• Capítulo 64 •
Jimin on.
— O que está fazendo neném? — ouvi a voz de Jeon, tirei o celular do rosto olhando para cima.
Estou tomando sol ao lado de fora do lugar que estamos ficando, o lugar super caro.
— Olhando uma coisa. — respondi voltando olhar, tem uma parte que é uma rede de corda e o mar fica embaixo, fiz Jungkook testar antes de deitar.
Se alguém cair no mar será ele, não eu.
— E o que você está olhando? — perguntou se abaixando, mostrei a tela para ele. — Pensei que não seguisse mais ele.
— Eu apenas silenciei, Jimy comentou de umas postagens, mas precisou desligar antes de me contar sobre o que era, sou muito curioso e estou olhando isso agora. — falei.
— Entendi príncipe, que postagem está vendo? — sentou próximo a mim, mas sem ficar na rede.
— É sobre o aniversário dele, ano passado quando ele fez aniversário eu nem sabia, apesar que eu estava entrando em depressão pela perda recente, sou uma pessoa ruim por esquecer o aniversário dele? — estou me sentindo culpado.
— Você não é uma pessoa ruim príncipe, o único aniversário que eu lembro é o seu, dos meus irmãos e dos meus pais preciso criar um lembrete para não esquecer. — é verdade, eu já vi o lembrete. — Do Kim, apesar de vocês serem melhores amigos na época, você não estava em condições para lembrar sobre isso.
Ainda assim, existe uma ponta de culpa, mas não sei se quero mandar mensagem para ele, talvez ele veja como uma abertura para reconciliação comigo, e ainda não me sinto pronto para isso.
Vou esperar mais, está cedo.
— Cedo não está, mas vai no seu tempo. — falou quem sabe de tudo e não me conta, péssimo lobo.
Semana passada foi Natal, e amanhã é a virada do ano, ainda estamos em Lua de mel, mas no antepenúltimo dia.
— O que vai fazer? — perguntou calmo.
— Nada, ainda tenho meus motivos para me manter longe. — desliguei o celular, coloquei perto do meu marido.
— Está viciado em falar isso. — Cleberson falou.
Claro, amo ficar lembrando que ele agora é meu marido.
— Vou tomar banho, o sol já está indo embora. — saí de lá passando por ele, que me deu uma tapa na bunda. — Ei.
— Muito boa para bater. — é, você tem feito bastante isso nos últimos dias.
Entrei no banheiro, tomei banho com a porta aberta, na maioria das vezes ele se junta a mim, mas é difícil terminar o banho com ele me atiçando então sempre terminamos na cama.
— Foi rápido. — falou, saí enrolado na toalha.
— É porque não lavei o cabelo, hoje não entrei em piscina nem no mar. — vesti cueca e uma blusa dele, deitei na cama cansado. — Por que está sério?
— Não estou sério. — a tá!
— Eu te conheço amor, fale o motivo de estar sério, só fica assim quando está bravo comigo ou me ignorando por beber um daqueles vinhos idiotas. — agora me olhou bravo. — Desse jeito mesmo, fala comigo e conta o que está te incomodando.
— Mais dois dias e nós voltaremos para o Canadá. — falou.
— O quê? Não quer voltar? — perguntei sem entender.
— Não é isso, nós estamos aqui há doze dias e você não mostrou o mínimo interesse em ter minha marca. — é isso? Pensei que fosse algo mais sério, que susto.
— E isso te incomoda? — só para ter certeza.
— Sim. — sentei na cama encarando ele. — Estamos juntos a quase dois anos. — exagerado, um ano e meio. — Eu quero te marcar como meu ômega, para sempre, meu lobo está começando duvidar dos seus sentimentos e se realmente confia em nós.
— Eu já sou seu, para sempre. — falei. — Sei que a marca é muito importante para vocês alfas, eu amo e confio em você, mas você sabe que passei a vida sendo rejeitado e excluído como nada da vida das pessoas, lembra quando você pediu um tempo?
— Infelizmente sim. — respondeu.
— Se aquilo não tivesse acontecido eu iria pedir para você me marcar, porque foi horrível passar todo aquele tempo longe sem sentir uma parte de você comigo, mas quando reatamos voltei ter medo da rejeição. — estou sendo muito sincero, não podemos deixar de falar agora, guardar é pior. — Você teve os motivos para me afastar eu entendo, mas isso não anula o que aconteceu.
Mesmo eu não chorando quando ele pediu um tempo, doeu muito quando ele anunciou para todos que terminamos sendo que era apenas um tempo, então fico com medo de quando eu fizer alguma besteira ele pedir tempo, a marca mata nós dois.
— Porém, eu te amo muito mais que eu pensei que poderia amar alguém, e vou confiar que não vai me afastar quando eu fizer uma besteira, sou jovem e posso errar sem ver. — ninguém mandou querer casar com esse neném aqui, sou imaturo para muita coisa. — Aceito sua marca.
— Sério? — confirmei, logo ele estava em cima de mim me beijando. — Eu te amo, não vou te afastar por ser um teimoso e um pouco imaturo, você já amadureceu muito desde que nos conhecemos, nem mostra mais a língua para todo mundo.
— Não seja por isso. — mostrei para ele. — Amanhã na virada do ano eu quero que você me marque, sabe que nunca mais vai poder viajar por muito tempo sem mim né?
— Vou te levar para todo lado comigo, não quero mais que saia do meu lado, você é tão lindo. — fez carinho na minha bochecha. — Para sempre vou te amar.
— Até depois da morte eu vou te amar. — segurei em seu rosto trazendo para perto beijando ele devagar.
— Aquela paz que todos gostam, não confio. — calado lobo.
— Não quero estragar o clima, mas seu neném está com fome. — falei.
— Vamos jantar neném. — saímos da casa no mar após eu colocar bermuda, são várias casas com uma distância grande uma da outra, e tem uma ponte ligando na terra firme, quando chegamos Jeon andou na frente e eu atrás por segurança.
Está sendo ótima a lua de mel, ele me mimando muito como sempre, fizemos muitas coisas juntos que tem aqui, outras ele só ficou olhando eu fazer, como o tobogã que cai no mar.
Estou com medo de quando voltar as coisas possam mudar por estarmos casados, eu gosto de como estão as coisas.
E eu quero mudar de casa, mas estou sem coragem para falar isso ao Jungkook, o motivo é que mesmo ele deixando muito claro que aquela é nossa, eu sinto ser mais dele.
Ele planejou tudo ao gosto dele, eu até mudei uns móveis de lugar, mas não foi suficiente, eu quero uma que tem tudo a ver conosco e não só ele.
— O que está te incomodando? — olhei para ele, estamos passando na ponte para voltar.
— Nada, por quê? — eu disse que não estava com coragem.
— Ficou quieto e pensativo, ainda está com medo da marca, eu posso esperar mais se for isso... — interrompi ele.
— Não amor, você vai me marcar amanhã, não é isso que está me incomodando. — ele abriu a porta e nós entramos, fui ao banheiro para escovar meu dente.
— Então me conta. — ele insistiu e está me olhando escovar o dente na porta do banheiro.
— Toma banho em seguida nós conversamos. — falei após lavar a boca, saí do banheiro deixando livre para ele.
Antes de deitar troquei a bermuda por um shortinho preto de malha, deitei de bruços para mexer no celular sem o perigo de cair na minha cara.
Fiquei olhando o Instagram, postei algumas fotos, sozinho e com o Jungkook.
Ele não deixa eu marcar ele, diz que meus seguidores vão passar a seguir ele, e ele não quer isso, costumam chamar ele de marido misterioso, pelo simples fato que nenhuma foto mostra o rosto dele.
Só quem sabe quem é o Jungkook, o famoso mafioso, aí conhece, caso contrário é um mistério.
— Já pode falar príncipe. — sentou ao meu lado, desliguei o celular virando para o lado que ele está.
— É que eu... — inventar algo ou contar a verdade?
