The First Hybrid

∆*∞★ °CAPÍTULO 5° ★∞*∆
• 🌞 | O primeiro híbrido

𝕰lena abriu os olhos lentamente, ainda sentindo o sono no corpo. Ela virou a cabeça para o lado e viu Klaus com as mãos no volante, olhando atentamente para a estrada. Ela percebeu na hora que estava em um carro em movimento, porém não se lembrava como tinha chegado ali. Ainda estava escuro lá fora, o carro seguia reto na estrada deserta, Elena se ajeitou um pouco mais no banco, ainda meio confusa.

— Que bom que acordou. Achei que teria que dar um beijo em você como na Bela Adormecida — Klaus brincou sorrindo, sem tirar os olhos da estrada.

— Para onde a gente está indo?

— De volta à Mystic Falls. Você acabou dormindo no meio daquela estrada e eu te coloquei no carro. Devo admitir que você fica fofa dormindo.

— Pensei que a gente ia demorar mais para voltar.

— Não tínhamos mais nada para fazer em Chicago. E aliás... — Klaus vira o rosto para Elena — Nós já chegamos.

Elena desviou sua atenção para o rádio do carro, onde não tocava música alguma, apenas tinha na parte de cima o horário, a duplicata se assustou um pouco por ver que eram 3:24 da manhã. Se perguntou a quanto tempo estavam dirigindo desde Chicago até Mystic Falls, e porquê Klaus quis voltar à essa hora da noite. Elena olha na direção do vidro da janela, mesmo estando escuro, ela reconheceu aquelas áreas que ficavam próximo da fronteira da cidade. Eles haviam mesmo chegado. Demorou alguns minutos para Klaus parar o carro em frente à escola de Elena. O híbrido desceu do carro primeiro, logo em seguida Elena repetiu seu gesto.

— Tá' bem, por que viemos para cá? A escola está vazia nessa hora — disse ela, fechando a porta.

Niklaus deu a volta no carro para se aproximar da duplicata.

— Na verdade, não está — respondeu ele, encostando suas costas no carro atrás dele — Um dos meus contatos disse que a sua turminha veio invadir a escola para fazer "a noite do trote". Acho que esqueceram de mais uma veterana — Klaus sorriu maliciosamente para Elena.

— Não me diga que você veio me trazer aqui para eu aproveitar com meus amigos a noite do trote? — a pergunta dela saiu um pouco mais como zombaria.

— Não exatamente — o híbrido desviou o olhar para a escola — Eu sei que um dos seus amigos aqui é um lobisomem. Aliás, eu pretendia usá-lo no ritual — ele voltou seu olhar para Elena — Junto com a sua amiguinha Caroline.

— Tyler... — ela murmurou.

Seus olhos se tornaram fixos no rosto de Klaus, o mesmo puxou o canto da boca, abrindo um sorriso sacana para a duplicata. Elena começou a raciocinar do porquê Klaus veio parar na sua escola bem na noite do trote dos veteranos. Tyler claramente estaria presente, e ele era um lobisomem, o próprio Klaus sabia — já dito por ele, o híbrido iria usá-lo no ritual para quebrar a maldição. Elena era a duplicata que Klaus precisava para criar seus híbridos, então obviamente o Mikaelson não a trouxe para a escola apenas para ela aproveitar a noite do trote. A expressão da Gilbert se tornou de medo ainda olhando para o híbrido.

— Não...

— Agora que eu sei do que eu preciso... — ele desencostou do carro, andando alguns passos para se aproximar dela — Eu não vou desperdiçar essa oportunidade.

Elena engoliu a seco. Klaus pegou no braço de Elena sem nenhuma delicadeza e ele foi a arrastando para dentro da escola junto com ele. Os corredores da escola estavam acesos e vazios, a duplicata e o híbrido passavam por esses corredores em direção a algum lugar.

— Você pode soltar meu braço? Está me machucando — pediu Elena ao sentir o aperto de Klaus aumentar.

— Eu estou sem tempo para ser gentil hoje — o híbrido disse com arrogância.

Niklaus esbarrou suas costas em uma das portas duplas do ginásio, agarrando a cintura de Elena com o outro braço, e puxou a duplicata para dentro do ginásio. Ali estavam a maioria dos colegas de Elena, o ginásio estava cheio de copos de plástico com líquidos coloridos dentro.

— Atenção, veteranos! Vocês foram flagrados! — anunciou Klaus andando com Elena — Acabou o trote!

Os alunos resmungaram chateados por terem sido descobertos. Eles foram andando calmamente para fora do ginásio.

