensar mais sobre meu futuro.

"Nada, o branco, a indecisão, nada está claro ainda."

As palavras ecoavam na minha cabeça.

Como assim nada? Tem como meu futuro não está definido?

— Aquela mulher é doida e adivinhação não faz sentido. Se um dia ela morrer de tão louca que ela é, eu não me assustaria. — Sirius falou pegando o mesmo mapa que James tirou do bolso dois dias atrás. — O que acha de irmos a Hogsmeade?

— Acho perfeito! — Ele fez um gesto para que o seguisse, e foi o que fiz. Depois de passar por caixas, e por um lugar extremamente apertado, estávamos na Dedosdemel.

Sirius comprou vários feijõezinhos, segundo ele, aquilo seria importante para o que faríamos no bar.

— Você sabe que somos menores de idade e que eu não trouxe identidade falsa, não sabe?

— Sei Wildsmith, relaxa, tem um bar que aceita menores de idade.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi: Que irresponsabilidade! Mas eu não posso julgar o cara desse bar, eu também sou irresponsável.

Chegamos a um bar do qual eu nunca tinha ouvido falar e nem me dei ao trabalho de ver o nome.

— Quer brincar? — Sirius me pergunta divertido.

— Sim! — Respondo no mesmo tom.

— Vinte shots de Fire Whisky! — Ele gritou para a atendente. — Cada um receberá dez copinhos, em cada um, terá um feijãozinho, não pode fazer careta e quem tomar os dez shots mais rápido, ganha.

Ele diz, terminando de colocar os feijões, cada copo recebeu a cor de seu feijão.

— Preparado para perder, Black?

— Nunca. No já, pode ser?

— Um...

— Dois...

— Três...

— JÁ! — Nós dois gritamos.

O primeiro tinha gosto de morango, foi fácil de tomar, já o segundo de vômito, no terceiro já foi  caramelo, no quarto nem mais gosto eu sentia. Todos estavam à nossa volta, gritando "Vai!Vai!"

Repentinamente tudo ficou em câmera lenta, não sei se pela bebida ou por eu Sirius estarmos próximos de ganhar e de repente:

— GANHEI! — Eu gritei, rebolando em comemoração.

— Quero revanche.

— Mais trinta copos. — Grito colocando o dinheiro sobre a mesa. — Quinze para cada um.

— JÁ! — E novamente entro na brincadeira dos shots, Sirius já havia colocado feijõezinhos e eu nem conseguia mais sentir o gosto, o único gosto que eu sentia era o da Whisk.

A sensação de líquido quente percorrendo minha garganta me lembrou de meu futuro segundo as cartas de tarot.

"Nada, o branco, a indecisão, nada está claro ainda."

A bebida fazia cada vez mais efeito, me deixando tonta, o líquido quente escorrendo em minha garganta fazia minhas veias pulsarem, senti calafrios, de repente não pensava em mais nada, só em consumir cada vez mais os líquidos à minha frente.

— GANHEI! — Gritei enquanto rebolava na frente de Sirius. — Aceita que perdeu, Black.

Ele fez uma cara frustrada, eu ri de sua feição, mas por muito pouco tempo, minha atenção já estava no aparelho bruxo de karaokê.

— O que acha de uma prenda? Cantar uma música no palco? — Aponto para o palco citado e ele ri.

— Só se você vier comigo.

Ele me puxa até o palco, de repente, todos parecem focar na gente.

Deixe-me contar um pouco sobre estar no palco. É incrível!

Assim que você sobe, suas pernas bambeiam, seu coração erra as batidas, as borboletas em seu estômago chegam a flutuar cantando e parece que você nunca tremeu tanto assim na vida. Mas então você toca no microfone (vulgo, varinha) e as sensações, além de voltarem com intensidade, trazem uma surpresa, um mundo desconhecido, onde aquele-que-não-deve ser nomeado é inexistente, onde a música se torna sua melhor amiga e sua voz é ouvida. Onde a morte e a vida simplesmente tem um equilíbrio e as partes mais sombrias do universo não existem. Onde todos enxergam a morte como um pai coruja e a vida como uma mãe cuidadosa. É tudo lindo, apenas com um toque na varinha.

