11. Festa

Capítulo 11 - Festa

Eles entraram no carro Audi de Jimin que foi logo perguntando:

— Tem que estudar hoje?

— Não, por que? 

— Pensei em sairmos. 

— Para onde? — essa sugestão o deixou curioso.

— Bem, a Katy mencionou quando trocamos mensagens que você está querendo ver aquele filme de desenho.

— Abominável? — exclamou, animado. — Eu quero muito!

— Então vamos lá. — pegou o cinto, de repente sendo surpreendido com um abraço.

— Obrigado, Jiminnie! 

— Não é nada, Jungkook-ah. — sorriu pela alegria dele, o dando um beijinho no pescoço próximo a gargantilha - impede de morder para marcar mas não de beijar ao redor -, ouvindo um resmungar baixinho. — Você ainda está excitado?

— Não. — buscou se afastar, porém ele não deixou.

— Eu já disse que sei quando está mentindo? — desfez o nó do moletom preso na cintura dele, abrindo a calça.

— Jimin-ssi? O que está fazendo?— chamou, assustado. — Estamos na rua! 

— Nós temos vidros fumês. 

— E o que você vai fazer? — o viu sorrir safado, colando os lábios na sua orelha e dizendo rouco:

— Ah, meu doce. Eu vou chupar você. 
Ele, o que?

Não teve tempo para pensar no significado da frase visto que Park estava abaixando e lhe colocando na boca. 

— Ah! — gemeu porque, caralho, que sensação diferente, molhada, quente, deliciosa.

— Sem gemer, gracinha. Nós temos vidros que impossibilita de nos verem mas não um carro à prova de som. Não quer acabar com a nossa diversão logo agora, não é? 

Jungkook negou, colocando a mão na boca, a tempo de abafar outra exclamação ao que ele voltou, segurando seu pau com firmeza, passando a linguinha atrevida por todo o comprimento, o lambendo por cada pedacinho, para então pôr a glande na boca e chupar.

— Porra, Jimin-ssi! — resmungou, colocando a segunda mão na boca para ajudar a abafar as lamúrias.
Ele riu soprado e o rosado se sentiu arrepiar com o hálito que bateu em seu pênis, oh, estava tão sensível e junto com as novas sensações que dominavam seu ser, não lhe admirava estremecer várias vezes diante do sobe e desce gostoso junto do bom trabalho da língua em seu falo… Por santo lobinho, ainda bem que tinha colocado o pad porque se não a calça e o banco daquele carro estariam molhadinhos.

Jimin estava o chupando muito bem, tanto que sua mente estava em branco, estava focando apenas na excitação e no prazer delicioso que ele proporcionava, lhe deixando cada vez mais embriagado. 

— Oh! — só notou que havia tirado as mãos da boca ao sentir uma sugada mais forte e junto dela seu primeiro espasmo, qhe o fez apertar o apoio da porta e com a outra mão puxou os fios escuros. — Porra! 

Não se aguentou, moveu o quadril para cima afim de sentir mais daquela sensação. 

— Puta que pariu! Jiminnie! — exclamou ao passar pela garganta dele, o engasgando porque o mais velho não estava esperando. 

— Baixinho, baby. — alertou, se recompondo. — Não podemos chamar atenção, lembra? — questionou, o masturbando, o rosado assentiu, mordendo o lábio com força na intenção de se conter. — Bom garoto. — deslizou os lábios indo para as bolas, chupando ali com cuidado e precisão. Era uma sensação magnífica, Kook nunca imaginava que poderia existir coisa tão boa, por pouco não gemeu alto outra vez.

O ator passou a brincar ali com uma das mãos, a outra apertava a coxa que tanto lhe atraia, enquanto sua boca tornou a se dedicar ao pênis, chupando com muita vontade, indo cada vez mais fundo. 

Jungkook deixava seu cheiro por todo o carro, estava quente, corado, seus olhos se encontravam fechados, os lábios cortados e inchados de tanto mordê-los mas não reclamaria, não tendo sensações gostosas como aquelas. 

— Ji... Min... Oh... — tirou força não soube de onde para murmurar ao que rolava os olhos por baixo das pálpebras fechadas e sentia o orgasmo.

O moreno aos poucos foi cessando os movimentos, se afastando e puxando Jeon pela nuca, o beijando com seu gosto doce na língua. O ômega fez careta por ser algo estranho, mas retribuiu. 

Desceu a mão mas Jimin a segurou. Se conhecia para saber que se ele começasse a tocar uma para si, não iria segurar os feromônios e estes em excesso num ômega que ainda é inexperiente pode afetar demais e eles não podiam transar ali. 

Se afastou, abrindo o porta luvas e usando lenços umedecidos para limpar Jungkook. Em seguida olhou para todos os lados, conferindo se não tinha ninguém por perto, então ligou o carro para irem em direção ao cinema.

— Essa foi a maior loucura que já cometi. Já pensou se alguém estranhasse algo e batesse na janela? Ou pior, se fosse um policial? — questionou o dongsaeng, todo risonho.

— Eu daria um jeito. — garantiu, se esforçando para controlar seus instintos que afloraram por conta do ômega cheiroso e gostoso.

— Qual o jeito para você de boca no meu pau? 

— Não sei. Talvez eu falasse que uma cobra picou e eu estava tirando o veneno. 

— Super daria certo! — gargalhou. 

— Ou você poderia estar com caxumba e eu conferindo antes de te levar ao médico. 

— Ah, claro. — negou, ainda rindo. 

— Mas foi bom. Eu gosto de me aventurar de vez em quando. 

— Foi maravilhoso. — sorriu bobo. — Fiquei até com vontade de retribuir. — deslizou a mão pela coxa dele, apertando próximo a virilha. — Se quiser, podemos ir pra casa.

— Não se preocupe com isso. — piscou, entrelaçando seus dedos como anteriormente. 

Park não ia admitir tão cedo, mas gostava da sensação que provinha de segurar a não de Jeon. Era como um abraço que deixava o peito quentinho.

E, durante o filme, não deixou de notar que as duas eram diferentes, porém, se encaixavam perfeitamente. 

Encarou o rosado, ele dormia serenamente em seu ombro. Certamente devia estar cansado por ter trabalhado bastante e ainda gozado duas vezes. Cortesia de Park Jimin, uma inconscientemente e outra de propósito. 

Sorriu, deixando que ele ressonasse até o fim do filme ao qual, sinceramente, não prestou atenção pois estava concentrado em curtir o momento sem pensar em nada, somente aproveitando a sensação. 

— Jungkook-ah~. — chamou baixinho, vendo os créditos começarem a rolar. 

— Uhm... — resmungou, sem se mexer.

— Acorda. O filme já acabou. 

— Já? — abriu os olhos, piscando até de fato despertar.

— Você dormiu nos sete primeiros minutos. — riu. — Perdeu um filmão. 

— Oh, não. Eu fiz isso? — fez biquinho.

— Sim. 

— Poxa, não acredito que perdi. Foi tão bom assim?

— Na verdade, eu estou brincando. Nem sei dizer. 

— Você também dormiu? 

— Algo assim. — ele lhe encarou confuso, mas Park apenas sorriu e se levantou. — Vamos?

Assentiu, em seguida voltando a segurar a mão alheia. 

— Eu quero comer um grande hambúrguer com queijo triplo, com uma enorme porção de batatas fritas e um gigantesco milk-shake de bombom antes de irmos embora. — pediu.

— Você nem parece faminto. — brincou.

— Eu não comi à tarde e as pipoquinhas ficaram para você já que eu dormi. Eu ainda não acredito que dormi no filme que tanto ansiava ver. Ainda mais no primeiro en… — se calou de imediato. 

— Estamos em um encontro? — ergueu a sobrancelha, contendo um sorriso divertido nos lábios.

— Estamos? — questionou, sentindo o estômago se revirar com aquela sensação estranha toda vez que estava com o alfa.

— Estamos. — sequer pensou para falar, nem precisava. Talvez estivesse gostando daquele garoto mais do que imaginou poder, ainda mais depois do tal cuidar de si com tanto carinho e apreço durante sete dias como somente sua mãe fazia. — E em um encontro bem único porque o boquete veio antes de tudo. — murmurou no ouvido dele, o fazendo gargalhar.

