16. Mal entendido

Capítulo 16 - Mal entendido

Jungkook se encontrava no metrô, ansioso, indo em direção a casa de Jimin. Este havia ligado no final de seu expediente do novo emprego - ao qual estava sendo sensacional -, dizendo que tinha algo sério para tratar consigo e que tinha de ser pessoalmente. Sua agonia ia aumentando gradativamente com o passar dos minutos já que o mais velho poderia querer falar sobre inúmeras coisas. Devia manter o otimismo e imaginar uma situação intensa? Ou  já cogitar o que fazer diante de um "não te quero mais"? 

Uma fêmea sentou ao seu lado. 

— Boa noite. — ela desejou com um sorriso.

— Boa noite. — estava tenso demais para conseguir ficar todo sorridente como de costume.

— Indo para casa? — puxou assunto com a voz que continha um sotaque.

— Na verdade não. Vou à casa de um amigo. 

— Eu estou indo para a minha. Mas gostaria de estar na China. Ando tão solitária, sempre do trabalho para casa e de casa para o trabalho. Minha família está toda lá. Aqui só tenho meu filho. 

De vez em quando, Kook se deparava com o desabafo de algumas pessoas nessa condução. Cada qual com um problema diferente e ele desejando boa sorte, torcendo para que no final tudo ficasse bem.

— Quantos anos ele tem? 

— Dezessete. Há três anos nos mudamos para cá com meu marido por conta de uma proposta de emprego, ele faleceu e tem sido complicado. Eu não gosto daqui, mas Mingyu é apaixonado pela cidade, então estou fazendo um esforço para ficar, ao menos até ele completar dezenove anos. 

— Já pensou em emancipação? Eu não sei muito bem como funciona, mas você poderia conversar com um advogado. Talvez assim possa antecipar sua volta. — sugeriu gentilmente. 

— Oh, obrigada. Eu vou pensar sobre. Mingyu é muito responsável e é todo inteligente, certeza que sabe se virar.

Jeon manteve a conversa com a ômega, se distraindo no caminho com ela gabando seu filho e depois falando sobre a saudade que tinha do falecido marido. Mas após despedir, desejar boa sorte a ela, e descer foi inevitável não voltar a se sentir nervoso. 

Seus passos foram rápidos, buscou não pensar em nada, apenas chegar e resolver o que é que fosse. Só que lá no fundo cogitava levar um fora e não sabia como de fato ia reagir se acontecesse já que estava esperançoso com o relacionamento, sonhador pelo fato do sentimento ir crescendo e a relação ficando cada vez mais envolvente. 

Se perguntou pela primeira vez se era mesmo recíproco e sentiu medo da resposta ser "não". 

Havia se jogado de cabeça no sentimento, focado em curtir ao máximo tudo o que lhe fosse proporcionado, mas e Jimin? Estaria se iludindo sozinho ou realmente existia algo entre eles? E se no início estivessem ambos na paixão, porém, o alfa agora não é capaz de continuar a retribuir? Ele simplesmente cansou de si ou está com outra pessoa? Por mais que tentasse evitar os pensamentos, eles vinham.

Estar apaixonado, não tendo certeza do que o outro sente é difícil. E o rosado acreditou que não se importava com isso, até o ator exigir uma conversa.

Respirou fundo ao se ver em frente a porta dos Park, em seguida tocou a campainha que foi rapidamente atendida. 

— Jimin-ssi, eu- — mal teve a chance de dizer algo, ele lhe puxou para dentro, atacando sua boca com desejo. 

Então esse é o assunto sério? 

Sorriu entre o beijo. Levou suas mãos ao peito dele, sentindo os músculos firmes. Jimin desceu as mãos pelas laterais de seu torso, o fazendo estremecer enquanto enroscava suas línguas de um jeito afoito tornando o momento quente. 

Jungkook subiu as mãos, uma delas ficou no ombro e a outra subiu pela nuca, adentrando os fios escuros e acariciando como sabia que o alfa gostava, recebendo uma mordida no lábio junto de um choque do quadril alheio no seu e o odor de patchouli se intensificando.

O empurrou contra a parede, iniciando uma exploração com as palmas das mãos pelo corpo belo e bem exercitado. Todavia, o moreno de olhos azuis inverteu a posição, pressionando Jeon entre seu corpo e a parede, deixando uma das pernas no meio da dele, descendo os beijos para a clavícula já que o pescoço estava com gargantilha, oscilando entre beijinhos e chupões por toda a pele exposta, se deliciando com os gemidos que recebia.

Tirou a blusa que estava lhe atrapalhando continuar, passando a chupar e selar pelo peitoral, deixando marcas, assim como fez com a outra parte. Nisso, Kook acariciava e, vez ou outra, puxava os fios escuros, aproveitando as sensações e ainda fazendo o alfa arfar por ter um fraco no cabelo. 

Jimin passou a dar uma atenção maior aos botõezinhos marrons e sensíveis, chupando, lambendo e às vezes mordendo deliciosamente, causando arrepios, gemidos, e tudo lá embaixo no ômega pulsando, molhando, sentiu por estar com uma perna no meio das dele.

Sorriu, abrindo a calça, enfiando a mão dentro da cueca azul, segurando a ereção firmemente e iniciando movimentos.

— H-hyung... — gemeu em meio a um vai e vem gostoso em seu pau, rebolando na coxa dele ao que seus doces feromônios ficavam profundos. — Uhm... Você faz isso bem... 

— Eu vou te fazer gozar. — prometeu com a voz rouca, sedutora. — E, se você topar, essa será apenas a primeira vez de muitas que você terá hoje, meu doce. — sorriu lascivo, tendo o azul de seus olhos brilhando. 

Estava a cerca de um mês com a certeza da paixão. O queria não era de hoje e neste instante se sentia completamente louco por ele. Ah, aquele odor tão gostoso de caramelo que estava cada vez mais forte devido aos feromônios estava intensificando seu calor, seu desejo.

Se sentia necessitado mas não de qualquer ômega como das outras vezes, era de Jeon Jungkook. Seu lobo queria dá-lo todos os prazeres, assim como ter o prazer de se perder dentro dele.

