• Capítulo 38 •

— Você não tomou seu remédio ontem né? - Jeon perguntou para o ômega que assistia série no notebook comendo chocolate.

— Não quero, é ruim - voltou assistir à série, achou uma nova forma de não pensar, tentar descobrir o assassino na série que assistia.

— Toma - Jeon entregou o comprimido e o copo com água para o mais novo - Não tem gosto, é cápsula.

Aí ele viu o motivo do ômega achar ruim, ele bebeu 95% da água deixando bem pouquinho no copo, abriu a cápsula e colocou o pozinho na água misturou e bebeu fazendo careta.

— Príncipe, você sabe que a cápsula é para engolir também né? - Jungkook perguntou.

— Não gosto da cápsula - mordeu a barra de chocolate para tirar o gosto ruim do remédio da boca - Quando vou poder parar de tomar esse monte de remédio?

— Você tem uma consulta essa semana, a médica vai falar se você já pode parar de tomar - o alfa respondeu.

— Qual dos três matou as moças? - Jimin quando não sabia quem era perguntava a Jeon, o alfa era especialista em ler as pessoas para saber qual dos suspeitos era o assassino.

— O que tem uma tatuagem na cara - respondeu após olhar a tela - Sua mãe quer te ver.

— Mas eu vi ela anteontem - o ômega não entendia porquê a mãe queria ver ele direto - Ainda não faz três dias que eu saí de casa.

— Não opino em relação de mãe e filho só estou passando o recado - saiu da sala subindo para o quarto.

— "Não opino em relação de mãe e filho" cínico - o ômega imitou o alfa.

Jimin fazia de tudo para não pensar nos acontecimentos recentes, de tudo mesmo.

Acabou acordando de madrugada e não teve mais sono, limpou o banheiro três horas da manhã.

Jeon não entendeu o que estava acontecendo quando acordou, sentiu cheiro de produto de limpeza, ao entrar no banheiro viu o ômega esfregando o azulejo.

Preferiu nem perguntar nada, só voltou dormir deixando o ômega em paz no banheiro.

O alfa se ocupava mandando seus subordinados acharem Hyelim, ficava o dia perto do celular para ficar a par de tudo que acontecia em sua ausência, só iria ter o momento de luto quando a doida estivesse mais que morta.

Duas pessoas enfrentando a perca de forma diferente, com pensamentos diferentes, mas juntos.

— Oi mãe - falou quando atendeu a chamada de vídeo da ômega.

— Esqueceu que tem mãe? - a ômega fez drama - Dois dias e meio sem notícia sua, tive que falar com Jeon para saber se você estava bem.

— Para de ser dramática mãe - Jimin falou - Como está por aí?

— Está bem, o Tae está maratonando uma série em português, "Avenida" alguma coisa - a ômega não lembrava o outro nome - Seu pai está enfiado no escritório resolvendo um problema que deu na empresa, já consertamos sua janela.

— Deve ser "Avenida Brasil", Sara ama essa novela ela deve ter indicado para ele - falou se lembrando da ômega ter comentado - Quando eu voltar para casa, não quero mais esse quarto.

— Eu imaginei, já mudei suas coisas para outro quarto, é o da frente - Jimin lembrou que esse era maior - E como está por aí?

— Bem, estou assistindo Mentes Criminosas, e Jeon está grudado no celular falando com o povo da máfia - Jimin falou.

— Me mostre a casa - Jimin virou a câmera e saiu mostrando os cômodos para a mãe, entrou no quarto se deparando com Jeon em pé xingando alguém.

— Esse é Jungkook xingando alguém no nosso quarto - mostrou o alfa e o quarto, Jeon acenou para sogra e voltou xingar quem quer que seja.

— Quem será que ele estava xingando? - a ômega curiosa perguntou quando Jimin saiu do quarto.

— Não sei, ultimamente ele está xingando meio mundo, não sei como ele ainda não me xingou - Jeon estava mais que estressado, um lápis fora do lugar era motivo para ele xingar até o fabricante do lápis.

— Sabe o que acalma alfa estressado? - Jimin prestou atenção no conselho que sua sábia mãe iria lhe dar - Sexo.

— Você precisa de Jesus mãe, misericórdia - o ômega achou o cúmulo.

— Mas é verdade - Jimin se recusava falar disso com a mãe, era muito para si.

— Tchau! - se despediu da mãe desligando em seguida.

