• Capítulo 35 •
Estou melhor, já posso voltar a rotina normal.
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— MEU BEBÊ NÃO - Jimin gritou desesperado.
Continuou gritando chamando por Sara, que apareceu correndo desesperada.
— Chama o Jungkook - foi a única coisa que conseguiu falar.
Sara correu escadaria abaixo, saiu do prédio vendo o carro do Lúpus parado, bateu na janela.
— O Jimin Jeon, você precisa ajudar ele - falou quando a janela abriu.
O alfa saiu correndo do carro indo para o prédio, sentiu quando sua alma gêmea desabou sabia que algo ruim havia acontecido.
Seguiu o cheiro do mais novo e o choro descontrolado, encontrou o pequeno corpo e sangue.
— Meu bebê amor, só salva o meu bebê - Jimin falou quando viu o alfa, a sua vida não importava ele só queria que seu bebê vivesse.
Jeon ficou firme pelos dois pegando o pequeno no colo, Sara acompanhou eles para o hospital, ligando para todos que fosse possível.
— O que aconteceu Sara? - a mãe do ômega atendeu após várias tentativas de Sara.
— O Jimin se acidentou na escada, estamos levando ele para o hospital - acabou desligando para tentar manter o ômega acordado.
— Meu bebê - era só o que Jimin falava.
Jeon mais sério do que nunca, não poderia desabar naquele momento, seu ômega precisava dele.
Por Sara ter ligado avisando o hospital, eles já esperavam na porta.
— Só salva o meu bebê, só ele - Jimin falou ao ver sua médica.
— Parto de emergência - a médica corria com os outros levando Jimin para sala de cirurgia.
O ômega não aguentou mais, fechou os olhos.
[...]
— Cadê o meu filho? - Iseul estava desesperada por respostas.
Encontrou Sara e Jeon no corredor sentados no chão.
— Onde está Jimin? - perguntou.
— Está fazendo um parto de emergência - Sara respondeu.
— Como isso aconteceu? - Jeon se mantinha de cabeça baixa, olhos fechados apenas resistindo a dor que a alma sentia.
— Eu não sei, me despedi dele três minutos depois ou menos ouvi ele gritando, ele apenas disse para eu chamar Jeon que estava esperando ele na porta do prédio - Sara contou como aconteceu.
A ômega saiu tentando novamente falar com a alfa, não conseguiu, ligou para o Tae.
— Oi Sara - o ômega atendeu alegre por receber a ligação dela.
— Tae você precisa vir para cá - o ômega sentiu suas forças sumindo conforme ouvia o que aconteceu.
— A noite eu chego aí - desligou indo correndo fazer a mala para ir para o aeroporto.
— Atende Rachel - a alfa finalmente atendeu - Que porra Rachel.
— Estava dormindo - eram 9:45 muito cedo para Rachel estar acordada.
— Pois saia da porra da cama e venha para o hospital dos Park - falou estressada - O Jimin está fazendo um parto de emergência, ele se acidentou.
— Estou indo.
Sara estava na frente do hospital quando viu senhor Park parar o carro e sair correndo para dentro do hospital.
— O que aconteceu com ele Iseul? - o alfa perguntou para esposa, que explicou o que foi passado para ela.
[...]
— Papai você tem que me deixar ir - o menino com sorriso de coelho falou para o loiro que segurava em sua mão tão pequena e gordinha.
— Você fica, eu vou no seu lugar - o loiro falou.
— Não papai, você ainda vai ser muito feliz, ainda não é sua hora é a minha - foi soltando aos poucos a mão do loiro.
— Fica comigo por favor - o loiro pediu.
— Adeus papai - sumiu num clarão o menino com sorriso de coelho.
[...]
O Tae que pensou que chegaria a noite, chegou mais cedo, Hoseok pagou para ele ir em avião particular que seria bem mais rápido.
O ômega foi direto para o hospital, teve a surpresa que Jimin ainda não saiu da sala de cirurgia.
Jimin passou cinco horas dentro daquela sala de cirurgia, os médicos fizeram tudo que foi possível para manter os dois vivos.
— Família de Park Jimin - a médica chamou, Jeon levantou a cabeça pela primeira vez ele já sabia o que ela iria falar, se levantou.
— Somos nós - Sara falou.
— Nós fizemos tudo que foi possível, mas o bebê não resistiu, sinto muito - deu a notícia.