— Eu me lembro de você — pronunciou Klaus reconhecendo o rosto de uma das alunas.

Dana olhou confusa para o namorado ao lado dela antes de voltar sua atenção para o híbrido.

— Eu conheço você?

— Ah não, desculpe, eu não estava no meu corpo quando a gente se conheceu — Klaus disse como se importasse se ela soubesse ou não — Pode levantar o pé, por favor?

A jovem, obedecendo a hipnose se Klaus, levantou um dos pés, flexionando o joelho.

Se ela abaixar o pé, quero que mate ela de pancadas — o híbrido ordenou, olhando para o garoto, que assentiu.

— Não, Klaus. Não precisa machucar ninguém — pronunciou Elena, desesperada.

— Ah, que isso, meu amor. Claro que precisa — Klaus olhou para ela com um sorriso sombrio.

— Elena? — uma voz familiar soou atrás deles.

Ambos se viraram ao mesmo tempo e lá estava Caroline parada perto da porta ao lado de Tyler.

— Caroline!

A morena sorriu feliz por voltar a ver o rosto de sua amiga. Seu coração começou a bater um pouco mais acelerado ao rever seus amigos, mas logo achou uma péssima ideia Tyler ter aparecido ali justo quando esse era o principal objetivo de Klaus ter vindo para cá.

— O que está acontecendo? — questionou o Lockwood olhando com seriedade para o híbrido.

— Tyler! A pessoa que eu vim procurar — exclamou Klaus andando em direção ao casal.

— O que você quer de mim?

O Lockwood perguntou num tom raivoso.

— Você já vai saber.

Klaus agarrou o braço de Tyler fortemente, sem deixar Caroline ter tempo de defender o namorado, o híbrido agarrou o pescoço do lobisomem com a ajuda do outro braço. Elena deu um pulinho de susto com o que Klaus estava fazendo com seu amigo. O Lockwood tentou se debater, mas Klaus era muito mais forte.

— Eu vou ser direto — Klaus andou junto com Tyler para mais perto de Elena — Toda vez que eu tentava transformar um lobisomem em híbrido de vampiro, ele morria. E da pior forma possível. Mas só depois eu descobri o que realmente faltava. O sangue de uma duplicata — olhou fixamente para Elena — Então, vamos ver o que vai acontecer agora.

O híbrido mordeu seu próprio pulso com a ajuda de suas presas afiadas, deixando o sangue sair por ali, colocou o pulso cobrindo a boca de Tyler, que acabou bebendo contra sua vontade. Elena olhou para aquela cena aterrorizada, sabia que não podia fazer nada para impedir, Klaus em breve usaria seu sangue para transformar Tyler em híbrido. Ela estava ali apenas como uma bolsa de sangue. Klaus retirou o pulso da boca do Lockwood e ao quebrar seu pescoço, o estalo dos ossos fez um barulho alto. O moreno caiu morto no chão.

— TYLER! — o grito aterrorizado de Caroline ecoou pelo ginásio.

Elena cobriu a boca com as duas mãos, olhando para o corpo morto temporariamente de Tyler. Num ato de raiva, Caroline correu em velocidade vampira na direção do híbrido para atacá-lo, porém Klaus foi mais rápido, agarrou com as duas mãos a cabeça da loira e quebrou seu pescoço também. A garota caiu morta no chão ao lado do namorado, Elena abaixou as mãos da boca deixando os lábios entreabertos ao ver seus amigos mortos, mesmo que fosse temporário. A duplicata olhou horrorizada para Klaus, que lançou um sorriso diabólico para a mesma, parecendo estar se divertindo muito com aquilo. A festa para ele só estava começando, e Elena temia isso.

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— Deixa ela em paz, Klaus! — exigiu Damon, se mantendo um pouco na frente do irmão.

Os Salvatore chegaram na escola assim que souberam por Bonnie que Klaus e Elena tinham voltado. Os 2 não hesitaram em correr até a escola para salvar a garota que ambos amavam, eles estavam no ginásio junto com Elena e Klaus, o híbrido não impediu a entrada dos irmãos, pois começou a pensar que as coisas poderiam ficar ainda mais divertidas com a aparição dos 2 ali. Quando chegaram no ginásio, encontraram Tyler e Caroline mortos no chão, os irmãos olharam com incredulidade para o híbrido, que apenas havia sorrido em diversão. Embora eles tinham coragem para enfrentar Niklaus, eles tinham medo do que o híbrido poderia fazer com Elena, que estava bem ao lado dele. Eles haviam trazido com eles uma estaca de madeira, embora sabiam que Klaus não podia ser morto com isso, era uma maneira de se defenderem.

