• Capítulo 71 •
Jimin on.
Após Tae ir embora subi para o quarto, louça eu já lavei, roupa está na secadora, vou deitar um pouco.
Fiquei deitado assistindo, meu celular tocou.
— Oi Jimy. — falei.
— Oi Jimin, sinto que tem algo para me contar. — quem foi?
— Quem te contou? — perguntei.
— Ninguém, nenhuma notícia chega até mim, o Tae ainda não falou comigo hoje, Jungkook também nada mandou, nem as meninas. — não sabe mesmo.
— Não grita, eu estou grávido. — gritou, mesma coisa de falar com a parede. — Eu disse para não gritar.
— Não ligo, nossos bebês vão ter meses de diferença. — falou. — E aí? É apenas um?
— São gêmeos, eles estão bem. — falei.
— Já vou também contar, são dois meninos dessa vez o meu. — bom para equilibrar.
— Pedro deve estar amando isso. — com certeza está.
— Na verdade, ele está enlouquecendo porque não sabe como criar um menino, disse ser mais fácil criar menina, está enlouquecendo e eu vou deixar para ver até onde ele vai. — cruel. — Jungkook gostou?
— Ele amou, não queria nem ir trabalhar hoje, só quer ficar na minha cola. — contei. — Logo estarei no Brasil, vou com a Sara.
— É, para o casamento. — isso aí. — Já contou para o pai?
— Ainda não, mas vou contar hoje. — acredito que ele vai ficar feliz. — Minhas sobrinhas estão bem?
— Até de mais, Michele aquela prima doida do Pedro está ensinando elas debocharem da cara dos outros, sua cópia não teve problema já fazia isso sem ensinamento. — eu não ensinei. — Vou desfazer todo o ensinamento, porque quem aguenta as duas debochadas depois sou eu.
— Não queria ser você. — falei rindo. — João e Fernando estão bem?
— Sim, todos aqui estão ótimos, tem uma coisa que quero ver com você. — o que é agora? — João vai fazer intercâmbio, dois anos fora Brasil, é aí onde você mora.
— O que precisa? — perguntei.
— João quer saber se é melhor ele arrumar casa ou apartamento, porque ele não sabe como é nenhum dos dois. — nisso posso ajudar.
— Casa, os apartamentos para estudantes são pequenos paredes finas, não é legal. — falei. — E pega casa perto do centro, é mais cara, mas são as melhores.
— Vou falar para ele, como sabe dessas coisas? — perguntou.
— Eu pesquisei quando iria me mudar da Coréia para cá. — respondi. — Ele vem sozinho?
— Não, o namorado vai junto, Pedro detestou isso com todas as forças. — irmão mais velho ciumento. — Queria fazer greve de fome, quase bati nele.
— Sua família é hilária. — casou com brasileiro né, esse país é de mais.
Agora eu casei com coreano, não tive essa sorte, os parentes do Jungkook são péssimos.
— Você não aguentaria um dia, acredite em mim. — falou. — Zoe, se eu mandar você sair daí de novo, não testa a minha paciência cópia do seu tio.
— Não briga com a minha cópia. — mesmo eu sendo gêmeo do Jimy, a filha dele consegue parecer mais comigo que com ele que deu à luz.
— Brigo, sim, está escalando as paredes parecendo uma aranha. — tudo doida. — Eu vou desligar Jimin, essas meninas ainda vão me deixar com a cabeça branquinha, Aika para de pular nesse sofá agora.
Eu acho hilário, que ele briga com elas misturando português com coreano, às vezes até inglês.
— Tchau! Doido. — desliguei ele ainda brigava com as filhas.
Mandei mensagem para Sara avisando que iria com ela, para ela me falar o dia que iríamos, porque preciso passar no médico antes de ir.
Estou sentindo o Jungkook com muita raiva, aconteceu algo na Central para ele estar desse jeito, só que o que está sentindo me deixou agitado.
Busquei respirar fundo, contar até dez.
Isso nunca aconteceu antes, deve ser algo que me envolva.
Ao fechar os olhos, conseguia ouvir gritos, abri o olho parou.
Depois eu pergunto o que aconteceu para ele.
Liguei para o meu pai, espero que ele atenda, está de férias no Havaí.
— Oi filho. — atendeu.
— Oi pai, o senhor está bem? — perguntei.
— Sim, e você com o Jungkook? — maravilhosos.
— Estamos bem. — bem mesmo.
— Meus netos também? — desisto, não tem como dar notícia para esse povo.
— Quem te contou? — perguntei.
— Essa noite eu sonhei com a sua ligação, já estava esperando você ligar para contar, pode contar eu finjo surpresa. — engraçadinho.
— Estou grávido de gêmeos. — falei.
— Meu Deus! Parabéns, vocês merecem isso. — falou. — Filho, você vai para a ilha do Jungkook né?
— Sim, logo após o casamento da Sara, passar dois meses lá. — contei.
— Já pensou em passar toda a gestação lá? Com o que seu marido faz é mais seguro você ficar longe da civilização. — concordo.
— Não é uma má ideia, vou conversar com o Jungkook. — falei. — O senhor não vai casar mais?
— Eu estou bem sozinho, ninguém mandando em mim, acordo a hora que eu quiser, tenho paz. — traumatizado o bichinho.
— Mas pai, às vezes seu próximo casamento vai ser bom, precisa dar outra chance para o amor. — ele vive muito sozinho.
— Muito obrigado, não tenho mais idade para isso Jimin. — que drama.
— Pai, o senhor só tem quarenta e cinco anos. — quem ouve ele falando pensa que ele tem cem anos.
— Então, velho já para essas coisas. — falou. — Vou desligar, minha comida chegou.
— Tchau! E arrume uma namorada. — falei.
— Tchau! Nada de madrasta para você. — chato!
Desligou, ouvi que a secadora parou, levantei da cama deixando o celular saí do quarto. Desci para o primeiro andar, Pétrus está dormindo no sofá, pensei que fosse pedir comida de novo.
