18. Surpresa de aniversário
➼ Me pediram novamente então temos sexo de Namjin. Como da outra vez, quem não quiser ler é só evitar a parte que está entre esses símbolos: ***
➼ Boa leitura!
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Capítulo 18 - Surpresa de aniversário
O sol das onze da manhã não estava tão forte mas deixava o clima aquecido, os raios que adentravam a tenda fizeram Park despertar. A primeira coisa que fez foi pegar o celular que estava ao seu lado, havia tirado ele do bolso e deixado ali em algum momento da conversa que tivera na madrugada com o agora namorado, conferindo as horas e rindo das mensagens desesperadas do amigo.
Namjoon:
|Acharam bonito o que fizeram? Seus irresponsáveis! Eu estou muito irritado com vocês!
|Eu preciso do carro! Venham embora logo!
|Quase nove e nada de vocês. Vou ter que desmarcar um compromisso com um sócio. Vocês me pagam!
Sentiu um toque em seus dedos, era Jeon já acordado mas de olhos fechados pela claridade, riu fraco, tirando uma foto de suas mãos e pulando em cima dele.
— Bom dia, Jungkookie. — lhe deu vários beijinhos pelo rosto.
— Bom dia, meu querido. — sorriu, o selando. — Quantas horas?
— Onze e pouco. Nam ficou nervoso por pegarmos o carro e atrapalharmos um esquema dele.
— Já esperava por isso. — espreguiçou, se sentando e pegando o celular, vendo as mensagens. — Eu tenho que ir para casa, Yoongi disse que vai lá para resolvermos umas coisas. E ontem não fui ao treino, precisamos fazer uma reunião nem que seja online para planejar nossas estratégias de treino para vencermos as interclasses. Os dias estão passando tão rápidos que por um momento esqueci que elas estavam vindo.
— Como funciona?
— São alguns dias de jogos de escola contra escola, a melhor vence. Mas dessa vez, o time que ganhar essa disputa irá representar a cidade indo jogar em algumas cidades próximas concorrendo ao troféu regional. Eu estou empolgado. Nam não vai poder me barrar porque não estou no risco de ter meu heat.
— Eu estou sabendo disso só agora, por que?
— Porque agora que você perguntou. — riu do biquinho quase instantâneo que surgiu nos lábios dele. — Relaxa, não é nada demais.
— Como não é? Se é importante para você, é para mim!
— Então não vou esquecer de te deixar a par de tudo. Agora vamos?
— Não quer fazer um lanchinho antes?
— E perder o almoço da Sun?
— É, é melhor irmos agora! — levantou, o puxando.
Quando chegaram, foram logo à procura da comida, encheram a barriguinha com as delícias que a governanta fez, depois Jungkook fez a reunião em seu quarto por video chamada com Jimin o observando e achando ele adorável. Yoongi disse que conseguiria ir só mais tarde, então os dois continuaram no quarto, dessa vez deitados na cama vendo Banana Fish, um anime que ômega estava empolgado para mostrar ao hyung.
Eles se entreteram, ficaram até a noite assistindo aos episódios, o rosado deixou lágrimas caírem de novo e alfa se manteve estagnado, olhando para a tela do notebook, sem acreditar no que aconteceu. Voltou a cena só para ter certeza.
— Boa noite a vocês, casal. — disse Min após aparecer na porta e fotografá-los pois precisava mostrar aos parceiros o grude que eles estavam. Jungkook limpou o rosto, se levantando. — Por que essa carinha vermelha, bebê?
— Estávamos vendo anime e eu chorei com o final. É nove e meia da noite, isso são horas de aparecer?
— Eu que te pergunto. São horas de ficar colado no macho igual chiclete?
— Eu não estava sendo grudento!
— Ah, não? E o que é isso? — mostrou a foto onde Jimin estava de bruços com Jungkook quase em cima dele enquanto assistiam. — Você não pode negar os fatos, Kook.
— Até que ficou legal. É uma boa lembrança com meu namorado para eu guardar, me manda?
— Namorado? — ficou boquiaberto. O rapaz assentiu com um sorriso orgulhoso. — Meus parabéns. Mas só te mando a foto se você postar agradecendo ao Yoongi hyung lindo do seu coração.
— Tudo bem, só não se acostume comigo aceitando sua forçação de barra.
— Você respeite o seu hyung, tá?
Eles teriam continuado com as alfinetadas se não fosse Jimin gemer frustrado um “ah, não”.
— Jungkookie, eu não acredito que terminou assim. — fechou o notebook, se sentando na cama. — Eu não concordo. Não vou me conformar. Na minha mente aconteceu outra coisa, foda-se quem fez essa porra, não é assim que eu quero. — fez bico, emburrado. — E oi para você Yoongi.
— Oi, Jimin-ssi. — riu do jeito que ele estava.
