• Capítulo 21 •
Jimin on
— Eu sou gay - não consegui mais segurar as lágrimas.
Eu estava basicamente encolhido naquela poltrona, sentia meu corpo arder, minha cabeça doía por chorar por muito tempo, e ainda estar chorando.
O medo de ser rejeitado era grande, a dúvida do amor deles por mim, a insegurança é algo que pode te destruir.
Senti braços abraçando meu corpo, e sussurrando "está tudo bem".
— A mãe não vai te abandonar - ela falou quando eu já estava sem lágrimas no rosto.
— Nem o pai - meu pai completou.
Ela se sentou ao lado dele de novo, os dois me olhando.
— Nós te amamos independente de tudo - minha mãe começou falar - Você veio de mim pequeno, eu tenho no meu corpo a data do seu nascimento, você é o ser mais importante que existe na minha vida, eu não me importo com sua orientação sexual, a única coisa que importa é a sua felicidade, se você é feliz eu serei feliz.
Esquece a parte de não estar mais chorando.
— Eu seria um tolo de não te amar por causa disso, isso faz eu te amar mais, você é o meu maior tesouro, o fato de ser gay não irá mudar o que eu sinto por você - meu pai falou, e isso é bastante coisa, ele não é muito de demonstrar sentimentos.
— Que emocionante - o lobo fez drama.
Não consigo formar uma frase, não tenho palavras para esse momento.
— E eu já sabia - minha mãe soltou.
— Quê? - agora eu tenho palavras.
— Eu também - meu pai completou.
— Como vocês sabem? - perguntei alarmado.
— Eu sou sua mãe, é óbvio que eu iria saber - ela respondeu - E também ouvi sua oração, aí tive certeza, e como você sabe? Tu é lerdo, como iria notar? - perguntou olhando para o meu pai.
— Como se o Jimin fosse ótimo em esconder algo, está escrito na testa dele - meu pai retrucou, eles sabem que eu ainda estou aqui né? - Quando ele começou com a história da "amiga", passou rapidamente pela minha cabeça que ele era hétero.
— Eu ainda estou aqui tá? - falei e eles fizeram "shiu" para mim.
— Vamos mudar amanhã Jimin - disseram após ficarem discutindo entre si, eu estava concentrado no desenho da televisão.
— Para onde? - perguntei, se for de cidade eu morro.
— Para outra casa, sua mãe está incomodada com a vizinhança, principalmente a vizinha do lado, ela anda xeretando muito na nossa vida, sempre querendo saber quem está aqui - meu pai respondeu, realmente é uma velha fuxiqueira.
— Para mim não sair da graça e dar na cara dela vamos mudar - minha mãe falou e eu ri - Estávamos conversando sobre isso desde que aconteceu aquele infeliz incidente no carro voltando da igreja, que ela foi preconceituosa com os Kim, e essa vizinhança inteira é parecida.
— Se soubéssemos que eles eram assim, nem teríamos vindo para cá - meu pai completou - E também queremos uma casa maior.
— Três quartos é pouco, a casa que iremos morar têm seis quartos, e a área de lazer que eu sempre quis - minha mãe contou empolgada - E seu pai pesquisou sobre a vizinhança, boa parte são gays, e a outra são idosos gentis, não teremos problemas com gente preconceituosa.
— Quando iriam me contar? - perguntei após o balde de informações ser jogado em mim.
— No jantar - responderam juntos.
— Como as malas que usamos para trazer as roupas não estavam em condições de uso, comprei outras, estão no quarto de hóspedes as suas, eu já guardei as minhas - minha mãe falou - Além das roupas, irei levar a decoração da nossa sala, eu gosto desses móveis.
— Guardou minhas roupas né amor? - meu pai perguntou-lhe.
É muita coisa para um único dia.
— Guardei as "minhas" roupas - deu ênfase na palavra minhas - Você tem mãos, guarde tu suas próprias roupas.
— Grossa - falou para ela.
— As pessoas que irão empacotar meus móveis e levar para outra casa, estarão aqui 05:00 horas da manhã, esteja acordado - ela falou para mim.
— Nossa que cedo - reclamei.
Os dois voltarão discutir sobre algum móvel que o meu pai não quer levar, e minha mãe está ameaçando deixar ele aqui.