Seu cio estava próximo, por isso ligou para ele. Será demais pedir para esse ômega não tão experiente, ao quão quer muito, passar os dias de rut consigo? Ele ia dar conta do recado? Abriu a boca para propor, porém, a companhia interrompeu.

— Droga. — reclamou Park, indo até a porta, esperando que o ômega se ajeitasse para poder abri-la.

— Olá, meu gato! 

A loira bonita e bem vestida, se pendurou no pescoço de Jimin e o selou como sempre fazia. Ele a afastou rapidamente, surpreso. Não via Esther desde a Itália e não havia combinado nada com a mesma. 

Jungkook ficou sério, a analisando… Ômega. Cheiro forte de canela. O ator já transou com ela, afinal, lembrava da primeira vez que se viram esse cheiro forte e enjoativo estava nele. E, espera! Foi quem lhe atendeu na vídeo chamada aquela vez que seu hyung estava no sexo a três na Itália! Pela lógica, ela era a amiga do "sexo sem compromisso". 

A reação dela era sempre espontânea assim ou eles ainda se encontravam? Porque mesmo que Jimin e ele não tivessem algo sério com todas as letras, estava apaixonado, e imaginá-lo encontrando outro alguém por "diversão", ainda que sendo de se esperar dele pois o conheceu sendo assim, o fazia se sentir mal por dentro.

Seu coração estremeceu e naquele momento quis muito sair correndo dali. Era a primeira vez que sentia aquela vontade. Não era nenhum incomodozinho como no início que estavam começando a ficar, era doloroso ao ponto de querer chorar. Estava muito enciumado, não era nada legal. Então algo lhe veio à mente... É por isso que Jimin estava tão afobado? Queria terminar logo de se pegar consigo para ficar com ela? Certamente não queria que se vissem e foi por isso que ficou tão surpreso ao abrir a porta, não esperava que a tal fosse aparecer nesse momento. Ou Jungkook estava sendo precipitado, deixando o lado negativo lhe fazer pensar essas coisas? No que deveria acreditar?

— Quem é essa aí, Jimin hyung? — perguntou por impulso.

— Essa aí? Desculpa, mas eu quem devo perguntar quem é você. 

— O que quer, Esther? — o alfa foi direto. — Por que não avisou que viria? 

— Temos intimidade o suficiente para irmos a casa um do outro sem ter que avisar e eu vim ver você, é época do seu rut e seus cios sempre foram meus. — deu de ombros.

Isso bastou para Jungkook afirmar que queria ir embora. 

— Por favor, fica. — pediu, segurando a mão dele.

— Oh, você está de plano passar o cio com ele dessa vez? Tudo bem. Eu não sabia que estava de brinquedinho novo. 

— Brinquedinho novo? — perguntou Kook, indignado.

— Ela não sabe o que está dizendo. — afirmou, querendo cortar aquilo.

— Jimin gosta de mudar de parceiros. Até hoje quem nunca mudou foi eu. Aliás, estou admirada que ele esteja com você, geralmente escolhe quem tem experiência. Mas parece jovem, deve ser virgem, depois que não for mais…

Ela nunca foi trocada. Então eles sempre estiveram juntos. Ele não mudou. Jeon só mais um na lista de diversões passageiras que sabia que o outro tinha. Park nunca lhe corresponderia da mesma maneira que lá no fundo ansiava. Sentindo o estômago revirar e o peito doer, só queria sair dali, portanto, saiu correndo, decepcionado, fazendo o favor de trombar no ombro dela. 

— Aí! Pirralho mal educado. — acariciou o próprio ombro. 

— Jungkook… — o alfa estava vendo tudo em câmera lenta, sem acreditar no que acontecia.

— Esses novinhos são tão chatos e dramáticos. Sempre se iludem com sexo casual e ainda dão birra com qualquer coisa. — fez cara de desprezo. — Me agradeça por me livrar dele.

— Cala a boca, caralho! — saiu porta a fora. — Jungkook! Jungkook, volta aqui! — sentiu seu braço ser segurado. 

— Por que está parecendo abalado? Era só mais um brinquedo. Se faz tanta questão, eu arrumo outro pra você. Quem sabe possamos nos divertir junt-

— Eu mandei você calar a boca! E me solta, inferno!— rosnou, sendo obedecido. — Qual é o seu problema?!

— Eu não estou sendo diferente do que sou. Você está todo surtado então eu quem devo perguntar isso. — cruzou os braços, afinal, eles sempre foram iguais e se davam bem. Por que ele estava tendo aquelas atitudes de repente?

— Não sou mais o Jimin que você conheceu. Eu não quero mais isso. Estou cortando as asas das intimidades que te dei e qualquer coisa que você ache que temos!

— Por que está...

— Eu gosto dele, porra! 

— Mas... E eu?

Ele suspirou, buscando se acalmar e ser bem claro.

— Sempre fomos sinceros um com o outro. Eu nunca prometi assumir algo com você como no fundo pode desejar ou, sei lá, continuar para sempre com esse passe livre para diversão. Então para o seu bem e o meu, a partir de hoje cancele Park Jimin da sua vida.

Segurou o braço dela com delicadeza, levando para fora de sua casa, a trancando e indo atrás de Jungkook.

Esther ficou plantada ali, se perguntando desde quando Jimin pensava e agia diferente. "Eu gosto dele"... Estava apaixonado de verdade? O alfa que conhecia era impossibilitado de amar alguém por conta de dores do passado e gostava apenas de curtir. Era estranho pensar que esse alfa a quem tanto conviveu não existia mais. Mas se ele disse, ia acreditar.

Jungkook caminhava sem rumo, pensando que foi ingênuo ao imaginar que seria alguém diferente na vida daquele hyung. E, ah, era tão difícil aceitar que nesse tempo todo estava apenas se iludindo. Os momentos que tiveram… Parecia que era correspondido mas era só um engano.

Tinha se entregado a ele de corpo e alma, desde o início, em vão? Só para sofrer uma desilusão amorosa? Por que não notou logo que era impossível um ator quente, que tinha quem quisesse, cair nos seus encantos de garotinho doce? Por que não cogitou a probabilidade dele estar consigo e com outras pessoas ao mesmo tempo? Por que havia esquecido da tal Esther? E o Taemin? Também ia aparecer jogando coisas na sua cara? Por que diabos teve de cair por Park Jimin, tão fácil e rápido, sem se preocupar com mais nada?

