𝐗𝐗𝐈. 𝒔𝒕𝒖𝒑𝒊𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒕𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒔
𝐈𝐑𝐈𝐒
Um resumo do que aconteceu depois que eu e James terminamos nosso "namoro", eu fui correndo falar com as meninas, talvez algumas lágrimas tenham sido roladas, mas nada do qual devemos nos preocupar, depois de uma longa explicação da história e rostos chocados, todos nós xingamos o fato de James ser um grande idiota, mas um grande idiota que eu gostei.
O pior de tudo?
O pior de tudo é ter que cumprir detenções com Dominique, Remus e James. Aparentemente, James e Sirius correram pelados pelo campo de quadribol e nós gritamos, então Minerva nos dividiu em desnecessários grupos para cumprir a detenção.
Vou confessar que não esqueci James em duas semanas, mas tenho que seguir em frente, ele não tenta falar comigo a dias e isso é bom. Isso é incrivelmente bom. Por mais que uma pequena parte de minha pessoa queira que ele faça estúpidas declarações vergonhosas, na qual ele me pede para sair e eu aceito, outra parte (e com certeza a maior) sabe que ele foi um idiota que falou coisas ruins por um puro ataque de ciúmes que ele não admite para si mesmo que teve. Ele não foi, ele é um idiota!
E sim o único xingamento que tenho para descrever o quanto James foi idiota é idiota! Não me julgue, mas não esperava ter uma paixonite de adolescência não correspondida, o que dói, mas é assim que a vida funciona. Nada de homens! Nada de romances! Nada de idiotas!
Isso daria uma bela revolução, uma revolução para todas as mulheres não se apaixonarem! Talvez esteja de luto pelo meu coração que foi ligeiramente despedaçado por um ataque de ciúme, e talvez eu esteja sendo dramática, mas não quero falar com James, nunca mais.
Ele me quebrou e nem veio se desculpar com estúpidas declarações vergonhosas, na qual ele me pede para sair e eu aceito, mas eu precisava cair na real, ele nem gostava realmente de mim, ele só passou muito tempo comigo e essa ideia de falso namoro não era duradouro porque como já diz o nome é um falso namoro.
— Pare de ser reverendíssima besta, Íris. — Helena interrompeu meus pensamentos
— Número um, estamos xingando James não a mim. Número dois, pare de ser formal! Número três porque eu sou besta?
— Está com ódio de James porque pela primeira vez na vida acreditou em um amor não platônico.
— Mentirosa! Eu nem sei o que é platônico.
— Imagine que está em uma sala, conversando com Dominique e que eu apareço lá e falo que se vocês não se beijarem em vinte minutos, eu irei explodir. Vocês iam demorar séculos, apenas para darem uma bitoquinha. Isso é ser platônico.
— Ótima explicação. Mas continua sendo mentira e eu não quero ouvir suas explicações que provavelmente vão me fazer questionar tudo o que deu certo na minha vida.
— Você é quem sabe.
Eu e Helena estávamos andando como duas alunas que iriam para a aula de poções, onde eu poderia jogar toda a minha frustração em explodir coisas, continuamos a conversar sobre a vida amorosa DELA e o fato de Sirius não estar falando com ela.
★★★
Enquanto estávamos tendo aula meus olhos se localizaram na janela, naquele momento eu decidi que odiava a primavera. Ela é uma estação linda e florida, colorida e animada, nem fria nem quente, apenas o meio termo, sem folhas caindo, sem neve, sem muito calor, uma ótima estação para ler qualquer coisa debaixo de uma árvore, bom, tudo isso para que não esteja de coração partido. Quando se está de coração partido, as cores da primavera o trazem motivo para chorar, a estação do amor se torna a estação da inveja, ver outros casais felizes não é um bom plano, resumindo tudo, é horrível estar apaixonada na primavera.
Ao pensar nisso eu joguei qualquer outro ingrediente que fosse explodir o caldeirão, joguei, fechei os olhos, me agachei e tampei os ouvidos, diferente de Helena, que toda vez que fazia dupla comigo ia de cabelos presos, grandes tapa ouvidos e óculos, não estava tão protegida e precisava me proteger.
