• Capítulo 32 •

— Professor Jeon? - Sara não entendeu o que estava acontecendo.

Ela viu o programa de rastreamento da alfa moscando, rastreou o aplicativo que Jimin usava para desenhar, e descobriu que ele estava fora de casa, julgou que ele estava na casa do namorado, estranhou ver a cara do professor.

— Desculpa o incomodo professor, vamos embora Sara - Rachel já entendeu o que a ômega havia feito.

— Quê? - Jeon não estava entendendo - Príncipe - chamou o ômega.

Jimin levantou quase morrendo do sofá, quando chegou na porta não entendeu o que estava acontecendo.

— Jimin o que raios você está fazendo na casa do professor? - Sara perguntou interrompendo o sermão que a alfa dava nela por mexer nos programas dela.

Jimin on

Ela vivia falando que eu estava namorando o professor, agora que me pegou na casa dele ela pergunta o que eu estou fazendo aqui?

— Vim passar o dia com ele - respondi.

— Amizade forte mesmo, seu namorado deixa você passar o dia com outro alfa? - perguntou estranhando.

Rachel riu da inocência da ômega, mas fez algo parecido.

— Vou perguntar para ele - ela ficou esperando eu pegar o celular ou algo só tipo - Amor, você me deixa passar o dia aqui?

— Deixo príncipe - abraçou minha cintura.

— Porra eles namoram de verdade - ter amiga lerda dá nisso - E você nem para me contar, excelente alfa eu tenho - distribuiu tapas pelo braço da alfa.

— Querem entrar? - Jeon perguntou, óbvio que as duas Marias curiosas aceitaram.

— Que casa foda - Sara falou entrando - Posso me perder aqui.

— Eu já quase me perdi - voltei para o sofá, as duas sentaram perto - Como me achou aqui?

— Vi o programa de rastreamento da Rachel moscando, usei para rastrear seu aplicativo de desenho no iPad - Sara contou - Ele mostrou que você estava aqui, imaginei ser a casa do seu namorado, e estava certa.

Peguei o iPad e entreguei na mão de Jeon, ele entendeu o que era para fazer, excluir o aplicativo.

Pelo jeito ele é o único que conseguiu ficar fora do bloqueio que meus aparelhos têm.

— Você não noção do quanto eu andei Jimin - Rachel falou - Viemos pela floresta.

— Por que não vieram de carro? - Jeon perguntou olhando o celular.

— A Dora Aventureira aqui gosta de andar - a alfa falou se referindo a ômega.

— Então Jungkook, você sempre gostou do Jimin, ou foi gostar depois de conhecer ele? - estava demorando para Sara começar com a entrevista.

Eu e Rachel reviramos os olhos juntas.

— Gostei antes de conhecer - respondeu largando o celular.

— Você falou eu te amo primeiro né? - como ela sabe?

— Sim, Jimin resistiu por mais tempo - não estava resistindo, só sou mais devagar para entender meus sentimentos.

— Ele é assim, até na amizade ele demorou para falar que amava nós duas - se contar os meus podres eu te mato Sara - Quando falamos para ele, ele só disse "obrigado".

— Eu não sei reagir, é meu jeitinho - me defendi.

— Jeitinho ácido - Rachel resmungou.

— Não sou ácido, né amor? - Jeon ficou quieto - Se não concordar comigo, vai ficar sem mim até o resto de sua existência.

— Lógico que não, esse menino é um doce - sonso.

— A forma que vocês tratam um grávido é diferente, ninguém me ama nesse lugar - levantei e saí.

Vou até à cozinha pegar Nutella, eu aproveito quando estou aqui para comer doce.

Em casa quando eu tento, minha mãe surge do além para me tomar os doces.

Peguei apenas uma colher e coloquei na boca.

— Que cozinha grande - Sara me assustou - Comendo escondido Jimin? Que feio!

— Não estou escondendo, só não quero que vejam - respondi tirando a colher da boca, coloquei na pia.

Vou ter que fazer almoço para esse povo, começo procurar as coisas enquanto Sara observa cada canto da cozinha.