Não sabia responder. Nem o que pensar. Só queria chorar por analisar que toda a atenção, gentileza, sinceridade e carinho, foram falsos ou com segundas intenções. Apenas uma artimanha para ele se aproximar de si e obter sua confiança. Bem que quando ele lhe procurou por direct, suspeitou do que o mesmo poderia querer. Pelo visto, era apenas lhe tratar como objeto. Só por vingança e prazer próprio. Apenas para alimentar o grande ego que possuía.

O que doía era notar que permitiu que ele fizesse o que desejava, até ganhar seu coração. Sequer questionou. Mas também jamais pensou que poderia existir maldade por trás dos atos dele. 

— Eu sou um grande idiota! — gritou, preparando para socar a primeira coisa a sua frente, porém, foi impedido.

— Você não é um idiota mas irá se tornar um se socar essa pilastra. — reconhecia muito bem aquele corpo colado ao seu, aquela voz, e o efeito que lhe causavam.

— Me solta, Park! — tentou sair de seus braços mas não obteve sucesso.

— Se você prometer não fugir, eu- — parou ao ouvir uma fungada. — Está chorando?

— N-não. 

Jimin o virou para si, confirmando.

— Kook-ah...

— Me deixa. 

Naquele instante não queria ser fraco, em momento algum quis demonstrar ser sensível como quando se conheceram, todavia, sabia que era e também que não conseguia controlar. Suas emoções estavam abaladas. Queria e não queria ouvi-lo. Lá no fundo não acreditava que Jimin fosse capaz de ser um babaca mas temia ouvi-lo e descobrir a verdade, afinal, não sabia o que fazer se ele confirmasse tudo o que pensou até então.

— Não vou te deixar. — afirmou confiante. De forma alguma ia fazer isso. Não depois dele ter despertado em si sentimentos que a anos não sentia, se tornado tão especial em sua vida e estar, mesmo que sem saber, lhe ajudando a ser melhor. — Por que- 

O interrompeu.

— Eu retiro o que disse, o idiota é você! 

Deu as costas, voltando a correr, queria se afastar tanto dele quanto dos sentimentos confusos que faziam seu peito doer. 

Chegou em casa ofegante e, ao ver Namjoon, seu choro começou a vir com mais força.

— Jungkook! — o alfa apoiou nos joelhos, com a respiração falha por corrido atrás dele com pressa pela segunda vez.

— Eu não quero falar com ele. — murmurou para o hyung, indo rumo às escadas. 

— Jungkook! — o chamou, buscando o seguir, mas seu amigo entrou na frente. 

— Eu sabia, Jimin. Era óbvio que você faria alguma coisa idiota. Sempre age como um irresponsável com os sentimentos alheios. — e o lado irmão superprotetor estava de volta — Essa gentileza toda e aproximação repentina não são de hoje uma suspeita pra mim. O que você fez, uhm? Disse a ele que estava só o usando para me atingir? Ou o coitadinho descobriu por si só? 

— O mundo não gira em torno de você! E para de ser precipitado, nem sabe o que aconteceu para vir me atacar!  

— Sei que o fez chorar. Isso já é o suficiente para eu ficar nervoso e te mandar dar meia volta!

O moreno passou a mão entre os fios, jogando para trás, suspirando, buscando uma calma que estava longe de ter, até porque estava aflito e, para piorar, na data do rut.

— Me deixa subir. Eu preciso conversar com ele e resolver essa merda de situação. — falou mais ameno. 

— Você não vai falar com o Jungkook! Sabia que ele era inexperiente e o iludiu! 

— Não foi assim. Me deixa passar, eu preciso esclarecer o que houve. — pediu.

— Não! 

— Não faz isso, por favor. — implorou, frustrado, com os olhos brilhando em lágrimas de agonia. — Eu não fiz nada de propósito. Preciso conversar com o seu irmão. Se ele ainda quiser que eu o deixe em paz, eu faço, mas não antes de entender. Eu… Eu o amo, hyung! De verdade. — não conseguiu segurar o choro — Merda! — esfregou os olhos, tentando fazer parar. 

— Jimin… — o tocou o ombro. Fazia tempos que não o via sensível e, pelo o que sabia, ele não chorava assim desde a morte de seu pai.

— Por favor, hyung. — puxou as mãos dele, apertando. — Me deixa falar com o Jungkook.

— Vai logo.

Não precisou falar de novo, Park correu até o quarto do dongsaeng, engolindo o choro e batendo na porta.

— Eu n-não quero conversar, Namjoon hyung.

— Não é ele. — colou a testa na madeira. — Jungkook, fala comigo. Ainda que queira terminar, eu tenho o direito de me explicar. Não vou sair daqui enquanto não resolvermos esse mal entendido.

Avisou, se sentando no chão de plano a ficar dez segundos ou dez horas.

De olhos fechados, Jeon respirou fundo, decidindo ser justo já que isso fazia parte de si. Lentamente foi até a porta, abrindo e encarando o alfa que rapidamente se levantou.

— Sobre a Esther, ela é uma amiga... — começou a explicar.

— Bem íntima por sinal. — resmungou.

— E bem antiga. Ela me conheceu na pior fase da minha vida, quando tive um término e depois perdi meu pai. Mas eu não sou o mesmo cara vazio que faz as coisas por prazer próprio sem ligar para os sentimentos dos outros. Não mais. Esther nunca notou nenhuma mudança minha por ser egoísta e egocêntrica, como um dia eu já fui. — suspirou. — Namjoon sempre disse que não nascemos para estar juntos mas eu fui levando mesmo não estando satisfeito. Eu insistia nisso por pensar que não encontraria quem não me julgasse e também desse bem na cama comigo, fora que antes pensávamos da mesma maneira. Eu nunca fui santo, Jungkook. Reconheço minhas falhas e meus erros. E eu sou sincero sobre tudo, incluindo sobre isso. Esther e eu tivemos algo totalmente sem compromisso, apesar de que para seu pai eu era seu namorado, foi a forma que ela encontrou para continuar aqui na cidade... Enfim, não importa mais. Eu não a vejo desde a viagem na Itália e ela não significa nada pra mim. 