Eles não demoraram a ir à praça de alimentação, Jimin pediu só um hambúrguer comum e coca enquanto que Jungkook realmente pegou o que havia dito antes. 

— Faltam poucos meses para acabar sua escola. Algum plano? — perguntou ao passo que se alimentavam.

— Eu pretendo passar no vestibular só que ainda não sei o que escolher... Na verdade... Estou em dúvida em fotografia ou artes visuais.

— Acho que você deve escolher aquele que se nunca fizer nunca será capaz de esquecer porque é o que seu coração deseja. 

— Eu sei qual é. Mas e se meu coração estiver errado? 

— Você só vai saber se tentar. Também se estiver errado, o que tem? Todo mundo sabe que aprendemos errando. E você é muito jovem, Jungkook. Pode mudar de área quantas vezes for, até conseguir acertar na que mais gosta. 

— Você tem razão. — sorriu adorável. — Eu escolho a arte. 

— Que bom. — retribuiu um sorriso igualmente encantador. — Você vai ser um ótimo artista. 

— Como sabe se nunca viu as coisas que fiz? 

— Sei porque você tem paixão nos olhos quando fala sobre. 

O ômega acabou coçando a nuca, tímido, ainda que sorrisse. 

— Eu confio em você, então se você diz é porque é verdade. — falou, meigo.

— Lindo. — também continuou a sorrir. — Se estivéssemos a sós, eu lamberia, mas não estamos, então vamos manter a classe. — disse, limpando aquela boquinha suja de molho com o guardanapo.

— Você lambe demais. Já pensou que na vida passada foi um cachorro? 

— O que? — riu. 

— Não estou reclamando nem nada, é só que foi um pensamento que me ocorreu.

— E você era o que? 

— Um gato. Miau. — passou as unhas curtas no braço dele. 

— Gato também lambe, sabia? 

— Pode deixar que eu te lamberei mais tarde. — piscou.

— Nem quero saber onde vem aprendendo essas coisas.

— Com você, óbvio. Deixa só o Nam hyung descobrir que o amigo dele vem tirando minha pureza. — debochou.

— Meu caro, Jungkook, a questão é: que pureza? — alfinetou de volta.

— Absurdo. Eu sou um bebê. Até te trouxe para ver desenho. 

— Vendo por esse lado, é um bebê mesmo, dormiu logo no início do filme. 

— Yah, agora fiquei triste. Eu queria muito ver! 

— Quer pegar a próxima sessão? 

— Está falando sério? — ele assentiu. — Você é incrível, Jiminnie! 

E foi assim que eles acabaram dentro da sala de cinema outra vez, agarradinhos, dividindo doces, enquanto realmente assistiam.

🐺

No outro dia, na hora do intervalo, foi divulgado no mural da LJ o resultado de quem seria o novo capitão do time de futebol: Jeon Jungkook.

— Parabéns, bebê! — Taehyung ergueu o amigo, chacoalhando.

— Me põe no chão, seu louco! — gritou, alegre, tentando não derrubar a caixinha que tinha em mãos.

— Tae, se você continuar o chacoalhando como um liquidificador vai fazer ele vomitar ou derrubar todo o leite de morango, o meu precioso que eu dei a ele!

— Nossa, você só em desperdiçar o leite? — perguntou o mais novo com as mãos na cintura, já posto no chão. — Que tipo de hyung é você?

— Não seja dramático. Além do leite de morango, eu te dei chocolate, antes mesmo de qualquer resultado. Se está reclamando, não dou mais.

— Retiro o que disse. Iti, você é um amor! — se jogou nele, o abraçando.

— Claro que sim.

Kim ficou rindo, pensando que esses dois eram os idiotas mais legais que ele teve o prazer de conhecer.

— Jungkook oppa? — a cena foi interrompida por uma ômega baixinha de olhar intimidante.

— Sim? — se soltou de Yoongi, aproximando dela. 

Jung Ara. A presidente do grêmio estudantil, a mais popular e disputada de LJ.

— Aqui está a sua jaqueta e o seu novo uniforme. — o entregou os itens embalados em um saco plástico. — Obrigada por aceitar ser o nosso capitão, vamos torcer imensamente por você. — fez reverência, sorrindo simpática.

— Muito obrigado, Ara. — deu um sorriso agradecido.

— Vamos dar uma festa sábado a noite na minha casa para comemorar o seu título, esteja lá. — piscou. — Vocês também. E chamem quem quiserem, afinal, quanto mais gente melhor. — falou para os outros que concordaram de imediato. 

— Eu sou tão importante assim? — brincou.

— Você sabe, qualquer coisinha é motivo para festejarmos. — deu de ombros, rindo. Uma amiga dela apareceu e ela se despediu dos garotos.

— Festa na casa de Jung Ara e ela nos convidando pessoalmente, eu estou sonhando? — questionou o Kim.

— Você sempre quis ir na casa dela, por quê?

— Está brincando, Kook? Ela mora praticamente em um palácio e dá as melhores festas de todos os tempos!

— E ele não está exagerando. — informou Suga, já respondendo a pergunta mental do rosado. — Já entrei escondido no início do ano e foi demais. Ela contratou o melhor Dj da cidade, tinham as melhores bebidas e comidas, várias amigas modelos que eram famosas e bem divertidas e uns universitários gostosos que até tiraram a roupa. Eu me senti no céu.

— Bem, parece que o Tae vai conhecer esse céu e você vai voltar a ele, porém sem a parte da bebida. — reforçou.

— E você?

— Eu não sou muito de festas. — deu de ombros.

— Mas, bebê, o tema é você! Não se faz feio para Jung Ara! Ainda mais agora que você é nosso capitão! — argumentou o azulzinho.

— É só uma festa, Kook. Não vai ser nada demais. — afirmou o hyung.

— Está bem. Mas só porque é para comemorar meu título e porque eu preciso de um agito a mais na vida.

— Isso! — Tae deu um soquinho no ar, empolgado.

— Então fechou. Agora vamos lá suportar os últimos tempos. — o platinado os puxou pelos ombros, os levando até a sala deles já que o sinal havia tocado.

Poucos dias depois...

Por estar trabalhando nos dias úteis e ter consciência que alguns de seus colegas também tinham compromissos, Jungkook manteve os treinos todo sábado, se não fosse ele no domingo, das sete às nove. Sendo assim, o time cumpriu o horário de dia daquela semana pela primeira vez sob seu comando.

Jeon era educado e agradável ao mesmo tempo que pulso firme como deveria, o que contribuiu para um treino tranquilo e não super puxado como os do antigo capitão.

— Ei, Jeon. — Myung, um dos colegas ômega, lhe chamou atenção. — Hoje foi muito divertido, espero que mantenha esse ritmo calmo com a gente.

— Eu irei, até nossa última interescolar. — piscou, sorrindo divertido.

— Quando chegar lá, se preparem para conhecer o lado demônio-competidor dele. — Tae bateu em seu ombro, os meninos se entreolharam um pouco assustados.

— Ele está exagerando. Não é pra tanto. Não vou nos deixar exaustos como o Ryung e ainda exigir um bom desempenho, isso é desgastante. Mas teremos que nos esforçar mais caso queiramos ganhar.

— Jungkook tem razão. — falou Kris, um dos alfas, recebendo concordâncias.

— Já passaram de nove horas. — informou Yoongi ao voltar do vestiário.

Ele sempre vinha assistir os treinos e às vezes substituí algum jogador. Hoje ele ficou no lugar de Hyuk que ainda estava putasso com Jungkook ter ganho a posição a qual almejava.

— Mas já? Passou tão rápido. — comentou Minho, um beta.

— Esse treino foi muito bom. — Myung tornou a dizer.

Seguiram elogios e comentários de como o novo capitão fazia tudo ser mais divertido e agradável. Jeon estava muito feliz por ser bem aceito.

— Alguém quer carona? — perguntou Yoongi.

— Eu quero se o Kook já tiver com quem ir embora.

— Relaxa, pode ir com ele. O Jimin vai vir me pegar .— sorriu satisfeito.
Os dois se entreolharam, sorrindo com malícia e dizendo "uhmmm".

— O Jimin é? — insinuou o azulzinho.

