• Capítulo 16 •
Autora on
— Batizaram a bebida dele, Sara - a alfa falou preocupada, e a ômega entrou em desespero ao ver o amigo quase desacordado.
— Como essa merda aconteceu? - perguntou enquanto tentava fazer Jimin continuar acordado.
— Deve ter sido a hora que virei para ver onde vocês estavam, foram menos de segundos - Rachel sentia culpa por ser descuidada - Tenho certeza que tem a ver com aquela ômega estranha.
— Nós nem conhecemos ela - Sara respondeu - Não é culpa sua, a culpa é do doido que fez isso.
— Não concordo, eu deveria ter prestado mais atenção - a alfa discordou - O que nós faremos?
— Os pais dele viajaram - Sara falou, a ômega teve uma ideia, provavelmente o mochi iria odiar ela por um tempo, mas era o mais certo a se fazer.
Pegou o celular do mais velho, desbloqueou e foi ligar para a única pessoa que poderia ajudar.
[...]
Jeon não esperava receber uma ligação tão tarde de um sábado, e muito menos de Jimin, achou estranho, porém atendeu.
— Olá Jimin - foi primeira coisa que falou.
— Professor? - era a voz de Sara, algo aconteceu, seu lobo estava agitado - Precisamos de ajuda!
— Pode falar Sara - respondeu.
— Nós estamos em uma balada comemorando meu aniversário, porém, alguém acabou com a diversão - a ômega começou a explicar, e Jeon se perguntava como isso aconteceu - Batizaram a bebida do Jimin, tem como o senhor buscar ele?
— Me passe o endereço por mensagem - falou isso e desligou, a agitação do seu lobo mudou para raiva.
Quem teria coragem de fazer algo assim com Jimin? A única coisa que se passava na cabeça do alfa enquanto ele dirigia para tal balada.
Quando chegou na balada entrou direto, o segurança não falou nada, os olhos vermelhos do lobo foram suficiente para liberar a passagem.
Adentrou o lugar não se surpreendeu de alguém ter sido drogado ali, jovens tão bêbados que mal conseguiam parar em pé, outros drogados, e a música tão alta que muitos ficariam um tempo sem ouvir.
Mesmo com o cheiro de bebida, e suor, o que predominava era o de chocolate com hortelã de Jimin, seguiu o cheiro e encontrou o ômega desacordado no colo de Sara que chorava, e a alfa que poderia matar alguém com um olhar de tão furiosa.
— O professor, Rachel - Sara chamou a atenção da maior.
— Nós te chamamos porque os pais dele estão viajando, e não podemos levar ele para minha casa, meus pais também não estão em casa, o único responsável mais velho que conhecemos é você - Rachel explicou.
— Fiquem com ele mais um pouco, vou falar com o dono - Jeon falou vendo a situação do ômega.
— Vai processar o lugar? - Rachel questionou - Você não vai ser o primeiro.
— Eu serei o último, isso aqui vai fechar - falou e saiu, deixando as duas de boca aberta.
[...]
Colocou o ômega no banco de trás com a ajuda das amigas.
— Vão para casa, em breve terá pessoas aqui que é melhor vocês não conhecerem - o alfa avisou.
— A polícia? - perguntaram juntas.
— Não, pessoas que trabalham para mim - respondeu.
As duas entenderam na hora do que se tratava, e foram direto para casa.
Jeon on
Dirigi com cuidado até em casa, no caminho Jimin acordou, estava grogue falou palavras desconexas, e apagou de novo, o que deram para ele não é nada preocupante.
Quando cheguei, levei ele no colo até meu quarto, coloquei ele na cama, ajeitei os travesseiros, para não engasgar com o vômito caso ele coloque para fora o que bebeu.
Tirei a jaqueta pesada, e os coturnos para ficar mais confortável, poderia trocar a roupa dele, mas ele pode acordar e morrer de tanta vergonha.
Sentei ao lado dele na beirada da cama, observei como ele estava lindo com os fios loiros, seu rosto está sereno mesmo nessa situação.
Fui até o banheiro tomar um banho para esfriar a cabeça, vesti a roupa no closet, voltei para o quarto encontrando ele sentado com a mão na cabeça.
— Jimin - chamei sua atenção, ele me olhou assustado.
— Jeon? - ainda estava grogue, o efeito da droga não passou.
[...] Jimin on
— ACORDA - meu lobo gritou dentro de mim - ACORDA AGORA.
— Que foi?
— Você fez merda, e uma bem grande - o lobo estava agitado - O mico que você passou foi tão grande, que eu acho melhor nós mudarmos de país.
— O que eu fiz? Eu só lembro de estar na balada e do nada tudo ficou escuro - respondi, minha cabeça doía.