Preciso trocar de mãe e amigos, Jimin pensou.

— Sua mãe pensa que eu preciso de sexo? - Jeon perguntou chegando do nada, quase mata o ômega do coração.

— Já falei para não fazer isso - bate no braço do alfa - Ainda vai me matar de susto, meu coração é fraco.

Jimin desceu para sala ignorando a pergunta do alfa, ele não iria entrar naquele assunto, falarem sobre BDSM já foi ultrapassar o limite do aceitável para ele, imagina cogitar a hipótese de transar naquele momento.

— Não respondeu minha pergunta - Jeon desceu atrás do ômega que estava agora com o fone no último volume fincado na orelha - Príncipe?

— Não estou te ouvindo - falou mais alto por conta do volume.

— Tira esse fone - Jungkook falou.

— Está com fome? - Jimin perguntou.

— Ti.ra o fo.ne - soletrou.

— Quer um fone? - questionou - Tem no closet.

— Puta que pariu vai ser sonso assim na China - Jeon falou.

— Não sou sonso - Jimin se defendeu.

— Isso você ouve né? - o ômega foi pego.

— Não estou te ouvindo - o alfa tirou os dois fones do ouvido do ômega - Me devolve.

— Só depois que responder minha pergunta, sua mãe pensa que eu preciso de sexo? - tornou perguntar.

Jimin cruzou os braços fazendo bico.

— Nem é tão difícil responder - Jeon falou.

— Sim, agora me dê - estendeu a mão para receber seu fone.

— Eu não preciso de sexo - amém, o ômega pensou - Seu fone - entregou para Jimin.

Jimin viu o alfa se afastando indo para o quarto, essa foi por pouco.

Voltou assistir pensando no evento recente.

[...]

Se passou mais uma semana preso em casa, Jimin estava acostumado com não sair de casa, Jeon nem tanto.

Chegou o dia da consulta, ele sairia do hospital e iria para terapia.

— Já pode parar com os remédios, está bem cicatrizado, nem vai ficar uma cicatriz seu lobo curou muito bem a pele - a doutora falou após ver onde cortou para tirar o bebê morto.

E o lobo? Ele está um bom tempo sem aparecer, Jimin sentia falta dos comentários ácidos de seu companheiro, tentou falar com ele, mas o lobo ficou quietinho.

Da mesma forma que o lobo de Jeon estava triste, o lobo de Jimin estava pior, não é a primeira vez que ele passa por isso, e sabia que não seria a última.

É o destino, esse casal antes de conseguir ser feliz sempre passaria por muita desgraça, o que fez isso acontecer?

A primeira vez do lobo na terra não foi como a Lua esperava, o casal que era para ser feliz não conseguiu por um deslize do lobo.

Os primeiros Jimin e Jungkook da face da terra não terminaram juntos, mudando a cronologia de todos os acontecimentos das próximas vidas.

Eles acabaram morrendo se odiando, o lobo sentia culpa mesmo após milhares de anos, ele estava acompanhando o Jimin a muitos anos.

Já o viu como príncipe, rei, ladrão, policial, político, médico, a lista é extensa.

O lobo após a primeira vez na terra fazia de tudo para que os dois terminassem juntos, ele sabia tudo o que aconteceria na vida dos dois.

E não poderia fazer nada para impedir, essa foi a maldição que recebeu após ter uma parte na morte dos primeiros, o que também faz parte da maldição é Jimin não gerar.

Nessa vida ele se adiantou para o ômega não sofrer, fez a laqueadura "naturalmente" para aquilo não acontecer, mas o que ele não esperava é o destino o castigar mais uma vez.

Quando sentiu que Jimin estava grávido sabia que a criança não nasceria, infelizmente era o destino dele, ver o ômega sofrendo e não fazer nada.

Na vida passada a segunda gestação do ômega morreria Jimin e os filhotes, ele não iria deixar aquilo acontecer, por isso entregou sua alma para eles.

Não foi só os bebês que foram salvos pelo lobo, Jimin também foi, recebeu um castigo da Lua por intervir a ordem das coisas, mas saber isso agora não é necessário.

— Príncipe? - chamou pelo ômega pensativo, estavam a caminho do consultório do Jin - O que tanto pensa?

— No meu lobo, ele está muito quieto - Jimin falou - Sabe o que pode ser?

