35
— MEU BEBÊ NÃO - Felix gritou desesperado.
Continuou gritando chamando por Shuhua, que apareceu correndo desesperada.
— Chama o Hyunjin - foi a única coisa que conseguiu falar.
Shuhua correu escadaria abaixo, saiu do prédio vendo o carro do Lúpus parado, bateu na janela.
— O Felix, Hyunjin, você precisa ajudar ele - falou quando a janela abriu.
O alfa saiu correndo do carro indo para o prédio, sentiu quando sua alma gêmea desabou sabia que algo ruim havia acontecido.
Seguiu o cheiro do mais novo e o choro descontrolado, encontrou o pequeno corpo e sangue.
— Meu bebê, amor, só salva o meu bebê - Felix falou quando viu o alfa, a sua vida não importava ele só queria que seu bebê vivesse.
Hyunjin ficou firme pelos dois pegando o pequeno no colo, shuhua acompanhou eles para o hospital, ligando para todos que fosse possível.
— O que aconteceu, shuhua? - a mãe do ômega atendeu após várias tentativas de shuhua.
— O Felix se acidentou na escada, estamos levando ele para o hospital - acabou desligando para tentar manter o ômega acordado.
— Meu bebê - era só o que Felix falava.
Hyunjin mais sério do que nunca, não poderia desabar naquele momento, seu ômega precisava dele.
Por Shuhua ter ligado avisando o hospital, eles já esperavam na porta.
— Só salva o meu bebê, só ele - Felix falou ao ver sua médica.
— Parto de emergência - a médica corria com os outros levando Felix para sala de cirurgia.
O ômega não aguentou mais, fechou os olhos.
[...]
— Cadê o meu filho? - Iseul estava desesperada por respostas.
Encontrou Shuhua e Hyunjin no corredor sentados no chão.
— Onde está, Felix? - perguntou.
— Está fazendo um parto de emergência - Shuhua respondeu.
— Como isso aconteceu? - Hyunjin se mantinha de cabeça baixa, olhos fechados apenas resistindo a dor que a alma sentia.
— Eu não sei, me despedi dele três minutos depois ou menos ouvi ele gritando, ele apenas disse para eu chamar Hyunjin que estava esperando ele na porta do prédio - Shuhua contou como aconteceu.
A ômega saiu tentando novamente falar com a alfa, não conseguiu, ligou para o Minho.
— Oi Shuhua - o ômega atendeu alegre por receber a ligação dela.
— Minho, você precisa vir para cá - o ômega sentiu suas forças sumindo conforme ouvia o que aconteceu.
— A noite eu chego aí - desligou indo correndo fazer a mala para ir para o aeroporto.
— Atende, Soojin - a alfa finalmente atendeu - Que porra, Soojin.
— Estava dormindo - eram 9:45 muito cedo para Soojin estar acordada.
— Pois saia da porra da cama e venha para o hospital dos Lee - falou estressada - O Felix está fazendo um parto de emergência, ele se acidentou.
— Estou indo.
Shuhua estava na frente do hospital quando viu senhor lee parar o carro e sair correndo para dentro do hospital.
— O que aconteceu com ele, Iseul? - o alfa perguntou para esposa, que explicou o que foi passado para ela.
[...]
— Papai, você tem que me deixar ir -- o menino com sorriso adorável falou para o loiro que segurava em sua mão tão pequena e gordinha.
— Você fica, eu vou no seu lugar - o loiro falou.
— Não papai, você ainda vai ser muito feliz, ainda não é sua hora é a minha - foi soltando aos poucos a mão do loiro.
— Fica comigo, por favor - o loiro pediu.
— Adeus papai -- sumiu num clarão o menino com sorriso de coelho.
[...]
O Minho que pensou que chegaria a noite, chegou mais cedo, Jeongin pagou para ele ir em avião particular que seria bem mais rápido.
O ômega foi direto para o hospital, teve a surpresa que Felix ainda não saiu da sala de cirurgia.
Felix passou cinco horas dentro daquela sala de cirurgia, os médicos fizeram tudo que foi possível para manter os dois vivos.
— Família de Lee Felix - a médica chamou, Hyunjin levantou a cabeça pela primeira vez ele já sabia o que ela iria falar, se levantou.
— Somos nós - Shuhua falou.
— Nós fizemos tudo que foi possível, mas o bebê não resistiu, sinto muito - deu a notícia.
Era a primeira vez que Sophia sentiu realmente a perda de um paciente, aquela família foi diferente das outras, talvez a forma protetora com o ômega, ou a forma que o alfa sorria ao ver Felix, de alguma forma ela sentiu a perda.