— Você foi drogado, até aí tudo bem - é eu tô ferrado, quando falam isso é porque a coisa está feia - As meninas chamaram o Jeon para ajudar, e ele te trouxe para casa dele.
Abri os olhos assustado, eu realmente não estou em casa, esse quarto não é o meu, eu estou sozinho aqui, significa que ele dormiu em outro lugar.
— Você já vai saber o motivo dele ter ido para outro quarto - o lobo começou explicar - Vamos refrescar sua memória, eu vou te matar por me fazer por isso!
Flashback on
— Está com dor de cabeça? - Jeon perguntou se aproximando.
— Você é um idiota - foi a primeira coisa que falei, ele me olhou estranho.
— Eu sou? - ele perguntou.
— Sim, você é, você é um completo idiota por não fazer nada - eu sentia meu olho arder, droga, já estou chorando.
— Eu não estou te entendendo - ele respondeu.
— Além de tudo é lerdo, você me beija e depois não faz nada, só disse que meus pensamentos estavam errados - eu já estava em pé apontando o dedo na cara dele - E depois? Não fez nada, me deixou confuso, se você beija alguém saiba como vai agir depois.
— Jimin...
— Não me interrompa, eu ainda não terminei - voltei a falar.
— Lua por favor me mande para outro, esse está me fazendo passar vergonha - o lobo reclamou.
— Você é ainda mais idiota por ficar me observando de longe, você chega vira minha vida de ponta cabeça e observa de longe? - eu só falava tudo que me vinda a cabeça - E ainda tem aquela maldita da Hylari, eu vi você andando com ela pela escola, ela disse ser sua dona - eu já estava soluçando.
— Alguém me salva - o lobo fingia choro.
— Mas Jimin...
— Já disse para não me interromper, você não vê, mas eu gosto de você, e você não fez nada, fale logo se você não gosta de mim.
— Não precisa me salvar, me mata!
— Jimin...
— Não quero te ouvir, nem ficar com você, saí! - falei e ele não moveu um músculo.
Comecei empurrar ele para fora do quarto, com que força eu não sei, mas eu consegui tirar ele, tranquei a porta e voltei para cama.
Flashback off
— Ele deixou você tirar ele do quarto - o lobo falou.
— Deus deu minha hora, me leva - falei.
— Deus nada, você vai resolver isso, não bebe bebida alcoólica, mas falou como um bêbado - jogou na minha cara - Vou nem comentar sobre o que você tentou falar no carro, para não piorar a situação.
— Eu tô muito ferrado, e minha cabeça dói - falei fazendo massagem nela.
— Sabe que vai ter que pedir desculpas né?
— Jura? - falei com sarcasmo.
— E alguém depois que você dormiu tirou seu sangue, parecia um médico - ele falou - Jeon tem uma chave reserva, mas a porta foi trancada de novo.
Deve ser para saber qual droga era.
Levantei devagar, meus pés entraram em contato com o tapete, ele tirou meu coturno, tive a certeza quando os vi ao lado da escrivaninha, e minha jaqueta em cima dela.
O quarto é muito bonito, tem tudo a ver com ele, duas paredes pretas e as outras eram grandes janelas que vão do chão ao teto, um tapete gigante que cobre boa parte do quarto, contem uma cadeira preta no canto da parede das janelas, e duas luminárias grandes perto da cortina.
Um luxo!
— Que você perdeu ao chamar ele de idiota.
Alguém bateu na porta me assustando.
— Jimin, desce para tomar café - era Jeon, ele parece calmo, mas nunca se sabe.
Caminhei devagar até a porta, abri na mesma velocidade, o corredor estava vazio, saí lentamente desejando morrer no caminho.
Tudo aqui é um luxo, minha casa também é grande, mas minha mãe optou por uma decoração simples. Agora nessa casa tudo parece ter custado um rim.
Desci as escadas observando tudo, os quadros enigmáticos, os detalhes nas paredes, e tudo tem algo em preto. A sala também é linda, segui o cheiro de café até a sala de estar, estava vazia.
Jeon entrou com uma jarra de suco, notou minha presença, minhas bochechas ficaram vermelhas na hora.
— Bom dia, Jimin - falou e colocou a jarra na mesa junto das outras coisas.
— Bom dia, Jeon - ele me olhou por inteiro e saiu.
Aproveitei e sentei, me mantive quieto até ele voltar.
— Calce - colocou os chinelos ao meu lado no chão, calcei - Tome esse remédio, vai melhorar sua dor de cabeça - colocou a pílula na minha frente.
Tomei com a ajuda do copo de água que ele me deu.
— Se sirva - falou se sentando na minha frente.
