3 - Drinks

NOAH

Eu já cheguei no meu galpão estressado, tem alguém atrasando todos os meus carregamentos, tanto o de armas quanto o de drogas. E quando eu descobrir quem é o filho da puta, ele está fodido!

_Eu não estou conseguindo rastrear os caminhões. Eles fizeram algo com os rastreadores. -Josh, um dos meus amigos disse-, E pra conseguirem achar onde eu instalei esses rastreadores eles precisam ser bons com isso.

Está tudo dando errado! De uns meses pra cá meus carregamentos custam a chegar na cidade, já é o terceiro caminhão de droga que some e não conseguimos rastrear. Isso já está me deixando nervoso. Mas tínhamos um plano e se desse certo saberíamos quem são essas pessoas atrasando meu carregamento.

_Você dormiu onde? -Bailey, meu outro amigo perguntou-.

_Virou minha mãe agora? -falei o olhando, fazendo Josh gargalhar-.

_Ué cara, até eu quero saber. É uma coisa rara você dormir fora de casa, sempre que quer alguma garota você leva pra sua outra casa. E ontem estávamos lá e você não estava. Sentimos a sua falta até. -Josh disse e debochou em sua última frase, me fazendo rir-.

_Tem mulher no meio. -Bailey disse-.

_É aquela garota que você salvou do ex esses dias? Já tá fazendo ela esquecer do ex? -Josh perguntou rindo-.

_Vocês são bem curiosos, eu dormi na casa dela mas não tenho nada com ela não, a casa dela fica perto daqui. -eu disse e Josh e Bailey se olharam e riram-.

_Tem algo estranho aí, Urrea dormir na casa de uma garota e não querer pegar ela. -Bailey disse-.

_Ela não faz o meu tipo. -eu disse e dei de ombros-.

_Ela faz o meu. -Josh disse fazendo Bailey rir-.

_Cara, cala a boca e faz o seu serviço. -Eu disse a Josh que riu-.

Sou o líder da gangue, Josh e Bailey são meus amigos desde infância, eu cresci nesse meio, entre gangues e guerras por territórios. O meu avô era o líder e com a sua morte o meu pai se tornou líder, passando para mim a liderança quando o meu pai morreu, ou seja desde os treze anos faço parte deste meio, nunca conheci minha mãe e também nunca fiz questão, segundo meu pai ela nos abandonou quando eu ainda tinha meses de idade.

ANY

Finalmente posso dizer que sou uma pessoa feliz, apenas pelo fato de ser sexta-feira e eu precisar mais do que nunca descansar este fim de semana, meu corpo está cansado, eu estou cansada, fisicamente e mentalmente, nesses últimos meses estou bem lelé da cuca. Estava saindo do trabalho quando meu celular apita em uma nova mensagem, de um número desconhecido.

Mensagens:

Desconhecido: Any podemos conversar? Sou eu, Adam. Não me bloqueia.

Any: cara me deixa em paz, não temos mais o que conversar.

Desconhecido: você está assim por causa dele? Terminou porque já estava com ele não é? Ele está na sua casa todos os dias.

Any: deixa de ser louco, eu terminei porque você me traiu! Não tente por a culpa de nada em mim. E se ele está na minha casa ou não você não tem mais nada a ver com a minha vida!

Contato bloqueado

Mensagens off.

Se eu estava animada minutos atrás eu já não estou mais, Adam consegue tirar toda a minha paz e me deixar completamente nervosa e sem ânimo.

Caminhava em direção a meu prédio, já pensando em qual filme eu ver hoje a noite, pensei por um segundo a falta que Sabina me faz, porque em um momento desse estaríamos procurando algum evento para nos divertir hoje a noite.

Saí do banho, me vesti com um pijama e fui para a sala para ver filme, assim que chego na sala me assusto com Noah sentado no meu sofá, minha alma saiu do corpo e voltou no mesmo estante com o susto que levei.

_Que merda! -eu disse com a mão no peito fazendo-o tirar os olhos do celular e me olhar-, Como
Você entrou? A porta estava trancada!

_Não estava. -ele disse apenas-.

_Estava sim, eu tenho certeza que tranquei. -eu disse brava-, Você não pode sair entrando dessa forma na casa das pessoas, e se eu estivesse.. estivesse acompanhada?! -eu disse ainda em pé o olhando, Noah continuava me olhando, agora com um sorriso brincalhão-.

_Acompanhada? -ele riu me fazendo revirar os olhos-, É isso que você faz nos fins de semana? -disse apontando para a Tv-.

_Sim, eu me divirto assim. -eu disse me sentando no sofá e ligando a Tv-.

