• Capítulo 17 •

Jimin on

Eu e meu pai falamos inglês fluentemente, minha mãe aprendeu o básico para morar aqui, então ela tem dificuldades em algumas partes.

Por isso ela pediu que falássemos inglês em casa, e desse jeito que ela vem aprendendo cada vez mais.

Porém, quando ela está brava é só coreano, e ela me chamou em coreano, eu estou muito ferrado.

Sem falar do fato que eles não foram à igreja, deixaram o segundo pastor dirigindo, só vieram para casa resolver esse assunto, eu vou morrer!

Chat Jeon

Foi bom namorar você algumas horas, mas em breve irei a óbito.

Jeon - Seus pais chegaram pelo jeito.

Sim, se eu sobreviver te conto a experiência de quase morte.

Ele riu, nossa que vontade de bater nele.

Se você pensa que minha mãe me chamou mais uma vez, está enganado, ela fala uma única vez, já deu para entender o quanto ela é brava.

Desci as escadas orando, pedindo a Deus só mais uma oportunidade de viver, eu sou tão jovem, estou tendo meu primeiro namoro, deixar eu viver mais um pouquinho é questão de compaixão.

— Park Jimin me dê três bons motivos para mim não te mandar para o céu - ela falou assim que me viu.

Meu pai estava sentado no sofá, ele raramente se mete nessas situações, só se me minha mãe partir para violência, o que eu acho bem provável hoje.

— Primeiro, a senhora não pode cometer homicídio é pecado, segundo sonhar que eu não estava em casa, não é motivo para agressão, terceiro eu estava bem e a salvo, não tem motivos para a senhora estar tão brava - falei tudo bem calmo, ainda orando em pensamento.

— Seus motivos são ótimos, mas para as ações erradas - ela falou, e eu não entendi - Você mentiu para nós, Jimin.

— Quando? - sério, eu não lembro de ter mentido, só sobre a amiga, e ela ser muda.

— Você disse que ficaria em casa, mas foi em uma balada - meu pai falou ainda no sofá, não lembrava desse detalhe.

— Nós não te proibimos de nada, você tem liberdade para fazer tudo, não tem porquê mentir - nisso ela tem razão - Você quer pintar o cabelo, nós te levamos no melhor cabeleireiro, você quer furar a orelha, levamos você em um especialista, quer usar roupas "femininas", mandamos fazer sobre medida para você, por que mentiu sobre algo tão simples? - a consciência nem está pesada.

— Porque pensei que vocês fossem falar que não, principalmente a senhora - falei sincero.

— Eu? Eu sou um doce, um amorzinho - lógico que é - Eu vi esse olhar de deboche.

— Viu nada, como ficaram sabendo que eu ia à balada? - perguntei, quero saber quem foi o x9.

— Os Foster, eles ligaram para nós na parte da manhã de ontem, perguntaram se estava tudo bem você ir, como eles iriam viajar assim como nós, queriam deixar tudo certo - ela começou explicar - Nós respondemos que sim, e esperamos você vir até nós e avisar, mas não aconteceu, você apenas disse que ficaria em casa.

— Tentem entender meu lado, eu fui criado na igreja, meus pais são pastores praticamente a vida toda, não é tão simples chegar e falar "posso ir em uma balada cheia de pessoas bêbadas, drogadas, e que provavelmente vão fazer sexo a noite inteira", é complicado pedir isso - até agora nenhuma agressão, tamo junto Deus!

— Na balada, você bebeu? Se drogou? Fez sexo a noite inteira? - ela perguntou e eu neguei, a parte da droga não foi porque eu quis - Nós te conhecemos Jimin, sabemos que você não é assim, conhecemos você como a palma da nossa mão, até o que você pensa que não, sabemos antes mesmo de você sonhar em saber - do que ela está falando?

Tão lerdo que até dói, e ainda quer falar do Jeon.

— Já entendi, eu errei de não ter contado, qual será o castigo? - perguntei querendo me livrar da culpa.

— Seu castigo será por conta da sua consciência, ela vai ficar te lembrando dia após dia - e ela jura ser um doce, detestei esse castigo.