Uma lágrima escorreu no rosto de Jeon, um vazio se fez presente em seu coração, seu lobo se entristeceu, seu mundo desabou.
Iseul começou chorar no peito do alfa, Taehyung não sabia como reagir, e Sara chorava abraçada com Rachel que consolava a ômega tentando não chorar junto.
— Onde está Jimin? - Jeon perguntou.
— Ele já está no quarto, ainda está sob efeito da medicação - Sophia informou - Podem ir lá, quarto 0313.
— Eu não consigo, não vou conseguir - Sara falou - Eu preciso ir embora, se eu vir ele eu desabo.
Rachel acompanhou a ômega para fora.
— Podem ir primeiro - Jeon falou.
Iseul entrou com Hyeon, chegou perto de seu pequeno viu o caminho da lágrima em seu rosto, sabia o quanto seu pequeno iria sofrer ao acordar.
— Ele vai conseguir ficar bem de novo? - perguntou ao alfa.
— Vai, ele vai ficar bem - Hyeon falou.
Os dois saíram do quarto após a ômega voltar chorar.
— Cuida dele Jeon - o alfa falou ao namorado de seu filho.
Iseul precisava se acalmar, por isso saíram do hospital.
Tae entrou no quarto, esse ainda não chorou, mas ver o amigo naquelas condições foi suficiente para chorar.
Saiu do quarto, sentou no chão buscando como agir naquela situação.
Jeon finalmente entrou no quarto, sentou na poltrona que estava ao lado da cama, pegou na mão de Jimin e esperou que ele acordasse.
[...]
— Amor - Jimin despertou chamando por Jeon.
— Fala príncipe - falou com a voz serena escondendo toda dor que sentia.
— Cadê meu bebê? Por que ele não está aqui? - o coração de Jeon apertou.
— Ele não resistiu príncipe - o alfa deu a notícia.
— Meu bebê, meu precioso bebê - começou chorar naquela cama de hospital.
Tae que estava do lado de fora chorou mais ouvindo Jimin chorando.
— Me abraça? - Jimin pediu chorando para o alfa.
Jeon se deitou ao lado do ômega abraçando aquele corpo pequeno, Jimin chorou de soluçar no peito do companheiro.
Passou uma hora chorando, sua cabeça doía, sentia que não tinha mais força para continuar.
Ouviram uma batida na porta, doutora Sophia entrou.
— Sinto por atrapalhar, mas eu precisava vir dar detalhes do parto - Jimin secou as lágrimas e prestou atenção nas palavras da doutora.
A doutora explicou que tiveram que fazer a retirada do útero, por que futuramente ele poderia dar mais problemas, Jimin não poderia mais gerar.
Ele deveria tomar cuidado ao andar, foi um milagre não ter quebrado nada.
— Quando eu vou poder ir embora? - Jimin só queria sua cama.
— Amanhã pela manhã - respondeu.
Após a médica sair Jimin voltou abraçar Jeon, dormiu no peito do companheiro.
[...]
Jimin se recusou comer quando acordou, passou todo o tempo pensando evitando a existência das pessoas na sala.
Sara finalmente conseguiu entrar no quarto, ficou firme enquanto estava ao lado de Jimin, colocou o pé para fora chorou novamente.
Os pais de Jimin vieram o ver novamente, mas o ômega não falava apenas ouvia.
Tae foi o único além de Jeon que arrancou palavras dele.
Rachel entrou com Sara, mas não quis falar, era a primeira vez que via Jimin naquela situação, era sempre ele que cuidada das duas, aconselhando, deixando que chorem em seu ombro, ouvindo elas tagarelarem sobre qualquer coisa, Jimin já cuidou da alfa bêbada, ouviu ela falando de uma ômega misteriosa do sorriso bonito, ela não sabia como seria cuidar de quem sempre cuidou de si.
Jimin voltou dormir após a doutora o medicar, não fazia sentido ficar acordado.
Quando amanheceu o dia, Jimin pensava que dormiria para sempre, mas acordou.
Jeon ainda estava ali na mesma posição, sentado na poltrona olhando a janela, não estava com sono nem fome, só comeria após Jimin comer.
— Amor - Jimin chamou em voz baixa - Quando a doutora vai me dar alta?
— Logo príncipe - respondeu.