— Que você o quê? — apressado.
— Quero mudar de casa. — falei de uma vez.
— Não gosta da casa que estamos morando? — perguntou.
— Eu gosto, mas ela sempre foi sua casa, fui morar com você bem depois. — melhor não enrolar. — E não importa quantas vezes você diga que ela é minha também, não vai ser, ela tem tudo a ver com quem você é.
— Por isso quer mudar? — confirmei.
— Quero uma casa que mostra quem nós dois somos, não somos mais apenas namorados. — será que ele vai concordar?
Está pensativo de mais, não se esqueça que seu ômega aqui tem ansiedade e sua demora em falar algo está me matando.
— Tudo bem, quando voltarmos vamos começar procurar uma casa. — tô bem de novo. — Mas com uma condição.
— Qual? — nada vem fácil para mim.
— Vamos sair de Quebec. — por quê? — Eu sempre morei na cidade vizinha, só mudei para Quebec para dar aulas e conseguir algo que me livrasse do contrato de casamento, tanto que a Central é bem mais perto da outra cidade.
— Ottawa ou Montreal? — perguntei.
— Ottawa. — beleza.
— Então vamos morar em Ottawa em uma casa nova? — confirmou. — Sua condição foi aceita.
Conversamos mais um pouco até eu sentir sono, dormi bem primeiro que ele que ficou lá fora com uma taça de vinho olhando a Lua.
— Papai Ji, cadê você? Eu tô com fominha. — ouvi a voz da menininha, estou guardando roupas no closet.
— No closet princesa. — conseguia ouvir passos correndo para onde estou.
— Olá Pétrus, também está com fome? — parou para falar com o gato. — Papai Ji o gatinho está com fome!
Acordei assustado antes de ver o rosto da criança, fazia muito tempo que eu não sonhava mais com isso, pelo simples fato que passei muito tempo dormindo dopado.
— Porque acordou desse jeito? — ouvi a voz levemente rouca atrás de mim, olhei e Jeon ainda está deitado.
— Foi só um sonho. — voltei deitar com a cabeça no peito do Jungkook, ele começou a fazer carinho no meu cabelo e eu desenhei círculos imaginários em seu peito.
— Com o que sonhou neném? — eu nunca contei para ele sobre esses sonhos que eu tenho.
— Eu sonhei estar em um closet guardando roupas quando ouvi a voz de uma menininha reclamando de fome. — contei.
— Será que é uma das filhas do seu irmão? Mas isso não te faria acordar assustado. — ele não entendeu.
— Ela me chamou "papai Ji" amor, não é uma das minhas sobrinhas. — falei. — Eu tenho sonhos com isso desde que estava grávido, a voz de um menininho e uma menininha, nunca vi os rostos deles.
Ele não falou nada, continuou passando a mão no meu cabelo em silêncio, deve estar pensando.
— Mas são apenas sonhos, sabemos que isso não é mais possível. — só se adotarmos, mas acredito que Jungkook não pensa em adotar.
E ele não falou mais nada, eu dormi de novo esperando uma resposta sobre os sonhos, mas ele permaneceu em silêncio.
Quando acordei já estava sozinho na cama, como não ouvi nada, fechei os olhos tentando dormir de novo.
— Neném dorminhoco hora de acordar. — assustei-me com a voz de Jeon, não quero acordar. — Anda, sua comida vai esfriar.
Sentei na cama me espreguiçando, coço os olhos e passo a mão pelos fios pretos, olhei e Jeon está sentado na mesa que tem do lado de fora com duas cadeiras, e a comida que ele pediu em cima.
Saí da cama, calcei o chinelo, fui primeiro ao banheiro fazer minhas necessidades e escovar os dentes, lavei meu rosto para ajudar a acordar.
Caminhei até onde ele está, sentei-me de frente para ele, a vista para o mar é perfeita.
— Você dormiu bastante. — estava com sono.
— Estava repondo as noites que alguém não me deixou dormir. — sem vergonha.
— Está falando de mim príncipe? — nunca faria tal calúnia. — Você quem sempre atiça, eu só faço suas vontades.
— Tão bondoso esse alfa, fazendo as vontades do esposo, você é muito cínico e sonso. — ele riu.
Eu não fico atiçando, é ele que faz isso, me tornei um louco por sexo e a culpa é dele.
— Como funciona a marca? Precisa estar transando? — dois anos atrás eu morreria para falar isso, hoje parece coisa diária.
— Realmente é, você vive transando agora. — silêncio lobo.
— Só entre casais comuns, a marca de um Black é mais poderosa, então não precisamos estar fazendo isso, só se você quiser. — viu que não sou eu.
— Na sua vida anterior você foi marcado na união do sol com a lua. — como assim? — Muitas coisas mudaram desde a minha última vida, o sol e a lua não se encontram mais no céu para olhos humanos ver, desde que houve paz no universo.
— Obrigado, mas não. — conta essa história direito lobinho.
— Os dois astros no céu há milhões de anos se encontravam no céu em uma única noite para mostrar o seu amor, porque o resto do universo sempre foi totalmente contra. — estou entendendo. — O Jimin do passado deu à luz a uma ômega que traria paz ao universo, quando a lua a tomou para si, sua alma fez que tudo ficasse em perfeita harmonia, tornando desnecessário a união deles no céu para humanos verem.
Mas se a alma dela foi para trazer paz, eles perderam a filha?
— Está querendo saber de mais, já falei mais que devia. — não acho.
— O que está pensando neném? — olhei para ele.
— Nada. — comecei a comer tentando não ficar nervoso para ser marcado.
Eu não pensei que iria voltar para casa marcado, não estava nos meus planos uma marca. Óbvio que eu pensava em ser marcado, e quero isso, só me pegou de surpresa ser hoje.
Outra coisa que me pegou de surpresa foi aquele sonho, será que tem a ver com a minha vida passada? E é só o lobo querendo me mostrar como eu era.
Porque filhos biológicos eu não posso ter infelizmente, adotados tenho quase certeza que Jungkook não quer, não pode ser eu naquele sonho.
Após a comida baixar eu subi para o segundo andar, entrei na piscina.
No primeiro andar é um quarto bem grande, com banheiro grande também, uma varanda ampla com mesa e cadeiras, mais a parte da rede de corda trançada, que embaixo é o mar.
O segundo andar é uma piscina, e uma jacuzzi, eu e o Jungkook já usamos a jacuzzi se é que vocês me entendem.
— Viveu a base de sexo nessas duas semanas. — lógico lobo, mas nós também saímos para passear, não ficamos só no quarto.
— Neném? — abri os olhos, olhei para o lado ele está apenas com os pés na piscina.
— Que foi? — voltei a fechar os olhos.
— Porque não me contou antes dos seus sonhos? — estava demorando para ele tocar no assunto.
— Não achei necessário. — falei. — São apenas sonhos.
— Entendi. — ficou quieto por um bom tempo. — Você já sabia que o Benjamin iria partir né? Sonhou com isso, né?
Confirmei sem abrir os olhos, desde o início eu sabia, só me negava aceitar que isso aconteceria com ele.
— Queria que eu tivesse te contado sobre isso? — perguntei.
— Não, só quero saber seu motivo para não falar. — falou.
— Bom, eu já estava surtando com a ideia de ser pai com dezoito anos, aí descobri que ele iria partir, precisava de alguém para me manter de pé, se eu te contasse não teria ninguém e nós dois teríamos cedido. — abri os olhos encarando ele. — Não está bravo comigo né?
— Não príncipe, entendo seu motivo para não falar, se isso foi melhor para você na época eu concordo. — ótimo! — Meu celular está tocando, vou descer.
Beijou minha testa antes de descer, eu continuei ali de molho na piscina, às vezes mergulhava nadando de um lado para o outro.
Quando a tarde começou cair, eu saí da piscina sentindo a pele dos meus dedos até enrugada, peguei o roupão que eu trouxe, coloquei antes de descer para não molhar o quarto.