Peguei uma xícara coloquei café, e leite, aprendi com Sara, também peguei pão, passei manteiga e comecei comer. O olhar que estava sobre eu poderia queimar minha pele.
— Então eu sou um idiota - engasguei, ele falou com tom irônico.
— Me desc...
— Não me interrompa - falou me imitando, não peço mais desculpas, ele está rindo, esse idiota.
— Me desculpa por chamar você de idiota - pedi - E lerdo - falei me lembrando.
— Tudo bem, você estava drogado - ele falou ainda sorrindo, na hora que eu quebrar esses dentes quero ver ficar sorrindo.
Agora eu comia pensando em uma forma de quebrar os dentes perfeitos dele, por quê ele tem que ser tão lindo?
— Me desculpa também? - o olhei sem entender - Deixar você confuso - ele explicou.
— De boa, você não precisa se explicar - precisa sim, comece.
— Mas o que você disse era sério? - ele perguntou.
— Qual parte? Eu falei tanta coisa - se for a parte do idiota sim, era sério, idiota!
— Sobre o que você sente por mim - eu prefiro quando ele está rindo.
— Era - foi tão baixo que se ele não fosse um lúpus, não ouviria, estava de cabeça baixa comendo a última parte do meu pão.
— Eu sinto o mesmo por você - levantei a cabeça, ele gosta de mim! - Na verdade, meus sentimentos são mais fortes que o seu.
Sou lerdo, não entendi, mas o que importa é que ele gosta de mim!
A pessoa que eu gosto, gosta de mim, eu estou tão feliz, eu já posso morrer em paz.
— Jimin - falou me tirando do mundo da lua.
— Impossível, você pertence a ela.
— Pode perguntar - falou quando notou que eu realmente queria perguntar algo.
— O que seremos? - perguntei meio receoso.
— Casados seria uma boa, quero morar nessa casa!
— Casar ainda não, vamos namorar! - só dele citar casamento fiquei vermelho - Aceita namorar comigo Park Jimin?
— Não, você não me merece - falei e ele me olhou feio - Tô brincando seu chato, eu aceito.
— Não quero mais - ele falou e cruzou os braços.
— Ah! Mais você quer sim, você vai namorar comigo - também cruzei os braços.
— Duas crianças.
No final nós rimos do quanto parecíamos idiotas.
EU TO NAMORANDO!
— Quando seus pais voltam de viagem? - ele perguntou.
— Meu deus, eles vão me matar - agora que eu lembrei deles - Eles voltam hoje a noite, ou amanhã de manhã.
— Seu celular e seu cartão - me entregou os dois após tirar do bolso.
— Obrigado - liguei o celular, vendo quinze chamadas perdidas da minha mãe - Minha mãe vai me matar!
— Por quê? - perguntou.
— Porque tem quinze chamadas perdidas dela - respondi, ainda tem mensagem de voz.
— Jimin eu sonhei que você dormia fora de casa, onde raios você está? - um dos áudios era assim.
— Se você não atender a droga desse telefone eu te faço ver Jesus mais cedo, me atende - esse era outro.
— É ela vai te matar - Jeon falou rindo - Vou ficar viúvo antes de casar.
— Ha ha ha e ha, engraçadinho - ri forçadamente.
Meu celular começou vibrar, era ela ligando.
— Oi mãe linda do meu coração - falei quando atendi, Jeon só ria.
— Onde você se enfiou filho de Jezabel?
— Que feio, mãe, não pode me chamar de filho de Jezabel - aí que ela me xingou.
— Não me estressa Jimin, onde você está? - ela tornou perguntar.
— Na casa de uma amiga mãe, eu estou bem, não se preocupe - falei escondendo a parte da "amiga" ser Jeon.
— Me deixe falar com sua amiga - ela falou.
— Ela é muda mãe - Jeon riu alto.
— Eu ouvi risadas, Jimin não me testa - eu sentia a irá dela pelo telefone.
— A ligação está ruim mãe, não consigo te ouvir - desliguei.
— Ela vai te matar - Jeon me lembrou quando conseguiu parar de rir.
— Sério? Nem notei - desliguei o celular porque é bem capaz dela me rastrear, com ele desligado ela não vai poder.
— Vamos pegar suas coisas, vou te levar para casa - ele falou se levantando, eu o segui de volta para o quarto.
— Onde fica o banheiro? - perguntei quando entramos, ele apontou a porta certa.
Entrei no banheiro, e fiz minhas necessidades, na gaveta da pia tinha uma escova nova, escovei os dentes com ela, lavei meu rosto com o sabonete dele, após secar saí do banheiro.
Peguei meu coturno e calcei sentado na cadeira, saímos do quarto com ele segurando minha jaqueta.