— Vocês não têm mais autoridade nenhuma com a Elena — falou Klaus olhando para os irmãos — Eu, por outro lado... — o híbrido segurou o braço da duplicata, e ambos viraram o rosto para olharem um para o outro. Um sorriso malicioso cruzou os lábios de Klaus — Tenho ela nas minhas mãos.

— Você não passa de um miserável, maníaco! — Elena e Klaus olharam para Damon — Tirou a Elena do irmão, tirou ela dos amigos, de todos nós para fazer sabe se lá o quê! Você não vale nada!

O Salvatore mais velho estava completamente enfurecido. Klaus tirou dele a garota que ele amava, embora não tivesse admitido isso para ninguém — além da própria Elena no dia que ela  foi sequestrada para ser entregue a Elijah, porém depois Damon fez a duplicata esquecer de que havia dito que a amava; E também seu próprio irmão, Stefan, sabia dos seus sentimentos pela garota. Damon ficou o verão todo buscando alguma pista de onde Elena estaria, ele não iria parar até encontrar a garota e ver se ela estava bem. Seu coração se apertou quando voltou a ver o rosto da Gilbert, uma tranquilidade que havia perdido desde que Elena foi embora com Klaus voltou para Damon, mas ele ainda se mantinha com medo do que o híbrido poderia fazer com ela. Vendo-o segurar o braço dela de forma autoritária, o fez ficar em alerta, caso Klaus se atrevesse a machucar a Gilbert, ele estaria pronto.

Após a fala de Damon, Tyler abriu os olhos e puxou o ar que estava lhe faltando, e depois o soltou. Os olhares dos 4 ali presentes foram para o Lockwood, o garoto estava respirando ofegante, se perguntando mentalmente o que havia acontecido.

— Vou ignorar seus comentários inoportunos, Damon, pois agora eu tenho um trabalho para fazer. Ou melhor dizendo... A Elena tem — Klaus sorriu diabólico antes de desviar sua atenção para Elena.

A Gilbert olhou para o híbrido com uma pitada de medo e voltou seu olhar para Tyler, ainda no chão. Os irmãos Salvatore se entreolharam com expressões confusas sobre o que Klaus estava dizendo. O Lockwood deitado no chão, ergueu um pouco a cabeça, olhando aos arredores, até seus olhos se voltarem para Klaus.

— O que você fez comigo? — Tyler questionou olhando assustado para o híbrido.

— Eu acabei de te poupar da tortura que é se transformar — Klaus respondeu simplesmente, levantando as sobrancelhas — Mas isso só vai ficar completo, quando a Elena fizer a parte dela.

— Que parte? — questionou Damon, atento a cada movimento de Klaus.

— Você já vai entender. Mas se a Elena não fizer, — Klaus olhou para os irmãos — O amigo dela pode morrer.

Ele sorriu sarcástico, deixando os Salvatore ainda mais confusos. Klaus voltou a olhar para Elena.

— Vamos, amor?

— Peraí! — falou Stefan, chamando a atenção de Klaus — O que ela vai ter que fazer?

— Eu acho que vocês falam demais.

Klaus avançou rapidamente na direção dos irmãos em velocidade sobrenatural, não dando nem tempo para os irmãos se defenderem. O híbrido atacou Damon de imediato e quebrou seu pescoço, Stefan agiu rápido tentando acertar Klaus com a estaca que estava em sua mão, mas Klaus foi rápido em seu virar para ele e segurar seus braços para se defender. Stefan sabia que não teria tantas chances por causa da força híbrida de Klaus, mas ele não iria desistir após ver seu irmão cair morto no chão. Klaus deu um chute com o joelho no estômago de Stefan, fazendo o vampiro cambalear um pouco para trás. Klaus rapidamente tirou a estaca da mão de Stefan e acertou a ponta dela nas costelas do vampiro. O Salvatore gemeu de dor ao sentir a fisgada, Klaus segurou a cabeça dele com as mãos duas mãos, girando com força para o lado. O estalo dos ossos quebrando fez barulho no lugar, o Salvatore mais novo caiu morto no chão logo depois, com a estaca ainda presa em suas costelas.

— Não! Stefan! — Elena exclamou assustada ao ver o namorado cair no chão.