Repentinamente seus olhos se abrem e lá está você, sem nervosismo, sem ansiedade, apenas cantando, como sempre canta.

Todas as vezes parecem à primeira, mesmo que em um barzinho pequeno como aquele.

Sirius dançava e apontava para mim e eu só repetia seus movimentos, adicionando um rebolado ou outro.

— 'Cause I'm back... — Ele aponta para mim, mexendo em seus cabelos e visivelmente bêbado.

— ...Yes, I'm back... — Rebolo me aproximando dele. — Well, I'm back

Cantar com Sirius é incrivelmente confortável. Porque além de me sentir confortável, ele está confortável. Estávamos visivelmente bêbados, na verdade, não sei nem como eu estou pensando direito agora.

— Back in black... — Me aproximo de Sirius.

— ...Yes, I'm back in black... — Ele se aproxima de mim, mexendo a cintura

— ...I've hit the sack... — Faço o mesmo movimento nele e finalizo a música dando um selinho prolongado no Black deixando-o com a boca vermelha.

Olho para meu corpo, estava apenas com a saia de Hogwarts, sem mais nada, só um sutiã, não sei como deixei isso acontecer, mas sei que estava muito calor e que não iria colocar aquela roupa sufocante de novo.

★★★

Às vezes no salão das minhas mães, passa uns filmes trouxas, em um aparelho que transmite imagem em preto e branco, nesses filmes quando você sofre, você sofre ao som de uma música bebendo muito no bar, isso era justamente o que eu e Sirius estávamos fazendo.

— Eu não acredito que a namorado do meu melhor amigo me beijou.

— Eu não acredito que eu beijei um Black

— Até eu me pouparia de beijar um Black, e olhe que eu sou um Black, biologicamente falando. — Revirei os olhos e bebi mais um shot de Hidromel.

— Para piorar, meu futuro é o nada. O NADA! Como é que meu futuro é o nada?

— Pelo menos o seu não é o fim.

— Já parou para pensar que o nada também pode significar a morte. Meu futuro é o nada, as coisas não estão claras ainda.

— Bem, a minha já está definitiva. A morte pura e inocente. — Ele bebeu mais.

★★★

De volta ao bom e velho castelo bruxo, com algum nó estranho na minha garganta e muito tonta, rindo e cantando "Back in black" com meu mais novo amigo Sirius Black. Até rimou!

Helena ia me matar.

— Por Merlim! Aí está você Sirius! — James gritou.

— Eu sou sua namorada, Potter. Por que não se preocupou comigo, primeiro?

— Falando em namorada, lembra quando você me beijou, hoje? — James mudou de expressões várias vezes, mas eu estou tonta demais para descrever suas feições.

— Beijou? — Helena se aproximou. — Como permite tal traição, Potter.

— Eles estão bêbados, eles nem vão lembrar disso amanhã. — James cochichou.

— Estamos ouvindo, idiota! E não estamos be... — Eu vomitei no sapato de James.

— O que minha colega quis dizer, foi, estamos bêbados o suficiente para precisar de ajuda.

— Ótimo! Potter cuide de sua namorada, se você ficar com Sirius é bem capaz de você sair bêbado. — Ela disse isso colocando Sirius em suas costas. Foi uma cena legal de se ver, ela ficava xingando em espanhol, palavras como "Coño", "Joder" ou "Pesado hijo de puta".

— Bom, Rainbow, vamos à sala dos marotos. — Ele me segurou pelo ombro e me direcionou até a sala dos marotos.

Aquela foi a segunda-feira mais bêbada e doida que eu tive, literalmente. 

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