— Por que está me contando isso? — cruzou os braços.

— Não quero que tire conclusões precipitadas. Você merece a verdade. 

— Ser o brinquedinho da vez me dá esse direito? — alfinetou. Ele abriu a boca para responder, mas o ômega não deixou. — Sabe, eu não posso, nem quero continuar com seja lá o que temos. Como fui avisado, você não é alfa pra mim. — buscou ser rude, tentando acreditar que eram dois lupinos diferentes, de mundos muito distintos, que não tinha como dar certo. 

— Do que diabos você está falando? Isso ainda é por causa dela? 

— Foda-se a Esther, Jimin-ssi! É por causa de você! 

— E o que eu fiz? Ou melhor, o que você acha que eu fiz? — exclamou, perdido em um misto de confusão e aflição. 

O que o rosado estava pensando? Qual atitude tomar para fazê-lo desabafar para se resolverem?

— Por favor, eu não estou bem. Preciso ficar sozinho. — suplicou, com o peito apertado e segurando a vontade de cair em mais lágrimas.

Estar apaixonado era confuso, ainda mais nesse tipo de situação estressante. Não sabia o que acreditar, o que fazer, portanto, apenas queria ficar só. Quem sabe assim poderia raciocinar melhor.

— Te deixo em paz depois que me explicar o que está acontecendo. E não finja que não tem nada, eu sinto que está me escondendo algo. Qual o verdadeiro problema?

— Que droga, Park! Eu estou magoado pelo o que ouvi, pensando que ela tem razão e que você me usou esse tempo todo. Isso dói porque eu gosto de ti! A maldita atração e admiração por você cresceu! Não cogitava que pudesse acontecer porque tudo é novo pra mim, mas considerando que eu me entreguei totalmente a você, era de se esperar que fosse acontecer e… Eu só... Não consegui evitar. — se atrapalhou, pois voltou a chorar. — Eu sinto que te amo, Jimin-ssi. E não posso mais continuar com esse seu jogo, ou seja lá o que nosso envolvimento seja para você, pois eu sei que vou me machucar e a dor de me afastar vai ser melhor que qualquer outra futura. Por isso, me deixe em paz.

Despejou tudo de uma vez e alfa não sabia o que dizer, mas podia sentir. Sentir o amor puro que vinha do mais novo e também sentir que o seu, incrivelmente, era semelhante. Mas ele estava sofrendo, não podia permitir que continuasse. Estava na hora de acabar com todas as dúvidas e receios e se acertarem.

— Quando nos reencontramos, com você crescido, eu não pude deixar de te notar. Eu não admiti a mim mesmo mas sei que fiquei encantado. E não te achei só gostoso, eu vi o quanto você era adorável, até elogiei seu sorriso por me transmitir um sentimento ótimo. Lembro de pensar que você era uma gracinha e até vasculhei suas redes sociais. Foi aí que te mandei a primeira mensagem. — as palavras chamaram atenção alheia. — Admito que estava cego de raiva, desde o início eu só quis dar o troco no seu irmão por ter ficado com o meu, eu só pensava em me aproveitar de você. — o coração de Kook apertou. — Eu me aproximei, quis estar seu seu lado, sempre com algum interesse. 

— V-você... — o alfa pôs o dedo sobre os lábios dele o impedindo de falar.

— Você odeia mentiras ou ocultações então me deixe terminar, sim? — ele assentiu, mesmo sentindo medo do que viria a seguir. — Mas nem tudo foi proposital. Não sei como ou quando aconteceu, mas eu me vi fascinado por você. Eu não pude me controlar. Cada detalhe seu foi me encantando e eu fui enrolando para nos levar aos finalmentes, não porque você não estava pronto, você estava, eu só, inconscientemente, queria mais tempo ao seu lado, queria que tivéssemos mais momentos interessantes como vinha acontecendo e preferi continuar indo com calma.

— É-é sério? 

— Claro que é. Eu não tenho o porque te enganar, Jungkook. Eu desejei sua amizade no dia em que te busquei na escola e levei para a empresa pela primeira vez. Porém, tudo o que havia na minha mente era o pensamento de como poderia me beneficiar, pois você era o "brinquedo" da vez. Eu estava acostumado a pensar assim porque era visto desse jeito e aprendi a fazer o mesmo. O que é muito errado e eu me arrependo. Você sempre foi bem mais que isso, eu que não admitia.

Jungkook suspirou. Ao menos ele era alfa o suficiente para admitir o erro e não um moleque para fingir que não foi nada demais e buscar continuar a lhe iludir. Ganhou um ponto a mais consigo.

— Mas não me arrependo por ter me aproximado sorrateiramente porque foi através disso que pude te conhecer melhor. Em determinado momento, eu parei de pensar e eu não queria nada, só continuar vivendo ao seu lado. Ainda que não notasse, eu estava fazendo de tudo para não te machucar e, por mais que um dia pensei em você como objeto, apenas desejando usá-lo, eu realmente fui sincero. De verdade. E eu poderia ter fingido ainda mais, te enganado pra valer, se realmente fosse minha intenção, mas eu te deixei ciente da vingança. Isso porque lá no fundo eu sabia que você era incrível e não merecia decepções.

— Jimin… — seus olhos brilharam, estava afim de chorar de novo.

— Eu me esforcei para ser bom para você e suas experiências. Parei de pensar em qualquer tipo de maldade. Só queria te beijar, segurar sua mão, estar contigo. Toda vez que ficávamos parecia ainda melhor, era muito satisfatório, então também fui parando com essa de sair por aí em busca de prazer momentâneo, fui reconhecendo meus sentimentos e hoje eu tinha te chamado porque queria ir até o fim. Eu estava pronto para me entregar a você, com todo meus sentimentos, como a anos não estive. Queria que passase meu rut comigo e depois… Eu pretendia te surpreender como forma de agradecimento e para me declarar. Se dúvida, q Katy me ajudou nisso e é testemunha que eu ia te contar tudo… Eu estou a dias tentando encontrar as palavras, ter um momento certo… Desabafar, falar do que sinto, é difícil pra mim. — fechou os olhos, suspirando. — Porém, Esther apareceu do nada, te provocando, e eu entendo que você tenha ficado mexido. Mas ela não sabe de nada.