Estava olhando a televisão sem realmente assistir, e mexendo no colar, até ouvir algo que me fez engasgar com o ar.
— Queremos conhecer seu namorado - minha mãe soltou do nada.
— Que namorado? - eu vou me fazer de sonso.
— O rapaz que te trouxe para casa metade da semana, tem te levado para sair, e o que cuidou de você quando te drogaram - minha mãe respondeu.
— E o que você passa horas em ligação falando com ele - meu pai completou - Como ele começa namorar você sem falar comigo antes?
Um dos assuntos da briga de ontem.
— Isso não importa - minha mãe falou - Eles são modernos, amor, não tem essa de pedir aos pais, eles só apresentam.
— Vai pedir sim, na minha vez eu quase morri para pedir sua mão para o seu pai, tenho que fazer alguém passar pelo mesmo sufoco que eu passei - o alfa falou indignado, meu avô deu o maior susto no meu pai.
— Ele só te ameaçou com um facão, nada de mais - ela falou.
— Fácil falar, não era você - ele retrucou.
— Então Jimin, quando trará seu namorado aqui? - minha mãe perguntou feliz ignorando a reclamação do meu pai.
— Logo - se eu esconder ela fuça meu celular até descobrir quem é.
— Quando for trazer me avise, vou fazer uma comida bem gostosa para o meu genro - falou feliz.
Se eu ainda tiver um namorado, Jeon não quer me ver nem pintado de ouro.
— Pelado eu garanto que ele aceita - o lobo sugeriu.
— Vou tirar a Glock do armário - meu pai falou.
— Não vai atirar no meu genro - minha mãe falou brava - O que vai querer para o jantar pequeno? - a dualidade dessa mulher me surpreende a cada dia.
— Pode ser Tteokbokki - fazia tempo que eu não comia nada coreano, minha mãe se adaptou com a comida local.
— Tudo bem, querido vamos fazer Tteokbokki - levantou puxando meu pai, que não estava feliz com a ideia.
Voltei para o meu quarto, é um peso enorme que saiu das minhas costas, contar foi libertador, não tenho mais um nó entalado na garganta.
Sinto que estou sendo sincero comigo mesmo após fazer isso.
Tive que sair do quarto de novo, fui até o de hóspedes e peguei três malas, voltei para o meu.
Coloquei meu fone via bluetooth, em uma playlist qualquer, comecei guardar minhas roupas nas malas.
Após encher uma mala olhei o celular, nem sinal de Jeon.
Suspirei triste e voltei guardar minhas coisas.
Terminei a terceira mala, e ainda faltavam meus sapatos, peguei outra mala e guardei eles.
— VEM COMER JIMIN - minha mãe gritou do primeiro andar.
Coloquei meu celular para carregar e desci para a cozinha.
Os dois já estavam sentados, me sentei junto a eles.
— Fizemos com frango frito, sei que você gosta - minha mãe falou.
— Obrigado - agradeci sorrindo.
Me servi e comecei comer, os dois também.
— Como é seu namorado? Ele é alto? Qual a cor do cabelo dele? A idade dele? Ele é bonito? - minha mãe me encheu de perguntas.
Bebi um pouco de refrigerante para me preparar para responder.
— Ele é gentil, faz de tudo para me ajudar, e gosta de me ver com vergonha, ele acha fofo - sorri contando - Ele é mais alto que eu...
— Qualquer um é, continue Jimin - meu pai interrompeu.
— Continuando, o cabelo dele é preto, ele tem vinte e seis anos, e ele é muito bonito - respondi e voltei comer, estou com saudades do meu alfa!
— Estou doida para conhecer ele - nunca vi ela tão empolgada com algo como está para conhecer o genro.
Me concentrei em apreciar a comida. Na minha cabeça só tem um nome "Jeon Jungkook".
— Come mais Jimin, você está muito magrinho - minha mãe falou.
— Eu estou cheio mãe, não consigo comer mais - falei sincero.
— Vou te dar comida enquanto você dorme - ela falou.
Que mulher doida!
Lavei as louças da janta e guardei, quando fui para o meu quarto, vi os dois sentados no sofá, meu pai fazendo carinho no cabelo da minha mãe.
