Tennessee
∆*∞★ °CAPÍTULO 2° ★∞*∆
• 🌔 | Tennessee •
𝕹o banco de trás de um carro Fiat grande de cor azul marinho, estava Elena imersa em seus pensamentos sobre Mystic Falls — mais especificamente sobre as pessoas que ela deixou lá. A jovem Gilbert pensava em suas amigas Bonnie e Caroline, em como já sentia falta das conversas com elas, de suas festas do pijama, de suas risadas, em seus momentos sozinhas sendo amigas. Também pensava em Stefan, o namorado que deixou para trás prometendo que voltaria, e ali estava ela, saindo da cidade sem ao menos se despedir. Sua mente logo se voltou para Damon, em quão preocupada ela ainda estava, pois não sabia se o vampiro estava realmente bem. Ela estava fazendo tudo isso por ele, se Damon soubesse, com certeza a mataria por ela ter se entregado ao seu assassino. A quem ela também estava pensando era em seu irmão Jeremy, em como queria ter se despedido dele, lhe dar um último abraço, mesmo que aquela fosse a última vez que os 2 se veriam.
E talvez fosse.
Nem mesmo Elena sabia quanto tempo ficaria nessa situação. Mas se de uma coisa tinha certeza, é que seus amigos não iriam ficar parados enquanto ela era prisioneira de Klaus. Ela sabia o quão louco era Damon e Stefan para irem atrás dela. Eles já a salvaram diversas vezes, essa não seria exceção.
E talvez Klaus estivesse ciência disso. No entanto, ele não deixaria que ninguém se interviesse nos seus planos de criar híbridos. Nem mesmo ele sabia o porquê estava levando Elena com ele, talvez fosse porque a viagem até seu destino iria ser longa. Ou porque talvez ele queria ter um pouco de companhia.
Talvez ele se arrependesse depois.
O banco do motorista era ocupado pelo híbrido, que dirigia calmamente pela estrada deserta até seu destino. Tennessee. O híbrido sabia que nessa cidade haviam algumas matinhas de lobisomens, um de seus contatos havia lhe dito onde um deles morava, era para lá que eles estavam indo. O Original estava dirigindo há algumas horas, o mesmo não fez parada em nenhum lugar, nem mesmo para se alimentar. Elena não aguentava ficar mais dentro daquele carro, ela queria sair nem que fosse um pouco, esticar as pernas, dar uma caminhada e respirar o ar puro da natureza, mas Klaus não parecia pensar da mesma forma. Nem sabia que horas eram naquele momento.
Elena olhava tudo em que eles passavam com o carro. Ela havia feito um favor a si mesma em abrir a janela ao seu lado para respirar um pouco, naquele carro ela se sentia sufocada, e nervosa por estar na presença do híbrido. Já que Klaus havia feito o mesmo com a janela ao seu lado, ela apenas repetiu seu gesto, e agradeceu mentalmente por ele não ter reclamado. O cabelo castanho da duplicata se movia fortemente devido a aceleração do carro.
Após mais alguns minutos de estrada, Niklaus desacelerou o carro quando avistou uma casa branca isolada com um quintal grande. O híbrido sorriu maliciosamente ao perceber que havia chegado em seu destino. Se ele estiver realmente certo, essa era a casa onde um dos lobisomens morava. Estará com sorte se o encontrar ali.
Klaus parou o veículo em frente a residência. O híbrido abriu a porta do carro assim que tirou a chave do lugar.
— Ah, finalmente — o híbrido soltou um suspiro aliviado, sentindo o ar puro invadir suas narinas — Não aguentava mais ficar dentro desse carro — disse enquanto fechava a porta do veículo atrás dele, com seus olhos fixos na casa.
Não havia outras casas por perto, aquele lugar era isolado, não tinha vizinhos, o que era bom para Klaus se ele quisesse resolver seus problemas com uma boa refeição.
Elena repetiu seu gesto ao sair do carro. Ela pode finalmente inalar o ar da natureza, parar um pouco para esticar as pernas. O dia estava lindo, o céu estava limpo de nuvens, o sol não estava tão quente, o ambiente estava silencioso, nem mesmo som de passarinhos ao fundo tinha. Mesmo Elena não sabendo a hora exata, sabia que era de manhã devido a temperatura do sol.