_Não sai de casa? -Noah perguntou-.

_As vezes minha amiga me arrasta pra algum barzinho. -eu disse-.

_Então vamos nesse que tem aqui no quarteirão. -ele disse sem ao menos me perguntar se eu queria ir-.

_Você nem sabe se eu quero ir. -eu disse e ele me olhou-.

_Você não vai preferir ficar aqui vendo Tv sozinha ao ir comigo beber. -ele disse-.

_Talvez eu queira. -insisti fazendo o mesmo respirar fundo-.

_Vai se trocar, Any. -ele disse já sem paciência, me fazendo reprimir uma gargalhada-.

_Ok, me troco em dez minutos. -ele assentiu e se sentou no sofá para me esperar-.

Fui para o meu quarto e abri meu armário na procura de algum look. Coloquei uma saia jeans clara, um cropped de alças preto e uma sandália de amarração também preta, ajeitei meu cabelo e passei um batom vermelho que Sabina me deu, alegando ficar lindo em mim. Ajeitei o meu cabelo e já estava pronta. Cheguei na sala e Noah se levantou, ele parecia estar com bastante pressa.

_Você disse dez minutos. Já se passou meia hora. -Noah disse isso olhando em seu relógio de ouro no pulso-.

_Eu não sabia o que vestir. -eu me justifiquei-.

Saímos do prédio e não andamos cinco minutos e já chegamos ao barzinho, que era na mesma rua do meu prédio. O lugar estava muito cheio, não tinha mais mesas e tivemos que sentar em um banco em frente ao balcão que o barman preparava as bebidas.

_Você bebe qual tipo de bebida? -Noah perguntou-.

_Qualquer uma, na verdade não sou muito de beber, quando minha amiga está aqui, ela que me dá dicas do que beber. -eu disse e Noah assentiu-.

_Eu quero um uísque, e pra ela um gin tônica. -ele disse e assim o barman fez-.

Eu não tenho muito costume em beber, eu bebi dois drinks, APENAS DOIS e já me sentia bêbada, Noah ja estava no seu quinto copo de uísque, ele parecia observar bem o local.

_O que você tanto observa nesse lugar? -perguntei a ele, dando mais um gole no meu drink-.

_Tem uma pessoa aqui que me deve. -ele disse calmo-.

_Te deve muito dinheiro? -perguntei-.

_Não me deve dinheiro, me deve favores. -ele disse-.

_Afinal, o que você faz? Você disse que tem uma empresa de comércio. Que tipo de comércio? -eu perguntei-.

_Eu vendo drogas. -ele disse sério-.

_Você é engraçado. -eu disse gargalhando, Noah fala de um jeito que parece sério-.

Antes de irmos embora do bar, eu fui ao banheiro e quando saí Noah conversava com um homem, que me olhou quando me aproximei deles.

_Eu quero esse carregamento amanhã. -Noah disse e por fim saímos daquele bar-.

Assim que saímos do bar eu vi Adam entrando no mesmo com uma garota loira, aquilo me fez engolir seco, ele nos olhou e parou, fazendo Noah também parar e encara-lo, mas Adam não disse nada, apenas entrou no bar. Entramos na minha casa e eu já estava cambaleando, eu sou muito fraca com bebidas, Noah nem se quer cambaleou com o tanto de uísque puro que bebeu.

_Vai dormir aqui? -perguntei me jogando no sofá e tentando de toda forma desamarrar minha sandália-.

_Vou, amanhã vou resolver uma coisa aqui perto. -ele disse veio até mim-.

Noah desamarrou minha sandália, eu estava com bastante dificuldade para fazer isso, talvez seja porque minha visão já estava turva com apenas aqueles drinks. Ele tirou as sandálias dos meus pés e eu o olhei, Noah estava atraente, eu não sei explicar, a bebida que eu bebi estava me fazendo ter pensamentos estranhos.

Eu me aproximei de Noah e encostei nossos lábios, se Adam estava com alguém porque eu também não posso? Mas Noah não deixou aquilo se tornar um beijo e me afastou lentamente dele.

_Porque? -Perguntei o olhando nos olhos-.

_Você está bêbada e confusa. -ele disse e eu respirei fundo-.

_Isso não tem nada haver, eu quero. -eu insisti-.

_Eu tenho alguém. -ele disse por fim me fazendo desistir na hora-.

As coisas ficaram meio estranhas agora, mas tentei não demonstrar muita estranheza para ele. Dei a ele um cobertor e travesseiro e subi para o meu quarto, entrei para o banho e vomitei horrores também, vesti meu pijama, deitei na cama vendo tudo rodar e acabei dormindo.

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