Eu quero isso, alguém que faça carinho no meu cabelo.
Entrei no quarto e fui até o banheiro para escovar os dentes, me deitei após isso e com a ajuda do copo de água que eu trouxe bebi um comprimido para a dor de cabeça.
Graças a ele, adormeci rapidamente.
[...]
Minha mãe está entrando em surto, o caminhão que levava os preciosos móveis dela foi roubado, um dos homens que levava as caixas com as louças dela, derrubou a caixa, quebrou metade, e a vizinha a cada cinco minutos está aqui fazendo perguntas invasivas.
Ainda bem que não sou eu!
— Faremos assim então, os que estão na casa se tornarão nosso, já que íamos vender para usar os daqui - meu pai sugeriu calmamente - Os móveis de lá estão novos, se conseguirmos recuperar o caminhão você troca, se não, ficamos com aqueles móveis.
— Tudo bem, vamos fazer isso - minha mãe concordou, meu pai suspirou aliviado.
— Senhores Parks - a chefe da equipe chamou nossa atenção - As malas já chegaram na nova casa, e todo resto que vocês pediram para levar.
— Obrigado pelo serviço - meu pai agradeceu.
— Vamos Jimin, quero ver quanto da minha louça sobrou - minha mãe falou enquanto me puxava.
Entramos no carro, meu pai chegou e nós fomos, finalmente livre de vizinhos fuxiqueiros.
— Quem vai levar a vizinha para igreja? - perguntei.
— A filha dela tirou carta, não é mais nossa responsabilidade - meu pai respondeu.
Após vinte minutos no carro, ouvindo minha mãe falar sobre meu namorado, que ela nem conhece, mas tem certeza que ama.
Chegamos na nova casa, saí do carro com minha mochila de eletrônicos (notebook, iPad, celular, e fones). A casa é muito linda, tem um ar de rústica, porém, sofisticada. Um casal de dois rapazes passou na calçada, desejou boas-vindas ao bairro e foram para sua casa, que era ao lado da nossa.
Entramos em casa, eu gostei muito dela ser rústica, com detalhes em madeira, acho muito bonito casa assim.
— Gostou Jimin? - meu pai perguntou.
— Sim, gostei muito - respondi caminhando pela sala.
Fui até cozinha, muito linda também, andei pela casa inteira, tudo é muito bonito. Todos os quartos são parecidos, muda os tons da madeira, ou da decoração.
Minha mãe disse que o meu, era o último do corredor, esse foi o último que eu resolvi explorar.
Os livros já estavam organizados nas prateleiras, e minhas malas dentro do closet esperando por mim.
Coloquei o notebook em cima da mesinha, com os outros aparelhos.
Tirei uma foto de tudo e mandei para as meninas, estão loucas para vir aqui.
Demorei duas horas para guardar todas minhas coisas no closet. Tomei um banho para relaxar e fui deitar.
Preciso falar com você.
Urgente.
Mandei para Jeon, demorou uns dez minutos para ele visualizar, e não respondeu.
— Se não tivesse xingado tanto ele, ele te responderia - meu lobo falou.
Eu nem fiz isso, calúnia!
Resolvi dormir para esquecer essa droga de situação.
[...] Segunda-feira 03:00
Por que eu estou acordado 03:00 horas da manhã?
Boa pergunta, eu deveria estar dormindo, em algumas horas eu terei prova.
Mas eu estou acordado comendo brigadeiro, Rachel e Sara me ensinaram, disseram que quando eu estiver triste é só comer isso que passa.
Estou sentado na bancada, com a panela no colo, e pensando como fazer Jeon esquecer todos os xingamentos que eu usei contra ele.
Se ele não fosse tão chato seria mais simples, mas o bicho é o carro da chatice.
Eu não estava escondendo ele, apenas não tinha coragem para falar aos meus pais a verdade sobre mim. E agora que eu finalmente falei, ele não responde a droga das mensagens.
Lavei a panela que eu sujei, e a colher. Voltei para o meu quarto, e escovei os dentes.
Puxei a cadeira para frente da janela que dava para a floresta, os pinheiros escondendo o sol que está nascendo.
Droga, lembrei dele.