Abriu, encarando os mirantes pretos com os seus olhos azuis vibrantes.

— Ninguém sabe da verdade a não ser eu e estou te dizendo agora que, sim, em algum momento eu pensei em você como um "brinquedinho" mas ao passo que íamos ficando cada vez mais próximos, isso foi desaparecendo completamente. Eu topei ficar com você ao desistir da vingança porque eu, de fato, estava afim de ti. Ainda estou. E mesmo que você possa me negar, eu quero te dizer. — tomou fôlego para se declarar. — Eu te desejo, te quero todinho para mim, o único motivo é porque estou apaixonado e meu lobo simpatiza com o seu. De um jeito que a muitos anos não me acontece. Eu também sinto que te amo, Jungkook. E se você permitir, podemos construir uma relação ainda mais bonita e esse amor pode crescer cada dia mais.

O ômega piscou uma. Duas. Três. Quatro vezes. Estava paralisado, surpreso pra caralho. Mas em compensação o coração não doía mais, estava é acelerado e as borboletas faziam festa no seu estômago. Não tinha como não acreditar nele. Não quando dizia tudo olhando em seus olhos, demonstrando uma grande emoção na voz. 

— Eu acho que faltou algo. — disse Jimin para um Jungkook quieto, atento, encarando o mais velho que agora estava ajoelhado aos seus pés.

— O-o que está fazendo? — conseguiu perguntar, completamente nervoso.

— Quero te pedir perdão. Por um dia ter pensado em você como um objeto e também por qualquer coisa ruim que te fiz sentir. Por favor, me perdoe. — abaixou a cabeça.

— Ora, levanta daí, hyung. Não seja bobo! Eu te perdoei no instante que você foi alfa o suficiente para tentar se esclarecer e depois de me contar a verdade. — o ajudou a ficar de pé e viu um lindo sorriso brotar nos lábios carnudos, acompanhado dos olhinhos apertados que o deixavam fofo. — Não sorri assim. — abaixou a cabeça. — Eu estou muito envergonhado agora.

— Pelo o que, meu doce? — segurou seu rosto, o fazendo lhe olhar. Jungkook estava com um biquinho nos lábios.

— Eu dei um show, acerca de algo que interpretei mal. Eu me equivoquei. Nem quero pensar no sofrimento que ia prolongar a nós se continuasse a negar te ouvir. Desculpe a minha imaturidade.

— Tudo bem. Foi só um mal entendido. Eu sei que você teve motivos que o levaram a pensar coisas e querer se afastar de mim. Mas mesmo você dando um jeito de me fazer ir embora hoje, eu ia voltar, ia insistir até conseguir esclarecer tudo porque você é importante pra mim. Eu demorei a te achar. Não posso te perder fácil. — enlaçou a cintura dele. 

— Eu gosto muito de você. — colou suas testas.

— Eu gosto muito de você, Kook-ah. — murmurou um pouco tímido, fitando as orbes brilhantes de pertinho. — Eu vou fazer dar certo. — afirmou, fazendo o coração do mais novo martelar forte e seu sorriso adorável abrir.

— Nós vamos. — selou o canto de sua boca. 

Jimin o abraçou forte, deixando o coração explodir de alegria e os sentimentos mais bonitos o envolver. Jungkook não estava diferente. 

Eles se miraram, ambos contendo olhos brilhantes e sorrisos bobos. Aproximaram, tocando as bocas, no mesmo instante, sentindo o ápice da paixão os atingir. 

Se beijavam com um carinho tão gostoso que seus peitos estavam com a sensação quentinha. O enlaçar de línguas era lento, prazeroso. Nunca haviam provado isso antes, o sentimento era eufórico. Tanto que os corações estavam batendo juntos em completo descompasso. Mas também era envolvente, delicioso, aos poucos as mãos passaram a tocar os corpos, devagar, sentindo com a palma e acariciando, os deixando instigados ainda mais o alfa que estava próximo do rut.

— Uhm... Espera... — murmurou o moreno em meio ao beijo que no instante seguinte foi partido. — Estou entrando no cio. Não seria legal ficarmos. Eu posso te machucar… Fora que o Nam hyung nos mataria.

— Mas você quer? 

— Você sabe que sim. 

— Vou resolver isso. — confiante, o puxou para dentro do quarto, trancando a porta.

Pegou o celular, trocando mensagens com seu cunhado pedindo o favor que foi atacado e aproveitou para avisar na galeria que seu parceiro precisava de si, ganhando a folga necessária. Empolgado, não demorando a se voltar a um Jimin que lhe encarava curioso. 

— Pedi ao Jinnie que levasse meu irmão para uma viagem surpresa. Agora podemos ficar de boa nesses três dias que virão. — o abraçou pela cintura, do jeito que o alfa fazia consigo. — Eu quero te ajudar no seu calor. Mas vou tomar um banho rapidinho. Você sabe, eu fui direto do trabalho pra sua casa. 

— É bom que dá tempo para meu irmão levar o seu para longe. Quando você voltar, eu vou acabar contigo. — sorriu sacana.

— Espero que seja uma promessa. — sorriu de volta. — Não demoro. — o selou, rapidamente indo até o banheiro de sua suíte.

O alfa se deixou tombar sobre o colchão da cama alheia, fechando os olhos e abrindo um grande sorriso. Estava feliz pela situação terminar bem, por ter a certeza que é correspondido. 

Não que controlasse, mas agora sem nenhuma tensão, sua mente e seu corpo estavam relaxados e livres, logo os sintomas do cio que incluíam seus sentidos aguçados, fora um calor e excitação fora do normal, começaram. Estes aumentaram ao prestar atenção no odor de caramelo que estava impregnado no quarto.

O cheiro doce lhe atraia, ainda mais nesse momento. Apertou a ereção sobre a calça, suspirando. Pensando no que poderia fazer com Jungkook. Ah, eram tantas coisas, mas o que estava ansiando desde cedo era fodê-lo com gosto… Mordeu o lábio, deixando a imaginação tomar conta de si. 