Fui para a lavanderia, coloquei toda roupa no cesto de roupa limpa, aproveitei para subir os cestos de roupa suja do banheiro.
Deixei no banheiro e entrei no closet, algumas roupas precisaram passar, é vaporizar para ser sincero, ferro de passar já me queimei muito então Jungkook trocou.
Organizei todas no closet, precisei descer de novo para guardar o cesto, quando voltei já deitei na cama.
Cansado!
Dormir um pouco, não sou de ferro.
— Agora começou a saga, Jimin dorminhoco. — posso fazer isso, estou grávido.
É ótimo falar isso, poderia falar o dia inteiro.
Consegui dormir sem problemas, a canseira ajudou ser rápido.
[...]
Acordei e o quarto está escuro, já anoiteceu.
Levantei devagar e fui ao banheiro, tomei banho para despertar, ao sair escovei meu dente.
Entrei no closet, passei creme na pele antes de vestir algo quentinho, calcei meia nos pés e pantufa, saí e peguei meu celular.
Jungkook nada mandou, então ele deve vir jantar, deixei o celular e desci.
— Com fome né Pétrus? Vou colocar petisco para você. — falei com o gato, coloquei na ração e ele foi comer.
Fui para a cozinha, olhei a geladeira e peguei o que sobrou do almoço já que comi sozinho, só precisa fazer carne porque misteriosamente ela acabou no almoço.
— Mistério da sua fome em excesso. — fica na sua.
Fiz carne com legumes, e coloquei o restante da comida para esquentar, já são nove horas então ele já deve estar chegando, também fritei batata na Airfryer porque estava com vontade.
Nove e quinze ainda, fui para a sala esperar ele chegar enquanto isso vou assistir ao programa das blogueiras.
Passou três episódios e nada do meu amado, perfeito, lindo, maravilhoso marido chegar, aquele fariseu herege.
Tô com fome!
Fui para a cozinha, esquentei tudo, fiz meu prato e voltei para sala, comi três vezes de tanta fome que eu estava, e acabou a batata.
Pena né? Ninguém mandou não chegar cedo.
Após lavar a louça sentei para tocar um pouco, toquei tempo suficiente para meus dedos doerem, olhei o relógio na parede.
01:00 em ponto, tenho crises só de lembrar do início do nosso casamento, ele que volte a fazer essa palhaçada de chegar tarde que esqueço do amor ao próximo e desço a mão nele.
Subi para o quarto, escovei o dente e deitei, olhei o celular nenhuma mensagem.
Sério isso Jungkook? Não vou me estressar, um dia só não tem problema, às vezes aconteceu algo muito grave que deixou ele ocupado.
Em nome de Jesus é isso, se não for, prepara os ouvidos vai me ouvir até a próxima reencarnação.
Dormi porque não vou ficar acordado esperando o rei chegar, palhaço!
Não vi ele chegando, se chegou também não sei, como chegou não tenho a mínima ideia, mas em algum momento ele chegou.
Acordei de manhã sentindo mãos em minha barriga, olhei e ele estava alisando, beijando, conversando com a barriga.
— Só tem duas semanas, deixa eles criarem pelo menos forma. — resmunguei, quero dormir mais. — Não te vi chegando.
— Cheguei três horas da manhã neném. — que tal me dar um motivo para isso?
— Ah! Vou ir fazer café. — levantei e saí do quarto.
— Neném. — voltei. — Está bem?
— Eu tô, e você? — otário.
— Estou bem, certeza? — confirmei. — Sei.
Saí e desci, alimentei meu gato que me seguiu no momento que saí do quarto, meu fiel companheiro.
Olhei as panelas, ele não comeu, já era esperado, mas eu fiz a carne só para ele e continua intocada, tudo bem! Não é nada de mais isso, eu sou adulto e vou agir como tal.
Tirei a comida da panela e coloquei potes de vidro, tudo na geladeira, eu vou comer no almoço.
Fiz o café, ovos com torrada para ele e iogurte com frutas para mim, sentei para comer.
Ele chegou pronto, pegou uma garrafa pequena com leite de banana.
— Já estou indo, toma cuida e eu volto para o jantar! — beijou a minha testa e a minha barriga.
— Tchau! — saiu logo em seguida, e o seu café?
— Jungkook, você está lidando com um ômega grávido trate de voltar e comer o que ele fez para você. — não tem problema Cleberson.
Comi o que fiz para ele após terminar o meu, com um pouco de sacrifício, não costumo comer muito de manhã, apenas o suficiente para não ficar de estômago vazio até a hora do almoço.
Lavei as panelas e louças que usei para fazer o café, o Cook top já deixei limpo ontem, a casa limpei ontem também, não tem roupa suja para lavar.
Subi para o quarto arrumei a cama, no closet peguei meu MacBook e voltei, meu plano era ver coisas para bebês na internet e comprar algumas também, mas olhei meu celular, o médico marcou consulta para hoje em uma hora.
Deixei o Mac e o celular na cama, entrei no banheiro para escovar o dente, fui para o closet de novo e troquei de roupa.
Coloquei calça jeans preta e blusa de lã vermelha, sobretudo preto para fechar o look, calcei coturno verniz.
Olhei no espelho penteando meu cabelo, preciso cortar ele logo, já está nos meus olhos e eu detesto isso, Jungkook que gosta dele grande para puxar.
Peguei meus documentos e celular, vou sozinho né? Afinal, se eu chamar o Jungkook provavelmente ele vai estar ocupado.
Mas vou mandar mensagem, assim não ficarei como ruim.
Amor, marcaram uma consulta hoje para dez e meia, você vai?
Coloquei na bolsinha transversal preta com as outras coisas, desci para o primeiro andar e Pétrus passou por mim, correndo escada a cima é hora da corrida matinal dele pela casa.