— Você ainda me ama né? - Jimin perguntou.
— Claro, eu te amo príncipe - beijou a testa do mais baixo.
— Bom dia - a doutora entrou - Já está liberado Park, tome esses remédios para ajudar com a dor e a cicatrização - entregou a receita na mão de Jeon.
Retirou tudo que estava no braço do ômega, a mãe trouxe roupa para quando ele fosse sair.
O alfa ajudou Jimin vestir o conjunto folgado de moletom azul clarinho, o menor estava com preguiça de calçar o tênis, ficou só com chinelo.
Saíram do hospital, Jimin foi com a cabeça encostada na janela do carro pensando.
— Venha príncipe - chegaram na casa do Park.
Jeon ajudou Jimin descer do carro, foram em passos lentos para dentro.
Tae estava na cozinha com Iseul quando viram Jimin entrando com Jeon, devagar o casal subiu a escada.
Jimin iria seguir para seu quarto, mas ao passar na porta com plaquinha "aqui dorme o dengo da vovó" quis entrar.
— Certeza príncipe? - perguntou ao ver o que ômega queria fazer.
— Sim, quero entrar - Jimin falou.
Entrou os dois no quarto, o cheiro de bebê no ar, aquele ar de bebê que seria muito amado.
Jimin sentou na poltrona que foi colocada para ele amamentar o bebê, deitou a cabeça para trás se permitindo chorar.
Jeon ficou na porta vendo Jimin chorando com os olhos fechados, como seu ômega era indefeso.
O ômega passou um bom tempo ali, depois seguiu caminho para seu quarto com Jeon, se deitou na cama.
— Deita comigo? - pediu, Jeon tirou o sapato e deitou com o menor.
Foi passando os dias com Jimin falando apenas com Jeon, o resto das pessoas ele apenas ouvia, estava no mundo dele.
Em uma noite Jeon não ficou para dormir com ele, acordou tendo uma crise de choro de madrugada.
Tae ligou para Jeon vir correndo, e ele veio Jimin dormiu tranquilamente de novo.
— Você precisa comer príncipe - Jeon falou - Está desde ontem sem comer nada, vai acabar desmaiando.
— Mas eu não estou com fome - Jimin falou.
— Nem sempre não estar com fome quer dizer que não precisa comer, seu corpo precisa de nutrientes para continuar te mantendo vivo - Jeon falou com toda calma.
— Eu não quero continuar vivo - Jimin soltou.
— O que disse príncipe? - Jeon não acreditava no que ouviu, acabou de perder o filho e seu companheiro também quer partir.
— Que eu não quero continuar vivo - repetiu.
— Eu vou trazer comida para você - preferiu ignorar a fala do mais novo e sair do quarto.
Desceu para cozinha, encontrou todos comendo, até Sara e Rachel estavam ali.
Sara só mexia na comida, às vezes pegava algo.
— Ele vai descer para comer? - Iseul perguntou.
— Não, falou que não sente fome, vou levar para ele - Jeon falou.
— Já fiz o prato dele - Tae entregou com o talher para Jeon.
Tae estava perdendo o maior desfile do ano, mas não voltaria para Itália até Jimin estar bem, se for necessário iria morar em Quebec.
— Obrigado - Jeon agradeceu.
— Jungkook - Sara o chamou - Entrega para ele - colocou um cartão na mão de Jeon.
— Entrego - o alfa voltou para o quarto, encontrou Jimin sentado na cadeira olhando pela janela a floresta atrás da casa - Sara pediu para te entregar.
Jimin pegou o cartão, leu o que a ômega escreveu.
"A angústia de ter perdido não supera a alegria de ter um dia possuído."
Jimin citou isso para ela quando a mesma perdeu alguém querido, ela usou algo que ele disse para ajudar retribuindo.
A tristeza que Jimin sentia não iria ultrapassar a alegria que ele sentiu ao ter o bebê.
— Sua comida - Jeon entregou o prato para Jimin.
Ele comeu por estar tentando viver, não por ele, por Jeon.
Sem Jeon ele teria desistido no hospital, mas não o fez.
Tae veio buscar o prato de Jimin, aproveitou para ver como ele estava, viu que ainda estava pensativo.
— Príncipe? - Jeon chamou por Jimin quando estavam deitados - Como você caiu?