— Não gostei, que tal eu ficar sem celular por uma semana? - os dois negaram.

— Tem algo que queira nos contar? - ela perguntou.

— Acho melhor a senhora sentar - ela sentou ao lado do meu pai - Já que querem que eu seja sincero sobre ontem, aconteceu algo levemente grave.

— Fale logo Jimin, sem rodeios - voltou para o inglês, amém senhor, eu vou sobreviver.

— Estava tudo normal, eu estava bebendo refrigerante ou energético, até que Sara me fez cansar em uma das músicas - minha mãe cochichou para o meu pai "garanto que foi funk" e jurou que eu não ouvi - Rachel foi buscar uma bebida, mas a minha continha algo além do energético e refrigerante, tinha droga, alguém batizou minha bebida.

Minha mãe ficou pálida por uns segundos, meu pai só arregalou os olhos, pronto, matei meus pais.

— Você está bem filho? Vamos ao hospital - minha mãe já ia levantando.

— Mãe, eu estou bem, a droga só me fez desmaiar - falei e os dois respiraram aliviados.

E falar pelos cotovelos, não esquece dessa parte - o lobo me lembrou do episódio vergonhoso.

— Por isso foi parar na casa da sua "amiga" - falou fazendo aspas na amiga.

— Sim, ela é uma adulta responsável e saberia o que fazer, ela me levou para casa dela cuidou de mim, me deu café da manhã e me trouxe para casa - sei que eles falaram para não mentir, mas isso requer muita coragem, contar que estou namorando um HOMEM vai além da minha coragem.

— Ela não é muda coisa nenhuma, você não fala libras - minha mãe apontou um pequeno detalhe - Queremos conhecer sua amiga, e agradecer por cuidar de você.

— Um dia eu trago ela aqui - nem que a vaca tussa.

— Vamos pedir pizza, amor - meu pai falou olhando para minha mãe, os dois são tão bonitinhos juntos.

Aproveitei que os dois estavam distraídos decidindo o sabor, voltei para o meu quarto.

Mandei mensagem para Jeon avisando estar vivo, ele riu do meu castigo.

Fiz ele baixar whatsapp, mais rápido, e com muitas figurinhas, primeiro ensinei ele como usar elas, sinto que namoro um velho de oitenta anos.

É sério, tive que ensinar até como rir por mensagem, como ele se comunicava antes da minha chegada, não quero nem saber.

O problema é que ele aprende rápido, e já está debochando da minha cara com figurinhas, não deveria ter ensinado!

Jeon - Quero ouvir sua voz.

Tive um mine ataque cardíaco.

Vou te ligar.

— MÃE, CADÊ MEU FONE? - gritei após procurar ele pelo quarto.

— ESTÁ NA GAVETA DA MESA DE CABECEIRA - gritou de volta, olhei e não estava.

— NÃO ESTÁ - gritei de novo.

— SE EU FOR AÍ E ACHAR, EU ESFREGO NA SUA CARA - olhei mais uma vez e não estava, ela entrou, abriu a gaveta e encontrou três fones - O que é isso aqui? Se fosse cobra tinha te mordido e você nem sentiria.

Saiu do quarto dizendo o quanto eu sou lerdo, discordo totalmente, isso é apenas o dom de mãe.

Após conectar no celular liguei para ele.

— Pensei que tivesse desistido - foi a primeira coisa que ele falou, a voz dele me fez arrepiar dos pés a cabeça.

— Por quê?

— Você demorou - ele respondeu.

— Estava procurando meu fone, tive problemas para encontrar ele dentro de uma gaveta, mas minha mãe achou ele e mais dois - falei e ele soltou uma risadinha, eu vou infartar de tão apaixonado.

Nem pense, eu morro junto.

Continuei conversando com ele até meu pai me chamar para comer, quase neguei, mas eu estava com fome, me despedi quase chorando, eu sou tão dramático!

Ainda bem que sabe.

Meus pais me encheram de perguntas sobre a balada, o estranho foi que quando meu pai pesquisou sobre ela não tinha nada, parece que ela nunca existiu.

Voltei para o quarto, escovei os dentes e me deitei. Falei com Jeon até o sono bater, ele me desejou boa noite e eu fui dormir feliz.