— Que gracinha. — Kook o apertou as bochechas dele, feliz em lhe tirar uma reação fofa. — Não fique assim. Você pode imaginar novas cenas e ser feliz com elas.
— O que estavam vendo?
— Banana Fish. — responderam juntos.
— Oh, é de arrasar corações mesmo.
— Eu fiquei indignado da primeira vez, mas agora acho que faz sentido. Foi uma forma do Ash sair do looping das desgraças, de deixar os sofrimentos e parar de ficar com medo de si mesmo pelas coisas que era capaz de fazer. Ele ficou feliz apesar de fazer a gente chorar.
— Não gostei. Faltou criatividade ou verba para continuarem a história e trazer um final que preste dele com o Eiji?
— Eu entendi que aconteceu o que devia acontecer, mas tenho que concordar com o Jimin-ssi que o final foi sacanagem.
— Vocês não pegaram o espírito da coisa! — reclamou Jeon.
— Nada vai curar minha indignação! Eu vou reclamar toda vez que lembrar disso! — o ator cruzou os braços.
— Pois se distraia com esse assunto: eu demorei a conseguir escapar do Tae, por isso apareci só agora.
— Por que fugiu do amigo de vocês? — franziu o cenho, confuso.
— É segredo.
— Entendi. Quererem que eu saia?
— Não precisa. É que tem uns dias que o Suga e Hoseok-ssi tiveram ideia de uma festa surpresa para o Tae, eles organizaram algumas coisas e hoje vamos terminar de acertar os detalhes. — Jungkook sentou em seu colo, deixando um selar em sua cabeça e tendo a cintura abraçada.
— Ei, não era para contar!
— Jimin não vai dizer a ninguém.
— Tá, mas ele vai ajudar.
— Sem problemas. — o alfa sorriu.
🐺
Há um tempo Yoongi iniciou a terapia. A cura de seus traumas estava em andamento, pouco a pouco trazia para si o amor próprio, nisso sua autoestima ia se elevando, os vícios e reações explosivas, negativas, estava tirando de sua vida. Já se considerava bem melhor. Apesar de que a psicóloga explicou que o processo era demorado, não podia ser interrompido ou abandonado, ele corria risco de ter recaídas ainda que tão empenhado em evoluir, e tinha que continuar frequentando o consultório até estar comprovado que de fato estava bem. Mas não era um problema, Yoongi gostava de ir lá trabalhar seu psicológico com a ômega como nunca imaginou que um dia gostaria.
Sua melhora refletiu não só a si mesmo, mas na relação que surpreendentemente se encontrava ótima.
Não só ele mas os outros dois imaginaram que teriam muitas brigas por ser algo novo em suas vidas - nenhum havia testado o poliamor antes - e por Min tendia a ser complicado às vezes, porém, se enganaram. Eles adaptaram bem a vida a três e o platinado tinha melhorando seu temperamento, continuando a evitar surtar por coisas que apenas resolviam na conversa.
Os problemas do trisal eram evitados através da honestidade e do diálogo, bases de qualquer relação.
Claro que haviam discussões, um emburrado com o outro e coisas do tipo, mas a maioria por coisas banais.
Exemplo: Taehyung pegou uma camisa de Hoseok sem pedir e a sujou de graxa, o deixando bravo; Tae e Suga brigam para ver quem ia lavar a louça suja do dia; os mais velhos discutiram sobre ter ou não ter tarefas nomeadas para saber quem é que vai fazer o que nos dias da semana. Mas tudo se resolvia. Até porque sempre tinham um terceiro alguém nesses momentos para amenizar a situação.
Na primeira situação Yoongi se meteu, os fazendo ver que era só uma camisa sem valor sentimental que poderiam comprar mas também que deveriam pedir emprestado qualquer coisa antes de pegar. Na segunda, Hoseok ordenou que um ficasse com a louça do almoço e o outro da janta. Já na terceira o beta mais novo expôs que era bom ter algo definido para todos cumprirem as tarefas de casa sem ter maiores discussões e que se o ômega não curtia fazer as mesmas coisas sempre, de vez em quando eles podiam trocar.
Mostrar os pontos, debater e entrar em acordos se tornou comum para eles. Se consultarem a respeito de qualquer decisão e sempre serem sinceros também. Foi assim que encontraram o equilíbrio.
A respeito dos sentimentos a entrega era recíproca. Eles não exigiam declarações, nem mediam quem gostava mais do outro ou criavam neuras com isso, apenas seguiam juntos, apaixonados, dando uma chance à relação poliamorosa.
Chegou a rolar um receio no início, eles estranharam não ter exclusividade, teve um ciuminho, até porque um par curtia fazer uma coisa e um deles não, o outro par gostava de outra coisa e um ficava a parte, só que colocaram em mente que era bobagem se sentir ameaçado sendo que eram um trisal. Fora que nem sempre todos vão estar de acordo sobre tudo.