Saí de casa, fui para a garagem e com uma das chaves penduradas, abri um dos carros, entrei colocando o cinto. Minha bolsa começou a fazer barulho, gente ligando, já tinha ligado o carro.
Peguei meu celular, é o Jungkook.
— Oi! — desliguei o carro.
— Como assim a consulta é hoje? — coloquei no viva-voz e voltei a ligar o carro.
— Dez e meia, já estou indo para a clínica, você vai? — saí da garagem e após o portão fechar segui o caminho, saindo do condomínio.
— Porque não avisou isso ontem? — ele não está perguntando isso.
— Eu fiquei sabendo hoje, só quero saber se você vai? — não manda mensagem o dia inteiro, nem se eu soubesse antes da consulta não teria como avisar ele, porque ficou desaparecido.
— Não vai dar, estou muito ocupado! — eu imaginei.
— Tudo bem, era só isso. — falei. — Tchau! Não vou te incomodar mais.
Desliguei, e continuei meu caminho para a clínica. Ao chegar, estacionei o carro em frente tirei o cinto, e saí do carro, caminhei até entrar no grande prédio.
— Bom dia! Em que posso ajudar senhor Jeon? — o recepcionista falou.
— Só Jimin, consulta com doutor Rossi para dez e meia. — olhou no computador, entreguei meus documentos.
— Confere, pode se sentar que em breve ele vai te atender. — me devolveu os documentos.
Sentei na sala de espera, não tem criança hoje, que triste! Fiquei jogando no meu celular, nada melhor para fazer.
Cheguei muito cedo, o jogo cansou, olhei a mesa que ficam coisas para crianças, ninguém vai ligar se eu mexer né?
Sentei na cadeira próxima à mesa, peguei folha e lápis coloridos, estava desenhando um jardim de flores com um celeiro catavento vermelho.
— Isso é apenas para crianças. — olhei para quem falou, nova funcionária.
— Betty, deixa ele. — o recepcionista chamou a atenção dela sabendo quem eu sou.
— Não, ele não é criança, não pode mexer aqui. — por enquanto não me ofendeu em nada. — Só se você for retardado mental, aí pode mexer, como não está falando deve ser mesmo.
Não me ofendeu, mas isso não se deve falar, e usar uma condição mental como ofensa é errado em tantos níveis que você procurou ser demitida.
— Senhor Jeon Jimin. — ouvi a voz do médico.
— Sou eu. — me olhou assustada. — Hoje não foi seu dia de sorte, já pode fazer as malas, se eu voltar e te ver aqui vai sair no saco preto.
Levantei e fui com o médico, entrei no consultório, tem a mesma enfermeira da última vez. Vou fazer exames, droga!
Fiz mais um exame de sangue, de xixi, ultrassom também, passei três horas ali.
Saí me sentindo até um pouco fraco, quero saber como vou voltar para casa? Jungkook você me paga.
— Mochi. — olhei para trás, Sara saindo da clínica de jaleco e a roupa de cirurgiã, me enche de orgulho. — Fiquei sabendo estar aqui.
— Mas já estou indo. — falei.
— Você está pálido, e olho fundo, fez exame de sangue né? — confirmei. — O Jungkook está vindo te buscar?
— Só se for a alma dele, estava muito ocupado segundo ele para vir comigo, eu vou voltar dirigindo. — contei.
— Até parece que vai voltar dirigindo, eu só não te levo porque tenho cirurgia marcada em vinte minutos, vem. — entramos de novo e ela me fez sentar, foi ótimo, já estou ficando levemente zonzo.
Se afastou de mim e parecia falar com alguém no celular, não prestei atenção, só preciso comer algo e isso vai passar rapidinho.
— Jungkook você nos paga, palhaço. — é lobo, um palhaço.
— Eu só preciso comer algo, Sara, é só mal-estar. — falei.
— Ficou doido? Você está grávido, todo cuidado é pouco, quando chegar em casa vai comer algo bem leve e ir dormir, seu corpo vai voltar enquanto você dorme, na hora que acordar ainda em jejum beba um copo de água e após meia hora você pode jantar, mas nada gorduroso. — claro médica.
— Tudo bem. — não tenho força para discutir, e quem estudou medicina foi ela não eu, entende do assunto.
— Doutora Sara. — um enfermeiro.
— Pode preparar a paciente, em cinco minutos eu subo. — ele saiu e ela voltou a me olhar. — Já deve estar chegando.
— Quem? — perguntei.
— Shiu! Está sem forças, melhor ficar quietinho. — tá! Não passou muito tempo. — Finalmente.
— Peguei trânsito da agência para cá. — ouvi a voz do Tae, abri os olhos. — Está mal mesmo, vamos, eu vou te levar para casa.
Fiquei em pé devagar, me despedi da Sara e saí com ele.
— Cadê o Jungkook? — perguntou.
— Ocupado. — falei.
— Até para você? — é, até para mim.
— Não sei. — abriu a porta do carro, nem estou preocupado com o meu, tenho mais dois em casa, amanhã eu busco ele.
Entrei no carro dele, olhei para trás, Li-Yu na cadeirinha com uniforme.
— Oi princesa. — falei com ela, coloquei o cinto.
— Oi titio. — falou sorridente. — Está dodói?
— Só um pouquinho, mas vou melhorar rapidinho. — Tae entrou.
— Vou deixar ela na escola. — passamos na escola, bem parecida com a minha antiga escola em Quebec, aí fomos para a minha casa.
— Obrigado pela carona, e desculpa se te atrapalhei. — pedi quando parou em frente a minha casa.
— Não atrapalhou, amigo é para isso, agora entra logo e vai deitar para você ficar bem de novo. — me ajudou entrar em casa, disse que ele já poderia ir. — Certeza?
— Sim, agora vou comer algo e ir deitar, assim como a Sara falou, pode ir. — falei.
— Tudo bem, tchau! Se cuida. — tô tentando.
— Tchau! — ele saiu, comi iogurte natural com granola e mel, é leve e eu amo.