— Jeon está com Rachel? - perguntei pegando uma panela maior.

— Sim, estão falando sobre o programa dela de rastrear pessoas alheias - Sara respondeu.

Não duvido nada de Jeon comprar para usar na máfia.

— Como você está? - perguntou parando ao meu lado.

— Estou bem - sei exatamente onde ela quer chegar.

— Certeza? Sabe que pode me contar qualquer coisa né? - é doida, mas uma excelente amiga.

— Sim, agora eu estou bem, fique tranquila - tranquilizo a ômega.

— Deve ter surtado quando descobriu a gravidez - ela supôs.

— Não surtei, apenas chorei sem parar - não muda muita coisa.

— Também queira um filhotinho, mas só de falar de filho, Rachel fica brava - falou cabisbaixa.

— Espera um pouco, você vai começar a faculdade em breve, ela provavelmente em alguns anos assume a empresa dos pais - conversar e decidir qual carne irei usar é difícil - Quando vocês estiverem estabilizadas, aí vocês pensam em filhos.

— Eu penso assim, mas Rachel não quer filho de jeito nenhum, nem agora, nem nunca - Rachel tem medo de se tornar como a mãe.

Não a Daniela, Daniela é maravilhosa, mas Rachel é adotada.

A mãe biológica a abandonou no aniversário dela, ela tem medo de ter os genes da mãe.

— Com o tempo você consegue convencer ela - falei.

— O que você vai fazer de bom para nós? - perguntou olhando tudo.

[...]

As meninas foram embora após o almoço, Rachel me ajudou com as louças, enquanto Sara enchia Jeon de perguntas.

— A Rachel falou que os pais dela não encontraram o policial racista - Jeon me contou.

— E você disse o quê? - que ele não tenha contado ser um mafioso.

— Fiz o que você vive me chamando, me fiz de sonso - respondeu, ótimo.

— Bom mesmo - falei.

Fiquei um tempo apenas pensando na minha vida, quase chorei, nunca vi ser tão sofrido misericórdia, melhor eu fazer algo de útil em vez de pensar.

— Quero dormir - me ajeitei no colo do alfa.

— E isso é útil?

— Pode dormir - adormeci com ele acariciando meu cabelo.

Papai, eu vou cuidar de você lá do céu - um menininho falou passando a mão no meu rosto, estava em uma cama de hospital.

— Você precisa ficar comigo - falei chorando, peguei na mão dele.

— Não papai, meu lugar agora é lá em cima - soltou minha mão, sumiu sorrindo, os dentes iguais o do Jungkook.

— Meu bebê - acordei chorando.

— Está tudo bem - Jeon me acalmou.

— Nosso bebê amor - meu peito doía.

— Ele vai ficar bem príncipe, tudo vai ficar bem - continuou me consolando, até eu voltar dormir.

Saber tudo o que vai acontecer e não poder fazer nada, me deixa triste.

[...]

— Será que vamos conseguir ver o que é? - minha mãe perguntou pela décima vez.

É óbvio que ela veio junto, não há no mundo o que impedisse ela de vir junto na primeira consulta.

— Mãe pelo amor de Deus, fica um pouco quieta - Jeon só ria da situação.

— Park Jimin - era doutora ainda bem, Jeon quase teve uma crise de ciúmes por ver tantos médicos homens e alfas.

Como não sou marcado ele pira a cada minuto, com a gravidez piorou um pouco, só não mando ele para a China porque o amo.

Aquele sonho não sai da minha cabeça, não contei para Jeon, é melhor eu criar paranóias sozinho, preciso dele para me acalmar.

Fui até a sala da doutora, ela indicou as cadeiras para nós sentarmos.

— Sou a doutora Sophia, e acompanharei sua gestação inteira - falou sorrindo, uma beta baixinha, ruiva, bem branca - É seu namorado e a senhora é?

— Minha mãe - respondi.

— Primeira vez que vejo a mãe acompanhando - não precisa me lembrar que minha mãe é única.

— Serei uma vovó presente - minha mãe falou sorrindo.