— E ele vai pegá-lo. — completou Yoongi.

— Vocês dois são muito safados! — ficou sério, como se estivesse repreendo como no passado, porém logo sorriu travesso. — Mas se ele quiser, eu quero.

Seus amigos riram.

— Você vai retribuir aquele boquete, né?

— Sim, Tae hyung. Só preciso ter um tempo a sós. Nós não nos vimos depois daquele dia e, pensando bem, talvez aconteça hoje, porque na noite passada o Nam foi viajar a negócios e até levou o Jin. Temos a casa livre.

— Fico feliz de ver seu irmão mais tranquilo em relação a você. — afirmou Yoongi.

— Eu também. 

— É aliviante.

— Pois o seu gostosão chegou. Boa sorte! — Suga o deu um beijo na bochecha, indo à moto e montando nela.

— Conta tudo para nós depois, hein? — o beta bagunçou o cabelo dele em carinho e deu um beijinho na testa, logo seguindo o hyung.

Jungkook acenou, ganhando uma buzinada do platinado e um tchauzinho de Tae. Então caminhou para o Audi preto recém estacionado próximo à calçada.

Jimin estava escorado ao lado da porta do passageiro, usando roupas casuais, todo lindo e gostoso na concepção do jovem enquanto que ele estava todo suado, com o cabelo bagunçado e usando uniforme de futebol. Por um instante se sentiu envergonhado. Talvez devesse ter se banhado e trocado de roupa no vestiário.

— Por que essa carinha? — perguntou o ator.

— Olha para nós. Você está todo lindão e eu acabado. — fez bico.

— Não seja bobo. — o puxou pela cintura.

— Eu estou suado. Me solte. — colocou as mãos espalmadas no peitoral firme na intenção de empurrar, só que Park o agarrou mais, o impedindo e também o fazendo desistir de se afastar porque estar colado naquele corpo era muito bom.

— Não solto. — o selou. — Eu não tenho nojo do seu suor, pelo contrário, quero te fazer suar ainda mais e me banhar no seu corpo.

— Jimin-ssi... — soou como um pedido para ele parar, mesmo que o tom fosse dengoso.

— Eu sei, estamos na rua, em frente a sua escola. Uma pena. Mas saiba que você é lindo de qualquer forma. Inclusive, está uma delícia. Esse uniforme marcou sua silhueta e seu bumbum. É... Uau. — mordeu o lábio.

— Eu adoro quando você fica sem palavras e diz que eu sou "uau". — sorriu largo, uma vez que estava sendo elogiado depois de, por um instante, cogitar estar com uma aparência desagradável.

— Bom saber. Vamos?

— Sim!

O moreno abriu a porta para ele que continuou a sorrir, agradecendo, entrando no veículo e pondo o cinto. Park fez o mesmo, ligando o carro e indo em direção à casa do dongsaeng.

— Jogador, uhm? Finalmente descobri de onde veio essas suas coxas. — deslizou a mão por uma delas.

— Sim, você gosta?

— Elas são "uau!". 

Ele riu, o encarando levado.

— Mas não foi isso que eu perguntei, Jimin-ssi.

O alfa parou no semáforo, se voltando ao rosado com um sorriso sedutor.

— Eu gosto tanto que tenho vontade de morder. — apertou, o fazendo resfolegar. Aproximou da orelha dele, murmurando: — Você vai deixar eu marcar elas todinhas, meu doce?

— Sim... — arfou ao fechar os olhos e imaginar.

— Pode deixar que eu o farei. — selou o maxilar dele, afastando, retomando a direção, e deixando a promessa no ar.

Jungkook ficou alguns segundos inerte, o encarando, pensando em como aquele maldito podia ser tão sexy e descarado e como podia gostar tanto del... Opss.

— O que foi? — perguntou ao ver o par de olhos esbugalhados em sua direção, o dono deles sentiu o coração saltar feroz.

— Ahn? O que? — riu sem graça, se fingindo de bobo.

— Por que está me olhando assim?

— Olhando como?

— Jungkook...

— Não é nada, não. Eu só viajei. — desviou o olhar, brincando com a barra da camiseta como tinha mania de fazer antes quando acanhado.

— Sei. — estreitou os olhos, desconfiado, mas deixou quieto, acreditava que eles tinham confiança o suficiente e quando Jeon quisesse lhe explicaria. — Eu não sabia que treinava nos fins de semana.

— São todos os sábados mas quando não dá, fica para o domingo. Era um saco, o capitão era difícil, ele cobrava demais e acabava nos deixando mortos. Mas agora é diferente.

— Por que ele mudou o jeito?

— Mudou de escola. Essa semana teve uma votação e eu me tornei o líder do time. Hoje foi nosso primeiro treino comigo no comando. Um sucesso! — exclamou orgulhoso de si mesmo.

— Sério? — perguntou surpreso, recebendo uma confirmação e sorrindo contente pela descoberta. — Que boa notícia! Temos que comemorar!

— Então... — ficou hesitante. Será que ele aceitaria lhe acompanhar em uma festa cheia de recém adultos? — Tem uma festa, é na casa de uma colega, e... — respirou fundo, adquirindo coragem para fazer o pedido. — Se você quiser... Quer dizer, eu gostaria que você fosse... Sabe... Comigo.

Jimin sorriu largo, deixando seus olhos apertadinhos, pois Jungkook estava fofo se embolando daquele jeito para lhe pedir companhia. Se fosse antes, ficaria preocupado com ele estando tão tímido e travado, porém, agora sabia que era só uma vergonha boba e momentânea.

— Ainda como seu namorado?

— Jimin-ssi! — o deu um tapinha. — Não me ponha contra a parede!

— Ah, mas eu garanto que você irá gostar se eu, de fato, te colocar contra ela. — sorriu devasso.

— Safado! — o encheu de tapinhas, não doíam, apenas faziam o ator rir. — Aliás, não diga mais que é meu namorado, só fale sobre isso quando for verdade, ok?

— Ok. E eu aceito o convite. — estacionou. — Passo aqui às nove?

— Você não vai descer?

— Tenho que resolver umas coisas para o Namjoon. — viu o desânimo tomar conta da carinha dele. — Eu sei, é um saco, até porque ainda estou de férias mas ele precisa de mim então não fica assim, mais tarde eu venho.

— Tudo bem.

— Se continuar com esse bico, eu vou morder. — alertou. No entanto, Jeon fez mais, aproximando o rosto do outro. O alfa riu, mordendo e puxando o lábio inferior para si, selando e iniciando um beijo calmo que aos poucos foi tomando intensidade.

— Certo! — o rosado partiu o ósculo, ofegante. — Se eu não for nesse instante, não vou querer ir mais, então até! — abriu a porta, saindo do carro, deixando ele rindo sozinho.

Passado alguns minutos o ômega recebeu uma mensagem.

Taehyung:

|Você não vai acreditaaar!!!

Jungkook:

|O que?

Taehyung:

|Eu vim pra casa do hyung porque queríamos um tempo a sós >lê-se transar<
|Ele garantiu que Hoseok não estava então já chegamos nos amassos mesmo
|Fomos tirando a roupa e deitando em qualquer lugar no chão

Jungkook:

|No chão?!

Taehyung:

|Ah, bebê, quando o fogo está grande você nem liga pra isso, faz até em pé
|Mas foca aqui
|Eis que o diabo lindão brota do nada e me pega beijando aquela bundinha linda

Jungkook:

|(MuitosEmojisEmChoque)
|Kqen5qujiehudntusrknkqol QUE?!

Taehyung:

|Pois é, pois é
|Eu fiquei com a maior cara de idiota
|Daí o Hoseok com aquela voz dele disse: "finge que não estou aqui, podem continuar". Mas eu continuei paralisado ne. Só que o Yoon começou a esfregar a bunda na minha cara e a pedir manhoso e eu continuei porque deixar aquele serzinho sedento é crime

Jungkook:

|Você fez isso nele suado e... Eww?!

Taehyung:

|Ele tomou banho no vestiário, você estava tão focado nos novos amiguinhos que não percebeu e quando se está com tesão ninguém liga pra isso, eu hein
|E não importa
|O que importa é que o Hoseok assistiu tudo!
|T.U.D.O

Jungkook:

|Kfehrqlemsawk NÃO!