Fiquei segurando o colar vendo o sol nascer.
[...]
Nossa que sono!
Essa prova me mantém acordado, e Jeon na mesa dele olhando apenas para o livro, não olhou sequer uma vez para mim.
Como estudei muito para essas provas, não foi difícil responder, com uma mão eu passava as respostas para o gabarito, com a outra eu segurava o colar para fora do casaco.
Peguei essa mania, fazer tudo segurando o colar, me sinto mais próximo dele de certa forma.
Quando terminei, coloquei na mesa dele voltei para o meu lugar, peguei minhas coisas e saí da sala.
Se você termina antes do intervalo, você pode sair, se não, você sai no horário normal.
Mandei mensagem para minha mãe pedindo para ela me buscar.
Não demorou muito ela chegou, o caminho foi ela perguntado sobre a prova.
Ela finalmente esqueceu Jeon.
Em casa eu fui direto para o quarto dormir, acordei eram quase quatro horas da tarde.
Estava falando com Tae, ele pulou de alegria ao saber que eu me assumi, disse que vai roubar meus pais, só não o ameacei por dois alfas levemente assustadores que estavam atrás dele.
Ele também disse que em breve vem para cá, disse que quer muito conhecer Jeon, está mais empolgado para ver Jeon do que me ver, o cúmulo!
Uma notificação me fez quase saltar da cama.
Jeon - Podemos conversar?
Ele lembrou que eu existo? Ótimo, estou morrendo de saudades.
Meu pescoço até voltou a coçar.
Claro, o que quer conversar?
Estava quase comendo minhas unhas de ansiedade esperando ele responder.
Jeon - Sobre o que aconteceu sexta-feira.
Eu já ia mandar um pedido de desculpas pelos xingamentos, mas ele foi mais rápido e mandou outra mensagem.
Jeon - Precisa ser pessoalmente, já que brigamos cara a cara.
Tudo bem, venha na minha casa a noite.
Jeon - Seus não estarão pelo jeito.
É, eu mudei de casa, te mando o endereço.
Após eu mandar o endereço ninguém falou mais nada, eu não tinha coragem de puxar conversa, e ele deve estar com raiva de mim.
— Eu também estaria se fosse chamado de estúpido, babaca, insensível, etc. - o lobo citou alguns dos apelidos carinhosos que usei.
Na cozinha enquanto eu comia algo, conversei com minha mãe, ela estava contando que conseguiu arrumar a área de lazer como desejava.
A noite chegou, e com ela a ansiedade de conversar com Jeon.
Meu celular vibrou, era ele avisando que avia chegado.
Ajeitei minha roupa na frente do espelho, era um conjunto moletom preto, estava com pantufas simples de pelinhos pretos.
Passei hidratante labial mais uma vez, e finalmente desci.
Passei pela sala, indo para a saída da casa, abri a porta passei pelo hall de entrada, abri a última porta.
Jeon estava de costas para mim.
Fingi uma tosse chamando sua atenção, ele se virou revelando um buquê de flores e uma caixa da GODIVA, marca famosa de chocolate.
Nem vou criar esperanças de ser para mim, vai ser para outra pessoa.
— Olá príncipe - ele falou, meu coração até errou a batida.
— Olá Jeon - juntei as mãos atrás do corpo, enquanto balançava vagarosamente o pé, mexendo com uma pedrinha.
Estamos em uma parte coberta da frente da casa.
— São para você - colocou os dois a frente do corpo oferendo para eu pegar.
— Obrigado - agradeci pegando os dois, as flores eram lindas, minha mãe vai saber cuidar, eu as deixaria morrer do jeito que sou desastrado.
— Queria pedir desculpas pela forma que agi, eu não deveria te pressionar fazer algo que claramente não estava confortável, você estava certo em falar que fui insensível e egoísta por só pensar em mim - ele falou, eu processei tudo antes de responder.
— Eu te desculpo, e também peço desculpas por te chamar de estúpido, babaca, completo idiota, usado pelo capeta, filho de fariseu, hipócrita...
— Eu desculpo - me interrompeu, a lista é extensa, chamei ele de tanta coisa - Não vou mais te pressionar a fazer nada, e você para de me xingar.
