𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈. 𝒄𝒉𝒓𝒊𝒔𝒕𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒂𝒍
𝐉𝐚𝐦𝐞𝐬
3 meses atrás, 25 de dezembro de 1977
É NATAL!
Definitivamente a melhor época do ano e este ano irei passar o natal em Hogwarts, infelizmente e felizmente esta não foi a decisão de Sirius, ele decidiu apresentar Helena para a mais nova família dele: Os Potter!
Estou feliz por ele, finalmente ele saiu daquela casa horrenda cheia de comensais, e ele está feliz agora.
Infelizmente, Dominique, Donatella, Peter e Remus, também não vão passar o natal em Hogwarts, Donna e Peter foram para Itália visitar a família da lufana e Dominique e Remus vão fazer alguma espécie de viagem gastando todo o dinheiro dos pais comensais de Dominique, e eu acho isso incrível se eles me trouxessem lembrancinhas da viagem rebelde deles.
E então Hogwarts é completamente minha, de Íris, que ficou em Hogwarts, já que as mães dela foram viajar e dos professores.
Neste momento nós dois estamos no meu dormitório, Íris está cantando e tocando ukulele e eu só ouço atentamente.
Ela continua linda, seus olhos azuis ainda me encantam, seus cabelos morenos e longos eram perfeitos, sua pele ainda era macia, eu ainda viajava para campos floridos com um grande limoeiro a sentir seu cheiro de limão, seu hálito de nozes ainda me encantava e sua voz macia era uma música dos Beatles para meus ouvidos.
Íris parou de tocar e me olhou indignada.
— O que foi, Potter pirado? Meu cabelo está muito bagunçado? — Ela disse prendendo o cabelo bagunçado.
— Nada.
— Então porque está me olhando assim?
— Assim como?
— Como se fosse um bobo? Se continuar me olhando assim eu juro que roubo seus óculos.
— Já te falei que você fica linda com essa blusa? Com a minha blusa?
— Eu sei que eu fiquei linda com a minha blusa. — Ela diz sorrindo e eu finjo indignação.
Me aproximo dela para beijá-la e consigo lhe dar dois selinhos, quando me aproximei mais dela ela desviou o rosto, com um pequeno sorriso tomando conta do seu rosto, ela fechou os olhos e cruzou os braços como uma criança.
— O que foi, Rainbow?
— Quero dois bolos!
A exatos cinco dias atrás, no aniversário de Íris, eu havia prometido a ela um bolo em comemoração ao seu aniversário, mas não consegui fazer e fiquei lhe devendo essa, mas pelo que me lembre era apenas um bolo.
— Dois?
— Um de aniversário e um de natal. — Ela sorriu agora voltando seu olhar a mim.
Aquele sorriso, fazia tudo valer a pena e sinceramente, acho que ele é o mais sincero de seus sorrisos desde que voltamos a Hogwarts e isso me alegrou muito mais do que eu esperava me alegrar, talvez porque ele foi direcionado a mim, e aquilo me fez a pessoa mais feliz do mundo.
— Posso fazer até três bolos se me der um beijo.
Ela sorri e se aproxima lentamente de mim, se ajoelhando na cama e segurando meu rosto, depositando um pequeno e lento selinho em meus lábios, depois depositou outro e depois outro e no quarto eu já estava completamente louco e então sua língua delicadamente, pediu espaço para entrar em minha boca e eu dei espaço para que ela entrasse, pondo minhas mãos em sua cintura fazendo com que ela sentasse em meu colo. Seu beijo era quente e delicado, seu toque fazia minha pele arrepiar e cada lugar que ela tocava queimava, sentia meu coração acelerar como se fosse uma doença, uma doença da qual eu conhecia muito bem. Até que ela se afastou ofegante dando um sorrisinho.
— Prontinho, Potter, beijo dado, agora quero meus bolos.
Íris era uma menina muito esperta e cheia de truques, um dos truques que ela ama usar é simplesmente me deixar com vontade de beijá-la mais, eu sei que ela quer continuar me beijando, mas ela se força a parar de me beijar, ela me deixa morrendo de vontade de fazer mais e sempre funciona. Ela faz isso porque sabe que quando eu a beijar novamente tudo ficará mais quente. É um truque sacana, mas é um de meus truques favoritos, sempre quero um beijo dela, mas quando ela faz isso meu ego e orgulho sempre querem provar que ela quer aquele beijo tanto quanto eu, tornando tudo mais agressivo, quente e interessante.