Quando coloquei o pé para fora da casa dele, o vento frio bateu nos meus braços descobertos, ele me entregou a jaqueta, vesti rapidamente.
Ver Jeon com roupas "normais" é estranho, estou acostumado com ele de roupas sociais, e o cabelo perfeitamente alinhado. Hoje ele está com uma calça jeans rasgada no joelho, e um moletom preto, os cabelos bagunçados, tão lindo!
— Já deu de elogiar, ele é gostoso, entendemos - o lobo reclamou.
— Fica aqui, vou pegar o carro - ele falou e se afastou, em menos de cinco minutos ele voltou com o carro, mas não era a SUV, era um Mercedes preto fosco.
Entrei no carro coloquei o cinto e ele começou dirigir, o caminho saindo da casa dele era interessante, cheio árvores com neve, muito bonito onde ele mora.
— Seu cabelo está bonito - ele falou tirando minha atenção da janela.
— Obrigado - respondi.
— Você sempre foi loiro e pintou de preto, ou o contrário? - perguntou.
— Sempre fui loiro e pintei de preto, os fios loiros chamam muita atenção, às vezes se tornam quase brancos, então eu decidi pintar de preto, não gosto de atenção - contei sincero - Mas a tintura ressecou meu cabelo, aí decidi voltar ao natural, ele é mais loiro que isso, vai voltar com o tempo - falei o olhando.
— O loiro te deixou mais lindo - virei a para janela de novo tentando esconder o sorriso e as bochechas coradas, ouvi seu riso baixo.
Quando minhas bochechas voltaram a coloração normal, voltei falar com ele, em algum momento que me distrai ele pegou na minha mão, entrelaçando nossos dedos.
— Vai devagar Jeon, vai matar o menino desse jeito.
Realmente quase fui a óbito, e ele continuou dirigindo como se tudo estivesse normal, e eu só encarando nossas mãos.
A mão dele é maior que a minha, mas se encaixam perfeitamente, como se fossem feitas uma para a outra.
— Chegamos Jimin - ele me despertou dos meus pensamentos.
— Eu tenho que entrar né? - perguntei não querendo sair.
— Sim, seus pais podem chegar a qualquer momento - ele falou encostando a cabeça no banco me olhando.
— Não quero - falei fazendo bico.
— Mas você precisa, sua vizinha está olhando pela janela tentando ver quem está aqui - ele falou olhando a casa ao lado da minha.
— É a velha fuxiqueira da rua - a homofóbica - Ela queria que eu namorasse a filha dela, mas eu detesto aquela menina.
— Já não gostei dela - eu ri do ciúme dele - Ela vai vir aqui - falou vendo a mulher abrir a porta.
— Tchauzinho! - ia saindo quando ele me puxou de volta.
— Não vai sem me dar um beijo - falou antes de juntar nossos lábios.
Jeon mantinha uma mão no meu rosto e a outra no meu pescoço, deu leve mordidas na minha boca, mas unia nossas bocas novamente voltando me beijar.
— Agora sim, tchau! - falou quando nos separamos, ainda me deu mais um selinho antes de me soltar completamente - E me manda mensagem.
— Vou mandar, até amanhã! - saí do carro, ele se foi me deixando sorrindo igual um idiota apaixonado.
— Quem era? - a velha perguntou parando do meu lado.
— Só uma amiga, senhora Wilson - falei e segui para dentro.
Tirei meu coturno e subi para o meu quarto, após colocar o celular para carregar e guardar o cartão, entrei no closet guardei minha jaqueta e fui tomar banho.
Após tomar banho, muito relaxante, eu faltava saltar de alegria.
— Você saltou, e quase caiu - que lobo chato! - Fiz curso com você.
Além de tudo é afrontoso.
Vesti uma calça moletom preta, e uma blusa branca, tornei pentear meu cabelo, e passei hidratante labial.
Eu deitei e coloquei um filme romance, aqueles bem clichês, porque eu estou me sentindo em um filme de romance.
— Comédia romântica, nunca ri tanto em todas a minha vida, e eu sou bem velho - o lobo falou.
Quando estava voltando com Jeon, o alertei sobre Sara e Rachel, elas não podem nem sonhar que estamos namorando, Canadá inteiro vai ficar sabendo.
Agora é noite, consegui falar com elas, avisei que estou bem, elas falaram que tem algo sério para me contar, sobre o que aconteceu ontem.
Falei com Tae, foi bem pouco hoje seria o último desfile da coleção que ele vai participar esse ano.
Minha mãe não ligou mais, acredito eu que eles venham embora hoje.
Na verdade, eu tenho certeza, ouvi meu nome ser gritado do primeiro andar.
— PARK JIMIN VENHA AQUI....................
(Quarto do Jeon)
(Mercedes)
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!
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