Olhei a escada, não estou confiante para subir ela, é melhor ficar por aqui mesmo.
Peguei um colchão de encher com ar e a bombinha dele, trouxe para a sala, liguei ela e rapidinho estava cheio o colchão.
A sala é grande, coloquei ele em cima do tapete, peguei coisas de cama no escritório do Jungkook, porque tem isso aqui? Quando a Li-Yu vem em casa e quer dormir aqui embaixo, já tem no escritório pronto.
Forrei ele, deitei e me cobri com o edredom grosso por sentir muito frio, adormeci.
— Dessa vez nem estou preocupado com seus dentes, o neném está doente.
[...] Autora on.
— Oi amorzinho, como você está? — Sara ouviu a voz de Hana no celular.
— Passa para o seu irmão, aquele irresponsável. — falou brava.
— Fudeu para tu em Jungkook. — a alfa passou para o irmão.
— Por quê? — pegou o celular perguntando.
— Porque será né Jungkook? — ouviu a voz de sua cunhada. — Você pisou na bola feio hoje, muito feio.
— Mas eu nem fiz nada. — falou sem entender.
— Seu ômega veio ao hospital sozinho, passou por exames doloridos que ele detesta sozinho, uma consulta importante da gravidez sozinho, mas você não fez nada né seu idiota. — agora caiu a ficha do Jungkook. — Segundo o médico ele passou três horas aqui no hospital, senti de ver como meu amigo estava.
As duas alfas da ômega, sabiam que Jungkook iria ouvir muito, mas davam graças a Deus que não eram elas.
— Até tentou disfarçar, mas a palidez e os olhos entregaram, ele pretendia voltar dirigindo para casa, tem noção da gravidade disso? Ele poderia desmaiar no trânsito seu irresponsável. — e o alfa se sentindo cada vez mais culpado. — Você iria perder seu ômega e seus dois filhos, por estar enfiado nessa porcaria de máfia, seu marido vem em primeiro lugar imbecil.
Muito culpado, só sentia culpa.
— Ele não conseguia parar em pé, sua sorte é que eu consegui fazer ele voltar e esperar o Tae para levar ele embora, hoje você falhou como marido e pai, trate de consertar essa droga, porque o Jimin parece estar muito triste com você. — desligou na cara dele.
— Respira fundo Sara, não pode bater em mafioso. — voltou ao hospital.
— O que aconteceu? — Rachel perguntou, Jungkook devolveu o celular para Hana.
— Eu sou um péssimo marido e pai, só isso que aconteceu. — pegou sua jaqueta e saiu do escritório, ir cuidar do seu bem mais precioso.
— Você gravou a conversa né? — Rachel perguntou para a noiva.
— Lógico, vamos saber o que Jungkook aprontou para deixar nossa pinscher brava. — Hana colocou para elas ouvirem.
Jungkook saiu do elevador passando pelo pátio, Namjoon veio correndo atrás dele.
— Aonde você vai? — perguntou. — Tem muita coisa para resolver.
— Manda no meu e-mail, não posso ficar, Jimin está doente por minha culpa. — saiu do prédio.
— Tá! — Jeon correu até o carro, voltou para casa como Jimin iria dirigir, estava preocupado com seu ômega, e seu lobo ajudava ele se culpar porque tentou avisar.
— Você também não comeu a carne que ele fez só porque você gosta, e nem o café da manhã que ele preparou. — mais culpa.
Quando chegou em casa, nem colocou o carro na garagem, foi direto para dentro saber como Jimin está.
Entrou, tirou a bota calçando a pantufa, sujar o chão que o ômega limpou ontem é motivo de divórcio.
Subiu para o quarto, mas não estava na cama, voltou olhando para os lados, um bolinho enrolado no edredom dormindo tranquilamente.
No chão da sala, queria saber o motivo para ele não subir.
Se aproximou, passou a mão na testa dele, quente para a temperatura normal do corpo, com febre. Foi para o lavabo, molhou uma toalha de rosto, torceu e voltou fazendo um rolinho, afastou os fios loiros para colocar a toalha.
Jimin resmungou ao sentir a toalha gelada na testa, mas não acordou, continuou dormindo.
— Durma bem, meu neném. — beijou a bochecha rosada do menor, mesmo dormindo sorriu pequeno, uma fofura.
Subiu para o seu quarto e pegou outro edredom, voltou cobrindo o pequeno ômega. No seu escritório pegou seu MacBook e voltou, ficou sentado no sofá resolvendo assuntos pendentes da máfia que o prenderam na Central ontem.
Sempre checava a febre do mais novo, demorou um pouco, mas passou. Agora ele só dormia, bem tranquilo.
Quando Jungkook sentiu fome, foi até à geladeira, pegou a carne que seu ômega fez para ele, esquentou e comeu tomando vinho.
Voltou a velar o sono do pequeno, demorou para ele mostrar sinais que estava acordando, estava perto das onze quando começou a se mexer esticando o corpo embaixo dos edredons.
Abriu os olhos encarando o lustre que está no teto da sala, puxou os cheiros, sentiu muito presente do seu alfa, mas não notou a presença dele sentado no sofá.
— Minha cabeça. — falou se sentando, estava com dor.
— Quer remédio? — se assustou ao ouvir a voz de Jungkook, olhou para o alfa.
— Não sabia que estava em casa. — falou.
— Vim mais cedo. — viu nos olhos do ômega que ele estava triste. — Quer o remédio?
— Sim, do frasco azul. — Jungkook pegou para ele e água, Jimin tomou. — Obrigado.
— Porque dormiu aqui? — perguntou se sentando no sofá.
— Não estava bem para subir a escada, ela parecia mais longa que o normal. — Jimin acordou carente, mesmo estando triste, se arrastou do colchão para o colo de seu alfa.
Grávido, só quer carinho.
— Senti a sua falta. — ficou cheirando o pescoço do mais velho, querendo passar aquele cheiro para ele. — Seu cheiro é gostoso amor.