— Ah, Jungkook… — murmurou, sentindo o pau pulsar, ao ter visões dele sentando com força em seu caralho, gemendo "hyung" com uma linda expressão safada no rosto. 

Decidiu tirar a roupa para ficar mais livre e se tocar, se perdendo em fantasias como tivera muito na época de sua maturação.

O rosado não demorou a se banhar, saindo do cômodo nu como da outra vez. 

Sorriu ao ver aquela tentação sentada na beirada de sua cama com o corpo malhado exposto e a cabeça jogada para trás, gemendo, enquanto batia uma punheta. Parecia um dos muitos sonhos que já teve mas, sem dúvidas, era mil vezes mais quente. Até porque era real. 

Escorou no batente na porta e questionou em um tom baixo, aveludado, sexy:

— Se divertindo sem mim, hyung? 

Park abriu os olhos e ao mirá-lo, sorriu. O ômega estava desprovido de roupas, permitindo que ele visse todo aquele corpo alto e levemente definido, além de algumas marcas as quais deixou na pele dele minutos mais cedo.

— Corrigindo: me divertindo, pensando em você, enquanto te espero. — levantou, vendo ele aproximar. — Não há palavras para dizer o quanto você é lindo. — o abraçou, acariciando a bochecha dele com o dedão. 

O jovem sorriu largo, deixando as ruguinhas nos olhos e os dentinhos salientes à mostra. Já estava acostumado com os elogios vindo daquele deus grego.

— Então diz que eu sou "uau". — o moreno sorriu de volta, tão encantador quanto.

— Você é, mil vezes, "uau". 

— Você também, Jimin-ssi. — acariciou sua nuca, buscando pelos lábios cheinhos e macios, iniciando mais um beijo apaixonado.

Mas eles estavam ansiosos em poderem ter um ao outro naquela noite. A euforia em seus peitos fizeram o ósculo ficar cada vez mais intenso, quente e prazeroso. Logo Jungkook desceu lambendo o abdômen, mordendo os gominhos, enquanto as mãos deslizavam pela lateral do tronco de Jimin.

Se pôs de joelhos, pegando e tocando o falo, lambendo os lados do quadril.  O ator suspirou, adentrando o cabelo rosa com os dedos e fazendo um carinho. 

Estava com calor, sabia que em breve seu instinto tomaria conta, mas por agora buscava ficar tranquilo e se possível se segurar pois não queria perder o controle tão rápido. Queria aproveitar a primeira vez deles como parceiros.

Kook levou a língua ao comprimento lambendo ele todo e beijando, para logo colocar na boca, descendo até onde conseguia e subindo para então descer de novo ao que soltava barulhinhos manhosos que atiçavam o hyung.

Ele gostava de dar esse prazer. Isso o fazia se sentir bem, também muito excitado. Portanto, empenhado, chupava e babava todo o pênis, enquanto que as mãos tocavam as coxas, passeando até o abdômen e então retornando, apertando a carne.

— Ah, meu doce! — soltou o ar. — Você gosta de sentir meu caralho na sua boquinha, não é? — passou a língua nos lábios, acariciando o rosto dele, vendo os olhos do ômega com as pupilas dilatadas sorrirem.

— Uhum… — o sugou a glande que estava expelindo pré-gozo. — É gostoso. Você é gostoso, hyung. — murmurou doce, dengoso. Dali foi lambendo até chegar nos testículos onde pôs um dos lados na boca, sentindo Jimin contrair a abdômen e puxar seus fios.

— Jungkook-ah… — arfou. Ele repetiu o ato do outro lado, depois passou a lamber e mover os lábios como se beijasse. — Porra! 

Era sensível ali, já tinha se tocado um pouco, se ele continuasse ia gozar fácil. Para evitar ergueu o rosto de Jungkook, segurando sua mandíbula e o trazendo para si, os envolvendo em um ósculo molhado, sensual e excitante. 

Se sentou, trazendo o ômega para seu colo em meio ao beijo, lhe agarrando a ereção e tocando com habilidade.
 
Jeon acariciava a nuca, subindo os dedos pelos fios, deixando o menor todo arrepiado. Já este com a mão livre apalpava as costas, onde deixou a palma aberta, inclinando o corpo do jovem um pouco para trás, deixando seus lábios e capturando um dos mamilos com a boca, mordendo, lambendo, sugando... Diferente de mais cedo, usava a calma que lhe restava, lhe permitindo sentir cada sensação, o molhado de sua língua, a boca úmida e quente, os dentes firmes pressionando o pontinho marrom que causavam certos espasmos.

— Jimin-ssi! — apertou os ombros dele, buscando se manter firme e não se derreter por completo ao que era maltratado daquele jeito instigante.
Park abandonou a ereção dele, focando em segurá-lo melhor, continuando o afazer com a boca e Jeon sentia o pau pulsar, assim como o slick vazar, diante da carícia excitante.

O moreno não demorou a ir para o outro mamilo, dando o mesmo trato. Depois seguiu para a clavícula - já que o pescoço em si não podia por ainda estar coberto - onde espalhou mais alguns chupões que contribuíram para deixar Jungkook mais marcado e também mais manhoso. 

As mãos pequenas e firmes deslizaram pelas costas, chegando ao bumbum onde apertou com força, causando um pular que fez o ômega se ajeitar em seu colo.

Sorriu, usando o dedo do meio para acariciar o orifício anal, devagarinho, só para provocar. 

— Jiminnie... — manhou. 

O citado trilhou selares até sua orelha, a mordendo e dizendo com a voz baixa, sedutora: 

— Eu quero te ver quatro como naquele dia. Deita e empina para mim, baby.

Ele resfolegou, obedecendo, se sentindo quente e já embriagado de tesão, até porque os feromônios alheios só aumentavam.

— Você ainda vai me enlouquecer. — praticamente rosnou ao vê-lo submisso a si. 

Adentrou dois dedos no interior apertado, sem pressa, com cuidado e carinho, movendo aos poucos para que Jeon se acostumasse com a sensação então colocando um terceiro.