Uma lágrima escorreu no rosto de Hyunjin, um vazio se fez presente em seu coração, seu lobo se entristeceu, seu mundo desabou.
Iseul começou chorar no peito do alfa, Minho não sabia como reagir, e Shuhua chorava abraçada com Soojin que consolava a ômega tentando não chorar junto.
— Onde está, Felix? - Hyunjin perguntou.
— Ele já está no quarto, ainda está sob efeito da medicação - Sophia informou - Podem ir lá, quarto 0313.
— Eu não consigo, não vou conseguir - shuhua falou - Eu preciso ir embora, se eu vir ele eu desabo.
Soojin acompanhou a ômega para fora.
— Podem ir primeiro - Hyunjin falou.
Iseul entrou com Hyeon, chegou perto de seu pequeno viu o caminho da lágrima em seu rosto, sabia o quanto seu pequeno iria sofrer ao acordar.
— Ele vai conseguir ficar bem de novo? - perguntou ao alfa.
— Vai, ele vai ficar bem - Hyeon falou.
Os dois saíram do quarto após a ômega voltar chorar.
— Cuida dele, Hwang - o alfa falou ao namorado de seu filho.
Iseul precisava se acalmar, por isso saíram do hospital.
Minho entrou no quarto, esse ainda não chorou, mas ver o amigo naquelas condições foi suficiente para chorar.
Saiu do quarto, sentou no chão buscando como agir naquela situação.
Hwang finalmente entrou no quarto, sentou na poltrona que estava ao lado da cama, pegou na mão de Felix e esperou que ele acordasse.
[...]
— Amor - Felix despertou chamando por Hyunjin.
— Fala, príncipe - falou com a voz serena escondendo toda dor que sentia.
— Cadê meu bebê? Por que ele não está aqui? - o coração de Hyunjin apertou.
— Ele não resistiu, príncipe - o alfa deu a notícia.
— Meu bebê, meu precioso bebê - começou chorar naquela cama de hospital.
Minho que estava do lado de fora chorou mais ouvindo Felix chorando.
— Me abraça? - Felix pediu chorando para o alfa.
Hyunjin se deitou ao lado do ômega abraçando aquele corpo pequeno, Felix chorou de soluçar no peito do companheiro.
Passou uma hora chorando, sua cabeça doía, sentia que não tinha mais força para continuar.
Ouviram uma batida na porta, doutora Sophia entrou.
— Sinto por atrapalhar, mas eu precisava vir dar detalhes do parto - Felix secou as lágrimas e prestou atenção nas palavras da doutora.
A doutora explicou que tiveram que fazer a retirada do útero, porque futuramente ele poderia dar mais problemas, Felix não poderia mais gerar.
Ele deveria tomar cuidado ao andar, foi um milagre não ter quebrado nada.
— Quando eu vou poder ir embora? - Felix só queria sua cama.
— Amanhã pela manhã - respondeu.
Após a médica sair Hyunjin voltou abraçar Felix, dormiu no peito do companheiro.
[...]
Felix se recusou comer quando acordou, passou todo o tempo pensando evitando a existência das pessoas na sala.
Shuhua finalmente conseguiu entrar no quarto, ficou firme enquanto estava ao lado de Felix, colocou o pé para fora chorou novamente.
Os pais de Feliz vieram o ver novamente, mas o ômega não falava apenas ouvia.
Minho foi o único além de Hyunjin que arrancou palavras dele.
Soojin entrou com shuhua, mas não quis falar, era a primeira vez que via felix naquela situação, era sempre ele que cuidada das duas, aconselhando, deixando que chorem em seu ombro, ouvindo elas tagarelarem sobre qualquer coisa, Felix já cuidou da alfa bêbada, ouviu ela falando de uma ômega misteriosa do sorriso bonito, ela não sabia como seria cuidar de quem sempre cuidou de si.
Felix voltou dormir após a doutora o medicar, não fazia sentido ficar acordado.
Quando amanheceu o dia, Felix pensava que dormiria para sempre, mas acordou.
Hyunjin ainda estava ali na mesma posição, sentado na poltrona olhando a janela, não estava com sono nem fome, só comeria após Felix comer.
— Amor - Felix chamou em voz baixa - Quando a doutora vai me dar alta?
— Logo príncipe - respondeu.
— Você ainda me ama né? - felix perguntou.
— Claro, eu te amo príncipe - beijou a testa do mais baixo.
— Bom dia - a doutora entrou - Já está liberado Lee, tome esses remédios para ajudar com a dor e a cicatrização - entregou a receita na mão de Hyunjin.