Taehyung:

|SIM!
|Eu pensei que o Yoongi fosse ficar bravo depois mas ele agiu normalmente, saiu andando e riu quando passou perto do Hoseok, depois notei o porquê, o crush está com a barraca armada. SENHOR, e que barraca!
|Agora eu estou aqui, na frente dele, com vergonha. Dá pra imaginar? Logo eu, o par da sua dupla depravada, com vergonha!

Jungkook:

|HAHAHAHA
|Eu vivi pra ver isso!
|Manda foto de você envergonhadinho

Taehyung:
|Não

Jungkook:
|Vai hyunggieee

Taehyung:


Jungkook:

|Iti que fofo. Mais é lindo demais esse beta, cora mais que não deu pra ver direito, bebê

Taehyung:

|Pare -_-
|O que eu faço agora?
|Devo chupar o crush?

Jungkook:

|QUE???
|Eu não sei, mas acho que seria melhor fazer como sempre e conversar com o Yoongi sobre isso antes de qualquer atitude, não?

Taehyung:

|E o Hoseok?

Jungkook:

|Deixa ele resolver o problema sozinho
|O foco é o nosso Suga hyung doidinho que sempre está surpreendendo a gente

Taehyung:

|E coloca sempre nisso
|Vou lá

Jungkook:

|Ah, espera!
|Eu chamei o Jimin pra festa, ele vai me levar :3

Taehyung:

|Bom que rolar aquela caroninha. Vamos pra sua casa, nos arrumar aí e roubar suas roupas novas u.u

Jungkook:

|Hyungs safados e folgados

Taehyung:

|É nós mesmo
|Estou aqui em frente ao quarto dele, vou entrar
|Me deseje sorte

Jungkook:

|Boa sorte!

Um tempo depois lá estavam os dois adentrando a casa de Jeon e indo para o quarto do tal escolher as roupas que planejavam pegar emprestadas.

— O que vocês resolveram sobre o Hoseok-ssi? — perguntou o rosado, curioso, deitando de cabeça para baixo na cama, olhando eles remexerem seu guarda roupa.

— O hyung é mais doidinho do que imaginávamos. — respondeu Taehyung.

— Vamos fingir que você não gosta. — sorriu debochado. — Ele te contou o que aconteceu mais cedo?

— Sim. Fiquei em choque!

— Ah, mas foi bem excitante. E através disso eu andei pensando em algo: já que estamos afim do mesmo cara, por que não aproveitarmos?

— Vocês dois vão ficar com ele?

— Não é bem visto por alguns lupinos antigos mas foda-se. Tae e eu nunca fomos santos. Também já fizemos algo do tipo antes, não é nenhuma novidade.

Na verdade, a novidade era que haviam sentimentos em meio aquilo, coisa que nunca teve das outras vezes. Entretanto, Yoongi não queria pensar nisso.

— Admito que fiquei surpreso mas é porque o hyung não gostava do Jung e, contendo sentimentos por minha pessoa, sendo o ciumento que é, pensei que não me deixaria aproximar um centímetro sequer dele.

— Eu não tenho mais esses surtos malucos, tá? E já te expliquei, me acostumei com o jeito do Hoseok-ssi, ele não é ruim como eu pensava e beija bem, então vai ser uma experiência interessante.

— E como pretendem fazer isso?

— Vamos ser sinceros e deixar acontecer. Quer dizer, já fomos. — Min deu de ombros.

— Ele aceitou?

— Depois de muita insistência da minha parte e muita manhosidade do hyung, ele topou sair com nós dois. Até vai à festa conosco. Mas fez prometer que vai ser uma vez só, assim como o sexo. Ele parece do tipo que não curte muito algo a três.

— Você deve imaginar o porquê. — resmungou o menor, quase entrando no fundo do guarda roupa para achar a peça que desejava.

— E por que seria, gatinho?

— Se prolongarmos isso pode dar merda pois eu gosto dele, ele de você e você de mim. Mas não vamos falar disso. Sabe que não quero saber de sentimentos essa noite.

— Corajosos. Eu não dividiria o Jimin, nem arriscaria nada se tivesse sentimentos no meio.

— Sexo a três sem compromisso não é nada demais. Não quer experimentar só pra ver como é? — perguntou o azulzinho, curioso.

— Está querendo se candidatar, Kim? — o Yoongi estreitou os olhos com a camiseta finalmente em mãos.

— Não, e não seja ciumento. — provocou, recebendo língua.

Jungkook se pôs a pensar.

— Uhm... Eu acho excitante ver ele fodendo lupinos ou lupinas... Talvez, se fosse com um desconhecido, coisa de uma vez e tchau, eu toparia pela experiência. Mas eu não quero participar do ato, sabe, só ia querer ver.

— Acho que temos um pequeno voyeur entre nós. — brincou o beta.

— O que é isso?

— Em resumo, tem fetiche em observar.

— Oh, eu entendo. Mas o que são fetiches, afinal? Eu só sei que são coisas diferentes que você deseja entre quatro paredes.

— Fetiches são basicamente isso: desejos e fantasias, que mexem com a imaginação, excitam e causam prazer na transa. — explicou Yoongi. — Tem muita gente que não gosta, prefere que seja vanilla (baunilha) que é o sexo convencional tipo "papai e mamãe", sem práticas de BDSM ou fetiches a parte. Muitos confundem. Se você gosta de uma coisa ou outra de diferente do que consideram comum, não quer dizer que você é um praticante de BDSM. Para ser desse mundo, é preciso muito aprendizado e experiência.

— Você já fez parte, Suga hyung? — questionou curioso.

— Desisti depois de ver o tanto que coisas que eu devia saber antes, de tantos ensinamentos e acordos que precisavam ser feitos e de como devia estar mentalmente equilibrado e são para as práticas, evitando que eu me machuque ou machuque o outro. BDSM não é bagunça, não. Mas, mesmo desistindo de entrar nessa, continuei com alguns fetiches aos quais explorei e ainda exploro.

— Eu tenho alguns também. — falou o azulzinho. — Fetiches não são tão incomuns como costumam pensar, apenas depende, tem uns que gostam e outros não. Agora, de acordo com um psicólogo que eu ouvi em uma palestra, a partir do momento que se perde o controle, se tornam transtornos parafílicos. Essa pessoa se torna obcecada e não sabe obter prazer além dessas formas as quais não para desejar e praticar. Se torna algo patológico quando a pessoa procura formas ilícitas de se satisfazer. São, na maioria, alfas e eles agem causando danos para os demais, cometendo crimes como por exemplo invasão de privacidade - aqui cabe tirar fotos e filmar ilegalmente -, encostando sem permissão e até mesmo indo além, estuprando.

— No fim o consentimento é o ponto. Qualquer prática que seja deve ser combinada, ambos tem que estar confortáveis e de comum acordo. Isso independentemente de que tipo de sexo for. Sendo assim, não há problemas. Não é errado encenar, usar "brinquedos", porém, se torna algo perigoso e doentio se não há respeito e/ou o outro possuí alguma obsessão que prejudica a ele e quem está ao redor.

— Nossa, não sabia que vocês tinham tanto conhecimento nesse assunto.

— Meu filho, estamos falando de coisas relacionadas a sexo, é claro que somos experientes nisso. — comentou Yoongi, sorrindo egocêntrico.

— Quando tive meu dia de calor, sabe, quando nós betas damos uma enlouquecida como se estivéssemos no cio, questionei coisas ao meu pai e ele não soube responder algumas delas. Então pesquisei na internet e ouvi psicólogos também. De início assustei, só que depois entendi que eram coisas diferentes mas normais e que eu deveria sim saber. — deu de ombros. Notou o dongsaeng boquiaberto. — Por que está com essa cara de espanto? Não é você que vive chamando a gente de safado, pervertido, sem vergonha? Era de se imaginar que soubéssemos muito. 

— Faz sentido. Veste aquela minha camisa vermelha, Tae. Ela fica bem em você.

— Boa!

— Ei, se você tem um fetichezinho de voyeur e o Jimin é claramente um exibicionista, pensa na coisa interessante que isso pode virar. — comentou o platinado.