O híbrido começou a caminhar em direção a casa, sem muita escolha, — pois sabia que Klaus iria forçá-la a segui-lo se ela não fosse — Elena caminhou atrás do híbrido até a casa. Klaus subiu as escadas de 4 degraus que levavam até a porta principal, novamente sendo seguido por Elena, parando ao seu lado, porém mantendo uma certa distância dele.
Klaus não esperou mais tempo e apertou a campainha. Alguns segundos depois, a porta foi aberta por uma garota loira de cabelo curto até os ombros. O híbrido abriu um sorriso gentil no mesmo instante, mas contento falsidade envolvida.
— Posso ajudar? — a garota questionou intercalando o olhar entre Klaus e Elena.
— Sim. Eu e minha amiga aqui, — ele puxou Elena pelos ombros passando seu braço por cima deles. Aquilo claramente deixou a jovem Gilbert desconfortável — Atolamos o carro na lama, e estamos sem sinal de internet. Então, se não for muito incômodo, pode por favor me deixar usar o seu telefone?
A loira olhou com desconfiança para os 2.
— Pode sim... Mas é melhor eu trazer o telefone aqui.
— Ah, que isso — Klaus deu de bobeira, largando os ombros de Elena, e lhe dando um leve empurrão para o lado — Somos só duas pessoas normais. Por favor, não me ache um assassino louco. Eu não sou um Serial Killer — seu tom continha deboche, Klaus abriu um sorriso malicioso ao finalizar sua fala. Ele riu em pensamento do próprio comentário, de fato, ele não era um Serial Killer, era muito pior.
Elena se virou de costas para ele, escondendo as mãos nos bolsos traseiros da calça, dando um passo largo para um pouco mais longe do híbrido. Ela estava desconfortável com aquela situação.
— É melhor eu trazer o telefone aqui. É mais seguro — a loira insistiu com medo em deixar um estranho entrar em sua casa.
— Não se preocupe, meu bem. Você vai me deixar entrar querendo ou não. E garanto que vamos nos divertir muito — o sorriso de Klaus se tornou sombrio, seus olhos se tornaram num tom de amarelo dourado e junto, veias negras desorganizadas surgiram debaixo deles, como se fossem teias de aranhas. Aquilo fez a garota se assustar com o que viu, ele parecia um monstro.
Elena se virou para Klaus novamente, notando a cor de seus olhos, ela engoliu a seco, já sabendo o que iria acontecer.
─━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━─
Klaus dirigiu mais alguns quilômetros até encontrar o bar, que segundo as moças daquela casa, era onde estava Ray. O lobisomem que ele estava procurando. A conversa naquela casa foi bem clara e rápida, deixando apenas os corpos mortos das duas mulheres que moravam ali. A humana e o híbrido saíram do veículo, caminhando em direção ao bar do centro. Klaus foi quem abriu a porta, fazendo soar um barulho de sino que ficava preso em cima da porta toda vez que alguém entrava ou saía. Para a sorte do híbrido, o bar estava com pouca gente, seria mais fácil de hipnotizar para que não houvesse interferência.
A Gilbert caminhou até o balcão, se pondo a sentar em um dos bancos giratórios, com seus braços apoiados no balcão. Ela sabia que tinha que estar na visão de Klaus, ali ela não poderia fazer nada além de ficar quieta perdida em seus devaneios. Sua mente lembrou do rosto de Jeremy, em como queria reencontrá-lo, poder abraçá-lo, sentir o calor de seu corpo, ver que ele estava bem. Seu coração estava apertado de angústia. Se perguntava se alguém estaria procurando ela agora, com certeza sim de Damon e Stefan, e ela esperava logo que eles pudessem a encontrar. Com Klaus ocupado com o suposto lobisomem, Elena tinha um tempo para si mesma, um tempo para ficar longe daquele sufoco que era Klaus.
Do outro lado do bar, Niklaus a observava de longe, seus olhos fixos, acompanhando cada movimento dela. Ele sabia que ela não teria chance de fugir, ela seria muito idiota se tentasse chamar ajuda ou enganá-lo para fugir. Klaus poderia matá-la com facilidade. Elena olhou na direção em que Klaus se encontrava acompanhado com o lobisomem há alguns metros dela, foi então que o híbrido virou o rosto para o lado em que Elena estava. Uma corrente elétrica percorreu seu corpo ao ver o olhar fixo dele e, propositalmente, desviou o olhar para frente, encolhendo os ombros, intimidada.