— Obrigado neném, também senti a sua. — beijou a testa do menor abraçando aquele corpinho que se encolhe em seu colo para caber melhor. — Você me perdoa?
— Pelo quê? — perguntou passando o dedinho no pescoço do alfa, em cima da marca que ele fez há quatro anos.
— Por te deixar ir sozinho na consulta, você passou mal por minha culpa, também por deixar você jantar sozinho ontem, o café hoje, eu falhei com você e peço perdão. — pediu fazendo carinho nos fios loiros.
— Eu perdôo você. — falou. — Mas não me deixa sozinho de novo, foi horrível, eu não gosto de hospitais, agulhas, coisas tirando meu sangue, não vai me deixar ir sozinho de novo né?
— Não neném, todas as consultas vou estar do seu lado, e com um lanche para você não passar mal de novo. — apertou seu ômega contra si. — Agora está bem?
— A dor de cabeça logo passa, tirando ela estou bem, mas com fome. — como ele já bebeu a água. — Só preciso esperar mais um pouco, Sara recomendou eu esperar meia hora após a água para comer.
— Vamos ouvir ela. — concordou com a doutora. — Ela me ligou te defendendo.
— Imaginei que fosse fazer isso. — resmungou. — O que ela te falou?
— Nada de mais para você saber. — Jimin levantou a cabeça encarando seu marido.
— Conta já, o que ela te falou? Te xingou né? — o ômega riu voltando a encostar a cabeça no ombro do maior.
— Rir da desgraça dos outros é errado viu neném? — ele não acha isso.
— Nem ligo. — voltou a passar seu dedo pelo pescoço do alfa.
— Ela falou que eu falhei com você, que você poderia ter desmaiado no trânsito, aí perderia você e nossos filhos, a culpa seria minha por não te acompanhar no hospital. — só de ouvir Jimin já sentiu seu peito doer por pensar em perder os bebês, colocou a mão na barriga. — Que hoje eu falhei como marido e pai.
Jimin sabia que aquilo era verdade, mas não iria dizer em voz alta para não machucar seu alfa, tem coisas que ouvir uma vez é suficiente para a ficha cair.
— Você não ficou bravo com ela, né? — não queria que os dois parassem de se gostar por ele.
Afinal, Sara ficou brava com Jungkook pela falta de cuidado com seu amigo, e Jungkook poderia estar bravo por ela dizer verdades.
— Porque eu ficaria bravo, sendo que tudo que foi dito é verdade? — perguntou. — Ela tem razão, eu falhei com você e com os bebês, não deveria deixar coisas da máfia sobressair a minha família, não estou bravo com ela, estou bravo comigo por não ver isso mais cedo.
Por isso Jimin amava Jungkook, o alfa não tem vergonha de admitir que está errado e conseguir o perdão, porque Jimin é um neném que só estressa o marido bebendo os vinhos de literalmente milhões.
— Você viu que errou e está concertando isso, ruim é permanecer no erro pensando estar certo sobre tudo. — o ômega falou. — Eu te amo!
— Eu te amo, meu neném! — beijou a testa do menor.
Conversas sérias são cansativas, mas dentro de qualquer relacionamento são necessárias, não guarde para o amanhã o que pode ser conversado hoje.
[...] Jimin on.
— JEON JUNGKOOK. — eu vou dar com um sapato na cara dele, nossa que ódio.
— Isso é porque ama, imagina se não amasse. — se não amasse seria um tiro na testa dele.
— O que eu fiz? — entrou no banheiro perguntando.
— O que você não fez seria a pergunta certa. — respira. — Eu já disse um milhão de vezes a tampa dessa merda é fechada. — abaixei a tampa do sanitário. — Está vendo a porcaria dessa toalha, ela não é em cima da pia amontoada parecendo que ninguém arruma a merda dessa casa, ela fica aqui no porta toalha. — coloquei a toalha no lugar certo. — O que a droga da pasta está fazendo destampada? Quatro anos Jungkook que eu falo, eu vou dar na sua cara seu idiota bagunceiro do cacete.
Continua respirando, eu não posso me estressar.
— Você tampa depois que usa, ou vai escovar o dente com o dedo sem pasta nenhuma. — tampo a pasta. — E esse espelho, é sauna aqui dentro agora para virar essa fumaça toda? Está tudo embaçado, vai manchar a porcaria do meu espelho e eu vou quebrar ele na sua cabeça.
— Jimin acordou na força do ódio hoje. — com toda certeza lobo.
— E ainda deixa a caceta dessa janela fechada, você vai mofar esse banheiro e eu vou tirar o mofo com a sua língua. — abri a janela. — Olha como está o vidro do box, vai manchar essa bosta de novo.
Já trocamos seis vezes essa porcaria, eu detesto box manchado e não há no mundo produto para tirar as manchas.
Olhei para ele, estava sorrindo e olhando.
— Você está querendo ir para a Central de olho roxo, porque está sorrindo? — quer morrer.
— Amo te ver estressado comigo. — ele vai morrer.
— Sai da minha frente, saia da minha frente Jungkook, ou eu te mato com esse rodo imbecil. — ainda não saiu. — Quer morrer? Sai agora Jungkook, se eu repetir algo vai parar na sua cabeça.
Está duvidando? Peguei o que estava perto e ataquei, abaixou e correu.
Palhaço!
Deus me dê graça para aguentar o Jungkook, porque se der força eu mato ele, ainda hoje.
Organizei o banheiro, escovei o dente antes de sair.
Entrei no closet e troquei de roupa, calcei um tênis branco, hoje vou para o Brasil. Olhei a minha mala, tem outra ao lado, deitei a mala e abri para saber o que tem dentro.
Roupa do Jungkook, não vai nem ferrando, tem coisa na máfia para resolver.
Fechei de novo, saí atrás dele, desci a escada devagar.
— Aonde pensa que vai com aquela mala? — perguntei ao achar ele na cozinha.