Dessa forma, concordaram que era melhor deixar tudo acontecer sem neuras. Caso um deles se incomodasse, sentisse de fato deixado de fora, não concordasse com algo, era só dizer que iam reavaliar a questão. Porque eles se gostam e querem se fazer bem.
Então estava tudo ótimo. Até Taehyung começar a sentir que havia algo estranho no ar.
Estava vendo muito Yoongi e Hoseok conversando entre si e toda vez que chegava, eles se calavam. Notava uma troca de olhares como se trocassem um segredo apenas entre si. Chegou a questioná-los se tinha algo que não estava sabendo, mas eles lhe garantiram que não. Seria uma paranóia sua? O ciúmes finalmente bateu? Não podia ser, afinal, gostava de vê-los juntos. Talvez estivesse chateado por sentir que estão compartilhando coisas nas suas costas.
Se sentou ao lado do rosado que estava jogado na grama, de pálpebras fechadas, curtindo a brisa da manhã nublada refrescando seu corpo quente pós treino.
Essa semana passaram a treinar em horários alternados na parte da manhã, pulando algumas aulas, para se prepararem visto que na próxima semana começaria a interclasse. Yoongi não poderia participar por não ser do terceiro ano, logo, Taehyung estava livre para desabafar com o amigo.
— Bebê, eu estou incomodado.
— Por que? — abriu os olhos, o fitando. — Foi algo que eu fiz? Ou alguém do time?
— Não, não é isso. — suspirou. — Yoongi e Hoseok andam suspeitos recentemente.
— Suspeitos como?
— Me deixando de fora dos assuntos, dos olhares, às vezes mantendo silêncio quando chego de repente. Sei lá, estão agindo estranho.
— Pensei que fosse menos inseguro.
— Eu geralmente sou muito confiante mas, não sei, acho que por ser um relacionamento a três, como eu nunca tive, eu fico com um pé atrás. E eles parecendo me evitar, compartilhando algo entre si como se eu não pudesse saber, não ajuda.
Isso é porque estão empenhados na sua festa surpresa, pensou Jeon.
— Já tentou falar com eles?
— Disseram não ser nada. Vou perguntar de novo porque nós combinamos de sempre ter diálogo. Eles terão de me contar o que está acontecendo antes que minha mente passe a pensar demais e eu acabo agindo de má forma.
— Não se precipite, nem pense demais. Isso pode ser momentâneo. Vai ver eles estão apenas planejando uma surpresa ou algo assim…
— Você sabe de algo?
Negou. Merda, não devia ter sugerido algo óbvio.
— Certeza? — estreitou os olhos.
— Se soubesse também não te falaria porque surpresa é surpresa. Deixa eles, hyung. — pediu.
— Isso tudo é suspeito mas, tudo bem, eu sou esperto, vou descobrir por mim mesmo e ai deles se tiverem fazendo coisas pelas minhas costas.
— Olha, eles te amam, não fariam nada para prejudicar a relação que vocês tem. Pelo contrário, devem estar fazendo algo para te deixar feliz, portanto, não se incomode!
— Eu te conheço, você sabe e não quer me contar, não é? Por favor, faço o que você quiser, me conta! — Jeon rolou os olhos. Agora seria um saco aguentá-lo em seu pé, porém ia relevar, seria por uma boa causa.
Mais tarde Jimin estava na porta da Lee Jun. Eles criaram uma rotina onde o alfa buscava Jungkook na escola, dali iam comer no restaurante que servia os melhores sanduíches segundo o rapaz - aquele que o ator comprou a um tempo quando se conheceram - e de lá iam para Diamond Gallery onde começou a pouco tempo.
Aliás, sobre lá, o chefe era sério, um tanto rabugento, mas fazia questão de lhe explicar tudo o que precisava saber para auxiliar nos trabalhos aos quais necessitavam serem feitos e ainda ensinava cada vez mais sobre as artes, coisas profundas que Jeon não sabia e depois de serem ouvidas ele nunca mais esqueceria.
Park estava escorado no Audi preto ao lado da porta do passageiro, lindo como sempre, e para completar o look usava um óculos escuros que o deixava ainda mais charmoso. O rosado tirou, podendo ver os olhinhos bem puxadinhos já que ele estava sorrindo, então o abraçou, beijando sua boca e acabando por ficar todo entregue no processo.
— Você me deixa todo bobo fazendo assim. — o alfa resmungou, o fazendo rir. — Tudo bem?
— Estou ótimo e você?
— Melhor agora. — piscou, dando um sorriso ladino.
— Digo o mesmo. — o selou. — Vamos. — levou o óculos, indo para dentro do carro e o colocando, se olhando no espelho.