— Desculpa professor! — Helena gritou, acredito que por ela não estar ouvindo nada
— Voltem ao experimento.
O professor foi interrompido por quatro alunos que chegaram correndo, suados e vermelhos. Meus olhos se direcionaram ao de óculos, cabelos bagunçados e com um sorriso amarelo no rosto. Depois de James falar com o professor ele passou do meu lado.
— Oi, Íris. — Ele disse com as mãos no cabelo, assim que ouvi sua voz coloquei uns dois ingredientes no caldeirão, me agachei com olhos fechados e mãos no ouvido e BUM!
James estava com o cabelo mais bagunçado ainda e com o rosto manchado.
Ele se sentou perto de Sirius que ria à beça, dei um leve riso.
Usaria cada vez mais a técnica de expulsar um homem explodindo coisas.
— Uma palavra: desnecessário. — Helena falou e voltou a sua poção.
★★★
James havia tentado conversar comigo, mais umas seis vezes, em todas eu levava um kit básico de explosivos (resumindo, qualquer ingrediente que juntos não dão certo).
Havia acabado de sair da detenção, que foi ajudar os elfos na cozinha, eu não me responsabilizaria se alguém saísse do jantar querendo vomitar, eu e Dominique, definitivamente não cozinhamos.
— Posso falar com você, Íris? — Ouço uma voz serena vinda atrás de mim.
Eu e Dominique nos viramos rapidamente e encontramos a menina linda de cabeleira ruiva.
— Claro que posso, Lily.
Fui até ela lentamente. Eu e Lily não nos falávamos muito, óbvio que houveram situações na qual conversamos e essa garota é incrível, mas isso não exclui o fato de que quase nunca nos falamos.
— Tchau, Íris! Nos falamos depois.
Estava evitando conversa com as meninas, por exemplo, Dominique o caminho todo falava de James e quando não falava dele, era Remus o assunto da conversa o que me leva a pensar em James.
— Íris, falo por experiência própria... — Lily começou a andar para a comunal, quando depois de uns cinco minutos andando ela falou isso. — Evitar James não adianta. Vocês tem que conversar.
— Ele mandou você falar comigo, não foi?
— Sim, mas ele tem razão, vocês tem que conversar. — Rolei os olhos.
— Se ele quiser falar comigo, que ele continue tentando. — Digo me virando para a menina ao meu lado. — Ele só quer atenção, Lily, a partir do momento que eu não o dei mas atenção ele veio atrás de mim que nem um cachorrinho pedindo comida, são isso que todos nós somos afinal. É óbvio que ele quer falar comigo, eu era parte da rotina dele, a partir do momento em que eu sair, ele vai sentir falta.
— Não acha que tem algo além de atenção e saudades de uma rotina? Ele correu a mim atrás de atenção, ele corre atrás de você por desculpas.
— Se ele quer tanto falar comigo, que ele arranje uma forma de me chamar a atenção. — Lily abriu e fechou a boca várias vezes, até que ela me olhou com o rosto iluminado.
— Se ele conseguir de alguma forma engenhosa sua atenção, você fala com ele?
— Sim. — Apenas dei de ombros. — Mas apenas ele, sem ajuda de Remus, Sirius, Peter ou até mesmo de você, ele tem que pensar por ele.
— Mas se ele tiver uma ideia que precise de mais pessoas?
— Essas pessoas ajudam, mas a ideia que tem que ter é ele.
— Ótimo! — Ela correu, mas por um momento parou e gritou: — Obrigada!
— Pelo quê? — Gritei de volta.
— Por me livrar de James. — Ela voltou a correr e eu apenas sorri.
Qual será a grande ideia engenhosa que James Potter terá? Independente de sua idéia eu juro por mim mesmo que não o darei atenção, a não ser que seja estúpidas declarações vergonhosas, na qual ele me pede para sair e eu aceito.
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