— Ele está triste com a perca, vai ficar quieto até você estar completamente bem - uma parte era verdade, o lobo só precisava se recurar de mais uma perca.

Chegaram no consultório, Jimin gostou que dessa vez não é a mesma recepcionista, a que estava ali tinha uma aliança no dedo.

— O doutor irá te atender em cinco minutos, pode esperar ali - Jimin se sentou com Jeon, dessa vez o garotinho estava sem a irmã, só ele e a mãe.

O menino sorriu para ele novamente, dessa vez Jeon viu a interação que estava acontecendo entre o menino e seu ômega.

Jimin sorriu de volta, ainda sentia uma dor no coração ao ver como o garoto parecia com seu anjo.

— Seu cabelo brilha? - o garotinho perguntou, estava encantado com cabelo loiro quase dourado do ômega.

— Só quando estou no sol - respondeu.

— Posso passar a mão? - perguntou, a mãe ouvia em silêncio a conversa de seu filho com o outro paciente lendo uma revista.

— Park Jimin - Jin chamou o ômega.

— Sou eu, quando eu voltar você pode passar - falou para o garoto que concordou, foi para a sala.

— Olá Jimin - Jin falou sorrindo - Como está?

— Estou melhorando - falar que estava bem seria mentira.

— Como falei semana passada, hoje vai me falar mais da sua infância - Jin falou - O que lembra de quando era criança?

— Tenho poucas lembranças, na escola não foi tão legal, me excluíam pelo cabelo, não é muito normal coreano nascer loiro - Jimin contou - Acabei trocando de escola, em casa sempre foi bom, meus pais estão sempre procurando o melhor para mim.

— E na igreja, como foi ser criança na igreja? - Jimin puxou as lembranças da igreja.

— Eu não costumava brincar com as outras crianças, ficava sempre ao lado da minha mãe, única lembrança que tenho - respondeu.

Jin anotou em sua ficha, e Jimin se coçando para saber o que era.

— Tem algo relevante sobre sua infância que deixou passar ou podemos passar para os dias atuais? - Jimin negou - Faz quanto tempo que perdeu ele?

Não especificou quem era, Jimin poderia pensar que fosse a perca de outra coisa.

— Um mês e dois dias - já se passou um mês, ainda sentia como se tivesse acabado de receber a notícia.

As festas comemorativas de finais de anos não existiu na casa dele, passou como um dia normal, Jimin ainda se trancava no quarto evitando existência de todos os moradores da casa, qual motivo de uma comemoração? Ele não tinha nada para comemorar.

— Como enfrentou a perca? - perguntou.

— Me trancando no quarto evitando comer - respondeu sincero - Jeon que me fazia comer, às vezes eu não conseguia deixar no estômago, não conta para ele.

— Nada do que for falado aqui, vai sair fique tranquilo - Jin tranquilizou o mais novo.

Jin continuou fazendo Jimin contar sobre sua vida, viu que ele estava disposto melhorar, isso já era uma ajuda.

O mais velho conseguiu ver que exclusão do mais novo na infância refletiu em muitas coisas na vida adulta, ele era excluído na escola e na igreja, isso para uma criança é traumatizante.

— Na próxima semana quem mais vai falar sou eu - Jin avisou, aumentar o tempo de consulta de Jimin fez que as diminuísse a quantidade de consultas.

Saíram da sala, Jimin esperava ver Jeon sentado mexendo no celular, mas ele estava com o menino no colo que dormia tranquilamente.

— Cadê a mãe dele? - Jimin perguntou.

— A mãe dele está com o doutor Sam, é a irmã dele que se trata aqui, normalmente a recepcionista fica olhando ele quando a mãe entra - Jin contou.

— Ela pediu para eu olhar, ele queria esperar você sair para mexer no seu cabelo - Jeon falou.

Jin viu claramente como Jimin estava ao ver aquela cena, afetado.

— Vamos esperar a mãe dele voltar - Jimin se sentou ao lado do alfa, Jin pegou a ficha do ômega anotando mais coisas após presenciar aquela cena, voltou para sua sala - Ele ficou bem com você, a última criança que interagimos tinha medo de você.

— O Ryan gostou mais de você, assim como esse pequeno aqui, mas eu sou ótimo com criança - Jimin resolveu não discordar - É seu cabelo que atraí as crianças, vou pintar o meu de loiro.

— Invejoso - Jimin falou - Escolha outra cor, o loiro me pertence.