Retirou tudo que estava no braço do ômega, a mãe trouxe roupa para quando ele fosse sair.
O alfa ajudou Felix vestir o conjunto folgado de moletom azul clarinho, o menor estava com preguiça de calçar o tênis, ficou só com chinelo.
Saíram do hospital, Felix foi com a cabeça encostada na janela do carro pensando.
— Venha príncipe - chegaram na casa do lee.
Hyunjin ajudou Felix descer do carro, foram em passos lentos para dentro.
Minho estava na cozinha com Iseul quando viram felix entrando com Hyunjin, devagar o casal subiu a escada.
Felix iria seguir para seu quarto, mas ao passar na porta com plaquinha "aqui dorme o dengo da vovó" quis entrar.
— Certeza, príncipe? - perguntou ao ver o que ômega queria fazer.
— Sim, quero entrar - Felix falou.
Entrou os dois no quarto, o cheiro de bebê no ar, aquele ar de bebê que seria muito amado.
Felix sentou na poltrona que foi colocada para ele amamentar o bebê, deitou a cabeça para trás se permitindo chorar.
Hyunjin ficou na porta vendo felix chorando com os olhos fechados, como seu ômega era indefeso.
O ômega passou um bom tempo ali, depois seguiu caminho para seu quarto com Hyunjin, se deitou na cama.
— Deita comigo? - pediu, Hyunjin tirou o sapato e deitou com o menor.
Foi passando os dias com Felix falando apenas com Hyunjin, o resto das pessoas ele apenas ouvia, estava no mundo dele.
Em uma noite Hyunjin não ficou para dormir com ele, acordou tendo uma crise de choro de madrugada.
Felix ligou para Hyunjin vir correndo, e ele veio Felix dormiu tranquilamente de novo.
— Você precisa comer, príncipe - Hyunjin falou - Está desde ontem sem comer nada, vai acabar desmaiando.
— Mas eu não estou com fome - Felix falou.
— Nem sempre não estar com fome quer dizer que não precisa comer, seu corpo precisa de nutrientes para continuar te mantendo vivo - Hyunjin falou com toda calma.
— Eu não quero continuar vivo - Felix soltou.
— O que disse, príncipe? - Hyunjin não acreditava no que ouviu, acabou de perder o filho e seu companheiro também quer partir.
— Que eu não quero continuar vivo - repetiu.
— Eu vou trazer comida para você - preferiu ignorar a fala do mais novo e sair do quarto.
Desceu para cozinha, encontrou todos comendo, até Soojin e Shuhua estavam ali.
Shuhua só mexia na comida, às vezes pegava algo.
— Ele vai descer para comer? - Iseul perguntou.
— Não, falou que não sente fome, vou levar para ele - Hyunjin falou.
— Já fiz o prato dele - Minho entregou com o talher para hwang.
Minho estava perdendo o maior desfile do ano, mas não voltaria para Itália até Felix estar bem, se for necessário iria morar em Quebec.
— Obrigado - Hwang agradeceu.
— Hyunjin - shuhua o chamou - Entrega para ele - colocou um cartão na mão de Hwang.
— Entrego - o alfa voltou para o quarto, encontrou Felix sentado na cadeira olhando pela janela a floresta atrás da casa - shuhua pediu para te entregar.
Felix pegou o cartão, leu o que a ômega escreveu.
"A angústia de ter perdido não supera a alegria de ter um dia possuído."
Felix citou isso para ela quando a mesma perdeu alguém querido, ela usou algo que ele disse para ajudar retribuindo.
A tristeza que felix sentia não iria ultrapassar a alegria que ele sentiu ao ter o bebê.
— Sua comida - Hyunjin entregou o prato para Felix.
Ele comeu por estar tentando viver, não por ele, por Hyunjin.
Sem Hwang ele teria desistido no hospital, mas não o fez.
Minho veio buscar o prato de Felix, aproveitou para ver como ele estava, viu que ainda estava pensativo.
— Príncipe? - Hyunjin chamou por Felix quando estavam deitados - Como você caiu?
Felix esteve tão mergulhado no mar de tristeza que esqueceu desse detalhe, ele não caiu, foi empurrado.
— Mas eu não cai, amor - falou - Eu senti duas mãos na minha costa me empurrando, só coloquei a mão na barriga fechei os olhos e esperei o impacto.
— Você foi empurrado? - olhou para o ômega que confirmou - Vou chamar Minho, preciso ir resolver um problema.
— Não amor, fica comigo por favor, quando eu dormir você vai - Felix abraçou o corpo quente de Hyunjin.