A bartender finalmente se aproximou de Elena, parando em sua frente do outro lado do balcão. Ela era morena de cabelo cacheado, pele morena parecida com a de Elena, a mulher aparentava ter uns 25 anos quase.
— E aí? O que vai querer?
Os lábios de Elena se entreabriram, ela hesitou por alguns segundos. Afinal, ela era menor de idade, no entanto seu aniversário estava perto, então não via problema em tomar algo "proibido".
— Eu quero uma cerveja, por favor.
A bartender ergueu uma sobrancelha e deu uma risadinha.
— Posso ver sua identidade?
— Ah... Eu não trouxe... — a mulher morena sorriu divertida.
— Menor de idade? Quantos anos tem? 15?
Elena suspirou baixo, sem saber se deveria mentir.
— 17.
A bartender riu fraco.
— Tudo bem. Quem nunca bebeu antes dos 18? — piscou para Elena, pegando uma garrafa de cerveja debaixo do balcão, entregando para a garota logo em seguida — Só não conta para ninguém, tá? — completou dando um sorriso cúmplice.
Elena soltou uma risada leve e abriu a garrafa de cerveja.
— Pode deixar — a Gilbert sorriu antes de dar o primeiro gole na bebida. Ela fez uma careta de leve após tomar o gole, pousando a garrafa no balcão.
Elena acabou pedindo uma porção grande de batatas fritas para acompanhar a bebida, já que tinha passado a noite toda viajando e não tinha comido nada. Não era comparado a um hambúrguer para conseguir saciar sua fome, mas sabia que em breve Klaus poderia decidir ir embora, então ela tinha pouco tempo ali.
— É nova na região? — a bartender puxou conversa — Nunca te vi por aqui.
Elena assentiu levemente.
— Sou sim. Vim de Mystic Falls, uma cidade na Virgínia.
— Jura? Minha irmã visitou essa cidade. Disse que era fenomenal! Sempre com eventos excepcionais.
— De fato é — Elena tomou mais um gole da cerveja.
A bartender se virou para pegar uma garrafa de whisky na prateleira das bebidas atrás dela.
— E seu amigo ali? — a mulher se virou para Elena e apontou com a cabeça para onde estava Klaus conversando, não tão civilizadamente, com Ray — Não vai querer nada?
Elena desviou o olhar, sentindo-se um pouco desconfortável com o assunto.
— Acho que ele prefere tomar outra coisa além de uma cerveja — Elena disse se referindo ao sangue, embora a bartender não precisasse saber que era isso.
Na casa onde eles haviam parado para saberem a localização de Ray, quando Klaus começou a massacrar aquelas duas mulheres, Elena se manteve do lado de fora apenas escutando os gritos agoniados vindo delas. Ela estava querendo evitar a cena horrível de Klaus matando as duas, estava poupando seus olhos de verem tal cena horripilante. Mas seus ouvidos ainda se mantinham abertos, e os gritos de desespero e medo das duas ecoavam por toda a casa. Como não tinha nenhum vizinho por perto, ninguém poderia escutar. Ela ficou realmente assustada. Os gritos pararam quando Klaus saiu da casa com a camisa um pouco suja de sangue e sua boca ensanguentada. Seus olhos ainda estavam em forma híbrida, assim como suas presas ainda estavam aparecendo. Ele lançou um olhar sombrio para Elena antes de caminhar calmamente até o carro. Havia conseguido informações suficientes de onde Ray estava, e depois fez o seu "lanchinho" com duas pobres moças inocentes.
Ao olhar de novo para o híbrido, seu estômago se revirou ao ver que o homem loiro com quem Klaus falava, estava com uma mancha de sangue fresco na cabeça, escorrendo pelo canto de seu rosto. A feição do lobisomem era de medo, Klaus estava insistindo até demais para saber onde ficava a matilha em que Ray participava.
— Eu vou ter que perguntar de novo?
— Por favor... Eu não posso dizer nada — o lobisomem disse com medo, olhando para Klaus.
O híbrido soltou uma risada sarcástica. Niklaus repousou sua mão no ombro de Ray.