Jimin esteve tão mergulhado no mar de tristeza que esqueceu desse detalhe, ele não caiu foi empurrado.
— Mas eu não cai amor - falou - Eu senti duas mãos na minha costa me empurrando, só coloquei a mão na barriga fechei os olhos e esperei o impacto.
— Você foi empurrado? - olhou para o ômega que confirmou - Vou chamar Tae, preciso ir resolver um problema.
— Não amor, fica comigo por favor, quando eu dormir você vai - Jimin abraçou o corpo quente de Jeon.
O alfa agora estava possesso, quem ousa empurrar seu ômega?
Quem quer que seja, vai morrer da pior forma possível.
[...]
— Tae você fica com o Jimin até eu voltar - o único que conseguia tirar palavras de Jimin.
— Fico, aonde vai? - ousou perguntar.
Jeon fez sinal para os dois saírem de perto do resto da casa.
Do lado de fora Jeon falou.
— Jimin não caiu, alguém empurrou ele - Jeon contou.
— Como assim alguém empurrou ele? - Tae não estava acreditando - Quem faria isso? Jimin não faz mal a ninguém, você não tem uma ex doida por aí atrás de vingança?
— Jimin é o primeiro que eu namoro - Tae achou fofo.
— Sara e Rachel podem saber - Tae buscou as duas, Sara teve um mine infarto ao saber que Jimin foi empurrado - Faz ideia de quem possa ter sido?
— Recentemente mudou uma estranha para o meu andar, ela é coreana, eu pensei que pode ser a maluca apaixonada pelo Jimin lá da Coréia - Sara falou.
— Faz sentido - Tae falou.
— Obrigado pela ajuda, agora é comigo - e lá se foi um alfa com os olhos vermelhos.
— Hoje ele mata um - Sara falou olhando Jeon quase arrancar a porta do carro ao fechar.
— Com certeza mata - Rachel concordou.
Tae foi ficar com o ômega que estava dormindo, sentou na cadeira e ficou olhando o celular.
— Tae - Jimin chamou a atenção do amigo ao ver que ele estava ali.
— Fale - deu atenção para o amigo.
— Onde está Jeon? - perguntou do alfa.
— Foi matar quem te empurrou - foi sincero.
Após isso Jimin se calou entrando em sua própria bolha de pensamentos, ele não conseguia conversar não prestava atenção em nada do que falavam para si.
[...]
— Não testa minha paciência, onde está a porra da gravação? - Jeon falou com seus subordinados.
— O dono do prédio não quis entregar - um respondeu.
— Mate ele, mas me traga a gravação - falou simples, dois subordinados saíram.
— Se acalme Jeon - Namjoon falou.
— Me acalmar? Como quer que eu me acalme sendo que meu ômega foi empurrado, acabei de perder meu filho, eu não vou me acalmar - falou com raiva.
Sentou em sua cadeira, fechou os olhos tentando não explodir, um alfa com raiva é ruim, um Lúpus com raiva é mil vezes pior.
Em trinta minutos os dois voltaram com a gravação, mataram o dono do prédio.
Jeon colocou o USB em seu computador, a gravação começou passar, logo apareceu Jimin.
O alfa viu o cuidado que Jimin teve para descer as escadas, até aparecer alguém encapuzado empurrando Jimin.
Jeon ficou assistindo repetidamente a gravação, ele gravou cada detalhe do defunto.
O que mais enfureceu o alfa foi ver o sorriso no rosto da pessoa após empurrar seu ômega.
Era uma mulher, estatura baixa, cabelo preto, coreana, com as unhas da mão pintadas de azul.
Longe dali alguém tentava fazer Jimin tomar o remédio, era para melhorar a dor.
— Vai Jimin, só falta esse - Tae falou.
— Não quero, já cansei de tomar remédio - virou o rosto.
— Te dou chocolate se tomar - era a última tentativa.
Jimin tomou o remédio, Tae buscou o chocolate, o mais baixo comeu tudo.
Jeon passou quatro dias sem aparecer, Jimin estava quase tendo uma crise, onde seu alfa está?
— Ainda bem que voltou, Jimin não quer sair do quarto - Iseul falou ao ver Jeon.
— Vou tentar convencer ele - Jeon falou.
Subiu as escadas e foi para o quarto do menor, Tae estava lá tentando fazer Jimin sair.
— Boa sorte aí - Tae falou saindo.
