A olho desconfiado, eu tinha sofrido muito quando eu era criança, antes mesmo de vir para as ruas. Não conseguia confiar nela tão facilmente, mesmo que seus olhos e toque tenham me dado sensação de conforto e segurança.

- Uhum -sussurro e ela sorri me erguendo a mão, encarei o movimento com hesitação e ela apenas aguardou minha resposta. - Pal-para onde? - me corrijo e ela não parecia impaciente ou enojada.

- Para minha casa querido - sinto meu rosto corar com seu tom carinhoso e senti um calafrio passar pelo meu corpo, parecia ficar mais frio.

Meu coração acelerou de forma que meu peito se apertou e minha respiração falhava pela dificuldade de inalar o ar, minha barriga doía de fome, e meu corpo parecia estar sendo destroçado pelo frio excessivo.

Seguro sua mão e ela a apertou me ajudando a levantar, sinto minha visão embaçar e minhas pernas fraquejarem me fazendo tombar caindo no chão novamente. Sinto meus lábios tremerem e meus olhos arderem pela vontade gigante de chorar, fecho os meus olhos com força e logo meu corpo ser erguido de novo, mas dessa vez a mulher bonita passou os braços em minha cintura me fazendo gemer em dor.

- Desculpe, mas assim será melhor e não quero que desmaie - ela diz suavemente e acaricia minha cintura, olho admirado e mordi meu lábio machucado me causando dor, mas tudo doía mesmo. - Tente ficar acordado Ravi, não moro longe.

Assenti e suspiro vendo-a abrir a porta do carro, adentro-o com sua ajuda e ela fecha a porta dando a volta pelo veículo e adentrando o lugar do condutor. Olho para ela atentamente, tendo a certeza de que não é um sonho e que alguém realmente se importava, encosto minha cabeça no banco e gemi pela dor na minha coluna.

- Chegamos - ela diz me assustando e eu abro os olhos vendo uma casa gigante e um jardim a nossa volta, olho para trás e vejo um portão se fechando. - Vem.

Quando olho para o lado ela estava parada ao meu lado para me ajudar a sair do carro, sinto meu rosto corar e me apoio na porta mas logo seu braço me ajudou a ficar de pé, eu não tinha força o suficiente e sinceramente estava demorando a acontecer, já que eu estava a mais de dois dias e meio sem comer.

- Uau...- sussurro ao adentrar sua casa e sinto seus dedos acariciarem minha costela - É tão gande...

Olho para ela que sorri e me ajuda a sentar no sofá incrivelmente confortável.

- É sim - ela diz e ri, me fazendo admirá-la mais ainda. - Quer ficar aqui enquanto eu cozinho, ou quer ficar na cozinha comigo?

- Na cozinha - respondo de imediato - Não gosto de ficar sozinho...

Brinco com meus dedos nervosamente e ela tocou meu cabelo cuidadosamente, ergo meu olhar para ela que continuou com o carinho leve.

- Está bem - ela diz por fim com um sorriso e eu senti um alívio percorrer meu corpo junto com o rubor que subiu até minhas bochechas.

Hi pessoinhas

Mais um hein, dois em um dia? Para compensar esses três dias sem capítulo de nenhuma história, tá sendo um pouco mais difícil escrever agora que tô pelo computador porque não tem mais corretor, colocar acento a mão é difícil e ir pesquisar quando não sei onde vai aaaaah....mó merda kkkkkk mas enfim, espero que tenham gostado.

Beijos, bye.

12/08/2021