Jeon estava na varanda com uma taça de vinho e em ligação com alguém, eu consegui tomar banho, vestir roupa, e ele ainda estava falando na ligação.
Aproximei dele, abracei sua cintura ele nem se assustou, virou para mim.
— Ele está à minha frente. — falou de mim, ofereceu a taça, peguei bebendo o restante em um gole, ele reprovou minha atitude negando com a cabeça.
Coloquei a taça no parapeito, duas coisas pedimos para não deixar faltar em nosso quarto, vinho para ele e meus chocolates.
— Não, Jimin não vai permitir que eu grave isso, pode desistir. — com quem ele está falando? — Tchau!
— Quem era? — perguntei, ele se esticou colocando o celular na mesa, abraçou minha cintura mantendo meu corpo entre suas pernas.
— A Sara. — lógico que seria a doida.
— O que eu não vou permitir você gravar? — tenho uma noção do que seja.
— Nós dois transando. — sabia. — Ela disse que você não tem sentimentos, e não ama ela coisa nenhuma por não gravar isso.
— Posso até gravar, ela só não vai ver. — ele se surpreendeu com a minha resposta. — Sou um voyeur amor, iria gostar de me assistir fazendo isso depois, o exibicionista do relacionamento é você, eu não quero ninguém me assistindo.
— Certeza? — confirmei. — Engraçado que a última vez que fizemos sexo, ouvimos barulho de um barco aqui perto, e quando eu falei que alguém poderia estar vendo o que estávamos fazendo você ficou mais excitado.
— Só foi uma vez. — chato!
— Tudo bem príncipe safado, então aceita ter uma câmera gravando nós dois na próxima vez? — aceitei. — Só para você ver?
— Sim, só para mim. — juntei minha boca com a dele, sua língua devagar entrou na minha boca, amo o sabor de vinho ao beijar ele.
Fica melhor quando eu como chocolate, combinação perfeita.
Senti suas mãos invadindo o shortinho que estou usando, apertando a pele da minha bunda, vai ficar marcado com a força que ele está aplicando.
— Tem alguém ficando excitado. — sussurrou no meu ouvido. — Está molhado príncipe.
— Culpa sua. — falei. — Falta quatro horas para você me marcar.
— Sim, vai ser apenas meu para sempre. — me deu um selinho, ainda não tirou a mão da minha bunda, ele gosta de apertar e bater.
— Desde que começamos a namorar eu já era seu. — agora eu dei um selinho nele. — Vou ficar marcado se continuar apertando.
— Só vou parar porque irei tomar banho. — tirou as mãos, se soltou de mim, entrando no quarto.
Peguei o celular dele, fiquei mexendo até ele voltar, só me abraçou por trás olhando eu fuçar tudo, olhei fotos que tem mais minhas.
Na verdade, tem algumas nossas juntos, quatro deles, e as outras quase mil fotos são minhas, eu amo tirar fotos com o celular dele.
Abri a câmera, e aproveitei que ele estava olhando o mar para tirar uma foto nossa com ele distraído, ficou ótima.
Voltei para a galeria, ele tira foto minha dormindo, distraído com algo, tocando piano, cozinhando, brincando com Pétrus, rindo ao assistir meu filme de comédia preferido, ou simplesmente parado pensando com uma xícara de chocolate quente.
— Amor. — chamei ele.
— Sim, neném? — começou prestar atenção em mim.
— Porque gosta de tirar fotos minhas? — perguntei.
— Para quando nós brigarmos, vou olhar essas fotos e lembrar porque me apaixonei e casei com você, isso vai fazer nós ficarmos bem de novo. — porque tão romântico Deus?
— Você sempre tem respostas românticas. — não sei ser assim. — E mesmo sendo o mais romântico, o mais sentimental sou eu.
— Completamos um ao outro, o que falta em você tem em mim, e o que falta em mim, tem em você. — concordo.
— Fomos feitos um para o outro. — falei.
Porque eu amo tanto ele? Eu o amo tanto que chega a queimar meu peito só de pensar nesse amor.
— Sim, príncipe. — beijou minha bochecha.
Nós jantamos quando eu senti fome, escovamos os dentes juntos, eu deitei na cama dizendo que iria dormir um pouco.
Não demorou, eu apaguei, fiz isso para diminuir a ansiedade, acordei dez vezes mais ansioso então não deu certo.
Fui ao banheiro só para lavar o rosto e escovar o dente, Jungkook está lá fora sentado olhando o mar.
Antes de ir até ele, olhei meu celular e faltam apenas alguns minutos para meia-noite. Segunda vez passando a virada com Jeon, mas na primeira ele estava no meu quarto me fazendo parar de chorar após uma crise.
Aquele final de ano, não teve natal nem virada, foram dias normais na minha casa, ainda me recusava sair do quarto ou até comer.
Tem mensagens, amanhã eu respondo, deixei o celular para lá.
Parei na porta da varanda, que ansiedade!
— Está ansioso? — assustei-me com a voz de Jeon.
— Sim, meu coração está acelerado. — respondi.
— Após a marca, você pode se transformar. — posso? — Esqueceu o que eu disse? Quando seu amor verdadeiro o marcasse, poderia se transformar.
Finalmente irei saber como o lobo é, a cor dos olhos sei ser azul porque Jungkook viu uma vez e foi bem rápido.
— Vamos subir neném? — confirmei.
Pegou em minha mão e nós subimos, falou que falta um minuto.
— Não esqueça que eu te amo. — jamais esqueceria. — Você é o único amor da minha vida.
— Eu te amo. — falei. — Obrigado por me ensinar amar, e me mostrar como é ser amado.
Ele beijou minha testa em seguida minha boca, está com as mãos no meu rosto e as minhas segurando sua blusa.
Quando nos afastamos o céu se iluminou com os fogos, seus olhos ficaram vermelhos, é agora.
Tombei a cabeça dando acesso ao meu pescoço lado esquerdo, ele se aproximou beijando a curva do meu pescoço, olhando os fogos coloridos senti suas presas na minha pele.
Meu interior começou a queimar, minha gengiva começou a doer, quase gritei ao sentir as presas do meu lobo saindo.
— Pode me marcar príncipe. — ouvi sua voz ao longe, parece que não sou eu no meu próprio corpo.
Quando vi que já estava marcando Jungkook, finalmente meu corpo parou de queimar como se pegasse fogo, agora só sentia uma alegria imensurável.
As presas saíram, passei a língua em cima, repeti o mesmo que ele fez comigo.
— Eu te amo Jeon Jimin. — beijou minha boca não me deixando falar que sinto o mesmo.
Agora sou dele para sempre, e ele é meu para sempre.
[...] Mais tarde.
Acordei quatro horas da manhã, estava dormindo no peito nu de Jeon, por dormir mais cedo sabia que não iria passar muito tempo na cama.
Peguei meu celular diminuindo o brilho para não acordar Jungkook, também peguei meu fone via bluetooth, coloquei.
É muito estranho ser um Lúpus, até ontem de manhã eu era um ômega normal, hoje despertei conseguindo ouvir os batimentos do Jeon.
— De nada. — é, obrigado lobo.
Eu me transformei antes de dormir, e fiz Jeon tirar uma foto, sou maravilhoso em todas as formas, o pelo do lobo é branquinho.
Não, ele não vai ouvir meus pensamentos, já entramos em um consenso ser melhor meus pensamentos apenas para mim, foi só falar que eu iria querer ouvir os deles para o fazer concordar comigo.
Mas ainda podemos conversar pela mente, isso eu gostei, dos pensamentos é cada um com o seu.
Sem abrir a boca eu já sou punido, imagina com os pensamentos, vou viver em eterna punição.
Fiquei quietinho olhando o celular, Jimy postando foto com Pedro, com a legenda de "última viagem em casal", é mesmo, em duas semanas as gêmeas vão nascer.
Fico feliz dele encontrar alguém como Pedro, o alfa literalmente mata por ele, e com certeza vai tratar as gêmeas como filhas biológicas, espero que as duas saiam iguais ao Jimy.