— Devolve. — estendeu a mão querendo seu pertence.
— Não. Ficou mais bonito em mim! — empinou o nariz. — Vamos logo, não quero me atrasar.
— Que ômega mandão.
Minutos depois eles desceram do veículo, o hyung escorou no capô e puxou o rapaz, voltando a pegar o óculos. Jungkook não se importou, antes havia feito só para implicar mesmo.
— Está todo mundo olhando pra gente. — comentou ao notar os olhares de quem que estavam dentro do restaurante de janelas transparentes.
— Você se importa, Jungkookie? — ele negou, dessa vez nada tímido. — Posso confiar?
— Quer que eu prove? — o moreno gargalhou e depois passou as pontas dos dedos pela lateral do pescoço dele, por cima da gargantilha da vez. Jeon colou suas testas. — Diz logo que sim para eu te beijar.
— Não precisa arrumar motivos para me beijar, só faça. — arrancou um sorriso do dongsaeng que o puxou pela nuca no mesmo instante, lhe dando um beijo lento e gostoso.
🐺
Na sexta-feira, Taehyung ficou perdido ao não ver Yoongi na cafeteria, mas Dohwan disse que ele tirou uma folga para resolver um problema com a mãe. No entanto, chegou em casa e achou estranho a moto dele estar lá. Será que Yerim o buscou? Foi tomar banho, achando a situação estranha.
Enquanto se vestia questionava qual problema era esse que estava levando o dia inteiro já que eram sete da noite e nada do hyung aparecer. Olhou pela janela e o carro de Hoseok estava na garagem, ele sumiu o dia todo também. O será que houve? Os dois poderiam estar juntos fazendo sabe se lá o que?
Sua mente trabalhava a mil, pensando e pensando coisas, criando hipóteses, brigando consigo mesma por estar cogitando absurdos, buscando continuar firme e não surtar de nervoso, preocupação ou paranóia.
Nisso seu celular tocou, pegou rapidamente, temendo que a hipótese de que poderia ter acontecido algo de grave com um deles e o outro estar conseguindo ligar só agora fosse real.
No entanto, era apenas Jungkook.
— Hyung, você pode pegar um dos veículos emprestado aí e vir me buscar?
— Eu estou ocupado.
— É? Fazendo o que?
— Esperando os meninos. Eles não apareceram até agora, Kook. Lembra do que te falei naquela manhã? Pois de duas uma, ou eles estão me enganando e fazendo algo que vai me magoar ou aconteceu algo grave e ninguém me disse. — falou, roendo as unhas.
— Eu não estou sabendo de nada. — mentiu. — Vem me buscar que eu te ajudo. Podemos procurá-los, dar uma de detetive e resolver logo esse mistério.
— Você está na galeria ainda?
— Eu saí com a Jiyeon. Estávamos procurando uma loja e ficamos perdidos.
— Com a Jiyeon? — franziu o cenho. — Não sabia que saíam juntos. O Jimin não pode te buscar?
— Ele e o meu hyung estão resolvendo algumas coisas que envolvem a empresa. Você tirou carteira esses dias, já sabe dirigir. Então me busque. Ou está sem carro aí? — fingiu que não sabia que Hoseok deixou o veículo lá. — Se tiver, posso chamar um táxi…
— Não se preocupe, o carro do Hobi está aqui. Me passa a sua localização.
— Certo. Estarei te esperando. Não demore.
Haviam alugado um duplex para festas e ele estava deslumbrante, todo enfeitado pela companhia de eventos dos pais de Jiyeon, a qual fundaram a pouco tempo visando trabalhar por conta própria já que cansaram de passar por problemas financeiros e também terem chefes babacas. Aliás, a moça gostava de seu emprego na cafeteria mas se o sucesso dos pais continuasse ou ao menos eles não falissem, era provável que ia largar Dohwan para ajudá-los.
Yoongi e Hoseok em especial se empenharam muito para que a festa naquele lugar fosse maravilhosa, assim como uma grande surpresa. Mal aguentavam esperar para ver a cara de Taehyung quando visse o que aprontaram.
Jungkook estava do lado de fora, aguardando o rapaz que não demorou a chegar.
— Vamos. — disse o azulzinho.
— Espera! — exclamou, atraindo sua atenção.
— O que foi?
— Eu menti. Não estava com a Jiyeon procurando uma loja. Não esqueci das suas suspeitas de mais cedo e… E-eu segui o Yoongi hyung e o Hoseok-ssi.
— Jungkook!
— Me desculpa. A verdade é que eu já desvendei o mistério… Eles estão lá.— mostrou o único cômodo que estava acesso de propósito no duplex.
— Mas que porra?! — desceu do carro. — O que eles estão fazendo lá?
— É melhor você ver com seus próprios olhos. — disse sério.