— Ao Brasil com você. — já está lá, palhaço.
— Vai nada, tem coisas na máfia para resolver, não vai atrás de mim coisa nenhuma. — sei exatamente porque ele quer ir, compensar por ficar longe.
— Vou sim, eu já resolvi tudo pelo MacBook enquanto você dormia, estou sentindo de ir e nem que você vá bicudo ou bravo estarei lá. — ótimo! Agora ele sente as coisas.
— Desde quando você sente as coisas? — idiota. — Só estava faltando isso para completar, quarenta seguranças e você, combo perfeito para andar atrás de mim.
— Meu neném, reclame menos. — hoje ele acordou inspirado a me deixar do jeito que os médicos gostam, os psiquiatras, porque eu estou enlouquecendo.
— Eu juro que vou matar ele Deus, fica me irritando. — saí da cozinha ameaçando até o vigésimo antepassado dele.
— Amo a relação deles, Jimin é pote de fofura e ódio, Jungkook é o pote de sarcasmo e ironia, é ótimo ficar olhando eles interagindo. — ótimo! Que você está se divertindo, porque já estou passando a ver chifres no Jungkook, demônio.
Subi para o quarto, terminei de me arrumar contando para o estresse passar, já estou no quinhentos.
— Jungkook, não dorme no avião, risco de assassinato. — jamais faria tal coisa.
— O que você tanto conta príncipe? — estava limpando o piercing da sobrancelha quando ele entrou.
— Números. — falei.
Voltei a contar e ele continuou ali, peguei uma das minhas bolsinhas, coloquei os documentos dentro com meu cartão, saí com a mala.
Ele atrás de mim, enquanto ele guarda as malas no carro, vou levar o Pétrus para a vizinha, nessa para o Brasil ele não vai porque é só uma semana e meia, sem falar que Pétrus não é fã das minhas sobrinhas melhor deixar ele aqui mesmo.
A vizinha ama ficar com ele, colocar roupas, Pétrus fica parecendo uma árvore de Natal, mas não reclama porque ela sempre dá petisco depois.
Voltei e entrei no carro, coloquei o cinto, Jungkook deu partida para o aeroporto, Sara já foi essa madrugada e as noivas vão amanhã.
— Vai precisar tomar café no aeroporto neném. — falou. — Não pode embarcar com o estômago vazio.
— Por quê? — posso sim.
— Não pode, ele sempre foi teimoso ou é sintoma da gravidez? — sempre fui lobo.
— Deixa eu lembrar, a última vez que não comeu nada passou mal e tivemos que fazer um pouso de emergência, você vai comer querendo ou não. — chato e mandão.
— Chato! — cruzei os braços olhando a janela.
No caminho inteiro de casa para o aeroporto, fui olhando a janela, olhei o retrovisor por costume, vi um carro prata seguindo o nosso.
— Tem um carro nos seguindo, prata. — falei, Jungkook olhou. — São os seguranças?
— Não, seguranças estão nos carros pretos. — é, então temos um problema. — Você vai primeiro para o Brasil, eu vou no próximo vôo.
— Não gosto disso. — estou sentindo que isso não vai acabar bem.
Começou a falar em um radinho com os seguranças, deve ser a Na-yeon é sempre ela na liderança dos seguranças quando vou sair do país.
Jungkook virou em um lugar do nada, um carro já esperava.
— Vem, você vai trocar de carro e eu vou levar aquele que nos seguia para outro lugar longe de vocês. — meus bebês.
Descemos do carro, pegou as malas e passou para outro carro.
— Oi Na-yeon. — cumprimentei a ômega, ela acenou sorrindo. — Tchau amor! Tome cuidado.
— Tchau neném, se cuida e cuida deles. — passando a mão na minha barriga.
— Vou cuidar. — dei um selinho nele. — Não pense que deixei de estar bravo com você por ser bagunceiro. — ele riu.
— Só você príncipe, vai. — entrei no carro, Lipe está na direção e o Wonho está aqui, esse ômega enorme.
Mundo injusto!
Coloquei o cinto, Na-yeon no momento está sendo ameaçada pelo meu marido carinhoso, ou me protege, ou morre.
— Sim, senhor. — entrou no carro. — Vamos Lipe, tem dez minutos para estarmos no aeroporto, Jimin precisa comer.
— Vai ser fácil. — ele deu ré no beco e saímos, achei alguém que dirige mais loucamente que eu.
Na-yeon, Wonho e o Lipe estão com armas grandes, além das pistolas no coldre.
Chegamos no aeroporto em cinco minutos, atravessamos muito semáforo vermelho, Hana vai amar ver as multas para pagar depois.
Saí do carro após abrirem a porta, eu tenho certeza que tem mais de quarenta seguranças, Jungkook me enganou.
Entramos no aeroporto e esse monte de gente armada ao meu redor, não chamou quase nada de atenção.
Despachei todas as malas, fiz o check in, agora vou ir comer.
Pedi algo simples na lanchonete com suco de maracujá para eu dormir no voo, comi tudo tranquilo, mas estava nervoso de ir sem o Jungkook.
Minhas mãos tremeram levemente, saímos de lá após pagar, já anunciaram o meu voo então já vou embarcar.
— Jimin, está nervoso? — confirmei, fechando as mãos para não tremer. — Come. — me deu uma barrinha de chocolate.
— Como sabe que isso me acalma? — perguntei abrindo.
— Todos os seguranças sabem, Jeon disse que se você tiver uma crise estando com um de nós, morreremos. — que romântico! — Temos sempre chocolate no bolso, andamos também com um medidor de pressão e respirador portátil.
Comi o chocolate, o motivo do respirador todos sabem, infelizmente eu posso acabar tendo uma parada respiratória, então andam preparados.
Embarcamos, metade dos passageiros são meus seguranças.
Fui para a primeira classe, sentei colocando o cinto, coloquei o celular no modo avião.
Eu vou dormir!
[...] Brasil 20:16.