A situação foi parecida com a que aconteceu na noite do ritual, quando Stefan foi tentar salvar Jenna em se entregar no lugar dela. Klaus claramente não aceitou, em vez disso, perfurou Stefan com uma estaca e depois quebrou o pescoço dele, deixando-o morto temporariamente.

— Agora podemos fazer sem interrupções — Klaus sorriu divertido olhando para os corpos mortos dos Salvatore.

O híbrido olhou para Elena ainda sorrindo e se caminhou até ela, se posicionando um pouco atrás dela. Os olhos da morena se inundaram de água vendo Damon e Stefan mortos, seu nariz doeu com vontade de chorar, Elena olhava tristemente para seus amigos — incluindo também Caroline, que ainda não tinha acordado. A morena sabia que lutar contra o híbrido seria inútil, ela era apenas uma humana como qualquer outra, e ele um híbrido Original. Não teria forças para lutar, e fugir, seria inútil. Ela não era como a Katherine.

— Por que está fazendo isso? — Elena perguntou com a voz baixa de tristeza, seus olhos ainda fixos nos corpos de Damon e Stefan.

— Você sabe muito bem que eu preciso de você para criar meus híbridos. Seu namorado e o irmão dele que quiseram intervir.

— Eu achei que a gente tinha se aproximado nesse verão. Achei que você tinha um lado bom.

Klaus ficou sem saber o que dizer após a revelação dela. Um desconforto subiu seu peito notando o olhar triste da duplicata vendo os corpos de Damon e Stefan. Ele não sabia explicar, mas vê-la ficar triste com isso, o deixou triste também. De fato, ele tinha que concordar que os 2 haviam se aproximado nesse verão, a noite no bar foi algo fascinante para ambos, Klaus havia se divertido com Elena — o que foi algo inesperado. E ouvir o tom de decepção vindo da duplicata, a tristeza em seu olhar, isso o deixou desconfortável. Klaus se sentiu mal por deixar Elena triste. O Mikaelson afastou esse sentimento rapidamente.

— Vou precisar um pouco do seu sangue — Klaus disse com a voz suave, como se fosse um pedido — Eu vou ter que morder você. Já que aqui não tem nenhum objeto cortante.

Elena olhou para o híbrido quando ele se posicionou de frente para ela. Seu olhar estava frio, ela estava enfurecida por Klaus ter feito aquilo com seus amigos, e agora estava prestes a transformar Tyler em híbrido. Elena estendeu o braço na direção de Klaus, dando acesso ao seu pulso para que ele mordesse. Ela não tinha escolha a não ser obedecer. Não queria que Tyler tivesse o mesmo destino trágico que os lobisomens da montanha tiveram. Niklaus, gentilmente, afundou suas presas no pulso da duplicata, sem quebrar o contato visual que ambos estavam fazendo. Elena fez algumas caretas de dor enquanto Klaus a mordia. Ao tirar a boca dali, Klaus passou a língua entre os lábios para limpar o sangue que havia ficado ali, sentindo o gosto doce e metálico do sangue de Elena. Já havia provado uma vez na noite do ritual, o gosto era tão bom quanto ele se lembrava. Porém dessa vez, Niklaus não estava feliz em prová-lo, não como naquela noite. Uma onda de culpa invadiu o corpo do híbrido por ter machucado a duplicata.

Esses sentimentos tem o invadido desde que eles passaram um tempo juntos nesse verão.

A Gilbert andou até o amigo deitado no chão, ela se agachou para ficar mais perto dele.

— Sei que vai parecer estranho, mas você precisa beber para completar a transição — Elena estendeu seu pulso ensanguentado para Tyler.

O Lockwood se manteve sentado com um pouco de dificuldade. O cheiro do sangue de Elena estava o atraindo, ele não queria se alimentar, ainda mais de sua amiga, mas algo dentro dele estava sendo mais forte. Ele não podia recusar. Tyler aproximou o rosto do pulso de Elena e afundou a boca no pulso dela. O gosto metálico do sangue desceu pela sua garganta, isso para ele era estranho e nojento. Tyler se afastou de Elena quando sentiu uma dor imensa invadir sua cabeça, o sangue dela começou a escorrer pela sua boca enquanto ele gritava de dor. Elena olhou para o amigo assustada. Tyler abaixou a cabeça quando começou a tossir. Klaus se aproximou dos 2, se agachando ao lado de Elena para analisar a situação do lobisomem. Um certo medo invadiu o corpo de Klaus por pensar que não tinha funcionado, porém sua expressão logo mudou quando o garoto levantou a cabeça, mostrando seus olhos amarelados de lobisomem, veias pretas abaixo dos olhos, e presas afiadas de vampiro, assim como Klaus tinha.