Afobado, mal terminou de ouvir e já foi entrando na casa que se encontrava com a porta aberta. Mal imaginava que a situação era suspeita, nem chegou a ter dúvidas, só o instinto que implorava ver o que estava acontecendo, ainda que lá no fundo temesse descobrir.
Jeon correu atrás dele com o celular na mão, tentando segurar o riso. Parou ao seu lado, captando o exato momento em que Kim entrou em choque com várias pessoas surgindo de uma vez e gritando "surpresa!".
Seus avós estavam ali, Yerim, Dohwan, Jiyeon, Namjoon, Seokjin, Jimin, mas dois alguens de destacaram: Hoseok e Yoongi.
— Seus filhos da puta! — exclamou, os fazendo rir. — Agora tudo faz sentido!
O rosado guardou o aparelho, pulando nele.
— Feliz festa surpresa de aniversário! Eu não disse para não se preocupar, que os meninos te amam e que poderiam estar planejando uma surpresa?
— Disse. O mesmo Jungkook que supôs coisas agora e fez meu cérebro surtar. Você é mau.
— Você também foi lerdo, né? Nem desconfiou que não daria para eu seguiria eles se estava trabalhando. E, outra, como eu poderia ter visto algo acontecendo no segundo andar, e mais, a porta estava aberta. Quem deixa a porta aberta se está fazendo algo de errado? Fico admirado com o monte de desculpas que inventei e você nem ligou. Pelo visto sou um ótimo ator.
— Meu cérebro pifou e no momento eu só senti medo de me magoar com o que supostamente veria. — deu de ombros.
— Fizemos de propósito. — falou Jung, e o ômega assentiu. — Até deixei meu carro pra você.
— Tem dias que organizamos.
— Pois eu estava pensando em tudo, menos em uma festa surpresa. — negou, sorrindo. — Vocês são demais. Obrigado — deu selinho nos parceiros, junto de um abraço apertado, muito feliz e grato. — Obrigado a todos! — saiu abraçando geral, sendo parabenizado.
— Eu trouxe uma roupa. Vá se trocar antes que os outros cheguem. — disse Hoseok, lhe entregando uma sacola e dando um tapa na bunda para que fosse em direção ao banheiro.
— Que agressividade. Gatinho, olha aqui ele me batendo. — fez um bico dramático.
— Vai logo antes que eu te bata também.
— Vocês são maus! M-a-u-s! Fui!
O duplex encheu com os colegas e amigos próximos de Taehyung. Apareceram vários desconhecidos também já que Ara postou no instagram e onde ela estava sempre aparecia gente pois consideravam que a moça dava e frequentava as melhores festas.
Tudo estava animadíssimo. O aniversariante estava muito feliz, curtindo muito com seus hyungs e amigos.
Jungkook passou a noite inteira dançando ora com ele, ora com o namorado ou com o cunhado. No andar de baixo, cantou no karaokê com Namjoon e comeu muito ao lado de Jiyeon.
Agora acabou de sugerir que brincassem por lá, que era o cômodo mais calmo, de verdade ou consequência. Nunca tinha brincado antes, sempre viu em alguns filmes, parecia legal, por isso estava com vontade e saiu reunindo o pessoal com quem tinha mais afinidade.
Na roda ficou ele, Ara, Micha, amiga desta, e Myung, do time de futebol, de ômegas; Jimin, Namjoon, Seokjin, Jiyeon, Kris também do time, Yerim mãe de Yoongi e Dohwan chefe dele, de alfas; Hoseok, Taehyung, seus avôs Boram e Sandara, de betas.
Na primeira rodada caiu em Micha perguntando para Namjoon que quis verdade.
— Mas eu não o conheço.
— Faz qualquer pergunta, mana. Sei lá. Todos somos adultos maturados aqui, vê se ele gosta de filmes adultos. — disse Ara.
— Uhm… É verdade que você tem uma empresa que produz esse tipo de conteúdo? — questionou ao lembrar da exposição que Hyuk fez com Jungkook.
— Sim. — deu de ombros.
— Whoa, você pode me levar para ver as gravações?
— Não seja safado, Bo. — disse Sandara.
— Namjoon-ssi, ignora ele, só roda. — Taehyung lhe deu a garrafa.
Myung para Jiyeon. O rapaz ficou um tanto nervoso e Kris o cutucou, sorrindo e mexendo com a sobrancelha como se dissesse "é a sua chance" recebendo um empurrão. Era óbvio que os presentes desconfiaram. Tanto é que Yerim cochichou para o namorado que eles eram fofos, recebendo um assentir.
— V-verdade ou-
— Consequência. — ela tomou um gole de sua bebida. — Manda ver.
— Me beija. — houve um coro de "ohh". E a alfa simplesmente levantou, foi até ele e o lascou um beijo que certamente o rapaz não esqueceria tão cedo, causando uma vibração empolgada nos que estavam ali.