— Oi príncipe - Jeon falou chamando a atenção do ômega que estava escondido debaixo da coberta, colocou só os olhos para fora.
— Onde você foi? - perguntou.
— Resolver uns problemas - se sentou na cama perto do ômega - Vamos sair para andar?
— Onde? - perguntou.
— Onde quiser ir - Jimin saiu de seu esconderijo, foi para o closet vestir uma roupa para sair.
Calça jeans e um moletom grande branco.
O casal saiu do quarto de mãos dadas, desceram encontrando Iseul e Tae lendo revistas de fofoca.
— Bom passeio filho - a mãe do ômega falou, o mesmo sorriu pequeno para mãe.
O casal saiu andando pela vizinhança, Jimin ia chutando pedrinha.
— Príncipe? - Jimin olhou para o alfa - A menina que era apaixonada por você era baixa, de cabelo preto, e gostava de pintar a unha de azul? - perguntou com a voz calma.
— Não, ela era altura mediana com cabelo castanhos-claro, e a unha sempre pintada de vermelho - Jimin respondeu.
— Você conhece alguém com essas características? - Jimin começou pensar em todos que já conheceu na Coréia, um nome veio em sua cabeça, mas era impossível ela fazer isso consigo.
— Não, ela não - resmungou.
— Quem príncipe? Precisa me contar para eu descartar - Jeon falou.
— A ômega que Taemin não gosta, ela tem essas características, ela amava pintar a unha de azul - Jimin pensou em algo - Na época era minha cor favorita, mas deve ser coincidência.
— Como ela agia com você? - o alfa perguntou.
— Eu estudava com ela desde sempre se não estou enganado, ela sempre gostou de estar perto, ela foi uma das poucas meninas que beijei - a única na Coréia - Mas foi em uma brincadeira, quando a doida começou me perseguir ela que sempre me ajudava fazer tudo, uma boa amiga.
Jeon não pensou o mesmo, sabia que algo estava errado na relação dos dois, Hyelim era demais.
— Depois que vocês se beijaram como você agiu com ela? - Jeon já imaginava o que aconteceu.
— Normal, foi só um beijo, não vi importância - Jimin respondeu.
— Tem foto dela? - o ômega pegou o celular que estava no bolso da calça, foi no final de sua galeria pegando uma foto que estava todos os seus amigos, era a única que guardou, entregou o celular na mão de Jeon - A do canto?
— Sim, se der zoom vai ver melhor - os dois chegaram na praça que ficava perto da casa do ômega, sentaram em um banco.
Jimin sentiu o sol atingir sua pele pálida, estava a muitos dias sem sair, enquanto Jeon analisava a foto, o ômega se aquecia com a luz do sol.
Jimin sentia um grande vazio, ele teve algo tirado de si, a dor psicológica era maior que a física, por isso não queria remédio.
O remédio não iria fazer seu coração parar de doer.
Ele não sabia se iria superar aquela perda, doeu muito.
Suas forças estavam se esgotando, viver daquele jeito era triste, sabia que não poderia continuar assim.
— Amor? - chamou por Jeon.
— Fala príncipe - o alfa largou o celular para olhar o ômega, nem se surpreendeu por ver os pequenos olhos cheio d'água.
— Quero fazer terapia - ele sabia que agora não teria como fugir, se quisesse continuar iria procurar ajuda.
— Tudo bem, vou procurar um psicólogo para você - Jimin fechou os olhos voltando se aquecer com o sol.
Jeon estava orgulhoso do ômega, viu que ele estava tentando continuar, sabia que seria difícil, mas iria tentar.
[...]
Jimin subiu para o quarto, Jeon ficou na sala para falar com os sogros.
— Ele está até mais corado - Iseul falou, seu peito doía ao ver seu pequeno daquela forma.
— Preciso falar com vocês - Jeon se sentou no sofá.
Tae prestava atenção em silêncio.
— Jimin disse que quer fazer terapia - o amigo sentiu um alívio, seu soulmate não desistiu.
— Graças a Deus! - Hyeon falou.
— Eu me disponho para procurar um psicólogo - Jeon falou.
— Tudo bem, desde que ele vá isso é o que importa - Iseul falou.
— Tenho mais uma coisa para falar - agora que seria o mais complicado - O Jimin não caiu, alguém empurrou ele.
Iseul ficou pálida.