No caso eu também, já que somos gêmeos.
Se uma nascer loira, é influência minha.
Entrei nos stories, Sara reclamando que na próxima semana tem aula, mas no seguinte já falando o quanto ela ama estudar, bipolar só um pouco.
Jin postou Pétrus brincando, com saudade do meu gatinho arteiro, que ama dormir em lugares proibidos, como o meu piano e a adega do Jungkook.
Josh e Noah estão no Brasil para a turnê da América Latina, acho muito legal que os fãs deles especulam relacionamento entre eles, e outras ficam xingando quem shippa, sendo que eles namoram no off bem antes de pensarem em ser famosos.
Taemin postou anunciando comeback, música nova finalmente, tenho amigo famoso em.
Estava olhando agora coisas aleatórias, até ver algo que me fez lembrar de uma coisa que eu trouxe do Canadá, olhei para Jeon que continua dormindo tranquilamente.
Saí devagar da cama sem acordar ele, deixei celular e fone na mesa de cabeceira. Fui até minha mala, abri e comecei procurar a nécessaire preta, achei no fundo bem escondida.
Tirei e levei para o banheiro, fechei a porta, abri a nécessaire tirando o item de dentro.
Senti minhas bochechas esquentando, olhei bem esse negócio.
Tirei o shortinho que usava, vesti a calcinha de renda preta, é mais confortável que eu pensei que seria.
Levantei a blusa grande de Jeon que estava usando, me olhei no espelho do chão ao teto que tem no banheiro, minha bunda ficou maior com isso.
— Nossa. — sussurrei olhando, não querendo me gabar, longe de mim.
Mas eu estou maravilhoso, me olhei em todos os ângulos, lindo mesmo.
— Gostoso. — obrigado lobo.
Ainda faltam coisas para colocar, mas só com a calcinha estou lindo!
— Porra. — levei um susto deixando a blusa cair cobrindo a calcinha. — O que está fazendo neném?
— Saia Jungkook, não quero que me veja assim. — tentei empurrar ele, mas ele não moveu um músculo.
— Por quê? — perguntou.
— Deve estar me achando ridículo, então vaza. — estou olhando só o chão por vergonha, não era para ele ver.
— Não estou achando ridículo, você está lindo príncipe. — olhei para ele. — E muito gostoso, o que é aquilo?
— O restante. — falei.
— Coloca, vou te esperar aqui. — piscou para mim e fechou a porta.
Legal, agora vou transar até dizer chega.
Coloquei todo o restante, tem a cinta liga, a parte de cima faz até ligação no meu pescoço como uma coleira.
Aproximei olhando a marca recém feita no espelho, coloquei os dedos em cima, gemi por estar muito sensível.
Não quero sair!
Respira fundo, contei até dez e abri a porta.
Jeon está sentado na beirada da cama, tem algo na mão dele, parece ser um dos meus chocolates com recheio de vinho, é o único que ele come.
Ele olhou para mim, por inteiro, me chamou com o indicador, quase esqueci como andar.
— Você comprou para a Lua de Mel? — perguntou pegando em minha mão trazendo para o meio das pernas dele.
— Não, ganhei no aniversário, mas nunca tive coragem de usar, a Sara colocou na minha mala para eu usar com você, mas pensei que poderia me ver como idiota e não quis. — expliquei.
Estava errado, consigo sentir como ele está excitado enquanto observa cada parte do meu corpo, literalmente dá para farejar a excitação dele.
— Deveria usar antes, você está muito gostoso. — ele está me comendo com os olhos. — Vou te foder agora.
— Não está muito cedo? — o sol ainda está saindo.
Ele já está em cima de mim na cama, não vou sair dessa cama tão cedo.
— Nunca é cedo para isso. — me beijou afoito, ainda bem que não tenho planos para hoje.
Suas mãos passeando pelo meu corpo enquanto sentia sua língua dominar a minha, por pouco tempo, na hora que eu quiser as garras de brat vão sair.
Se o lobo dele tomar controle como estou sentindo que ele quer isso, não irei andar por dois dias no mínimo, segura esse lobo.
Minhas mãos puxando parte de seu cabelo, arranhei sua nuca quando mordeu meu lábio inferior.
Lidar com a minha excitação é difícil, agora preciso sentir a dele também, parece ser o dobro da minha.
— Sem preliminares. — falei. — Quero sentir você.
— Seu pedido é uma ordem. — eu sei.
Ele tirou a calça, e minha boca salivou, só não vou fazer nada por estar muito excitado precisando urgente dele em mim.
— Fica de quatro. — ordenou.
— Não, eu quero ver você. — eu disse que não iria demorar. — Se quiser, se não quiser podemos dormir, mas não vou trocar de roupa.
— Manipulador. — obrigado, sei que sou.
Ele afastou o fio da parte de trás da calcinha, senti seu pau entrando tão devagar, vai mais rápido.
Passei as pernas por sua cintura, puxei ele para perto, fazendo entrar tudo, gemi alto pela intrusão.
— Bem melhor. — por ele se assustar está com a mão cada uma de um lado do meu rosto, me encarando. — Pode ir.
— Certeza? — confirmei. — Apressado.
Senti a primeira estocada, lenta e forte, gosto assim, mas prefiro bem rápido e muito forte, gosto da dor.
— Não faz isso. — começou esfregar a renda no meu mamilo, me torturando sem eu fazer nada.
Ele só sorriu de forma diabólica e começou do jeito que eu gosto, mas sem parar de esfregar, ele gosta de me ouvir gemendo alto para todos ouvirem como ele é o melhor na cama.
Eu só fiz sexo com ele, mas não preciso fazer com outros para ter certeza disso, com certeza ele é o melhor.
— Sempre tão barulhento. — culpa sua.
Encostou no mamilo com piercing, isso foi suficiente para eu sentir que iria gozar logo, e ele percebeu isso, segurou com tanta força minha cintura tirando da cama, foi como um grito o que saiu da minha boca quando ele começou acertar só a próstata sem pausa.
— Muito forte. — consegui falar, idiota.
— Assim que você gosta. — é, e pago caro por isso. — Tão gostoso.
Começou chupar a pele do meu pescoço e morder, vou voltar todo marcado amanhã.
— Eu vou... — nem consegui terminar de falar já estava gozando e ele também. — Pronto né amor?
— Nem começamos neném. — já imaginava que a resposta seria essa.
Só senti meu corpo sendo virado, vai usar lingerie, seu alfa vai amar.
Eu mato quem disse isso!
— Droga. — penetrou de novo, dessa vez não ficou lento, sorte que ele mesmo está mantendo meu corpo na posição desejada, não tenho força para isso.
E foi passando o tempo, só sei que em algum momento eu parei de contar quantas vezes gozei, fizemos todas as posições possíveis e impossíveis.
— Eu não consigo gozar. — saiu como um sussurro, estou rouco nessa merda.
— Consegue sim. — comecei a tremer e gemer novamente sentindo meu baixo ventre aquela sensação conhecida, gemi alto, porque está tão molhado assim?
Xixi eu não fiz, isso eu tenho certeza.
Senti meu marido gozando, finalmente!
Deitou ao meu lado, estou tão cansado, e o sol já está alto lá fora.
— Sabe que teve um orgasmo anal né? — olhei para ele.
— Por isso estava tão molhado? — confirmou. — Você estava gravando não é?
— Sim. — sabia.
Levantou da cama, não fiquei olhando onde colocou o celular para gravar, senti ele deitando de novo e me passou o meu celular.
— Só para você ver neném. — agora eu tenho porno no celular, coloquei para carregar. — Posso tirar uma foto sua?
— Pode. — estou de olho fechado, ouvi o barulho do click.
— Olha. — abri os olhos, tem gozo até na minha linda face. — Está lindo.
— Eu estou num estado deplorável. — falei. — Preciso tomar banho, mas não sei se conseguirei ficar em pé.