— Tudo bem, não vou mais te xingar - em voz alta.
— Estamos bem? - perguntou.
— Sim, estamos bem - respondi sorrindo.
Ele colocou as duas mãos na minha cintura, se aproximou, mas nem tanto por conta do buquê estar no meio.
Como eu estava com saudades de beijar essa boca, parece que faz anos.
— Senti sua falta - ele falou após me soltar - Principalmente dessas bochechas que vivem vermelhas.
— Eu nem fico vermelho - contestei - Nossa, eu esqueci completamente, quer entrar? - esqueci de perguntar isso.
— Que horas seus pais vão chegar? - ele perguntou, enquanto eu o puxava para dentro.
— Não sei, qualquer coisa eu te coloco no armário - falei abrindo a porta que dava na sala.
Consegui abrir a porta após ele segurar o buquê e a caixa de chocolate.
Entramos na sala.
— Pai e mãe esse é Jeon Jungkook, meu namorado - falei aos dois que estavam com as cabeças viradas para encarar o ser atrás de mim.
Peguei meus presentes da mão dele, e me sentei no sofá que eles não estavam.
Jeon está em choque parado, nossa que vontade de rir.
— Venha Jeon, sente com Jimin - minha mãe o chamou, ele veio em passos lentos até mim.
— Olá, senhores Parks - falou e se curvou, se sentou ao meu lado.
— Olá Jeon, se fizer meu filho sofrer eu te mato - meu pai o ameaçou.
Alguém me mata!
— Hyeon - minha mãe o repreendeu - Deleta a parte da morte, só queremos ver o Jimin bem, esperamos que faça ele feliz, e que mantenha nosso bebê em segurança.
— Vou fazer ele muito feliz, e com certeza ele estará em segurança - ele respondeu.
— Onde nós nos vimos? - meu pai perguntou.
— Na escola, ele é meu professor de literatura, o que separou a Rachel da outra lá - respondi, menina insuportável.
— Eu sabia que devia ser você - minha mãe soltou.
— Deus contou de novo? - sinceramente Senhor, de que lado tu estás afinal? Do meu não é pelo jeito.
— Não, na escola eu notei a forma que ele estava te olhando, e ele só olhava para você - ela respondeu.
— Disfarçou muito bem Jeon - dei um tapa no braço dele.
— Eu estava muito ansiosa para te conhecer, queria saber quem fez meu pequeno ficar andando igual um bocó pela casa - o jeito dela mostrar que me ama, é diferente!
— Mãe - falei morrendo de vergonha, eu quero sumir!
— Eu lavei suas blusas que estavam aqui - está cada vez pior, ela sabe das roupas - Achou mesmo que eu não ia notar a blusa de um alfa, o cheiro dele estava impregnado nas blusas.
— Sim, era para a senhora não notar - respondi.
— Jeon, espero que esteja com fome, fiz um jantar especial para você - minha mãe falou feliz.
— Me chame apenas de Jungkook, vou amar provar sua comida - ele respondeu.
— Claro Jungkook, venha me ajudar com a mesa Jimin - me chamou.
Peguei meus negócios e segui ela para a cozinha.
Coitado do Jeon, vai morrer!
Minha mãe colocou as flores em um vaso com água, e meus chocolates foram para geladeira.
— Muito bonito mesmo seu alfa - ela falou para mim - Pegou o professor para ter nota alta né safadinho? - isso foi em voz baixa.
— Para de falar essas coisas, ele vai ouvir - falei-lhe.
— Como? Estou falando baixo - ela falou.
— Ele é um Lúpus - ela enfim entendeu.
— Espera, se ele é um Lúpus, e eles só se relacionam com Lúpus - ela começou juntar os pontos - Você também é!
— Bingo - falei.
— Por que escondeu isso? - perguntou me batendo, mulher agressiva!
— Nós temos que colocar as coisas na mesa - respondi fugindo dos tapas.
Colocamos as coisas na mesa, enquanto ela tirava o frango do forno eu iria chamar os dois alfas.
Que ele esteja vivo, amém!
Encontrei os dois rindo, nada de sangue, socos, chutes, nossa que sem graça.
— Do que estão rindo? - perguntei chegando perto.