O menino começou acordar, até ver que estava no colo do alfa legal que deixou ele jogar no celular, viu Jimin ao lado do alfa.

— Agora eu já posso mexer no seu cabelo? - perguntou ao ômega.

— Pode - o menino passou a mão devagar, sentindo como era macio o cabelo do ômega.

Jimin e Jungkook sentiam o peito doer com aquela cena, poderia ser o filho deles algum dia fazendo aquilo.

— Ele não deu trabalho né? - a mãe chegou perguntando, a irmã do menino estava no colo chorando baixinho.

— Não, ele dormiu - Jeon falou.

— Obrigado por olhar ele, vamos Ben - chamou pelo filho.

— Qual o nome dele? - Jimin perguntou ao ouvir um apelido.

— Benjamin, o pai dele gostou do significado - a mãe contou.

— Realmente é muito bonito - o ômega se segurou para não chorar na frente da mulher com os filhos.

A mulher foi embora com os filhos, deixando o casal triste para trás.

— Vamos? - Jimin perguntou para o alfa.

Os dois voltaram para casa pensativos, o ômega quando entrou foi direto para cozinha ocupar seu tempo com algo para evitar ficar pensando.

Preparou o almoço ouvindo música no fone, sentia que assim ficaria melhor.

[...] Dois dias depois.

— Hoje eu vou ao culto com seus pais. - Tae comentou com o amigo enquanto conversavam por chamada de vídeo. - Por que não vai também?

—  Vou ver, só estou saindo para ir à terapia, e essa semana fui ao hospital para última consulta - comentou.

— Como está a terapia? - Tae perguntou.

— Está boa, o Jin disse que estou melhorando mais rápido que o esperado, ainda tem coisas que me afetam em relação ao Benjamin - falou.

— Você escolheu um nome e nem me contou? Não me ama mais é isso? - o mais velho fez drama.

— Eu só esqueci, desculpa - Jimin foi sincero.

— Tudo bem, o que ainda te afeta em relação ao Benjamin? - quis saber o que se passava com o amigo.

— Tem um menino que fica esperando a irmã passar com um doutor de lá, que tem uma semelhança enorme com o menino que eu sonhei - Tae ficou sabendo de um dos sonhos - Os dentinhos parecidos com o do Jungkook, e tem o mesmo nome.

Continuaram conversando sobre isso, até a mãe de Jimin chamar Tae para comer.

— Sua mãe falou que quem vai ministrar é alguém de fora - Tae estava querendo que o amigo fosse, sabia que faria bem para ele - É um sul-africano.

— Eu vou - Jimin decidiu ir - Tchau!

— Tchau!

— AMOR? - saiu gritando pela casa, Jeon estava na cozinha, desceu as escadas pulando degraus.

— Por que você grita? Se sussurrar eu vou ouvir - Jimin ainda não se acostumou com a audição apurada do alfa.

— Gritar é mais legal - falou para contrariar o mais velho - Então já sabe aonde vou hoje?

— Sim, Tae te chamou para ir á igreja, e você aceitou - ele falou - Já vamos comer.

O ômega se sentou esperando o alfa colocar a comida na mesa.

— Vou aproveitar que vai ficar na igreja e ir ver como está a busca pela Hyelim - Jeon falou - Três seguranças vão ficar com você.

— Tudo bem, mas você fica o dia falando com eles, já não sabe como está? - perguntou olhando Jeon colocar a travessa com espaguete na mesa.

— Quero ver pessoalmente, pelo celular eles podem esconder o que estão deixando de fazer, e se isso aconteceu eles estarão muito ferrados - falou se sentando.

— Entendi - se serviu e começou comer - Um dia me leva nesse lugar?

— Só falar quando quiser ir que eu te levo - Jimin já imaginou um lugar sombrio, com teia de aranha, pessoas com cara de mal, iluminação ruim, a surpresa irá ser grande.

[...]

— Você vem me buscar né? - Jimin perguntou antes de sair do carro.

— Sim, seus seguranças irão me mandar mensagem quando estiver acabando - falou.

— Tchau! - saiu do carro, Jeon ficou olhando o ômega entrar, só depois foi embora.

Jimin entrou na igreja, caminhou até onde seu amigo estava, primeiro banco na frente, se sentou chamando a atenção do mais velho.

— Como eu senti sua falta - Tae grudou em Jimin, que se surpreendeu com o abraço.