— Vem, eu vou te dar banho. — obrigado.
No colo me levou para o banheiro, estava sentado no sanitário enquanto ele está enchendo a banheira, sim, além da jacuzzi lá em cima tem uma banheira aqui.
Olhei para o espelho, estou todo marcado, passei a mão no cabelo tirando da testa.
Comecei a tirar a lingerie, parte de cima em seguida a parte debaixo, primeiro a cinta e depois a calcinha.
Tem um par de olhos me observando, olhei para ele.
— Nem pense em se excitar sem vergonha. — falei.
— Não estava ficando excitado. — a tá! Ele esqueceu que eu consigo sentir agora.
Mais um pouco e nós dois estávamos na banheira, ele na minha frente, estava de olhos fechados balançando a cabeça no ritmo de uma música que meu cérebro está tocando.
Quando a música acabou, abri os olhos, olhei para ele, estava de olhos fechados com a cabeça encostada no apoio, deixando o pescoço bem à mostra.
A marca que eu fiz bem exposta, tão linda.
Fui engatinhando até ele, sentei em seu colo e ele olhou para mim.
— O que você quer príncipe? — perguntou.
— Marcar seu pescoço. — respondi.
— Se responsabilize pelas reações futuras a suas ações. — resumindo, se ele ficar excitado eu vou precisar resolver.
— Pode deixar. — ele voltou ficar com a cabeça nos encosto de olhos fechados.
Primeiro beijei nos lugares que irei fazer marcas, comecei marcar a pele do seu pescoço, sorte que ele não tem tatuagem aqui.
Fiz a última, um ótimo trabalho eu diria.
— Satisfeito neném? — voltou me olhar, confirmei. — Como vai ser?
— Só a boca. — se fizermos sexo mais uma vez, vai me levar no colo para todo lugar.
Ele sentou na beirada da banheira, lá vamos nós, vida difícil a minha.
— Como se você não gostasse de fazer isso, vive com a boca salivando. — calúnia, tem provas lobo? Fofoqueiro.
Beijei a glande antes de colocar na boca, descendo bem devagar, subindo no mesmo ritmo, se continuar assim ele vai se estressar e usar a minha boca como quiser, é isso que eu quero.
Por um milagre dessa vez ele não fez isso, então eu mesmo comecei aumentar o ritmo, concentrei apenas na glande lambendo e chupando, passei a língua por todo comprimento.
Quem vê assim não imagina como eu era, já passei muita vergonha para chegar nesse nível de safadeza.
Voltei chupar com intenção de fazer ele gozar na minha boca, logo ouvi ele gemendo meu nome, e segurou minha cabeça mente do no lugar, não fiquei assustado por já estar acostumado.
Gozou na minha boca, e proibiu de engolir, após recuperar o fôlego.
— Abre a boca. — abri. — Pode engolir, príncipe.
Agora ele me deu banho e cuidou de mim, após escovar os dentes saímos do banheiro com toalha ao redor do corpo.
Só coloquei uma cueca, roubei uma camiseta de Jeon. No quarto ficam jogos de cama para você trocar, e após Jungkook fazer isso eu deitei.
— Não quer comer antes de dormir? — neguei, estou muito cansado.
Ele deitou ao meu lado, abraçou meu corpo, o ar-condicionado está ligado então não sentirei calor com seu corpo quente junto ao meu.
Não sei quanto tempo eu dormi, eu acordei uma vez, mas acabei voltando dormir e quando despertei realmente, estava escuro.
Eu dormi o dia inteiro!
Virei na cama passando a mão, estou sozinho aqui, não durou muito já que senti ele deitando.
— Acordou neném? — começou fazer carinho no meu rosto, confirmei sem abrir os olhos. — Está com fome?
— Morrendo. — resmunguei.
— Precisa levantar para comer. — que difícil!
Aos poucos eu fui tomando coragem e levantei, praticamente andei de olhos fechados até o banheiro, após me aliviar escovei os dentes, e lavei o rosto.
Quando saí, percebi que as nossas malas já estão prontas, e ele já deixou roupa separada para mim. Dez horas iremos ir para o aeroporto embarcar e voltar para casa.
— Que horas são? — perguntei.
— Oito e meia. — legal.
— Então eu vou tomar banho primeiro. — voltei ao banheiro, aproveitei para lavar o cabelo e voltar com ele limpo.
Deixei ele bem úmido com a toalha antes de sair, coloquei a cueca antes de vestir a roupa, calça jeans e camiseta preta, tem um casaco também, mas isso é apenas para o avião quando eu sentir frio.
Se sentir, com a ligação com Jeon é possível eu não sentir tanto frio.
— Vem comer neném. — saí na varanda, sentei ao lado dele, nossa vista para a lua e o mar bem lindo.
— Está com o seu celular? — passou para mim, após servir minha taça com vinho.
Tirei uma foto da vista pegando a mesa com o nosso jantar, mandei para o meu celular, devolvi para ele.
Começamos a comer, eu estava apenas admirando a vista e Jungkook me admirando.
Quando terminamos já fui atrás de um chocolate, comi uma barra antes de escovar o dente, delícia.
— Já está na hora de ir? — perguntei.
— Falta um pouco, ande por aqui olhando se não está esquecendo nada. — olhei em todos os lugares, em cima e embaixo.
O que eu achei coloquei na minha mala, fechei ela. Peguei minha bolsinha transversal preta, coloquei o carregador, fones, documentos, passaporte e celular dentro após postar a foto que tirei no celular do Jungkook.
Tem algumas balas e pirulitos também, chocolate não porque derrete.
Sentei na cama já arrumada, calcei o tênis branco, estou pronto!
— Vamos? — confirmei. — Já tem um carro esperando.
Saímos da com quarto com as malas, dessa vez eu mesmo fui puxando a minha, ao chegar em terra firme o motorista colocou as duas no porta-malas.
Entramos no carro, coloquei cinto.
Peguei meu celular na bolsinha e comecei responder às muitas mensagens que enviaram para mim, pai, irmão, amigos, alguns primos reclamando dos parentes do Jungkook.
Tem gente que fala que quando você casa os parentes do marido faz parte do combo, não faz não, se fossem legais sim, mas não são.
Por estar distraído com o celular não vi quando chegamos, saímos do carro, o motorista tirou nossas malas, guardei o celular.
Entramos no aeroporto, é muito bonito.
Fizemos check in e despachamos as malas, esperando ser anunciado para embarcar.
Estou com a cabeça no peito do Jungkook, olhando um casal gay próximo a nós com uma menininha sorridente.
Jeon está distraído com o celular, mas não deixa de fazer carinho no meu cabelo.
Estava tranquilo até eles trocarem de lugar ficando quase ao nosso lado, a menininha ficou ao meu lado, decidi não ficar encarando para não arrumar confusão.
Comecei a olhar o que Jeon está vendo, conversando com Namjoon sobre algo na máfia.
— Oi! — olhei para o lado, ela fala inglês.
— Oi! — respondi ela, o cabelo dela está como dois pompons, o sorriso dela lembra o sorriso da Rachel, assim como a pele de chocolate.
— Qual seu nome? — perguntou.
— Jimin e o seu? — amo crianças.
— Melinda, você parece o príncipe Eric. — quem é esse?
— Não conheço esse príncipe, mas obrigado pelo elogio, você também parece uma princesa. — falei.
— É o príncipe de "A pequena sereia". — nunca assisti esse filme. — Esse do seu lado, é seu príncipe encantado?
— Sim, ele é meu príncipe. — confirmei para ela.
— Melinda, não incomode o moço. — um dos pais dela repreendeu ela. — Desculpe por ela.
— Tudo bem, ela não me incomodou. — falei.
— Viu papai, eu não incomodei ele. — voltou a ficar ao meu lado, puxando mais assunto.
Fiquei todo o tempo de espera conversando com ela, até dei um dos pirulitos para ela após o pai permitir, ela fala sobre tudo, tudo mesmo.