— Eu já hipnotizei todos do bar justamente para você não pedir ajuda. Então, é melhor você falar onde fica a sua matilha — ameaçou num tom baixo, tentando manter a calma — Você sabe que eu sou um híbrido, — ele se sentou em um banco giratório mantendo uma posição relaxada — E eu quero criar outros de mim. E você é o primeiro lobisomem com quem eu cruzei em muitas luas... Calma, é um trocadilho... — Klaus soltou uma risada mortal, aproximando a garrafa de cerveja de seus lábios, tomando um grande gole.
— Não entende? Eu não posso contar! Eu não sou o alfa. Eles podem me matar se eu dizer onde fica a matilha.
— Creio que não é com os lobisomens que você deve se preocupar de morrer — seu tom sombrio veio acompanhado de outro sorriso, olhando o lobisomem à sua frente que se mantinha de pé.
Ray se manteve calado até o momento.
— Ai, Ray, vamos fazer um joguinho com bebida — o híbrido se levantou, tirando do bolso lateral da calça um saquinho com ervas diante dos olhos do lobisomem — Eu chamo de verdade... Ou Matalobos.
O híbrido colocou as ervas venenosas num copo de whisky na metade. Assim como Ray, Klaus não podia tocar nessa erva, era tão venenosa para ele quanto a Verbena — que é a fraqueza dos vampiros. Ray olhou para as ervas no copo e, por um instante, uma expressão de alerta cruzou seu rosto. Do outro lado do bar, estavam os demais clientes, todos rindo, conversando, interagindo uns com os outros, tudo produto da hipnose de Klaus, até a bartender estava hipnotizada. Gritar não resolveria nada.
A bartender que estava com Elena pegou um copo pequeno de shot, encheu ele com a bebida transparente e virou tudo numa única golada, jogando a cabeça para trás. Ele se surpreendeu com a atitude da mulher à sua frente, erguendo as sobrancelhas.
— Não sabia que os bartenders podiam beber em expediente — comentou, sorrindo divertida.
— E não podem, mas eu faço o que eu quero — deu de ombros — O que vão fazer? Me demitir dessa espelunca?
Elena riu, deixando-se relaxar um pouco mais. Niklaus, ao ouvir a risada doce da duplicata, se virou de costas para a morena do outro lado. Sua mão estava apertando o ombro de Ray, que agora estava sentado no banco, sendo forçado pelo híbrido a beber a bebida com Matalobos. O Original manteve sua audiência sensível, ouvindo a conversa delas. Algo parecia estar a divertindo há poucos metros dali, aquilo despertou interesse no híbrido.
— E de onde você é? — Elena perguntou levando uma batata até a boca.
— Nova York. Vim morar aqui há 3 anos com minha irmã — compartilhou com Elena.
— Vem cá, até agora eu não sei seu nome.
— É Victoria — a morena cacheada sorriu — E o seu?
— Elena.
Enquanto Ray soltava mais um grito devido à bebida com Matalobos, Klaus suspirou em satisfação, como se estivesse escutando uma música. Ele já havia forçado o lobisomem a beber todo o whisky com Matalobos, enfiando tudo goela a baixo na garganta dele. Aquilo estava sendo torturante para Ray. Sentia sua garganta queimar bem mais do que um copo de shot ou qualquer outra bebida alcoólica.
— Ah, Ray... — murmurou friamente — Você sabe que pode acabar com isso agora. É só me dizer onde fica a sua matilha — com um movimento rápido, o loiro pegou um dardo afiado que estava próximo de Klaus, e tentou furá-lo com o objeto. No entanto, Klaus foi mais rápido em segurar o pulso do lobisomem.
A ponta afiada do dardo estava próxima de seu olho, devido a força que ele estava usando, Klaus inclinou seu corpo um pouco para trás, tentando evitar o dardo de lhe acertar. O lobisomem usou sua outra mão para ajudá-lo a empurrar o dardo até o rosto do híbrido, seu rosto expressava raiva, gotas de suor escorriam de sua testa. Ele já estava farto daquilo. Niklaus conseguiu afastar a mão de Ray, surpreendendo o lobo por ele ter feito isso somente com uma mão.
Klaus tinha a força de um lobisomem e a velocidade de um vampiro, seus reflexos foram melhorados após a maldição ser quebrada. O híbrido tirou o dardo da mão de Ray.