Saímos do aeroporto e fomos para os carros, agora é ir para a casa de praia de Sara alugou, ela já mandou mensagem dizendo que está nos esperando.
Mas foi um longo caminho, uma hora e meia na pista até chegar, praia bem afastada de tudo vai ser ótimo.
Tem outras casas de praias não tão perto, a maior é a para o casamento das minhas amigas, quando parou o carro desci.
Sara estava na varanda com mais duas moças, quem são?
Caminhei até elas, uma tropa de gente atrás de mim e Na-yeon do meu lado.
— Quem são as moças? — perguntou.
— Não sei. — respondi.
— De olho nas moças. — falou no radinho.
— Finalmente mochi. — Sara me abraçou. — Cadê o Jungkook?
— Aconteceu um problema, mas ele já está vindo. — tudo está iluminado aqui, mas amanhã vai ser melhor para ver.
— Tudo bem, essa é minha prima Larissa. — a mais sorridente, e parece com Sara. — E a namorada da minha prima Lívia.
— Prazer... — comecei em inglês. — Desculpa, é costume, prazer conhecer vocês. — agora sim, em português.
Tive aulas, posso me considerar fluente.
— O prazer é nosso, Sara fala muito de você. — Larissa comentou.
— Muito mesmo, porque tem tanta gente armada atrás de você? — Lívia foi direta.
— Meu marido Jungkook trabalha com algo perigoso, então preciso de seguranças. — Sara escondeu o riso com a mão.
— Ele é chefe de uma das noivas da Sara né? — confirmei.
— Da Rachel, e irmão da Hana. — Sara gosta de mafiosas, né? Safada!
— Você casou com o maior mafioso, não tem direito de fala. — cuida da sua vida Cleberson.
— O que ele faz? — Larissa perguntou.
— É sigiloso. — respondi.
— Tudo bem, nós vamos subir Sara, boa noite para vocês! — as duas falaram boa noite e entraram.
— Ainda bem que não falou nada, Lívia é delegada e Larissa é tenente no exército. — não iria acontecer nada.
— Jungkook é amigo do chefe da Lívia, que faz parte da máfia, ela não pode prender ele. — e Jungkook não é burro, nada de crime fica no nome dele.
É no meu, assim que casamos passou tudo para o meu nome, porque eu não tenho muita ligação com a máfia, sou apenas casado com o líder isso nem é muito.
— Quase nada menino, pouquinho. — né lobo.
— Vem mochi, precisa descansar da viagem. — entramos e Na-yeon na minha cola. — Pode ficar tranquila Na-yeon.
— Não obrigado, eu prefiro viver. — ri da fala dela.
— Jungkook ameaçou ela, né? — confirmei. — Está com fome? Minha avó fez um strogonoff incrível, arroz soltinho e bastante batata palha.
— Vou aceitar. — na cozinha estava a avó dela e mais três mulheres.
— Avó e tias, esse é o Jeon Jimin que sempre falo, melhor amigo de todos. — sei que sou. — Jimin essas é minha avó a Maria, e minhas tias Fátima, Lurdes, Ana.
Cumprimentei todas, apesar de todos esses anos de amizade com a Sara nunca conheci a família dela, e nem tem motivo, só nunca deu certo de nos encontrarmos.
— Quer comer, meu filho, colocar um pouco para você. — Sara me ensinou que não é "senhora" é "dona", no caso aqui é dona Maria. — Está tão magrinho.
— Senta Jimin, fique a vontade. — dona Ana falou, e eu sentei. — Porque tem uma moça com essa arma enorme aqui?
— Faz parte da minha segurança, tem mais como ela lá fora. — expliquei.
— Muito importante seu amigo Sara. — só perigoso mesmo.
— Aqui Jimin, come um pouco que depois eu coloco mais para você. — dona Maria colocou um prato na minha frente, como eu vou comer tudo isso?
— Boa sorte! — Sara falou.
— Você é casado, né Jimin? — Fátima perguntou, confirmei. — E quando seu marido vai chegar?
— Logo eu espero. — tô ficando preocupado. — Aconteceu um imprevisto e ele precisou ficar mais um tempo, para nossa segurança viemos primeiro.
— Nossa? Plural? Está falando dos seguranças? — Ana perguntou.
— Não, é que... — não estou sozinho.
— Ele está grávido de gêmeos. — Sara falou por mim.
— Parabéns! Quantas semanas? — contei mentalmente.
— Três. — falei. — Pouquinho ainda.
— Refrigerante então não pode, pegar suco para você. — tiraram a lata de refrigerante da mesa e colocaram um copo com suco de melancia pelo cheiro.
Foi tranquilo meu jantar, elas parecem gostar de mim já que me encheram de perguntas, respondi até onde podia.
Sara me acompanhou até o quarto que vou dividir com Jungkook, desejou boa noite e foi para o dela, Na-yeon vai ficar de guarda na minha porta.
Fechei a porta, senti meu corpo cansado. Tomei um banho rápido, vesti um pijama confortável e deitei, peguei meu celular para tentar falar com o Jungkook.
Liguei e ele atendeu, espero que já esteja vindo.
— Oi neném. — ouvi sua voz. — Chegou bem?
— Oi amor, você sabe que sim, Na-yeon está te mantendo informado. — falei. — Já jantei, comi muito, a avó da Sara disse que estou magrinho talvez eu não consiga comer amanhã.
— Você ficar sem comer, essa foi boa príncipe. — está rindo do quê? — O que está fazendo?
— Nada, estou deitado. — falei. — Você já está vindo?
— Ainda não, mas não vai demorar e eu vou estar ao seu lado de novo. — falou.
Eu dormi falando com ele no celular, estava cansado e com sono mesmo após dormir durante o voo, não posso fazer nada.
Quando acordei demorei para raciocinar, sentei na cama já sentindo fome, antes de fazer tudo peguei meu celular.
Jungkook desligou, mas tem mensagem dele.