Jiyeon girou a garrafa, dessa vez Sandara perguntava para Seokjin.
— Você é virgem?
— Depende. — riu.
— Como assim?
— Ele namora o Namjoon ali. — informou Yoongi.
— Ah, então me deixe reformular a pergunta. Você já deu a bunda?
— Vovó! Isso é coisa que pergunte?
— Todo mundo nessa roda já deve ter dado a bunda. Se não deu, ainda vai dar.
— Até eu que sou alfa? — perguntou Kris.
— E o que tem? — perguntou Jiyeon.
— Isso não vai te fazer menos alfa, prometo. — Dohwan o deu um tapinha nas costas de incentivo.
— Então você já…?
— A pergunta não é para mim agora. — olhou para Jin.
— Oh, eu nunca dei a bunda.
— Espera! Então meu amigo não te comeu, nem no cio? — perguntou Jimin, muito surpreso.
— Eu passo o meu sozinho.
— Você curte ser só passivo?
— Eu gosto de alfas sendo um alfa, sendo assim sou versátil, Jimin. — disse.
— Só não aconteceu por falta de oportunidade. — Jin deu de ombros, rodando a garrafa.
— Verdade ou consequência? — perguntou Hoseok a Myung.
— Verdade.
— Já que estamos nesse assunto… Você daria a bunda para a Jiyeon?
O ômega virou um pimentão. Nunca havia pensado nessa hipótese. Na verdade, sequer imaginava que um dia conseguiria beijar sua ex colega por ela parecer demais para si.
— A verdade é que eu dou o que ela quiser.
— Não vou me esquecer disso. — ela piscou, o deixando tímido mas feliz.
— Opa, opa. — disse Yoongi ao que deu ele perguntando para Dohwan. — Chefinho, pense bem no que irá escolher.
— Consequência.
— Não era isso que eu tinha em mente… Mas tudo bem. Um body shot na sra. Sandara.
— Em mim? — a avó de Tae apontou para si, tendo a confirmação.
— Tudo bem por você? — perguntou a Yerim, o que não passou despercebido para o platinado que sempre estava de olho nele, querendo o testar. Ele foi bem em consultar sua mãe.
— Sim, é só um jogo. Vai lá. — o empurrou.
— Vocês se importam?
— Eu não. — respondeu a beta madura, bonita, tirando a blusa e deitando em cima do balcão ali perto. Estava empolgada. Imaginava que ia ser bom relembrar momentos de sua juventude. Mesmo que ainda se sentisse jovem, afinal, seu espírito nunca deixaria de ser.
— Vá em frente. — disse Boram.
Os jovens vibraram ao vê-lo percorrer a língua no torso dela, capturando o sal, bebendo o shot e depois chupando o limão que estava na boca da mesma.
Em seguida, voltaram para o jogo.
— Verdade ou consequência? — questionou Ara à Boram.
— Consequência.
— Eu te desafio a fazer um lap dance no… Nele! — apontou para Namjoon.
Escolheu isso pois imaginava ser engraçado e, bem, foi. Boram exagerou bastante, sendo hilário e fazendo os presentes rirem. Já o outro só ficou constrangido mesmo.
Durante o jogo teve mais pérolas como essa, cheia de graça e vergonha alheia. Fora revelações como Jungkook perguntando a Jimin quando sairia aquele threesome que ele lhe prometeu, ele afirmou que em breve. E a brincadeira teria continuado se não fossem cantar parabéns e depois cada um ir para um lado continuar a se divertir.
***
— Joonie, está acordado? — perguntou Jin.
Eles haviam saído da festa a pouco tempo, foram para a casa do mais velho e logo se ajeitaram para dormir já que tinham que acordar cedo para honrarem os compromissos. O do loirinho era com os estudos e Namjoon com o trabalho, como sempre. Mas Jin não conseguia tirar algo de sua mente. Sentia que não dormiria enquanto não resolvesse a questão.
— Sim... — virou de frente para ele, o abraçando a cintura.
— Você é feliz comigo?
— Ora, mas que pergunta boba é essa? Claro que eu sou.
— Eu quero dizer na cama. Você disse sobre gostar de versatilidade e eu nunca-
— Ei, ei, nada disso. Eu gosto, é verdade, mas não me incomodo de ser o passivo se for continuar confortável para nós dois.
— Eu quero que sejamos mais. — girou o corpo, indo parar em cima do hyung, sentando no colo dele e liberando seus feromônios de pinha.
— Quero que nos entreguemos um ao outro completamente. De corpo e alma. Eu disse que não tivemos oportunidades, só que é mentira. Tivemos, eu quem fiquei receoso de tentar por ser a minha primeira vez e optei por continuar na zona de conforto. Mas eu quero agora.
— Tem certeza?