— Tentar fazer isso foi uma péssima ideia, rapaz — Niklaus disse com voz pacífica, posicionando o dardo em cima do balcão — Mas admiro a sua coragem. Porém foi sem sucesso. E se tentar correr... Saiba que eu sou mais rápido que você.
A Gilbert do outro lado, via tudo aquilo aterrorizada. Klaus estava novamente fazendo Ray tomar whisky com o Matalobos, não conseguindo tomar tudo, ele começa a cuspir tudo no chão ao sentir a queimadura na garganta. O coração dela parecia que ia saltar a qualquer momento para fora.
Não conseguia ver mais aquilo.
Elena saiu do assento e caminhou em direção a Klaus, ela puxou o híbrido através do ombro, fazendo-o se virar para ela.
— Eu posso saber o que tá fazendo?!
Seu tom de voz era bravo, ela não estava disposta a recuar ou abaixar a cabeça. Klaus se surpreendeu com a ousadia dela.
— Se você está perguntando, é porque não está prestando atenção — abriu os braços de maneira teatral — Só estou batendo um papinho com o meu novo amigo, Ray. Eu preciso de algumas informações... E como ele não está sendo cooperativo, decidi usar o meu método preferido. Tortura — falou como se fosse normal, e para ele era.
Elena balançou a cabeça em negação, desacreditada no que ouviu da boca do híbrido. Seu estômago revirou sentindo nojo e repulsa de Klaus. Queria sair dali o mais rápido possível, porém, foi impedida por Klaus que segurou seu braço a tempo antes que ela desse meia volta.
— Aonde é que você vai? — perguntou num tom baixo.
— Ao banheiro. Caso não tenha percebido, não estou me sentindo nem um pouco confortável aqui. Pode ter hipnotizado todos do bar, mas não a mim.
Klaus deu um sorriso sombrio.
— Isso não será um problema.
Ela puxou seu braço com um movimento brusco. Elena olhou para o Mikaelson com nojo, ela deu alguns passos para trás e se virou se caminhando até o banheiro feminino do bar. Klaus observou Elena se afastar, seus olhos fixos nela como se fossem imãs, capturando cada detalhe de sua silhueta enquanto ela andava. Tinha até esquecido de Ray — o mesmo estava atrás dele ainda se recuperando do Matalobos. Klaus observou Elena andar até vê-la desaparecer de sua visão.
O loiro sentiu algo inesperado: Um calor imenso em seu peito, uma inquietação que ele normalmente associava a momentos de tensão e não a algo tão... Fascinante. Ele se encontrou hipnotizado pela maneira como ela andava, como seu cabelo liso balançava de um lado para o outro, seus quadris se movimentando naquela calça escura que combinava com seu corpo. Estreitou os olhos, como se quisesse guardar aquela imagem com todos os detalhes, memorizá-la em sua mente. Ele não sabia o que era aquilo, era estranho para ele. Niklaus recuperou a postura, virando-se para o lobisomem que estava bebendo um copo d'água para melhorar a garganta.
Dentro do banheiro, Elena estava sozinha, a duplicata molhava suas mãos com a água fria da torneira. Assim que desligou, passou as mãos molhadas pelo seu rosto na intenção de se refrescar um pouco. Ela estava tensa, no momento, ela queria estar no SPA que Caroline costuma frequentar aos finais de semana, Elena na maioria das vezes recusava o convite da amiga, mas agora ela pensou que não seria tão mal assim. A Gilbert posicionou as mãos na cintura, respirando fundo tentando manter calma quando saísse dali.
Ela mesma dizia para sua mente: Vai dar tudo certo. Respira, Elena. Você vai conseguir sair dessa.
Não podiam negar que ela estava tentando pensar positivo.
Elena demorou mais alguns minutos no banheiro até finalmente criar coragem para sair. Avistou Klaus andando até ela com passos firmes, seu rosto estava sério, talvez até um pouco enfurecido.
— Vamos embora! — o híbrido ordenou, pegando o braço da Gilbert com um pouco de força, caminhando com ela até a saída.
— O quê? — ela questionou confusa — Mas já?
— Já consegui aquilo que eu precisava. Vamos até às montanhas, meu bem.
To be continued...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top