— Eu vou pegar água - Tae correu para cozinha, Hyeon abanava a esposa - A água.
— Como sabe disso? - Hyeon perguntou.
— Jimin contou e eu tenho a gravação da câmera - Jeon respondeu.
— Eu quero ver - Iseul falou.
— Nem pensar, só de ouvir você ficou assim imagina se ver - Hyeon falou.
— Quem vai me impedir? Você? Vai sonhando - falou para o alfa - Quero ver.
Jeon pegou o celular, colocou o vídeo e entregou o celular, Tae grudou em Iseul para assistir também.
Hyeon não quis ver, não queria assistir tamanha crueldade com seu filho.
— Meu pequeno - Iseul voltou chorar, Tae buscou mais água - Quem fez isso com ele?
— Só tem uma suspeita - Jeon foi sincero.
— É ela? - Hyeon perguntou - Não é a doida apaixonada de novo?
— Não, Jimin falou que ela é alta e tem cabelo castanho - Jeon falou - Mas a amiga dele se encaixa perfeitamente.
— Que amiga? - Iseul perguntou.
— Hyelim - o casal se lembrou na hora da ômega.
— Ela era estranha, mas psicopata eu não imaginava - Hyeon falou.
— Eu preciso ir, tenho pendências para resolver - Jeon se levantou - Fica com ele Tae?
— Se ele não me expulsar do quarto, sim - Tae falou.
— Ele não vai, pode tentar conversar com ele que vai ver que já está melhorando - Jeon falou.
O Lúpus foi embora, Tae subiu, o casal ficou na sala conversando sobre a situação.
— Você sabe que vai ser melhor para ele - Iseul falou.
— Nem pensar - Hyeon falou discordando.
— Vai ser teimoso assim na China - Iseul iria dar um jeito de conseguir o que queria.
— Nunca pensei que meu genro seria mafioso - Hyeon falou após um tempo de silêncio.
— Nem eu, mas ele faz Jimin feliz, isso é o que importa - Iseul falou.
— A forma que tratamos isso é preocupante, outros pais iriam surtar e mandar o filho para longe do mafioso - Hyeon falou.
— Se fizermos isso Jeon vai atrás de Jimin, os dois se amam muito para conseguir ficar longe um do outro - Iseul falou - Acredita que ele seguiu Jimin até o Brasil?
Tae entrou no quarto encontrando Jimin assistindo série no notebook, o mais novo olhou para o amigo.
Bateu no espaço vazio ao seu lado, chamando Tae para assistir com ele, Tae se sentou na cama ao lado de Jimin, que tombou a cabeça no ombro do amigo.
Os dois passaram o resto do dia assistindo à série, Jimin conseguiu conversar um pouco com Tae, que ficou muito feliz ao ver Jimin tentando ficar bem.
Na casa dos Foster o assunto era Jimin.
— Já conseguiu visitar ele Rachel? - Daniela perguntou para filha.
Sara estava na sala assistindo filme com o sogro, só os dois gostavam daquele tipo de filme.
Daniela estava com Rachel na cozinha preparando o jantar.
— Fui uma vez, mas ele não queria sair do quarto - Rachel falou.
— Então vai visitar seu amigo, foi sempre ele que ajudou você, lembro como se fosse hoje ele trazendo a senhorita bêbada, ainda dormiu com você por ficar com medo de você acordar vomitando - Daniela falou - Da mesma forma que ele sempre ajudou você, é sua vez de ajudar ele nesse momento tão difícil que é a perca de um filho.
— Eu vou mãe - Rachel sabia que a mãe estava certa - Mas eu não sei como ajudar.
— E você pensa que um filho de pastor criado na igreja iria saber cuidar de uma bêbada? Ele também não sabia, só deu o melhor dele para te manter bem, faça o mesmo dê o seu melhor para ver ele bem - Daniela tirou seu assado do forno - Chame Sara e seu pai para comer.
Rachel foi pensativa chamar a ômega e seu pai.
[...] Desconhecida on
— Ele morreu - eu sabia que conseguiria.
Ele não pode simplesmente me esquecer após tudo que vivemos.
Eu vou fazer Park Jimin me amar......................
Esse capítulo acabou com a minha estrutura e da minha amiga, uma desgraça atrás da outra.
Sei que sentiram minha falta, se não sentiu, mente nos comentários.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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