— Jimin-ah… — gemeu, sentindo o calor espalhando pelo seu corpo e mexendo com seus sentidos. Era como se estivesse entrando no cio também, no entanto, o que estava lhe causando isso eram os feromônios do alfa estando fortes, completamente libertos como Jimin nunca deixou perto dele, e já espalhados por todo o cômodo.

— Você gosta, meu doce? — questionou, rente ao ouvido dele, tirando e colocando os dígitos gentilmente. Kook gemeu uma confirmação. — Então imagina quando for eu. Vai ser melhor ainda, não acha?

— A-ah! — gemeu, apertando os olhos e mordendo o lábio, se sentindo pulsar só de imaginar o caralho daquele alfa gostoso no lugar dos dedos.

Estava muito excitado e ansioso, mais do que qualquer uma das outras vezes pois sabia que dessa vez iriam até o final. Sua mente agora só estava ajudando a piorar sua situação. Pensar em ser fodido, cogitar a ideia da sensação ser melhor do que a qual estava recebendo, mexia com seu descontrole. Por isso, estava movendo o quadril, para frente e para trás. Jimin deixou os dedos endurecidos, deixando o rosado se foder com eles.

— Seu danadinho, está doido para ter o meu pau, ahn? Parece até um lobinho no cio. — sorriu irônico, firmando a mão livre em uma das carnes da bunda, apertando, ao que via seus dígitos serem engolidos.

— Eu sou. Por você eu sou a porra de um lobinho sempre no cio, Jimin-ssi! Ah! — ralhou ao que ele dobrou as pontas dos dedos, tocando sua próstata e lhe dando espasmos. 

— E você gosta. 

— E-eu gosto. 

— Então olha pra mim e me diz o que está sentindo. — retirou os dígitos do interior dele, o virando. 

Jungkook ficou com vergonha então fechou os olhos, negando. De costas, poderia falar sacanagens se Jimin quisesse, mas olhando em seus olhos era difícil dizer nem que seja um "prazer" como resposta. 

— Poxa, é tão ruim assim? — pôs as pernas dele em seus ombros, beijando a parte interna de uma coxa, deslizando a língua e mordendo.

— Uhm… — ele foi fazendo isso, o lambendo e mordendo a carne enquanto apertava a outra.  — J-Jimin-ssi… Vai mesmo me deixar todo marcado? 

— Eu prometi uma vez que morderia essas suas coxas, só estou cumprindo. — sorriu lascivo, passando para o outro lado. 

Jungkook resmungava a cada mordiscar em sua pele e gemeu quando ele lambeu sua ereção, colocando os dedos em seu interior novamente, o fazendo estremecer pelas sensações e também bagunçar os fios escuros, puxando entre os dedos.

— Vamos, meu doce. Diz para o hyung o quanto você se sente bem. 

Ele tampou o rosto com o braço, gemendo com o vai e vem em seu interior molhado e a forma como aquela língua safada rodeava sua glande. 

— Ji-Jimin-ah... É tão bom... — lamuriou. — Muito gostoso…

O alfa tirou uma das mãos que estavam em seu cabelo, levando um dos dedos de Jungkook até o próprio orifício. 

— Consegue sentir o quanto você está doidinho pra me dar? — o rosado mordeu o lábio fortemente, se sentindo pulsar. Não só ali como no falo também. — Eu vou colocar meu pau dentro dessa gracinha. — forçou o dígito dele. — Quero meter bem aqui e ir bem fundo. Você vai gostar, ômega?

— Ah, porra! P-por favor. Eu não aguento mais. Preciso de você, hyung!

Park sorriu por vê-lo tão necessitado quanto a si.

— Camisinha? 

O ômega esticou a mão, pegando um dos travesseiros, tirando pacotes de lá.

— Por que elas estão dentro da sua fronha? — ergueu a sobrancelha, curioso e risonho.

— Eu comprei a pouco tempo. Namjoon entrou no quarto quando eu estava com elas então acabei escondendo para ele não vir com algum papo chato e ficou aí. 

— Estava esperando transar comigo, é? — provocou. 

— Uma hora você tinha que sair dos meus sonhos e fazer isso ser real. — sorriram um para o outro.

O moreno de olhos azuis terminou de por o preservativo, dizendo ao seu interior para colaborar e não esquecer de usar também ainda que perdesse de vez o controle.

— Ah, meu ômega, eu vou te dar todo o prazer do mundo, ao qual ninguém deu e jamais vai dar. Vou te foder melhor do que nos seus sonhos. — fez as pernas dele circularem sua cintura. — Eu quero te fazer chorar de prazer.

— Então me fode. — pediu, ansiando que ele fizesse e que fosse logo.

Jimin gargalhou sacana. No passo seguinte se ajeitou. Jungkook mordeu o lábio, seus sentimentos vagavam entre o desejo, a vergonha e um pouco de medo sem sentido. Se controlou para não dar um ataque, principalmente quando sentiu aquele pau adentrando seu interior apertado. Era um tanto diferente de dedos ou até o dildo que usava para se mastrubar… O deixou tão cheio.

— Hyung... — choramingou ao senti-lo por completo, parecia ser grande e grosso demais naquele instante.

— Vou ir bem devagarinho, sim? — o dongsaeng assentiu. 

Não ardia pois estava muito cheio de slick, o que facilitava os movimentos, a questão é que o ômega era bem apertado, por isso incomodou um pouco no início.

Mas Jimin utilizava todo o resto de seu controle para mover o quadril de forma lenta. Isso até o rosado ser dominado por um calor fervente, tão embriagante quanto os feromônios do alfa, que o fazia querer mais e mais. Então pediu por isso.

— Jimin-ssi… — gemeu soprado. — Mais.

O hyung sorriu com malícia, colocando um travesseiro embaixo de Jeon, juntando os pulsos e deixando acima da cabeça do mesmo que olhou para a mão que o agarrava firme e logo encarou Park que apenas moveu o quadril com destreza. 

— Você é uma delícia. Tão apertado e, ah, muito quente! — rolou os olhos, cada vez mais perdido naquele ômega e nas sensações intensas de seu cio.

Com o passar do tempo Jimin foi perdendo para seu lado animal, parando de dizer o quanto Jungkook era gostoso, só investindo com todo seu desejo enquanto grunhia. 