Um sorriso malicioso cruzou os lábios de Niklaus ao ver que tinha funcionado.

— Isso é um bom sinal.

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Após a transformação bombástica de Tyler, Elena e Klaus estavam do lado de fora da escola, ambos saíram para respirar um pouco. Ainda estava escuro, a brisa fria da noite passava pelos corpos de Elena e Klaus, as luzes dos postes iluminavam a rua deserta, no estacionamento, somente o carro de Klaus e o de Damon estavam presentes. Quando deixaram a escola, Damon e Stefan ainda desacordados, Caroline acordou e descobriu a transformação de Tyler em híbrido. Elena ainda tentava digerir tudo que aconteceu lá dentro. Ela estava sentada em cima do capô do carro de Klaus, com as mãos apoiadas atrás de si, seus olhos fixos em um ponto qualquer. Klaus andava de um lado para o outro. Ele estava feliz por ter conseguido finalmente criar seu primeiro híbrido. Mas pensou que ficaria mais... Animado.

— E então... — a voz de Elena despertou Klaus de seus devaneios, fazendo-o parar de andar e olhá-la. A duplicata falou sem olhar para ele — Agora que conseguiu fazer seu primeiro híbrido... O que vai fazer?

Essa era uma pergunta que até ele mesmo se perguntava há mais de 500 anos quando conheceu Katerina.

— Vou precisar de você para continuar fazendo meus híbridos — respondeu duramente, abaixando o olhar — Aí então nunca mais ficarei sozinho.

Sua fala final foi mais para ele do que para ela.

Elena olhou para o híbrido finalmente depois de muito tempo. Apesar dele ter dito quase como um sussurro, Elena ainda foi capaz de ouvi-lo.

— Então é por isso que você queria criar os híbridos? — Klaus levantou o olhar para ela — Você não quer ficar sozinho?

Klaus ficou calado com a pergunta dela. Ele já havia ficado tempo sozinho na escuridão, seus irmãos sempre estavam em caixões por causa dele, estava sendo perseguido há mais de mil anos por seu pai. Há muito tempo, Klaus já não sabia mais o que era se sentir acompanhado. Ele não queria mais se sentir só, por isso os híbridos. Elena desceu de cima do capô, fazendo um barulho alto vir do som dos saltinhos de suas botas. A duplicata se aproximou do Original, olhando para ele com pena, apesar de seu silêncio, ele já havia lhe dado a resposta. Elena, hesitante, levou sua mão até o rosto de Klaus. O toque fez Klaus se arrepiar, sentindo a mão gélida de Elena em contato com sua pele. Ele podia ouvir seus batimentos cardíacos um pouco mais acelerados, essa sensação ele já havia sentido quando eles estavam no bar comemorando o aniversário de Elena. Os olhos de ambos estavam grudados um no outro, era quase como se pudessem ver a alma um do outro. Mas esse momento não durou muito mais tempo, pois Elena foi a primeira a sair do transe ao desviar o olhar para o lado, tirando a mão do rosto de Klaus em seguida.

Ainda olhando para ela, o híbrido engoliu a seco, sentindo falta do toque da morena. Klaus piscou algumas vezes, tentando sair do transe. O híbrido pigarreou, recuperando a postura.

— Você pode ir para casa. Está livre... Por enquanto — disse Klaus, desviando a atenção dela para o chão.

— O que? É sério?

— Mas fique ciente, — seus olhos voltaram a encarar o rosto da duplicata — Que eu vou atrás de você. E não tente escapar — avisou, duramente.

Elena assentiu levemente. Ela também não seria louca de dar uma de Katherine Pierce e fugir, sabendo do que Klaus fez com a família da sua ancestral. A Gilbert foi dando alguns passos para trás antes de se virar e caminhar em direção a sua casa. Klaus permaneceu lá parado, observando a duplicata se afastar da escola, o cheiro dela ainda havia ficado ali, Klaus relembrou do abraço que ela lhe deu quando notou o Original triste por ver aquele lobisomens mortos. No primeiro momento, ele não sentiu nada, mas agora com esse simples toque, — que foi mais como um conforto — Klaus sentiu uma vontade inexplicável de abraçar Elena. Seu coração ainda batia de forma um pouco acelerada, um vazio se preencheu no lugar quando Elena saiu. Estava só ele ali. Sozinho mais uma vez. Mas tanto ele como Elena, sabiam que aquilo seria só o começo.

To be continued...

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