— Pode deixar que eu vou pensar. — garantiu, sorrindo insinuante.

— Mas não vale ficar só na imaginação, hein? Tem que pôr os fetiches em prática e ainda contar para os amiguinhos. — incentivou Kim.

— Um dia. E vocês?

— Eu sou mente aberta, curto provar de tudo. — Suga deu de ombros.

— Talvez eu goste um pouquinho de observar, me sentir observado e me sinta excitado com isso também. — disse o outro.

— Pelo jeito o crush compartilhado de vocês também. — provocou.

— Por isso essa noite promete! — o hyung sorriu malicioso.

— Vai rolar um threesome gostoso, amém! —  exclamou Taehyung, animado com a ideia.

Jungkook negou, rindo. Seus amigos eram fogo. Mas não ia julgar porque agora era um foguinho que mal via a hora de ver Jimin essa noite e trocar muitos beijos, quem sabe até algo a mais.

Às nove já se encontrava arrumado e perfumado. Hoseok quis passar em sua casa, ele tem um carro, já que estavam prontos o ômega platinado e beta decidiram ir com ele. O de cabelo pink não quis ir, afinal, combinou de com Jimin, fora que seria ruim ser uma vela no meio daqueles safadinhos e, claro, eles mereciam liberdade para flertar à vontade.

Se olhou no espelho pela milésima vez, ajeitando sua jaqueta e voltando a passar o lip tint pois sua boca insistia em ficar se ressecando, tinha que mantê-la hidratada, além daquilo também deixá-la mais atraente. Ao menos era isso que Katy lhe dissera uma vez na empresa. 

A amiga de trabalho do Park era legal e vivia contando curiosidades sobre ele, tinha que mandar mensagem para ela e marcar para saírem depois, não pela fofoca mas era pela a amizade que criaram nos dias que ficou na empresa sem o moreno durante a tarde.

Ah, aquele alfa lindo...

Park Jimin estava vagando demais pelo seu cérebro. Não era novidade, afinal, desde o dia em que passou mal em casa para cá vem acontecendo. A surpresa foi perceber que após o encontro, vinha acontecendo com mais frequência e o espanto foi ver que não era só a imaginação ligada a assuntos quentes como antes, tinha carinho demais e, caramba, seu coração quase saía pela boca ao fantasiar situações consideradas românticas ou por recordar algumas coisas que viveram.

Era assustador ver que estava gostando dele, mas ao mesmo tempo era tão, tão, e tão bom.

Uma buzina soou lhe causando um frio no estômago e mãos gélidas de um nervosismo quase comum, pois já havia sentido outras vezes com Jimin, só que agora sabia exatamente o porquê. Os sintomas da paixão estavam se tornando conhecidos.

Suspirou, pegando as chaves, trancando a casa e caminhando até o carro.

— Oi. — sorriu um pouco tímido, afinal, seu interior estava agitado. Ainda mais agora encarando o primeiro crush de sua vida de pertinho, sentindo seu perfume gostoso, apreciando aquele corpo definido coberto por belas roupas.

Ele também usava pulseiras e anéis, e o cabelo que sempre estava repartido no meio hoje se encontrava de lado. Não poderia estar mais bonito.

— Olá, meu doce. — o beijou o canto da boca. — Você está uau!

(Não sei editar, imaginem cabelo rosa)

— É meu colegial favorito. — fez carinho na bochecha dele que sorriu largo. Jimin também, pois o dongsaeng era tão lindo e adorável que o encantava.

Ficaram alguns segundos se encarando até o ômega desviar o olhar daquele intenso que lhe causava tanto nervoso por parecer enxergar sua alma.

— Vamos? — apontou para o carro.

— Sim. 

Eles entraram no Audi e foram em direção a casa de Ara que era pertinho.

— Nossa! — exclamou o jovem ao ver que a residência da ômega parecia, de fato, um castelo.

— A festa vai ser aqui?

Assentiu, ainda mais ao ver seus amigos junto de Jung em uma das mesas espalhadas no quintal, conversando junto da anfitriã que tinha os levado alguns petiscos. 

— Meus amigos estão ali.

— Vai me apresentar a eles?

— Claro, por que não? — sorriu, entrelaçando seus dedos e andando confiante até eles. —  Hey, gente. Tudo bem?

— Quem é esse? — quem perguntou foi a moça, olhando o alfa de cima a baixo porque não tinha como evitar, ele é muito atraente. 

Jeon o abraçou pelo pescoço, tendo a cintura segurada. Não era um ciumento possessivo mas tinha que proteger seu crush de possíveis interesses alheios, certo?

— Esse é Park Jimin. Nós estamos juntos. — sorriu, virando para o mais velho, dando um selar na bochecha.

— Sem problemas, capitão. — deu um sorriso ladino pois os dois faziam um belo casal. — Fiquem a vontade, sim? — a simpatia se esvaiu ao que ela se voltou para Hoseok. — Não cruze meu caminho aqui dentro, evite minha vergonha.

— Mimizenta. — disse, rolando os olhos quando ela saiu.

— Você a conhece? — Jungkook franziu o cenho.

— Pasme: eles são irmãos! — o beta de cabelo azul contou a fofoca.

— Vocês perderam eles se esbarrando e ficando "Não acredito!". Foi quase um gay panic. — Min gargalhou.

— Bobos. — ele acabou rindo. — Mas melhor explicando, o pai dela casou com a minha mãe. Ara é terrível, metida e controladora. Mas não é de admirar, puxou a megera. —  comentou, bebendo seu drink.

— Você chama sua mãe de megera? —  interveio Jimin, estranhando.

— Longa história. Se você conhecesse a peça concordaria comigo. E você, Kook? Não vai nos apresentar ao seu amigo. — sorriu insinuante, enfatizando a palavra “amigo”.

— Oh, sim. Então, Jimin-ssi, esses são Hoseok, Yoongi e Taehyung hyungs. Hyungs, esse é o Jimin-ssi mas vocês já sabem disso.

— Impossível não saber, você só fala dele. — entregou o Kim, ganhando o olhar de "cala a boca" do amigo e um sorriso do ator.

— Ele também fala bastante de vocês. Só não me disse de você, Hoseok.

— Entrei pra essa turma de jovenzinhos a pouco tempo. Mais uma longa história. Eu era professor deles de matemática, quando aluguei uma casa nova, perto de um novo emprego, comecei a dividi-la foi justo com o Yoongi. 

— Isso aí. Tirando o fato que ele não é tão jovem. — alfinetou o platinado, fazendo eles rirem.

— Ah, sua cobrinha. — o puxou fazendo cócegas, Min lhe bateu e empurrou pois detestava isso.

— É estranho estar em uma festa de recém adultos depois de um tempo, não acha? — Park soou divertido.

— Ao menos melhoraram a quantidade dos comes e bebes. Quantos anos você tem? —  perguntou gentilmente, apesar da vaga lembrança do ômega de cabelo pink ter comentado.

— Vinte e oito.

— Então você é um hyung. Eu tenho vinte e quatro.

A conversa se estendeu ao passo que todos na mesa comiam. Estava tudo fluindo bem entre eles. Então começou a tocar 7 Rings e Taehyung se levantou, agarrando o pulso dos amigos e gritando que eles tinham que dançar ela visto que o faziam em todas as noites de festinha particular.

— Já que vocês ficaram amigos, nós vamos ali um pouquinho. — avisou o dongsaeng, dando mais um selar no rosto do moreno e deixando ser arrastado.

— Ele gosta de você. — comentou o ruivo, resolvendo ajudar no andamento daquela relação.

—  Gosta? — falou, sentindo um pequeno estranhamento interno porque havia muito tempo que alguém se interessava por si de verdade, não só para sexo.

— Está claro pelo jeito que ele segura sua mão como se isso fosse a melhor coisa confortável do mundo, pela forma que grudou em você quando a Ara estava perto, pelo carinho e encanto nos olhos dele quando te encara, pelas suas ações... Inclusive, ele está dançando e rindo com os melhores amigos, mas ainda sim fica olhando para cá, para você.

De imediato Park procurou por ele, encontrando o ômega em uma das incontáveis pistas improvisadas, este sustentou o olhar por um tempo, porém o alfa era intenso e intimidade demais, isso mexia consigo de uma forma absurda então acabou desviando primeiro.