[...]

Todo mundo aqui em casa funciona com o despertador, nós nem tentamos acordar sem ele, é perda de tempo, e nenhum despertou hoje.

A energia foi desligada para manutenção, e quando isso acontece temos que reiniciar todos os despertadores para eles funcionarem, mas nós estávamos dormindo quando a energia voltou.

Eu não fui para a escola, e meu pai saiu super atrasado para o trabalho. Quase enlouqueci minha mãe ficando em casa, ela por pouco não me colocou para fora.

Onde ela ia eu ia atrás, não tinha nada de interessante para fazer, se eu ficasse no quarto iria ficar vendo séries, ou sofrendo com alguma música brasileira.

Jeon está em horário de aula, nem ousei mandar mensagem, nem na hora do intervalo, estava ocupado correndo da minha mãe que tinha um cabo de vassoura na mão.

Ela é agressiva às vezes, só porquê sem querer eu chamei ela de vaca, um bichinho tão bonito e ela se ofendeu.

Terminei de almoçar quando meu celular começou vibrar sem parar.

Era as meninas e Jeon.

Uma mensagem de Jeon, e as meninas estavam me ligando.

Fui para o meu quarto e atendi.

— Seu namorado estava um porre hoje - Sara falou, ela fala "namorado" brincando, mal sabe que agora é sério.

— Que namorado? - o jeito é se fazer de sonso.

— Jeon, ele passou tanta lição, que eu ainda tenho cinco para entregar na próxima aula - Rachel falou.

— Ele estava insuportável, ele deu patada em metade da sala, só em mim e Rachel que não, e olha que nós fizemos perguntas bem bestas - Sara reclamou.

— Talvez tenha acontecido algo na vida pessoal dele - não sei o motivo dele ter ficado a cópia do cão na escola.

— O que aconteceu foi você não ter ido, semana passada nós ficamos até sem fazer lição, mas você foi, hoje eu estou com lição até no cu para fazer - Rachel é tão direta às vezes.

— Vocês pensam que eu sou o que dele para ter tanta influência? - eu posso até namorar ele, mas não acredito que esse seja o motivo.

— Não sei, mas não falte de novo, eu não sou obrigada a me matar de escrever só porque o príncipe resolveu não ir - Sara respondeu.

Desligaram na minha cara, são tão amorosas essas minhas amigas.

Abri a mensagem de Jeon.

Jeon - Por que não foi hoje?

O despertador não fez o trabalho dele, eu não consegui acordar a tempo.

Ele visualizou e não respondeu nada, e continuou online, ele está me ignorando?

Ele definitivamente está, saiu sem falar nada, o que eu fiz?

Bloqueia, bloqueia, bloqueia - o encrenqueiro incentivou.

Não mandei nada, não quero parecer desesperado.

Eu devo ter passado uma hora encarando o celular esperando uma mensagem dele.

Foi quinze minutos, exagerado.

Mesma coisa, eu vou enviar.

Enviei a figurinha de uma cachorrinha de vestido falando "ei, sorry".

Passou uns dez minutos ele visualizou, mandou a figurinha do perna-longa falando "NO", eu disse que fora péssima ideia ensinar ele, está usando elas contra mim.

Eu nem sei o motivo para você estar bravo, não fiz nada.

Jeon - Não estou bravo.

Deus obrigado, pensei que fosse ficar solteiro.

Jeon - Porém, eu iria te dar algo, mas você não foi né.

Se você tivesse me avisado, eu teria dado um jeito de ir, mas eu não tenho bola de cristal.

Jeon - Deveria.

Já que não está bravo o que eu vou ganhar?

Jeon - Ainda é surpresa, se quiser ganhar vai ter que ir à escola.

Idiota!

Claro, estarei lá.

Realmente foi por minha causa que a sala teve tanta lição, eu sou importante!

Não se ache tanto.

Queria conversar com Jeon o dia inteiro, mas ele deve estar ocupado, não quero incomodar.

Passei a tarde assistindo filme, a noite tomei banho e voltei para cama, estava morgando no celular até receber uma mensagem.

Jeon - Quer sair comigo?.......................




























Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!

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