Perguntou até se eu pretendia ter filhinhos, falei para ela que não podia ter, ela pareceu pensar na minha resposta.
— Tudo bem, meus pais também não podiam, e agora tem eu. — falou simples. — Você também vai ter filhinhos.
— Vamos Melinda, é o nosso voo. — o ômega chamou a filha.
— Tchauzinho Jimin. — ela pulou da cadeira.
— Tchau Melinda. — acenei para ela sorrindo, ela foi com os pais para um dos portões de embarque.
— Como sempre fazendo amizade com crianças. — Jeon falou.
— Elas me amam. — falei. — Já é meia-noite?
Aquela menina me deixou pensativo com as últimas palavras, mas não, é impossível eu ter filhos e já aceitei isso, será eu e Jungkook para sempre.
— Sim, falta meia hora para o nosso vôo ser chamado. — fiquei só olhando ele conversar com Namjoon até a primeira chamada, fomos para o portão de embarque, logo estávamos passando pela comissária de bordo.
— Boa noite! — falou, eu respondi e dei uma cotovelada no alfa para ele fazer o mesmo, sem educação.
— Agressivo. — resmungou.
— Me sigam senhores, Jeon. — outra apareceu para nos levar até a primeira classe. — Se precisarem de algo podem chamar, com licença.
Saiu, sentei na janela e deixei Jeon na ponta.
Coloquei o cinto, peguei o celular colocando no modo avião, Jungkook fez o mesmo ao meu lado, agora é esperar o avião decolar.
— Colocou um segurança na entrada, né? — perguntei.
— Sim, eu pretendo dormir e não confio nesses comissários. — eu sei amor.
— Vai dormir? — não estou com sono.
— Se estivesse também, pode internar, dormiu o dia inteiro. — silêncio Cleberson.
— Eu só dormi duas horas e não o dia inteiro neném. — falou. — Se algo grave acontecer pode me chamar.
Só após o avião decolar ele deitou a cadeira, e dormiu.
Coloquei meu fone e liguei o celular, vou assistir nosso vídeo, foi ótimo para bloquear todos os sons que estou ouvindo da classe executiva.
Antes eu não ouvia, agora consigo saber tudo que estão falando.
Começou o vídeo, fiquei concentrado em tudo e tentando ao máximo não ficar excitado, só posso acordar o Jungkook para algo grave.
Fui atrapalhado por uma ligação, não deveria ter tirado do modo avião após ele decolar.
— Oi Jimy. — falei.
— Oi Jimin, está voltando? — perguntou.
— Sim, estou no avião. — respondi.
— Que bom! Eu só volto para casa amanhã. — Pedro o levou para o Chile nas montanhas e gelo. — Então...
— O que foi? — quando ele fala isso já sei que alguma coisa ruim aconteceu.
— O Tae deu à luz faz algumas horas. — isso não é ruim.
— Ele está uma semana na sua frente, não era para nascer semana que vem? — só se eu esqueci a data exata.
— Sim, nasceu uma semana antes, ela está bem e saudável. — então é uma menina. — Quer ver?
— Claro, porque não? — abri nossa conversa, ele enviou a foto, olhei ela ainda no berço do hospital, tão pequena. — Ela é linda, e muito parecida com o Tae.
— Concordo, estou preocupado. — o que aconteceu dessa vez? — Achei ele muito triste na ligação, parecia estar longe, mas acredito ser só impressão minha
— É, deve ser só o choque dela nascer antes do previsto. — conversamos mais um pouco até ele precisar desligar.
Passei um certo tempo pensando nisso, achei melhor deixar para lá antes que faça algo de forma precipitada.
Voltei a ver o vídeo, interessante me ouvir e me ver, não é por nada não, mas isso está incrível.
Como fizemos essa posição, agora sem estar no calor do momento, estou fazendo muitas perguntas, se sentir dor em algum lugar não posso reclamar de nada.
Vontade de postar na internet para todos verem, mas sou muito santo para isso.
— Você santo? Que piada. — me respeita sem vergonha.
Fiquei com dó da Sara, com muita vergonha mesmo, peguei um minuto de vídeo e enviei para ela, ameaçando de morte se ela mostrar para alguém.
Não demorou para ela visualizar, mas passou um minuto ela não respondeu, foi passando os minutos, passou vinte minutos e nada.
Finalmente apareceu "digitando", vamos ver o que ela vai falar, parou de digitar, ela me ligou.
— Oi Sa... — nem consegui terminar de falar.
— PUTA QUE PARIU. — meu ouvido merda. — Eu estou assim, sem palavras para esse vídeo.
— Não sei se consigo te ouvir, fiquei surdo com o primeiro grito. — falei.
— Mochi seu safadinho, você ficou perfeito com a lingerie, vou te dar uma vermelha. — vai nada. — Você e o Jungkook poderiam fazer filme pornô, eu pagaria para assistir, agora entendo porque vive reclamando de dor nas costas, é essas posições que vocês andam fazendo na cama.
— Nem sempre é na cama. — soltei sem ver.
— Sabia, mas falando sério agora, não tem como você mandar o resto do vídeo? Eu sei que você mandou só uma parte, Jungkook e você não tem cara de quem transa por um minuto. — um minuto não dá nem um beijo nosso. — Por favor Jimin, prometo que não mostro para ninguém.
— Nem se eu quisesse teria como, o vídeo é muito grande. — falei. — Posso mandar seis minutos.
— Tudo bem, enquanto isso vou assistir mais um minuto que você mandou, se o Jungkook fosse cantor poderia colocar seus gemidos em uma música, até nisso você é bom, o mundo é tão injusto. — é doida! — Tchau! Esperando ansiosa.
— Tchau! Fugitiva do hospício. — desliguei antes dela me xingar, escolhi seis minutos do vídeo e mandei.
Agora vou terminar de assistir isso, eu juro que tentei não ficar excitado, mas é difícil assistir essa categoria de vídeo.
Desliguei o celular colocando na bolsinha e ela na poltrona da frente, levantei avisando ao segurança que está do lado de fora para não deixar ninguém entrar.
Voltei sentando no colo do Jungkook.
— Amor. — comecei mexer nele para acordar. — Acorda, uma coisa grave aconteceu.
Mais um minuto mexendo até ele abrir os olhos, passou a mão no cabelo jogando para trás e começou observar como estou, tentando entender o que aconteceu.
— O que de grave aconteceu para você estar no meu colo neném? — essa voz.
— É que estava assistindo nosso vídeo, e fiquei excitado. — precisa pedir com jeitinho para ele esquecer que foi acordado para transar. — Você como um marido tão bondoso e gentil, pode me ajudar.
— Você é muito cínico príncipe. — calúnia. — Quer transar aqui no avião? — confirmei. — Não quer esperar chegar em casa?
— Não vou aguentar, ainda faltam horas de voo até em casa. — muito tempo.
— O que eu não faço por você? — nada, tudo que eu quero ele me dá. — Lembre-se de não ser tão barulhento, não queremos ser atrapalhados.
Essa é a parte ruim, como não ser barulhento com Jungkook? Impossível.
— O espírito do sexo anda com o Jimin agora, porque puta que pariu, o menino respira sexo. — quase isso lobo.
Vou transar no avião, não repitam isso crianças, é perigoso.
[...]
Saímos do avião quando ele pousou, pegamos nossas malas antes de sair do portão de desembarque.
— Agora eu sei como é fazer sexo no avião. — Jungkook sussurrou no meu ouvido.
— É, graças ao monstrinho do sexo que você criou. — falei. — Quando vamos viajar de novo?
— Concordo, é um monstrinho mesmo. — cada coisa. — Ali, o Jin.
Já estou com o casaco, porque o Canadá é muito frio.
Fomos até ele, abraçou nós dois.
— Como foi a viagem? — perguntou. — Espera, vocês estão cheirando a sexo.
— Culpa dele. — jogou a culpa em mim.