— Você também gosta dele? — o beta questionou curioso.

— Ele é um bom lupino.

Lhe deixava encantado por ser tão doce e adorável, lhe fazia se divertir com pouco, lhe destruía de tesão com toda sua manha, ao mesmo tempo que o fazia querer apertá-lo pela fofura natural que tinha, lhe fazia se sentir bem e, não menos importante, não só apreciava seus cuidados como até cuidava de si.

— Como não percebi isso antes? — perguntou mais a si mesmo do que para Hoseok.

— Você devia estar focado em outras coisas. Precisa de alguma ajuda para dizer a ele sua nova descoberta? — sugeriu.

— Eu preciso é de uma bebida. — saiu, assustado ao notar aquele sentimento que a anos não sentia.

— Senhor lobão aí em cima. —  o ruivo olhou para o céu estrelado. — Ajude que ele não faça merda. Dá um empurrãozinho para eles… — observou os dois jovens que estavam lhe confundindo. —  Quem sabe um rumo para mim. 

Os três jovens lupinos pulavam, rebolavam, tentavam passos que saiam engraçados e gritavam alegres por estarem curtindo juntos. Era bom demais passar a noite com amigos.

Quando a garganta pediu para ser molhada foram para o bar, pegando drinks gostosos e sem álcool. Nisso, os olhos de Jeon vagaram para todo lado.

— O que tanto procura? — questionou o hyung ômega.

— Perdi o Jimin de vista.

— Ele deve estar por aí com-

— Se for falar do Hoseok ele está bem ali, dançando com aquele loiro baixinho. — comentou Tae, apertando os lábios, não se sentindo muito confortável.

Min, respirou fundo, contando até dez para não cometer um crime de ciúmes. 

— Devemos ir interromper?

— Não que seja o ciúmes falando, mas ele está conosco nesta noite então é melhor evitar contratempos.

—  Então vamos! — o puxou.

— Ciumentos do caralho! — gritou Jeon, rindo deles mas suspirando ao se ver sozinho. — Ótimo. Agora estou abandonado. 

No entanto, ao invés de ficar isolado no cantinho como fazia antes quando se rendia a timidez, foi explorar as partes dentro do castelo que estavam liberadas, se metendo no meio daqueles lupinos e lupinas, conversando com alguns colegas no caminho, vendo coisas que não queria em outros e, de repente, assustando com duas mãos em sua cintura, o trazendo de encontro a um peitoral. Que pegada! E aquele cheiro… O susto se esvaiu ao sentir ao ver que era conhecido.

— Estava te procurando, meu doce. —  com a voz falando sedutora em seu ouvido o arrepio foi certeiro, deixando seus pelinhos eriçados. O coração martelou forte dentro do peito também, não só pelo susto.

Passou a língua nos lábios secos de nervosismo, se virando para encontrar um par de olhos azuis lhe encarando atento.

— Me achou! — disse afobado, afinal, outra vez estava com aquela agitação no interior.

Os olhos deles não se desviaram, a tensão foi ficando palpável ao que se miravam intensamente em um canto daquela mansão. O coração de Jungkook martelava em seu peito tão forte quanto as batidas da música que o DJ tocava. Não sabia exatamente o que dizer, estava nervoso com aquele olhar sério, penetrante, e intimidador.

Jimin também estava se sentindo afetado, agora reconhecia as sensações bem e descobriu que não se incomodava com elas. Aproximou, passando a encarar o ômega de pertinho, tão perto que suas respirações estavam se mesclando.

— O que quer fazer?

— M-me divertir. — acabou gaguejando. — E você? — perguntou mais firme, tentando afastar aquele rubor que estava querendo ficar presente em seu rosto, ele sempre teimava em querer aparecer quando estava com o ator.

Ah, Jimin queria fazer tantas coisas... Mas reconhecia que talvez Jungkook não estivesse totalmente pronto.

— Te encontrei vagando por aí, você não parece estar se divertindo muito. — mudou o foco.

— E você parece estar fugindo do assunto. —  alfinetou, o moreno deu um sorrisinho de lado.

— Eu também quero me divertir, mas de uma forma que você talvez ainda não consiga se permitir ou aguentar.

— Eu não sou uma criança e estou longe de ser inocente. Se quer mesmo saber, agora eu estou me divertindo. — colou seu corpo ao dele, passando os braços por seu pescoço. — Mas posso me divertir mais se você topar fazer um threesome.

Achava emocionante vê-lo em ação e esse era um dos seus fetiches. Queria participar, queria ver, diante dos seus olhos. Desde que fosse com alguém desconhecido.

— É o que? — arregalou os olhos, surpreso demais.

— O que? Eu sei que você também gosta. — tinha um sorriso nos lábios, adorando provar para ele que era um Jungkook mais evoluído e aberto a tentar coisas novas. Queria mostrar a ele que podia gostar das mesmas coisas, que era o parceiro ideal.

— Você não é virgem? Digo, não esteve com nenhum lupino, só usou toys no seu heat, não é? Vai querer isso logo de primeira? — acha arriscado pois ele sequer devia saber se segurar diante dos feromônios alheios, sendo assim fariam o que quisessem com ele, talvez coisas que no fundo nem quisesse de verdade. — Eu acho arriscado. Você ficaria muito vulnerável diante dos instintos dos outros. Ou outras.

— Descobri um de meus fetiches, você vai estar comigo, e não quero transar com ambos. Não essa noite. Eu quero sim me divertir, assistindo, sabe? — mordeu o lábio. 

— Oh. — um sorriso malicioso surgiu. — No futuro, sim? Nem todo ômega sabe lidar com os feromônios dos outros. Você tem que ver primeiro como reage principalmente com um alfa que é a classe que mais domina a sua e que também tem uma voz de comando que costumam gostar de usar no sexo. Se você sentir que está como no cio e ficar de joelhos nos primeiros instantes, deixando ele fazer o que quiser, precisaremos te fortalecer para lidar com isso para depois você ir se divertir. 

— Eu não tinha pensado nisso… Espera ai, precisaremos? Quer dizer que você vai…?

— Quando for o momento certo voltamos nesse assunto. — piscou. — Veio algo em minha mente depois de você citar não ser inocente: o Namjoon sabe que você está aqui?

Por mais que o hyung estivesse mais liberal, o ômega sabia que ele não era fã de festas, logo, temendo receber um não ou que ele colocasse Sun para lhe vigiar enquanto fazia sua viagem, deixou de comentar.

— Não. E você não irá contar. — ditou confiante, ainda que no fundo estivesse receoso.

— Para isso terá que negociar meu silêncio. — sorriu travesso.

— E o que você quer?

— O que está disposto a me dar? — colou ainda mais seus corpos.

— Uhm... Que tal um beijinho aqui? — foi rumo ao pescoço dele, que diferente do seu estava descoberto, o selando.

— Só um?

— Vários? — selou de novo, de novo e mais uma vez. Lento. Demorado. Instigante. O ator fechou os olhos, sorrindo, jogando a cabeça para trás para passe livre ao rosado. 

Achava esses joguinhos bem interessantes e gostava da ousadia que Jeon andava adquirindo cada vez mais.

— Vai ter que melhorar a sua oferta. Lembre-se que não está lidando com um garotinho. — desceu as mãos, as enchendo com a carne farta do bumbum do dongsaeng que gemeu manhoso perante o aperto, além de suas partes baixas se roçarem.

— Pode fazer o que quiser comigo, Jiminnie. 

Isso era mais que tentador, porém, Park queria ir com calma, não ia acelerar nada, queria que tudo fosse proveitoso e que o ômega não esquecesse de nenhum detalhe.

— Eu posso é?

— Você sabe que pode, hyung. — murmurou arrastado, manhoso. O moreno se sentiu afetado com isso. Era a mesma sensação eletrizante de quando o outro o ouvia dizer "meu doce".

— Não me chame assim. — resmungou, mordendo o lábio.

— Por que, hyung? — falou, o encarando com falsa inocência, só para provocar.

— Você não tem noção do perigo.

Se perguntou o porquê de seu interior esquentar somente por ouvir aquele pronome de tratamento vindo de Jungkook. Provavelmente foi pela forma que ele pronunciou, tão manhosa, arrastada e única. Do jeitinho que lhe deixava doidinho.