— Não fez nem duas semanas Tae - retribuiu o abraço.

— Shiu - soltou o amigo.

— Onde está minha mãe? - perguntou da ômega.

— Foi ver como estava o cabelo no banheiro - respondeu.

A ômega voltou do banheiro, grudou o filho também, beijou aquele rosto que sentiu falta de ver, sentou ao lado do filho.

— Desde quando o pai conhece algum africano? - o ômega perguntou para mãe.

— Desde nunca, ele não conhece, foi aquele pastor que convidou - a mulher apontou para o pastor ao lado do pai - Ele chegou no aeroporto faz meia hora, está vindo direto para cá, só vamos conversar com ele no final do culto, só se seu pai apresentar nós para ele antes.

— Entendi, mas ele sabe vim até aqui? - perguntou.

— Outro pastor foi buscar ele - agora fez sentido, Jimin pensou.

Passou cinco minutos, o homem entrou, Jimin achou bonito o terno com detalhes coloridos.

Faltava dez minutos para o culto começar, o pai de Jimin chamou a esposa para apresentar ao ministro, a mesma arrastou os dois ômegas.

Subiram até onde eles estavam, cheio de pastores sentados, alguns Jimin não reconheceu, eram novos.

— Essa é minha esposa Iseul, esse é Jawari - ele apertou a mão da ômega - Esses são nossos filhos, Jimin e Taehyung.

Não lembro de ter irmão, Jimin pensou.

— São lindos - Jimin se impressionou com o inglês limpo do alfa.

— São mesmo - a mãe concordou.

O Park liberou eles para voltarem, Jimin e Taehyung desceram se alfinetando como dois irmãos.

— Parem com isso - a ômega rateou com eles, que se calaram e sentaram.

— Aceita, sou seu maninho agora - Tae deu uma última cutucada, Jimin beliscou sua costela, sem a ômega ver.

— Se falar eu ligo para o Hoseok - Jimin o ameaçou.

— Viver com um mafioso te deixou cruel - mostrou a língua para o irmão mais novo.

O culto enfim começou, Jimin achou ótimo, já estava vendo a hora que Madelyn iria pedir para ele cantar no coral.

Jimin gostou como sempre do culto, chegou a hora da palavra.

Ele gostou da forma que Jawari explicava, gostou de como ele explicou sobre a passagem de Jesus na terra.

O que Jimin e Taehyung notaram, é que ele olhava muito para os dois.

— Por que ele estava olhando para nós? - Taehyung falou com Jimin - E se ele falar nossos pecados?

— Para de ser doido, ele provavelmente vai profetizar alguma coisa fica vendo - Jimin já estava acostumado, Taehyung era paranóico.

O culto terminou, Taehyung foi mais ousado e foi para perto do "pai" no púlpito, realmente o Jawari falou com ele.

Jimin viu o ômega descendo todo sorridente.

— O que ele falou? - Jimin perguntou para o amigo.

— Não conto - se fez de difícil.

— Vai Tae, me conta já - o mais novo implorou.

— Ele disse que irei ser exaltado onde menos imagino - ficou os dois tentando pensar onde seria, sem respostas.

— Jimin, seu pai está te chamando - a mãe falou com o ômega.

O ômega foi até lá, ouviu atentamente tudo que Jawari o falou, uma lágrima escorreu dos olhinhos pequenos.

— O que ele falou? - Tae perguntou empolgado ao ver que Jimin até chorou.

— Que a pessoa que eu mais amo estava tendo o coração curado - contou uma parte, as outras duas partes ele guardaria só para ele.

— Jeon está doente e você nem para me contar - deu um tapa no braço do mais baixo.

— Ele não está doente desse jeito seu doido, ele está doente pela perca - aí Taehyung entendeu.

Jimin sabia que Jeon poderia não se curar, mesmo pegando Hyelim, o alfa estava muito apegado ao filho, e perder de uma hora para outra foi como manter uma faca cravada no peito.

Mas agora ele sabia que o alfa iria se curar, como ele estava se curando.

Um dos seguranças, veio avisar Jimin que Jeon chegou.

— Tchau! - o ômega se despediu da mãe, de seu novo irmão e de seu pai que ainda conversava com o Jawari - Pai, já estou indo.

— Tchau filho, fale para Jeon te levar em casa - o alfa abraçou o filho.

— Vou falar, foi um prazer te conhecer Jawari - falou com o ministro.