— Minha nada, a culpa é sua. — quem me fez ficar assim foi ele.
— Vocês transaram no avião? — Jungkook confirmou. — É Jungkook, você conseguiu desvirtuar o menino, tinha um olhar tão inocente.
— Eu estou aqui viu? — saímos do aeroporto.
Fomos para o carro do Jin, meu alfa colocou as malas no carro, eu sentei na frente com Jin já que ele disse não ser motorista de ninguém.
— Isso no seu pescoço é uma marca? — confirmei. — Agora que o Jungkook não pode mesmo viajar sem você, separou você fica doente.
— É, agora onde ele for eu vou junto. — espero que de avião. — Também marquei ele.
— Você marcou ele? — Jeon entrou bem na hora. — Então quer dizer que o alfa que falou "nunca vou deixar ninguém me marcar" está marcado? Que ironia da vida não é?
— Fica na sua Jin. — todinho meu.
— Chato, agora começa oficialmente a vida de casados de vocês, Jimin boa sorte! Se pensava que sabia tudo sobre ele, agora você vai ter algumas surpresas. — esse povo casado fica me assustando. — Com Namjoon quase cancelei o casamento no primeiro mês umas vinte vezes, mas depois fica tranquilo.
— Você está me animando muito. — Deus por quê?
— Essa é a parte boa da história, a ruim é que somos da máfia, posso matar ele quando quiser não apenas cancelar o casamento, é bom não ter armas por perto nesses primeiros meses. — estou começando ficar assustado.
— Jin fica quieto, Jimin vai desistir antes de chegarmos em casa se continuar contando sobre o seu casamento. — vou mesmo.
— Desculpe. — tudo bem, agora já sei que posso descer bala no Jungkook.
Os dois começaram falar sobre coisas da máfia que não me interessa, e eu fui olhar o Instagram, bem mais interessante que essa coisa de carregamento, armas, drogas, bebidas e prostituição.
Ele nos deixou em casa e disse que o Pétrus já estava ali, entrei primeiro procurando meu gatinho.
— Pétrus. — chamei ele. — Cadê você gatinho?
Apareceu miando, o peguei no colo.
— Sentiu minha falta coisa linda? — miou, tão fofinho.
Sentei no sofá com ele no solo, Jeon entrou com as nossas malas, fiquei fazendo carinho no gato até sentir o cansaço e sono batendo.
Deixei ele no sofá para subir, mas ele me seguiu até o quarto, já pulou na cama.
Entrei no closet, Jungkook colocou as duas malas no canto, vou mexer nelas só amanhã.
Tirei o tênis guardando, casaco também, agora vou tomar banho e dormir.
Entrei no banheiro ele já estava tomando banho.
— Aceita companhia? — perguntei.
— Sempre. — tirei o restante da roupa e me juntei a ele.
Tomamos banho com algumas gracinhas, por parte do Jungkook, já que eu sou bem inocente e não faço essas coisas.
Entramos no closet, eu fui mais rápido para me vestir e sair, deitei na cama onde tem um Pétrus dormindo no meio como o dono.
Quando Jeon deitou após apagar a luz, ele levantou e deitou nos travesseiros em cima de nós, aproveitei para abraçar o corpo de Jungkook.
— Boa noite príncipe. — com um beijo na minha cabeça.
— Boa noite amor. — aconcheguei nele.
Tive uma excelente noite de sono e ele também já que acabei o acordando no avião, ele não dormiu mais depois, então nós dois dormimos a noite inteira.
Acredito que cansei ele, já que levantei cedo e ele não demonstrou sinal que iria acordar tão rápido, o deixei dormindo.
Após escovar o dente e lavar o rosto, desci para o primeiro andar com Pétrus me seguindo, coloquei ração para ele com petisco.
— Está muito magrinho esse gatinho. — ele miou concordando, só pensa em petisco.
Fui para a cozinha, comecei a olhar os armários pegando tudo que venceu enquanto estivemos fora de casa, não foi tanta coisa, joguei fora. Abri a geladeira que ficou ligada, carne é tudo congelado a vácuo, abri todos os potinhos na geladeira para saber se algo estragou.
O que estragou foi para o lixo, a carne que está cara não estragou, obrigado Deus!
— Tão pobre tadinho. — me deixa lobo.
Comecei a olhar os iogurtes, vão vencer essa semana, tem cinco de morango, e três naturais.
Leite foi direto para pia, esse é o problema de viajar, as coisas estragam e você precisa jogar fora, eu vejo dinheiro descendo pelo ralo.
E olha que só foram duas semanas, se fosse mais, precisaria jogar mais coisas fora.
Limpei a geladeira antes de devolver o que não estragou, ela não pode lavar então é só limpar mesmo, os sorvetes estão intactos e a validade tem mais dois meses, chocolates também.
Peguei os iogurtes naturais, coloquei em um bowl pequeno de porcelana preta, granola e mel. Fui para a sala, liguei a televisão e fui abaixando, me surpreendi como estava alto.
Vai demorar para eu me acostumar com isso de Lúpus.
Assisti ao programa das blogueiras enquanto comia, ao terminar voltei para a cozinha, lavei os dois itens de sujei e coloquei para secar.
Agora é hora de ver aquelas malas, primeiro fui à lavanderia, peguei o cesto que uso para recolher roupa suja que Jeon deixa espalhado, vontade de fazer ele comer cada peça.
Dá um ódio!
Tem dois cestos de roupa no nosso banheiro, e um no closet, qual o problema dessa criatura?
Subi para o nosso quarto, ainda estava dormindo, entrei no closet. Deitei as duas malas no chão e sentei, abri elas para começar a separar as roupas do Jeon, a minha eu deixei a roupa suja em uma sacola.
Como a anta não separou a mala dele inteira irei lavar, da minha só peguei a sacola, o restante guardei na minha parte do closet.
Saí bem devagar com as coisas nas mãos, primeiro desci o cesto, voltei descendo a mala, o cesto debaixo do braço e a outra mão puxando a mala de rodinha.
Eu odeio lavar roupa, mesmo que seja só colocar na máquina de lavar, precisa separar coloridas das brancas, brancas das escuras, sensíveis das normais, muito complicado.
As roupas do Jeon são todas escuras, então coloquei tudo em uma máquina, na outra coloquei a minha, e tem que bater em máquina diferente, porque a pele do princeso que está dormindo não aguenta produtos fortes, é um específico.
Resumindo, não case gente, viva sua vida sozinho que vai ser bem melhor.
Se adaptar a outra pessoa é muito difícil, às vezes você olha ela dormindo, e pensa "vai, sufoca com o travesseiro", é o diabo te atentando.
A lingerie coloquei no saco específico para lavar roupa frágil, assim não irei correr o risco de estragar ela.
Limpei a mala do Jungkook, voltei com ela vazia para dentro, subi para o nosso quarto e guardei no closet com as outras que temos.
Peguei meu celular e voltei a descer, calculei o tempo que iria terminar a lavagem aí é só colocar na secadora, morar em lugar frio é assim, não tem como estender em varal, seca nunca.
Separei a carne do almoço, eu não vou comer, mas o carnívoro não vai querer ficar sem carne.
Você ama o Jungkook, Jimin, lembre-se disso e não o mate.
Já são dez horas e ele ainda não acordou, vou sair para correr acredito que quando voltar ele já vai estar de pé.
Troquei de roupa, calcei o tênis para correr, liguei o fone via bluetooth no celular, coloquei na braçadeira, coloquei o relógio também, peguei minha garrafinha e saí.
Duas semanas sem atividade nesse nível, só estava fazendo sexo e nadar, não se compara com subir a montanha correndo.
Fiquei cansado em trinta minutos, meu relógio apitou, coração muito acelerado.
Sentei em uma pedra tomando fôlego, se eu passar mal perdendo a consciência que ele está monitorando isso, o celular do Jungkook vai apitar sem parar e mostrar minha localização.