— É o que eu mais tenho.
Namjoon sorriu, roçando seus lábios mas Jin tinha urgência em sentir aquela boca então o puxou pela nuca, o beijando com vontade, sendo muito bem correspondido, sentindo o parceiro levar as mãos para baixo da camiseta, tocando o torso e logo encontrando os mamilos onde iniciou leves carícias. Grunhiu, se movendo no colo dele que cheirava cada vez mais forte devido aos feromônios de musgo de carvalho. Deixou os falos alinhados, esfregando um no outro através dos movimentos.
Seus corpos ferviam, misturando os odores fortes, a virilha queimava e eles já gemiam baixinho, apreciando as sensações.
As roupas foram tiradas, os toques continuaram, aumentando a dose de sensualidade e carinho.
— Eu quero te chupar. — disse Jin, rente ao ouvido do parceiro. Este dedilhou seu rosto, sorrindo malicioso.
— Então chupa gostoso, amor.
Seokjin sorriu, se ajeitando, segurando firme o comprimento pelo qual permitiu os lábios passarem, assim como sua língua. Logo o colocou na boca, iniciando um vai e vem lento, prazeroso.
Aumentou o ritmo gradativamente, gemendo satisfeito em ver todas as expressões e ouvir os sons graves de deleite vindos de Namjoon. Estava lambuzando todo aquele pau, não esquecendo de acariciar os testículos pois era desse jeito que seu namorado gostava.
— Oh, você faz isso tão bem… A sua boca é tão gostosa.
— Vamos ver se eu sou gostoso em outro lugar também?
— Vamos. Fica de quatro pra mim.
Ainda que um pouco constrangido por nunca ter ficado nessa posição, Seokjin o fez.
— Que bunda linda, amor. — a tocou com as palmas abertas, sentindo a textura e pele quente, apertando, abaixando e a selando por toda parte.
— Você quer que eu te ajude com isso? — perguntou, mostrando os próprios dedos.
— Será um prazer. Vou pegar nossas coisinhas. — não demorou a trazer o lubrificante, junto de camisinhas.
Sendo assim, o loiro melou os dígitos, levando a entrada, circulando por fora antes de pouco a pouco adentrar um dedo.
— Oh! — o hyung gemeu pela cena. Jin sorriu, se empenhando em colocar outro, franzindo o cenho por achar a sensação diferente, mas ela foi melhorando com o tempo e com ele passou a se foder cada vez mais, gemendo ao sentir o prazer da coisa.
Olhando para trás, notou que o parceiro fitava sua bunda com tesão enquanto se punhetava, segurou a risada, movendo os quadris e sendo sacana:
— N-nam… Uhm… Você me fode tão bem… Me dê mais do seu pau. — dizia, contribuindo para a imaginação alheia ir longe, enfiando os dedos com agilidade. — Me fode mais. Assim. Ah, Namjoon!
— Porra. — rosnou, apertando uma das bandas com força. — Eu te quero tanto...
Jin riu, se virando na cama e abrindo as pernas.
— Está esperando o que? Um convite para entrar?
— Você consegue ser um desgraçado quando quer.
— Eu sei que você gosta, amor. Agora vem logo me comer. Ou você quer que eu vá procurar outro para tirar minha virgindade? — ergueu a sobrancelha, cínico.
— Não me testa.
— Por que? O que você vai fazer, uhm? — esticou o pé, tocando o pênis dele e acariciando. — Você é tão manso na cama. Talvez eu deva mesmo ir atrás de outro para me foder como eu mereço. Será que algum novinho irá me tratar melhor?
— Caralho, Seokjin. Vai se foder!
— Estou tentando mas você é um froux- — não pôde continuar pois estava sendo virando bruscamente.
Namjoon queria ir com calma, fazer o olhando, por ser a primeira vez mas já que ele estava lhe provocando puxou sua cintura e abaixou suas costas, colocando o preservativo com agilidade, usando um tanto considerável de lubrificante, então entrando sem avisos fazendo o namorado gemer mudo pela invasão.
Esperou um pouco para se mover, quando o fez uma careta surgiu na face do dongsaeng, afinal, ele sentia como se estivesse sendo rasgado. No entanto, os movimentos frequentes diminuíram o incômodo, um prazer delicioso foi invadindo seu corpo, mexendo com sua mente, o deixando embriagado.
— Joonie… — murmurou, perdido em sensações.
— Diga, alfa safado.
— Uhmm... Você é tão bom... Consegue me deixar muito bem me fodendo desse jeito.
— Agora eu recebo elogios, é? Posso fazer ficar melhor. Basta me dizer o quanto sou melhor que os garotinhos da sua idade. — faz o possível para acertar a próstata, sentindo seu corpo tremelicar. Jin franziu o cenho, ficando de boca entreaberta, com puro deleite. — Você gosta muito disso, não gosta?