— Digo o mesmo Jimin, seu pai me falou que você canta, levar vocês para minha igreja, seu pai prega e você canta - o homem falou sorrindo.

— Só convidar - o ômega concordou, se afastou para sair da igreja.

— Quem é Jeon? - Jawari perguntou ao pai do ômega.

— Namorado do Jimin. - respondeu simples.

— Então é ele que manteve seu filho em pé? - outra coisa que falou para o ômega.

— Sim, ele que tem mantido meu filho em pé - realmente Jimin teria desabado se Jeon não estivesse ao seu lado.

No carro de Jeon, um ômega pensava no que o alfa que nunca o viu na vida falou, ele já viu o pai fazendo isso, mas quando é com você é diferente.

— Me ouviu príncipe? - tirou a atenção do ômega de seus pensamentos.

— Não, o que disse?

— Que sabem onde Hyelim está. - Jimin sentiu que algo estava errado, foi muito fácil. - Por que está com essa cara?

— Foi muito fácil, rápido demais. - falou o que pensou.

— Rápido não foi, era para eles acharem em uma semana - Jeon falou, seus soldados ouviram ele falar por quase duas horas pela demora.

— Você é bem chatinho, se eu fosse seu subordinado pedia demissão, chefe chato desse - zombou do alfa.

— Esse chato aqui não vai te dar o presente que comprei - falou entrando na zoação do menor.

— Mas eu te amo mesmo chatinho assim, meu amor cresceu mais um pouco agora - o ômega falou - O que você comprou para mim?

— Não é mais seu, vou dar para recepcionista do Jin - a cara do ômega fechou na hora.

— Fique a vontade para fazer isso, não vou controlar suas ações - cruzou os braços bicudo - Alfa de meia tigela - resmungou bravo.

Jimin estava fazendo de tudo para não parecer tóxico, mas Jeon não colaborava com o ômega, ele queria ser uma pessoa calma, paciente, que não sentia ciúme.

Estava quase desistindo, o alfa conseguia testar todos os limites dele.

— Estou brincando príncipe, o presente é seu - Jeon falou rindo de como Jimin estava.

Chegaram a casa, Jimin saiu primeiro, esperou o alfa abrir, entrou acendendo a luz.

— Meu presente - estendeu as mãozinhas.

— Aqui - entregou a caixa para o ômega.

Jimin sentou no sofá, tirou com cuidado a papel que estava em volta da caixa, a caixa era braça.

Abriu, tirou o papel, se deparou com muitos chocolates, de todos os jeitos e formatos.

— Por todos os meses que eu fui proibido de te dar doces. - Jeon falou.

— Obrigado amor! - mandou beijinho para o alfa.

Jimin nem sabia por onde começar, eram tantos.

Após comer três em formato de coração guardou a caixa na geladeira, subiu para trocar de roupa enquanto Jeon arrumava a mesa para eles comerem.

O ômega vestiu um de seus shorts pretos, no espelho ele viu que o tecido encolheu, estava menor o comprimento.

Viu a blusa social de Jeon moscando, vestiu ela que cobriu o shorts, colocou meias brancas calçou a pantufa e desceu.

— Conheço essa blusa - Jeon falou ao ver o ômega na cozinha.

— É mesmo? Estava na minha parte do closet, é minha! - não estava, mas Jeon não precisava saber que Jimin roubou mais uma blusa.

— Sei - ele sabia que Jimin só estava inventando desculpas para roubar a blusa dele.

Os dois estavam comendo quando Jimin viu uma sombra do lado de fora.

— Eu vi uma sombra - apontou para janela.

— São as pessoas que estão guardando a casa - Jeon falou.

Jimin sentia que não era, estava muito estranho.

Por isso passou um bom tempo na sala após Jeon dormir treinando como se defender.

[...] Manhã seguinte.

Jimin esperava o alfa voltar com as coisas para eles tomarem café, estava na sala.

Sentiu um arrepio na espinha, olhou para todos os lados, já pegou o celular para ligar para Jeon, mas a porta ser aberta com tudo o assustou deixando o celular cair.

— Eu disse que estava de olho em você.........................


































Se eu não responder perguntas sobre a história é porque vai ser respondida em algum capítulo, não estou ignorando as dúvidas de vocês.

Tem chegado perguntas sobre eles terem filhos, para encerrar o assunto, vão ter!

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!

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