Geralmente quando este truque é aplicado ela sempre tem uma desculpa para sair do local: "Você tem treino de quadribol em 10 minutos" ou "Preciso me encontrar com Helena" ou até mesmo "Estou cansada, tenho que dormir um pouco", porém daquela vez ela não tinha desculpa para sair de meus braços, então quando ela estava saindo da cama amarrando seu cabelo em um coque me dando visão a sua nuca perfeitamente limpa e sem nenhuma marca roxa, a puxei pelo braço a trazendo de volta para cama.
Sua cara era tanto interrogativa quanto maliciosa.
— Oh baby, para onde está indo? — Sussurrei em seu ouvido beijando sua nuca.
— Estou indo...tomar banho. — Ela disse entre suspiros.
— Para que?
— Temos que... que pôr a meia na porta, ninguém sabe que nós estamos transando e estamos em um dormitório. — Parei de beija-la por um instante e soltei um riso baixo.
— Você está querendo tanto isso que se perdeu nas suas desculpas. Íris, se deixe perder uma de suas brincadeiras uma vez e esse será o melhor sexo que nós dois já fizemos. — Ela me olhou curiosa e finalmente, se deu por vencida me beijando novamente.
Meu ego com certeza ficou muito feliz com aquela conquista.
★★★
Depois de várias rodadas de sexo incrível (uma inclusive no banheiro dos monitores), estávamos os dois na cozinha de Hogwarts com vários elfos domésticos nos cercando.
E lá estávamos nós, separando os ingredientes.
— Corante? — Íris pergunta.
— Aqui! — Respondo.
— Chantily?
— Aqui.
— Ovos, farinha, fermento e o chocolate?
— Aqui, aqui, aqui e aqui!
— Então começa batendo a farinha e os ovos, Cabeça de alga.
Dito e feito, tudo estaria ficando maravilhoso se eu e Íris não fossemos um desastre na cozinha. Acontece que enquanto preparávamos o Chantily, eu posso ter jogado corante verde no cabelo de Íris.
— Seu safado! Eu não sou o bolo, James!
— Eu sei. — Respondo rapidamente. — Mas é tão bonita e tão gostosa quanto ele.
— Idiota! — Agora eu estava levemente vermelho.
E assim se iniciou uma guerra de alimentos que estavam na bancada da cozinha e tudo estaria perfeito se nós dois não tivéssemos esquecido o bolo no forno.
— Que cheiro é esse, Potter pirado? — Íris parou de jogar alimentos em mim e começou a farejar o ar. — Ai meu Merlin! O BOLO!
Corremos até o forno e tiramos o bolo "levemente" queimado, depois de muita fumaça e a cara feia dos elfos, Íris começou a rir, muito e vê-la-la rir, me fez rir muito, ela ria de forma tão sincera que ela jogava a cabeça para trás e colocava as mãos na barriga.
★★★
Nós fomos expulsos, mas abrimos presentes, agora Íris estava com o meu moletom da família Potter, com um "J" estampado no meio e também estava coma caneca Potter, com um "J" estampado no meio também, ela se apropriou da maior parte dos meus presentes e tenho certeza que só não se apropriou de minha vassoura porque não sabe voar nela. Ela ganhou uma guitarra vermelha que ela enfeitou com desenho de rosas brancas e rosas e eu a observei, na verdade eu podia a observar por muito tempo.
Agora eu estava com a jaqueta preta que Sirius me deu, esperando em meu dormitório, íris chegar com seja lá o que ela foi pegar.
Depois de uns dez minutos ela chegou com uma caixa vermelha e seu ukulele.
— Que caixa é essa?
— Caixa dos poemas! Pensei em trazer as das composições, mas aí eu pensei em tentar transformar alguns poemas em composições, com você!
— Sou péssimo compondo.
— Você compôs uma música para mim, não foi?
— Com a ajuda de três compositoras.
— Então agora você tem a ajuda da melhor compositora! — Revirei os olhos e abri a caixa.
— Aquiles? Gostei do nome.
— Essa não! Não tem muito conteúdo, essa não tem nem como ter melodia, ela é um poema, curto e direto. — Ela disse procurando mais papéis em sua caixa.
"Eu era forte, como Aquiles
Mas você conseguiu me acertar no calcanhar."
— Achei inteligente, Rainbow.
— Inteligente, mas curto. — Ela disse e completou: — E pessoas burras nem entenderiam o significado.