Amor - Você dormiu na ligação neném, iria ficar te ouvindo, mas surgiu uma emergência.
Amor - Ainda hoje eu chego no Brasil!
Finalmente! Respondi ele, e outras mensagens que estavam ali desde ontem.
Sara entrou com tudo no quarto, susto do cacete.
— Que susto! — levei a mão no coração.
— Péssimas notícias. — que foi agora? — Descobriram ser você cantando com o Yoongi.
É, isso não é bom.
— Eu tô com fome! — falei.
— Se arruma e vamos comer, gravidinho. — falou. — Depois resolver esse assunto.
— Claro. — ela saiu do quarto, levantei da cama e fui ao banheiro, escovei meus dentes também lavei o rosto.
Saí após fazer tudo e trocar de roupa, desci para o primeiro andar ouvindo vozes animadas conversando, entrei na sala de jantar, tem mais gente que eu não conheço.
Mas os pais do Jungkook, que também são sogros da Sara, e os pais da Rachel estão aqui.
— Senta mochi. — Sara falou, sentei próximo a ela, me apresentou para todos.
— Tem uma prima sua me encarando, ela não gostou de mim. — falei em inglês com Sara sussurrando.
— Fica tranquilo, ela não gosta de mim. — falou me passando um bowl com frutas e mel.
— Porque convidou ela? — isso não fez sentido.
— Ela disse que eu nunca iria casar, iria ficar sozinha pelo resto da vida, porque tinha espinhas por todo rosto, e meus dentinhos de coelho. — gosto dos seus dentes, são parecidos com do Jungkook.
— Termina a história e para de viajar. — bati no braço dela, todos estão ocupados conversando sobre o churrasco na piscina de hoje.
— Tá! Bom, agora eu vou casar com as mulheres da minha vida que me amam de verdade, e ela está encalhada desde o último chifre. — ah! Você quer esfregar na cara dela. — E ela disse que eu acabaria morando na rua após acabar o intercâmbio, já comprei duas casas com meu próprio dinheiro, sou formada naquilo que amo, e ela mora de favor na casa de uma colega, está desempregada por ser preguiçosa, não entrega um currículo e quer que o emprego bata na porta da casa.
— Nossa! Você acabou com ela! — apesar que se você não correr atrás do seu fica difícil, lógico que Sara teve ajuda de Deus em algumas áreas, mas se ela não tivesse se esforçado na faculdade não iria terminar com honras, e se não soubesse como gerenciar o restaurante iria falir, ela é inteligente e sábia.
— Com certeza! — a mãe da Rachel ao meu lado confirmou. — A conversa de vocês está mais interessante, o Jungkook não vem Jimin?
— Ele está vindo. — falei.
Continuei conversando com elas, Sara vai precisar ir até a floricultura pegar as flores do buquê dela, e eu vou junto.
Só coloquei o tênis e fui com ela, meus seguranças junto e Na-yeon muito nervosa, ela preferia que eu ficasse só em casa.
— Sobre os fãs malucos, Yoongi soltou uma nota e disse para ninguém te incomodar que não era a sua voz, sim, de um amigo não famoso. — Sara explicou olhando o celular. — Disso já nos livramos.
— Fico mais calmo. — falei.
O carro parou em frente a floricultura, uma rua bem movimentada da cidade, muitos turistas, bastante mesmo.
Descemos, Na-yeon ficou na minha cola, e o restante lá fora.
— Sara, as flores que você pediu acabei vendendo para outra cliente. — ferrou.
— Acabou o negócio dela aqui. — com certeza lobo.
— Como assim? — Sara perguntou tentando ficar calma.
— Ela ofereceu mais dinheiro pelas flores. — não piora sua situação moça.
— Está de brincadeira com a minha cara? — acabou a calmaria, espírito de barraqueira despertou. — Só passou as minhas flores por causa de dinheiro?
— No negócio tudo é dinheiro. — vai acabar apanhando.
— Onde raios eu vou achar a porcaria dessas flores? Tudo é dinheiro? Eu poderia te dar isso, não sou uma mendiga sua puta. — isso é verdade, Sara tem muito dinheiro.
Começou a xingar a mulher e ameaçar até a décima quinta geração.
E eu não estava me sentindo muito bem, só um pouco de tontura, logo passa.
Saí da floricultura com Na-yeon, tomar um ar, esperar Sara aqui fora.
— Ei, você é Jimin? — ouvi alguém citando meu nome em uma frase em inglês, olhei para os lados, um homem alto há uns nove metros de mim. — Você é culpado...
— Ele está armado. — ouvi Na-yeon falando mais alto, muitas armas começaram a aparecer apontando para ele que está apontando para mim.
Paz? Não né? Percebi.
— Quem é você? — perguntei.
— Você matou ela! Meu único amor! — eu matei muita gente seja específico. — Agora eu vou matar eles, será justo não é?
Coloquei as mãos na barriga, meus bebês não!
— Eles não tem nada a ver com isso. — falei.
Os turistas correram após ver armas, e muitas delas, está praticamente vazia a calçada que até momentos atrás estava cheia.
— Eles tem tudo a ver, eles não merecem viver vão se tornar monstros como os pais são. — não fale dos meus bebês.
— Abaixa essa arma, senhor, nosso chefe pode te livrar de uma morte longa. — Na-yeon falou, está com duas Glock apontadas para ele.
— Eu não vou abaixar, só vai abaixar na hora que ele estiver morto sangrando no chão com esses bebês se afogando no próprio sangue. — meus bebês não.
Lobo, ele não vai matar meus bebês né? Fala que não, eu não vou aguentar outra perda.
Eu não posso perder essas crianças, já são tudo para mim.
Ouvi o disparo, nos filmes fica em câmera lenta, porque isso realmente acontece na vida real.
Talvez eu não tenha nascido para ser pai, mas vai doer muito, em dobro.
Meu corpo se preparou para ser atingido pela bala, mas um corpo me abraçou.............................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!
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