Precauções que a médica mandou eu tomar após o acidente, até hoje preciso ficar de olho no que vou fazer para nada de ruim acontecer e eu voltar ao hospital.
Tomei água olhando o relógio, a frequência cardíaca voltando ao normal, quando liberou voltei a correr.
Consegui terminar de subir a montanha, quatro quilômetros concluídos com sucesso, tirei foto com a vista da cidade ao fundo, postei no story.
Devolvi o celular para a braçadeira, olhei o relógio está normal, então já posso voltar.
Desci fazendo zig zag nas árvores, em linha reta é muito rápido, parei em uma árvore para beber água, ouvi um barulho nas folhas, olhei para a direção do barulho.
Escondi atrás da árvore segurando até a respiração, olhei devagar para ver se era alguém me seguindo, mas eram apenas três esquilos.
Não corro perigo, terminei de descer, entrei em casa tomando o restante da água Jeon está terminando de descer a escada.
— Bom dia neném. — falou, tirei a garrafa da boca.
— Bom dia amor. — fui para a cozinha, lavei a garrafinha e enchi, coloquei na geladeira. — Não rela que estou muito suado.
— E? — e nada.
— Sei que você me ama mesmo com todo esse suor, mas fique longe. — passei a mão no cabelo jogando para trás os fios molhados pelo suor. — Vou tomar banho, tome aqueles iogurtes de morango, eu tomei os naturais para não perder, e precisamos fazer compras, não esqueça de lavar o que sujou, já viu as casas para nós? Beijinho.
Subi correndo a escada.
— Jeon ficou com cara de besta, tadinho. — Cleberson falou.
Entrei no quarto, tirei o tênis, deixei ali separado, também o celular, fones e braçadeira ficaram na cama, entrei no banheiro e tirei toda a roupa colocando no cesto. Tomei um banho longo porque precisei lavar o cabelo, escovei o dente ao sair.
No closet, coloquei um conjunto de moletom branco, calcei meia e chinelo. Meu cabelo foi o secador e um óleo, já tem raiz loira, vou refazer o processo para voltar a ser loiro.
Desci com o tênis na mão, ele está sentado tomando iogurte e comendo torrada, com o iPad na mão.
Fui para a lavanderia, limpei o tênis, o deixei pronto para hora que eu sair. Todas as roupas foram para as secadoras, voltei para dentro com o tênis, mais uma vez subi correndo.
Guardei o tênis, e a braçadeira, no quarto coloquei o celular para carregar, fones na gaveta da mesa de cabeceira, arrumei a cama e travesseiros.
Desci pulando degraus, meio-dia agora, ele acabou de tomar café, vai demorar para sentir fome e querer almoçar.
— Vem aqui príncipe. — sentei ao lado dele. — As casas estão disponíveis em lugares bons da outra cidade.
— Vamos ver. — resmunguei, comecei a olhar todas elas. — Todas estão prontas para mudar ou precisa arrumar algo?
— Prontas para mudar, você parece com pressa para sair daqui. — está certo. — É escolher uma e eu compro.
— Humilde. — uma me chamou muito a atenção, mas a seguinte também me parecia boa. — Fiquei entre essas duas.
— Também gostei delas, podemos visitar elas, assim será mais fácil para decidir. — concordo.
— Quando vamos? — perguntei.
— Pode ser amanhã, as duas que você escolheu não são mobiliadas, então preciso procurar algum decorador de interiores. — passei para ele. — Vou ver se o Jin me passa o número de quem decorou a casa dele.
— É, a casa do Jin é muito bem decorada. — mansão né. — Quando vamos fazer compra?
— Em vinte minutos. — saiu da mesa levando o prato para a pia, fiquei só olhando estilos de decoração no iPad, cores, combinações, e quais móveis são melhores. — Você vai vender a casa que seus pais deixaram no divórcio né?
— Sim, mas ainda não vi uma imobiliária para correr atrás disso. — falei.
— Tem alguém procurando casa aqui. — quem?
— Não sei quem é. — falei.
— A Hana. — não sabia que ela queria morar aqui. — Esse ano ela vai terminar o PhD, e quer ficar por aqui.
— Se ela tiver interesse na casa posso levar ela lá. — ela só foi uma vez e só conheceu a cozinha e a sala.
— Eu falo com ela, vou tomar banho e nós já vamos. — falou após lavar o prato dele.
— Vai lá. — desliguei o iPad, incrível que consegui ouvir o barulho do chuveiro.
Levantei e fui devagar até a pia, peguei o prato passando o dedo nele, está limpo. Guardei após secar o que estava ali, para não deixar nada na pia.
É, eu sei que pareço uma mãe desse jeito, foi anos vendo a minha, aprendi com ela ser chato perfeccionista.
Subi para o quarto, calcei o tênis e voltei, peguei o iPad começando fazer a lista que estava faltando nos armários, em seguida a geladeira, na lavanderia tem coisas até de mais.
Precisei subir, Jeon estava vestindo roupa, entrei no banheiro já respirei fundo três vezes.
— Jeon Jungkook. — chamei o criminoso.
— Chamou pelo nome, o que eu fiz? — chegou falando terminando de colocar a blusa.
— Olha esse banheiro, olha bem mesmo. — ele olhou tudo, sorriu sem graça e já foi pegar a toalha jogada em cima da pia, colocou no lugar certo.
— Te amo viu? — sem vergonha.
Falo nada.
Anotei o que estava faltando e saí, entrei no closet, contei tudo de produto que usamos, também odeio fazer compra, organizar eu amo, o processo de comprar não.
Desci e ele estava me esperando, passei toda a lista para o celular dele pelo e-mail, lá vamos nós estressar mais um pouco.
Deus, ele não acredita em você, mas eu acredito, se eu o matar o receba em teus braços.
Se ele quiser comprar coisa cara, o que quer que seja vai parar no meio da cabeça dele.
— O amor é lindo. — também acho lobo.
— Vamos evitar brigas neném, vamos fazer um acordo? — falou quando já estávamos no carro, confirmei. — A cada coisa cara que eu pegar você pode pegar dois baratos.
— Três coisas. — é muito caro o que ele pega, dois é pouco. — Então?
— Tudo bem, três coisas. — ótimo!
Fomos para o maior mercado da cidade, ao chegar ele estacionou o carro, saí do carro com o celular dele em mãos, fechei a porta.
Ele pegou na minha mão entrelaçando nossos dedos, entramos e pegou o carrinho.
Por um milagre dos céus e graças ao acordo, não teve briga hoje conseguimos fazer tudo sem brigar, ou eu ameaçar bater nele com algum produto.
Voltamos para casa após duas horas e meia fazendo compras, estou bem cansado.
Fiquei entre dormir e deixar Jungkook arrumar tudo, mas sei que não vai ficar do jeito que eu gosto, então vou arrumar para evitar problemas maiores.
Quando começamos a entrar com as coisas Pétrus já veio miando, tem algo para você gatinho, só preciso achar nesse monte de coisas.
Eu fiquei arrumando e ele trazendo mais coisas do carro, quando acabou ele subiu com os produtos do nosso banheiro e closet, continuei o que fazia.
Em pensar que vou precisar desarrumar tudo na mudança para arrumar de novo, é bem triste.
Ele chegou eu já estava terminando, sou rápido para fazer isso, consegui achar os biscoitos de gato para o Pétrus.
— Vem Pétrus. — ele veio correndo, abaixei na frente dele, coloquei dois no chão.
Comeu e saiu, nem um "obrigado humano" gato ingrato.
— Amor, faz o almoço. — ainda preciso passar e dobrar roupa, eu vou chorar.
— Está cansado? — confirmei. — Eu faço, pode descansar.
— Quem me dera, tenho coisa para fazer. — fui para a lavanderia, peguei o cesto para colocar roupas limpas, tirei todas das secadoras e coloquei nele.
Vida de casado está me cansando!
E ainda é o primeiro dia, quero divórcio..............................
(E tivemos ele usando)
Quem não gosta, desculpe por isso!
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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