Procurei mais títulos que me interessavam.
— Você e eu? Parece romântica, escreveu para mim? Tem meu nome embaixo.
— Ela é triste, escrevi para você quando você me deu um fora.
"No final de tudo,
Acho que não sinto mais tanto a sua falta,
Estou superando sua ida aos poucos,
Guardando as lembranças boas de sua risada,
Lembrando de quando deixei você ir,
Deixando seu sorriso apenas como memória.
No final de tudo,
Não sinto ansiedade ao te ver,
Não sinto meu estômago borbulhar,
Não estou mais contando as horas para te ver,
Apesar de saber que nunca mais irei te ver.
No final de tudo,
Não somos mais amigos,
Não somos mais inimigos,
Não somos mais amantes de nossas imperfeições,
Não somos estranhos,
Só somos você e eu,
Só somos conhecidos em um mar de lembrança,
Só somos você e eu,
Você e eu,
Você e eu,
Só, apenas, exclusivamente, somente, unicamente, meramente,
Você e eu."
— Triste... Você realmente tentou me esquecer?
— Claro que não! Quer dizer, tentei, mas escrevi muita coisa sobre você, que ficou impossível tentar te esquecer.
Eu voltei a procurar mais poemas no meio de tantos papéis, assim como ela, mas a diferença é que eu procurava poemas com meu nome.
— Sistema solar? Tem meu nome.
— Basicamente fala que você não me amava e eu te amava muito, só que eu usei os planetas como referência.
— Você me ama? — Ela ficou vermelha.
— N-não! Sim! Na verdade, é que nas músicas e poemas é mais fácil usar a palavra amar, do que gostar, sabe.
— Sei... — Voltei a procurar e achei um que tinha meu nome estampado de vermelho, bem no centro e embaixo o nome do poema.
— E esse daqui? — Mostrei a ela, mas dessa vez ela não se mostrou indiferente, ela arregalou os olhos.
— E-esse já tem melodia! Me devolve.
— Ótimo! Canta para mim?
— Acho melhor não, Jay. Me devolve.
— Qual o problema com ele?
— Não tem nada, só é meio... é meio brega! Pronto falei! É brega e eu não quero cantar.
— Canta, eu sou meio brega também, então...
— Ótimo argumento. — Ela suspirou, tirou o papel de minha mão e posicionou o ukulele. — Não ria de mim.
Ela começou uma melodia angelical, era realmente lindo, ela estava concentrada em não me olhar, olhava para todo lugar menos para mim e aí a música começou.
"Me cheira, me sinta, me beija
Me faz sua protagonista
Deixe cada resquício seu,
para que possa senti-lo.
Não me quebre como já me quebrou,
lhe dou essa oportunidade de cinema,
para fazer dela o nosso amor,
Me ame, me cheire, me sinta, me beije,
se deixe em mim, como se tivéssemos em grandes telas no cinema.
Porque no final de tudo
Nosso amor,
É um amor de cinema
Me faça um telefonema,
Me diga que sou sua,
Me faça sua dama,
Não faça de mim seu dilema.
Eu gosto de você,
Minha pele se arrepia ao te ver,
Gosto de seu mau gosto,
Gosto de seu cabelo,
Me sinto em grandes telas de cinema,
Quando estou com você.
Então, me ame, me cheire, me sinta, me beije,
se deixe em mim, como se tivéssemos em grandes telas no cinema.
Porque no final de tudo
Nosso amor,
É um amor de cinema."
E aí ela finalmente me olhou, largou o ukulele e me olhou. Foi olhando para aqueles profundos olhos azuis que eu tive certeza:
— Eu te amo. E não ligo para o que você pense, se você me ama ou não, ou se você esteja namorando comigo só por diversão, ou que você não me ame, eu apenas... — Não terminei, ela me beijou, não sei o que aquilo significava, mas eu gostei.
— Eu te amo também, James Potter. E pode parecer mais brega que essa canção, mas você faz os meus dias mais coloridos e eu gosto disso. — Eu a beijei depois disso, e nós nos deitamos em meio aquela papelada toda.
— Acho que deveria gravar um CD só com os poemas que você tem sobre mim. — Me afastei do beijo, apenas para falar isso.
— Nos seus sonhos eu faço isso. — Ela me falou entre selinhos.
Íris foi uma das melhores escolhas que eu tomei na minha vida. Ela conseguiu tornar o meu natal ainda mais especial.
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