— Oh... Você... Você dá de dez a zero. Eu amo. E amo você. Faz mais…
O alfa sorriu convencido, o puxando pelo pescoço, ele ajoelhou na cama e virou a cabeça como pôdez sendo beijado, apreciando a sensação gostosa do entrelaçar de suas línguas.
Gemeram juntos devido aos movimentos que continuaram mesmo que devagares.
Os lábios de Seokjin entreabriram mais quando sentiu uma estocada forte, permitindo ao hyung maior acesso à sua boca quente e por vezes depravada. As línguas se entrelaçam famintas, o loirinho levou as mãos até as nádegas do parceiro, o fazendo ir fundo de novo ainda em um ritmo lento.
Até ser virado, ficando deitado, tendo as pernas dobradas ao que era abraçado e abraçava o castanho de volta, o sentindo ir cada vez mais ligeiro.
Dentro, fora, firme, rápido.
É assim que Namjoon faz, delirando com o canal apertando, macio e tão quente, o engolindo com veemência.
Dentro, fora, firme, rápido.
É por isso que Seokjin estremece, gemendo alto o nome do namorado, sentindo aquele comprimento lhe fodendo com gosto e deixando seu tesão aguçado ao máximo.
— Me diz agora quem é frouxo. — murmurou rouco.
— Porra! Não é você! D-de jeito nenhum! Ah, hyung! Você me come tão bem. Continua. Assim… Oh, acaba comigo!
— Você quem está pedindo. — riu malicioso, colocando os dedos ao redor do pescoço dele, enquanto movia o quadril com empenho.
Namjoon percebeu que seu corpo se encontrava ao limite então seus movimentos ficam mais brutos e precisos, lhe enviando picos de prazer, fazendo seu corpo vibrar e gozar, usando seu autocontrole para não se atar no parceiro devido a dor. Seokjin teve o pescoço solto, gemeu alto, consumido pelo prazer, enquanto contraia e estremecia por completo também chegando ao ápice sem liberar o nó.
Seus olhares se encontram, Jin sorriu, segura o rosto do namorado entre as mãos e o selando demorado.
— Eu te amo. Obrigado por me permitir ter uma primeira vez muito prazerosa.
— Eu também te amo, príncipe. Agora nós somos um do outro, como você queria, de corpo e alma. — sorriu largo.
***
Já era madrugada quando Jeon estava no sofá grudadinho no namorado, vendo o aniversariante dar beijos e carinhos nos parceiros, certamente agradecido pela surpresa que os mais velhos fizeram, quando Park soltou:
— O que acha de viajarmos?
— Podemos quando eu terminar a escola.
— Mas eu quero agora. Não precisa ser para longe. Só quero estar com você, me sentindo feliz com você, em algum lugar especial.
— Que lindo. — esfregou seus narizes. — E para onde você quer ir?
— Ver o sol nascer com você, luz do meu amanhecer, calor que me aquece, meu pequeno girassol. — o rapaz riu, se jogando em seus braços.
— Eu topo!
— Então vamos. — levantou, o puxando.
De carro foram até uma praia que ficava a uma hora e meia de distância, andaram pela areia de mãos dadas, coladinhos dividindo um fone de ouvido, escutando músicas um tanto quanto românticas.
Resolveram sentar, ficando bem grudadinhos por conta do friozinho, mas não foi nenhum sacrifício. Não mesmo. Foi ótimo para ficarem trocando carícias.
No decorrer dos minutos não precisaram usar nenhuma palavra, apenas ficaram sentindo… Sentindo grato por terem um ao outro. Sentindo o peito aquecido, o coração leve. E sentindo os raios de sol começarem a surgir no horizonte, pouco a pouco beijando o mar, esquentando suas peles, formando um cenário esplêndido que os deixaram em utopia*.
— Jungkook, eu escrevi algo para você. — disse, virando para ficar de frente com ele.
— Mais poemas? Já quero! Onde está? — procurou por alguma folha.
— Não estou com meu caderninho aqui, mas me lembro. — ele permaneceu olhando com total atenção e curiosidade. — Você é como um amanhecer. Calmo. Belo. Brilhante. Seus raios me aquecem. Me banham com a mais pura luz e toda vez ao te ver eu sinto a felicidade mais eufórica. Te amo, meu querido alguém.
— Você disse! Oh, eu vou derreter de tanto amor! — pulou em cima dele, o derrubando e fazendo rir. — Eu só tenho algo a te dizer, meu querido Jimin, que você é a causa todinha da minha euforia. Ah, e, claro, eu te amo.
Eles sorriram um para o outro, logo encostando os lábios, se beijando com toda a paixão do mundo.
· · • ⊱✿⊰ • · ·
* Utopia, nas palavras do google: "lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos".
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