Porra, e se Jeon resolvesse lhe chamar daquele jeito em público ou em lugares inapropriados? Teria que se controlar bastante para não agarrá-lo. Mas agora não precisava, não é? 

Pensando bem, precisava se controlar sim, como mencionado antes, queria ir com calma por ser as primeiras experiências do jovem, para desfrutar dos momentos de conexão e prazer que nunca teve em tal intensidade e, claro, fazê-lo nunca mais esquecer de si.

— Vamos dançar. — sorriu levado, tendo uma ideia.

Por coincidência, o que tocava era Despacito, uma música latina envolvente que possuía uma letra que se encaixava com os dois.

— Que tal: se conseguir me excitar sem usar seus feromônios, eu topar aquele sexo a três e você ainda conseguir o meu silêncio? — era uma boa para ensiná-lo também a controlá-los pois do mesmo jeito que ele estava suscetível a sofrer com eles, outros ômegas que atraem por ômegas poderiam sofrer com os seus e alguns betas, alfas que, no caso destes, possuem menos controle podendo atacar com facilidade. Portanto, Kook não podia liberar em qualquer lugar.

Um sorriso desafiante era tudo o que Jungkook precisava terminar de aguçar sua vontade.

— Pode deixar que eu irei! - sorriu danado, deixando a vergonha escondida lá no fundo pois de forma alguma precisava dela, esforçando para lembrar de alguns passos sensuais e criando outros em sua mente para ganhar.

Há um tempo que estava louco para ter mais do que um beijo desse alfa. É hoje que fará Jimin perder a sanidade e, assim, lhe agarrar de vez sem nem precisar de seu odor sedutor. 

Começou a balançar o quadril e o outro lhe acompanhou enquanto mantinha as mãos de maneira firme em sua cintura. Por estarem extremamente perto, Jimin acabou observando cada pedacinho do rosto alheio e teve que admitir, aquele era o ômega mais lindo que já havia conhecido.

Yo no tengo prisa yo me quiero dar el viaje
(Eu não tenho pressa, quero aproveitar a viagem)

Empecemos lento, después salvaje
(Começaremos devagar, depois selvagem)

Eles se encaravam intensamente com as bocas quase encostadas e, apesar da vontade de se beijarem, inconscientemente ambos concordavam que assim era bem mais instigante.

Pasito a pasito, suave suavecito
(Passinho a passinho, devagar, devagarinho)

Nos vamos pegando, poquito a poquito
(Vamos nos pegando, pouquinho a pouquinho)

O ator pôde perceber que Jeon tinha uma cinturinha que fazia loucuras; ele sabia exatamente como movê-la no ritmo e no jeito certo para provocar, fora que fazia questão de roçar seus corpos, lhe fazendo sentir vontade de agarrá-lo de vez ali mesmo.

Cuando tú me besas con esa destreza, veo que eres malicia con delicadeza. — para provocá-lo de volta, murmurou sensualmente o trecho no ouvido dele, enfatizando o que, de fato, pensava de Kook: quando ele lhe beijava, sentia toda a malícia com delicadeza.

Pasito a pasito, suave suavecito
(Passinho a passinho, devagar, devagarinho)

Nos vamos pegando, poquito a poquito
(Vamos nos pegando, pouquinho a pouquinho)

Y es que esa belleza es un rompecabezas
(E é que essa beleza é um quebra-cabeça)

Pero pa montarlo aquí tengo la pieza
(Mas para montá-lo, aqui tenho a peça)

Suas mãos deslizavam e apertavam o corpo de Jungkook que arfava mas não perdia sua pose provocante. As reações que estava extraindo de Jimin lhe empenharam ainda mais em segurar os feromônios e se mover sensual contra o corpo dele, pouco importando caso estivessem sendo observados.

Despacito
(Lentamente)

Quiero respirar tu cuello despacito
(Quero respirar no seu pescoço lentamente)

Deja que te diga cosas al oído
(Deixe-me dizer coisas em seu ouvido)

Para que te acuerdes si no estás conmigo
(Para que se lembre quando não estiver comigo)

Os movimentos tornaram mais brutos, o rosado ondulava o corpo e Park o apertava contra si, deslizando a boca pela clavícula dele. Em determinado momento Jeon acabou fechando os olhos e movendo ainda mais a cintura, aproveitando de toda a áurea de tesão que os envolviam.

Despacito
(Lentamente)

Quiero desnudarte a besos despacito
(Quero te despir com beijos, lentamente)

Firmo en las paredes de tu laberinto
(Assinar as paredes do seu labirinto)

Y hacer de tu cuerpo todo un manuscrito
(E fazer de todo seu corpo um manuscrito)

O toque, a melodia, a letra, o jeito que dançavam, era totalmente envolvente. Seus corpos já estavam quentes a tempos, o desejo tinha tomado conta deles e tudo parecia sensual demais. Chegava a ser insuportável toda aquela tensão existente entre os dois, porém, nenhum deles fazia algo para mudar, a excitação que sentiam no momento era satisfatória. Ao menos por enquanto.

Quiero ver bailar tu pelo
(Quero ver seu cabelo dançar)

Quiero ser tu ritmo
(Quero ser seu ritmo)

Que le enseñes a mi boca
(Quero que ensine a minha boca)

Tus lugares favoritos (favoritos, favoritos, baby)
(Seus lugares favoritos) (favoritos, favoritos, amor)

Jungkook, sorrindo levado, se virou de costas, rebolando. Jimin não era bobo, aproveitava disso e ainda apertava o corpo dele contra o seu, o fazendo esfregar a bunda em seu pau. Depois se aproximou do ouvido dele, murmurando com aquela voz sedutora que fazia qualquer fêmea molhar a calcinha ou, no caso do rosado, pulsar dentro da cueca.

Déjame sobrepasar tus zonas de peligro, hasta provocar tus gritos, y que olvides tu apellido. — o dongsaeng arfou, apertando o braço que lhe envolvia o corpo e levando a cabeça para trás, a deitando no ombro alheio, não deixando de requebrar no ritmo. 
Seus olhos mantinham fechados como antes e sua mente fértil imaginava exatamente o que Park cantou em seu ouvido. Desejava com todas suas forças que ele ultrapassasse suas zonas de perigo, lhe provocasse gritos e o fizesse esquecer seu sobrenome. Ah, sonhava com isso todas as noites!

Despacito
(Lentamente)

Vamos a hacerlo en una playa en Puerto Rico
(Vamos fazer em uma praia em Porto Rico)

Hasta que las olas griten: ¡Ay, bendito!
(Até que as ondas gritem: aí, meu Deus!)

Para que mi sello se quede contigo
(Para que minha marca fique em você)

Sem pensar em seus atos, em meio aquele ritmo envolvente e gostoso, chupou a base do pescoço de Jungkook, o causando um gemido e possível marca.

Pasito a pasito, suave suavecito
(Passinho a passinho, devagar, devagarinho)

Nos vamos pegando, poquito a poquito
(Vamos nos pegando, pouquinho a pouquinho)

O jovem fez com que o ator desgrudasse de si, passando a dançar sozinho, rebolando, subindo a mão sensualmente da bunda até seu pescoço, onde acariciou a gargantilha que de certa forma era um empecilho que nunca provocou Jimin quanto agora também.

Que le enseñes a mi boca
(Quero que ensine a minha boca)

Tus lugares favoritos (favorito, favorito, baby)

(Seus lugares favoritos) (favoritos, favoritos, amor)

O alfa não aguentava vê-lo rebolando a bunda para si e não poder tocá-lo, logo o puxou para perto novamente, colando seus corpos outra vez. Em seguida o outro, ainda ondulando o corpo, pegou uma das mãos alheias passando por seu peito, barriga e largando na cintura onde ganhou um aperto forte que o fez gemer outra vez por aquela parte ser tão sensível.

Pasito a pasito, suave suavecito
(Passinho a passinho, devagar, devagarinho)

Nos vamos pegando, poquito a poquito
(Vamos nos pegando, pouquinho a pouquinho)

Hasta provocar tus gritos
(Até provocar seus gritos)

Y que olvides tu apellido
(E te fazer esquecer seu sobrenome)

Tudo estava quente demais, ambos suavam e arfavam por causa do tesão do momento e seus corpos se esfregavam, até o último segundo.