Seus odores fortes se misturaram, os corpos ferviam e o som deles se chocando, a cama batendo na parede, a sensação de ter Jimin se movendo em seu interior ao que até rosnava, cada vez mais fora de si, expressando puro prazer no rosto bonito, era fascinante para Jungkook. 

O alfa soltou os pulsos dele, ajoelhando, firmando as mãos na cintura sensível e metendo com maior intensidade. Estava se sentindo insano. O ômega não estava muito diferente. Descobriu na prática que os feromônios de um alfa no cio lhe faziam se sentir tão quente e embriagado que parecia que também estava. Era extraordinário.

Gemia com voz rouca o nome o hyung que apenas grunhia e às vezes rosnava enquanto lhe apertava o quadril e investia intensamente.

A sensação de ter o interior quente, macio, apertado, acolhendo seu pau tão bem, deixava o moreno embriagado de deleite. Assim como para Jungkook, estar sendo preenchido por inteiro, sentindo as investidas, era enlouquecedor de tão prazeroso. Ainda mais quando ele acertou seu ponto.

— Awn, alfa! — gemeu alto, vendo com seus olhos cerrados os azuis brilharem. — Faz m-mais. — pediu sem saber se ele entenderia e rolou os olhos ao ser obedecido. — Ah... Assim! 

Sentir o ômega lhe apertar lá abaixo por estar pulsando próximo ao limite era delirante. Isso incentivava Jimin, que mesmo estando quase todo tomado pelo instinto, investir até ele chorar de extremo prazer, grunhindo enquanto rolava os olhos. Kook sentiu os dedinhos do pé encolherem, a barriga formigando, o orifício contraindo ao que o corpo sofria espasmos e de seus lábios escapava um longo gemido. 

O orgasmo veio primeiro que a ejaculação. Por um instante tudo sumiu e Jungkook só sentia o corpo de Jimin pois havia o abraçando forte, temendo cair já que o colchão pareceu desaparecer embaixo de si. Segundos depois sentiu as vibrações musculares, ejaculando, coisa que o fez gemer mais um pouco. 

O moreno acompanhou vê-lo ter as reações deleitosas, rugindo ao finalmente atingir seu ápice, tão intenso quanto. Não conseguiu controlar o nó já que não estava cem por cento são, o que fez o mais novo fazer careta e morder o lábio com força, afinal, a base do pênis inchando, se tornando uma bola dentro de si, era dolorido. Melhorou um pouquinho ao que ambos ficaram quietinhos, só esperando desatarem.
 
Ambos estavam ofegantes e momentaneamente cansados, no entanto, satisfeitos. Quer dizer, o alfa estava por enquanto.

🐺

Jungkook acordou de conchinha com Jimin que estava praticamente lhe cobrindo com o corpo. 

Observou ao redor. As fronhas estavam rasgadas, assim como o lençol que nem se encontrava em cima do colchão. Ao haviam inúmeras camisinhas usadas espalhadas pelo cômodo. As coisas de sua escrivaninha estavam jogadas ao chão e ela quebrada… Se lembrava de ter sido colocado em cima dela em algum momento desses últimos três dias. Sorriu. Sua primeira vez foi intensa demais e as transas seguintes também pois, além de estar com Jimin, a quem gostava e desejou por tanto tempo, ele estava descontrolado lhe dando prazer e prazer enquanto se satisfazia também.

Claro que estava completamente dolorido, cheio de marcas pelo corpo de chupões, mordidas e arranhados, mas estava satisfeito.

— Jungkook-ah… — chamou baixinho, evidenciando que estava de volta já que seu lado instintivo apenas grunhia.

— Jiminnie… — se remexeu, virando para ele com um sorriso ainda que seus músculos gritassem de cansaço. — Lembra do que aconteceu?

— Em partes, principalmente da nossa primeira vez. — sorriu, mas logo uma expressão preocupada tomou conta de seu rosto. — Eu te machuquei? Te cansei muito? Eu estou me sentindo exausto, você deve estar também.

— Eu estou dolorido mas é normal, vai passar. Você cuidou muito bem de mim. — garantiu. — Sabe, transar com você foi diferente de tudo o que vi em seus filmes. 

O alfa gargalhou.

— Porque isso aqui é real, Jungkook-ah. — afastou as madeixas que estavam caídas em seus olhos, o afagando a cabeça como fez no dia em que ele estava bêbado. 

— Sendo assim eu tenho que fazer aquela pergunta: foi bom para você, hyung? 

— Demais. — suspirou, sorrindo ladino. — Melhor do que qualquer outra transa. Meu lobo concorda pra caralho. 

— Mas-

— Nem vem. Todos com quem contracenei ou estive fora das telas não passaram de sexo. Com você é totalmente diferente. 

— Diferente como? — perguntou, curioso.

— Não sei explicar. Só sei que com você tem sentimento o que deixou tudo melhor. Tipo, ao infinito. 

O ômega sorriu largo.

— Infinito? É muito. Gosto disso.

— Também gosto do fato de você ser meu.

— Quem disse que sou seu?  — empinou o nariz, se fazendo.

— Posso te fazer dizer. — sugeriu com uma carinha safada.

— Seria muito bom, se não estivessemos tão cansados. Podemos dormir mais, hyunggie? — pediu dengoso fazendo ele sorrir com os olhos.

— Claro. Vem cá. 

O rosado logo dormiu com um sorriso nos lábios.

Jimin ficou admirando a beleza dele em seus braços, pensando como a vida surpreende. Nunca imaginou estar assim com alguém, muito menos com um ômega de apenas dezoito aninhos. Porém, agora não conseguia se imaginar sem ele. 

Suspirou, fechando os olhos e um sorriso surgiu em seus lábios pois tiveram uma confusão desagradável mas foi resolvida, através disso finalmente se declararam, tiveram a primeira vez e ainda passaram seu rut juntos. No fim, o que desejava deu certo. E mesmo que soubesse que haveria uma surpresa a qual preparou com a ajuda de Katy, Jungkook não sabia qual, ou seja, ela ainda estava de pé. Dormiu feliz, imaginando como vai ser a reação dele no dia seguinte.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top