— Contei umas das histórias de quando você era menor que isso, afinal você continua pequeno - meu pai falou.
— Tá tão engraçadinho né, palhaço - falei com sarcasmo - É para vir comer.
Voltei para a cozinha, minha mãe já estava sentada, me sentei frente a ela, meu pai ao lado dela, e Jeon ao meu lado.
Eu ia me servindo quando minha mãe bateu na minha mão.
— A visita primeiro - ela falou.
— Visita nada, eu estou com mais fome - até parece que eu iria esperar ele colocar, sonha!
Me servi, ele esperou os dois colocarem e enfim se serviu.
— Fico muito mais aliviada que tenha sido você que cuidou do Jimin quando o drogaram - minha mãe falou, vi a mandíbula dele travar.
— Tirando a parte dele falar muito enquanto estava sob o efeito da droga, foi fácil cuidar dele - ele falou e olhou um breve instante para mim.
Continuei comendo ignorando isso.
— O Jimin fala muito direto, parece uma vitrola quebrada - meu pai falou, isso pai acaba com o meu relacionamento.
— Não, ele mais me xingou mesmo - nossa que fofoqueiro.
Vou ouvir da minha mãe uma semana, dizendo "como você xinga quem cuida de você?".
— Ele te xingou do quê? - minha mãe perguntou, minha canela foi chutada três vezes enquanto ela falava.
— Idiota, um completo idiota, e lerdo - ele respondeu - Mas ele se desculpou, e foi engraçado ver ele falando tudo arrastado, porquê estava chorando - Jeon você está falando demais.
Deus me leva!
— A droga fez ele chorar? - meu pai perguntou interessado.
— Não, é que ele estava declarando gostar de mim, e estava bravo comigo - fecha a merda da boca!
— Como sempre passando vergonha, não me surpreende, Jimin ama passar vergonha - minha mãe falou - Teve uma vez que estávamos no shopping, vinha uma moça correndo de braços abertos, ele correu na direção dela de braços abertos, ela passou por ele abraçando o rapaz que estava atrás.
Isso Jeon ria, ria muito, eu ainda vou saber seus podres.
— Teve também outra vez... - ótimo, agora minha vida virou motivo de piada.
Terminei minha comida, lavei meu prato ouvindo eles rirem de alguma outra vergonha que eu passei, afinal é muito engraçado!
Jeon Jungkook você me paga!
Deixei o idiota rindo com meus pais e subi para o meu quarto com minha caixa de chocolate.
Alguns dos chocolates tinham hortelã, eu amei, outros eram meio amargo, e apenas um com recheio em preto e branco.
Terminei a caixa rapidinho, fui até meu banheiro escovei os dentes e voltei para o quarto, Jeon estava parado olhando a vista da janela.
Me sentei na cama e ele olhou para mim, caminhou devagar até estar ao meu lado.
— Sua mãe disse para eu subir - ele falou - Por que não me contou que eu iria conhecer seus pais?
— Sendo surpresa foi mais engraçado, sua cara estava hilária - respondi sorrindo ao lembrar.
— Seu pai me ameaçou com uma Glock - ele contou - Pastor pode ter arma?
— Desculpa pela ameaça, e o meu pai pode, ele fabrica elas - eu falei, encostei minhas costas no colchão e ele também.
— Eu sabia que já ouvi esse nome, na verdade, eu conheço muito bem - ele falou - Você se assumiu quando?
— Sábado a noite - respondi, eu vou descobrir o que Jeon é!
— Foi pelo que eu disse? - tinha um leve toque de preocupação na voz dele.
— Uma hora ou outra eu teria que contar, não esperava ser agora, mas deu tudo certo então tudo bem - falei.
— Ainda não vai falar com as meninas né? - ele perguntou.
— Não, quando eu terminar minhas provas, eu conto - falei.
— Gostou dos chocolates? - ele perguntou olhando a caixa na mesinha vazia.
— Sim, eu amo coisas com hortelã, e chocolate meio amargo - respondi.
Ficamos um tempo apenas em silêncio, ele pegou minha mão, e ficou acariciando ela.
— Dorme comigo..........................
(Nova casa dos Parks)
(A sala)
(Quarto do Jimin)
(Caixa de chocolate)
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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