Despacito
(Lentamente)

Basicamente foi uma última encoxada e fim de música, restando os dois lupinos excitados no meio da pista, com as respirações ofegantes, controlando ao máximo os feromônios, loucos para se tocarem fora daquelas roupas que estavam contribuindo apenas para entrarem em ebulição.

Ao virar, Kook viu o desejo ardendo no olhar do alfa e percebeu também que não ele não foi o único que ficou duro com aquela brincadeira. Desafio ganho. Entretanto, nenhum dos dois pensava nisso.

Antes que o rosado pudesse dizer algo, foi puxado pelos corredores até um quarto escuro qualquer, poucas luzes adentravam ali e a melodia da próxima música foi abafada por Park ter fechado a porta. 

Logo sentiu seu corpo chocar contra a parede, os lábios volumosos tomaram os seus em um beijo afoito, a língua dominou a sua e, caralho, aquela selvageria era muito gostosa, mas o que Jimin fazia com aquele músculo atrevido era mais.

As mãos do ator acariciavam atrás das coxas grossas, descendo e subindo por ali até a bunda onde não hesitou em encher as mãos e apertar firme fazendo com que, na frente, suas pélvis se tocassem. Ambos estavam completamente duros.

— H-hyung... — gemeu manhoso, meio soluçado, fazendo Park sorrir malicioso.

— Vamos esquecer aquele threesome por hora. O que acha de um frottage?

— Fro... O que? — resmungou, confuso, ofegante, embriagado de tesão.

— Masturbação dupla, Jungkook-ah. — já havia visto cenas dele fazendo isso, parecia ser bom. Para falar a verdade, só de ser o moreno ali era naturalmente bom. É claro que aceitaria, ainda mais estando tão excitado.

— Eu acho que gostaria. Preciso continuar segurando meus feromônios?

— Sim, afinal, não queremos deixar seu cheiro nesse lugar desconhecido por vinte e quatro horas.

— Ok. Também controle os seus. 

Jimin assentiu, não demorando a iniciar outro beijo quente e adentrar a mão na calça do rosado que não conteve o gemido ao senti-lo lhe tocar com destreza. Em seguida, o alfa abriu a própria peça de roupa, juntando seus pênis. 

Jungkook sentiu algo diferente, mas delicioso quando ele os segurou coladinhos, começando movimentos leves. Teve que morder o lábio para não gemer e buscar muito controle para continuar a segurar o odor sedutor de acasalamento.

Curioso, olhou, tendo uma pontada de excitação ao que observava. Além da parte atrativa de ver e sentir o atrito de suas partes sensíveis, pôde perceber a diferença em seus paus e não era algo alarmante, era só que Jimin por ser alfa possuía uma bola acima dos testículos, bem na base de seu pênis. Era o nó ao qual podia liberar ao gozar ou não. Geralmente doía fazer isso sem estar dentro de alguém, do mesmo jeito que doía para quem recebia, então os alfas evitavam quando estavam só se masturbando. Já estando no interior era mais difícil de controlar, principalmente se o outro alguém estivesse no cio. Não é impossível, mas poucos continham esse instinto. No rut deles próprios então sequer viam que estavam fazendo, pois nele a intenção é justamente se atar, não soltar até despejar a última gota de sêmen para garantir que fariam um filhote. 

— Está gostando, baby? — perguntou rouco a um Jeon totalmente perdido em sensações indescritíveis e maravilhosas. Ainda assim, assentiu rapidamente, embolando os dedos nas madeixas escuras e puxando, direcionando o rosto de Park para a base do pescoço coberto, gemendo alto ao ter a pele sugada e marcada outra vez. 

Por um segundo Kook viu que aí estava o perigo de não usar uma gargantilha ou coleira que impedisse a mordida, consequentemente uma marca que une os lobos, pois em momentos assim o insinto podia falar mais alto e se não tivesse empecilho acontecia fácil.

No entanto, não focou nisso e sim que o alfa movia bem a mão, os friccionando deliciosamente. Este se excitava cada vez mais com os gemidos que vinham do ômega, acabando por soltar alguns roucos e puxando o ar, demonstrando o quanto também estava embriagado pelo momento.

— Jiminnie hyung... Oh! Hyung! — ter o ator os massageando daquele jeito o enlouquecia tanto ao ponto de não aguentar mais, precisava se aliviar urgentemente. — Jiminnie, eu... — arfou ao sentir espasmos e sua entradinha pulsar toda molhada, mordendo o ombro dele para descontar o que sentia. 

— Nós vamos juntos. Só não use seus caninos de lobo. — alertou para não ser marcado, movendo o punho com mais eficiência, os friccionando ao máximo. — Ah, estou quase lá... Porra! Isso é muito bom!

— S-sim, Jimin-ssi...

— Vem. Goza pra mim, meu doce. — murmurou ao pé do ouvido dele, o derretendo completamente.

— Oh! Hyung! — jogou a cabeça para trás, gemendo alto junto do moreno por explodirem quase ao mesmo tempo em sensações estonteantes.

Mesmo que se encontrassem ofegantes, Park beijou os lábios apetitosos do dongsaeng, calmo e envolvente enquanto ainda movia a mão prolongando seus espasmos. O rosado sentia uma satisfação incrível e sabia que, com certeza, pediria por aquilo mais vezes.

Após findarem tudo, procuraram por um banheiro que por sorte havia naquele quarto. Se limparam e se ajeitaram para irem embora, deixando os cheiros fortes, ainda que sem os intensos feromônios, para trás.

O caminho foi silencioso, a não ser por uma música suave que tocava na rádio do carro. Jungkook mantinha os olhos fechados, estava corado e com um sorrisinho que insistia em ficar nos seus lábios. Já Jimin prestava atenção nas ruas, mas vez ou outra no jovem ao seu lado. Ah, ele é tão lindinho. Dava até vontade de aproveitar o fim da noite para dormir agarradinho nele como poucas vezes desejou dormir com alguém.

Ao parar o carro percebeu que o ômega estava cochilando ali. Sem perceber acabou por sorrir. Em seguida o acordou de um jeito delicado. Ele se espreguiçou, demorando um pouquinho para abrir os olhos.

— Uhm... — fitou o alfa, preguiçoso. — Obrigado por me acompanhar hoje. Saiba que foi uma das melhores noites que eu já tive. — admitiu sem jeito, todo corado, por mais que tentasse evitar. Mas tudo bem, aceitava o fato de Park Jimin ter o poder de lhe deixar tímido porque gostava dele.

— Foi bem legal. — sorriu, o vendo assentir e se preparando para sair. Jeon pensava que tinha que fazer isso logo antes que desistisse de deixar o hyung e fosse embora junto ou o arrastasse para sua casa. — Ei, Kook-ah?

— Diga.

— Conseguiu meu silêncio. Não direi nada a Namjoon. — ele suspirou aliviado, mal sabendo que mesmo se não tivesse aceitado a dança, o ator não iria contar. — Agora o thresome combinamos depois. — deu uma piscadinha.

— Pode deixar. Obrigado, Jiminnie! — sorriu agradecido, pulando nos braços do mais velho que riu lhe abraçando de volta. — Agora eu já vou.

— Jungkook. — chamou outra vez, no entanto, dessa vez quando ele virou foi surpreendido por um beijo demorado e gostoso.

— Agora não quero mais te deixar ir. — fez bico, em seguida pedindo cheio de dengo — Passa a noite comigo?

— Ah — que maldito ômegazinho adorável, pensou. — Eu passo.

Foi assim que Jimin completou o desejo de dormir agarradinho a Jungkook. 

O fez sorrindo com o seu último pensamento da noite que foi a certeza de estar sim, cada vez mais, caído de paixão por Jeon Jungkook depois de anos fechado para tais sentimentos.

Já o ômega demorou a pegar no sono por conta do coração acelerado ao estar tão coladinho àquele lupino. A última coisa que lembrava de ter pensando antes de conseguir foi que, se todas as vezes que saísse para festas fossem tão perfeitas assim, trataria de sair bem mais!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top