— Então Park, você tem dezoito anos - falou olhando minha ficha - Bem novo, o corpo do ômega macho demora um pouco mais para ficar pronto para gerar, coisas que carregamos da vida humana, precisamos ver como está a formação do bebê, o útero, e a quantidade de líquido amniótico.

— É o líquido do útero né? - só para ter certeza.

— Sim, se deite na maca por gentileza - apontou a maca ao nosso lado esquerdo.

É grande a sala dela, tem a mesa para atender pacientes sem necessidade do toque, a maca com os aparelhos de ultrassom, e um sofá.

Jeon me ajudou subir na maca, eu não sou baixinho!

Só tive dificuldade por falta de perna.

— Levante a blusa por favor - eu estou com uma blusa branca de manga comprida, bem justa.

Levantei, ela passou um gel, e veio com o aparelho passando bem devagar.

— Interessante - soltou o aparelho e anotou algo na minha ficha, voltou passar.

Começamos ouvir a batida de um coração.

— Escutem o coraçãozinho dele batendo, está um pouco acelerado - minha mãe já me deu um tapa culpando os doces - Não é doce que fez isso, provavelmente você ficou estressado ou nervoso, tente ficar mais calmo, tudo agora reflete nesse pequeno aqui.

Apontou na tela o pequeno ser que crescia dentro de mim.

— Isso é uma lágrima? - apontei para os olhos do Jungkook, ele limpou rápido.

Esqueci que mafioso não chora.

Ela anotou mais algumas coisas na ficha enquanto olhava a tela.

— Aqui para limpar - me entregou uma caixinha com lenços, limpei minha barriga e abaixei a blusa - Vamos conversar.

Sentamos novamente nas cadeiras.

— Como eu disse antes seu corpo não está pronto para uma gravidez, por isso temos alguns problemas - falou calma - Você está com duas semanas e alguns dias de gestação, como seu companheiro é um Black, faltam vinte quatro semanas para o bebê nascer.

— Os problemas doutora - estou quase morrendo de ansiedade.

— Pelo que tudo indica, é uma gravidez de risco - por isso eu não queria ser pai agora - Mas não a gestação, o parto será difícil, no ultrassom eu vi que você era completamente estéril, não teria filhos nunca.

— E como ele está grávido? - minha mãe perguntou.

— Não sei, mas no ultrassom eu vi que você tem laqueadura natural - explicou uma parte - Isso é feito cirurgicamente, o seu corpo mesmo fez isso, impossibilitando que você gerasse.

— O parto será difícil por quê? - Jeon perguntou.

— Porque o bebê está fechado no útero, não podemos romper a laqueadura com cirurgia, mataria ele e o bebê - só vai piorando - Para sair o bebê vai basicamente rasgar o que impede ele de sair, e aí que está o risco, além da dor, ele pode morrer nesse processo.

— Eu ou bebê? - perguntei.

— O bebê, ele nasceria morto - a calma dessa beta em dar notícia ruim me assusta, deve estar acostumada - Como é apenas o parto, você pode ficar tranquilo com a gestação, só evite ficar estressado, aproveite, não se prive de fazer coisas por estar grávido.

— Tem mais algum problema? - perguntei preocupado com o bebê.

— Sim, o seu líquido amniótico não é muito, beba muita água, mesmo que passe o dia no banheiro fazendo xixi - falou o que eu devia fazer - Na nossa próxima consulta vamos conseguir saber o que é.

Eu sinceramente não sei o que fazer, ele pode nascer morto, ou eu morrer se romperem cirurgicamente.

O que eu fiz para merecer isso?

Jimin da vida anterior que merda tu fez querido? Estou pagando pelos pecados dele, isso é injusto.

Saímos da sala, minha mãe viu na recepção quando seria a próxima consulta.

Eu voltei para casa apreensivo, nem falei direito com Jeon.

Me afundei na cama, tentei de todas as formas entender qual o propósito disso, não encontrei respostas.

Meu precioso bebê........................



































E as teorias como estão??

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!

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