O alfa agora estava possesso, quem ousa empurrar seu ômega?
Quem quer que seja, vai morrer da pior forma possível.
[...]
— Minho, você fica com o Felix até eu voltar - o único que conseguia tirar palavras de Felix.
— Fico, aonde vai? - ousou perguntar.
Hwang fez sinal para os dois saírem de perto do resto da casa.
Do lado de fora Hwang falou.
— Felix, não caiu, alguém empurrou ele - Hyunjin contou.
— Como assim alguém empurrou ele? - Minho não estava acreditando - Quem faria isso? Felix, não faz mal a ninguém, você não tem uma ex doida por aí atrás de vingança?
— Felix é o primeiro que eu namoro - Minho achou fofo.
— Shuhua e Soojin podem saber - Minho buscou as duas, Shuhua teve um mine infarto ao saber que Felix foi empurrado - Faz ideia de quem possa ter sido?
— Recentemente mudou uma estranha para o meu andar, ela é coreana, eu pensei que pode ser a maluca apaixonada pelo Felix lá da Coréia - Shuhua falou.
— Faz sentido - Minho falou.
— Obrigado pela ajuda, agora é comigo - e lá se foi um alfa com os olhos vermelhos.
— Hoje ele mata um - Shuhua falou olhando Hwang quase arrancar a porta do carro ao fechar.
— Com certeza mata - Soojin concordou.
Minho foi ficar com o ômega que estava dormindo, sentou na cadeira e ficou olhando o celular.
— lino - Felix chamou a atenção do amigo ao ver que ele estava ali.
— Fale - deu atenção para o amigo.
— Onde está Hyunjin? - perguntou do alfa.
— Foi matar quem te empurrou - foi sincero.
Após isso Felix se calou entrando em sua própria bolha de pensamentos, ele não conseguia conversar não prestava atenção em nada do que falavam para si.
[...]
— Não testa minha paciência, onde está a porra da gravação? - Hyunjin falou com seus subordinados.
— O dono do prédio não quis entregar - um respondeu.
— Mate ele, mas me traga a gravação - falou simples, dois subordinados saíram.
— Se acalme, Hyunjin - Seungmin falou.
— Me acalmar? Como quer que eu me acalme sendo que meu ômega foi empurrado, acabei de perder meu filho, eu não vou me acalmar - falou com raiva.
Sentou em sua cadeira, fechou os olhos tentando não explodir, um alfa com raiva é ruim, um Lúpus com raiva é mil vezes pior.
Em trinta minutos os dois voltaram com a gravação, mataram o dono do prédio.
Hyunjin colocou o USB em seu computador, a gravação começou passar, logo apareceu Felix.
O alfa viu o cuidado que Felix teve para descer as escadas, até aparecer alguém encapuzado empurrando felix.
Hyunjin ficou assistindo repetidamente a gravação, ele gravou cada detalhe do defunto.
O que mais enfureceu o alfa foi ver o sorriso no rosto da pessoa após empurrar seu ômega.
Era uma mulher, estatura baixa, cabelo preto, coreana, com as unhas da mão pintadas de azul.
Longe dali alguém tentava fazer Felix tomar o remédio, era para melhorar a dor.
— Vai Felix, só falta esse - Minho falou.
— Não quero, já cansei de tomar remédio - virou o rosto.
— Te dou chocolate se tomar - era a última tentativa.
Felix tomou o remédio, Minho buscou o chocolate, o mais baixo comeu tudo.
Hyunjin passou quatro dias sem aparecer, Felix estava quase tendo uma crise, onde seu alfa está?
— Ainda bem que voltou, Felix não quer sair do quarto - Iseul falou ao ver Hyunjin.
— Vou tentar convencer ele - Hyunjin falou.
Subiu as escadas e foi para o quarto do menor, minho estava lá tentando fazer felix sair.
— Boa sorte aí - minho disse saindo.
— Oi príncipe - Hyunjin falou chamando a atenção do ômega que estava escondido debaixo da coberta, colocou só os olhos para fora.
— Onde você foi? - perguntou.
— Resolver uns problemas - se sentou na cama perto do ômega - Vamos sair para andar?
— Onde? - perguntou.
— Onde quiser ir - Felix saiu de seu esconderijo, foi para o closet vestir uma roupa para sair.
Calça jeans e um moletom grande branco.
O casal saiu do quarto de mãos dadas, desceram encontrando Iseul e minho lendo revistas de fofoca.
— Bom passeio, filho - a mãe do ômega falou, o mesmo sorriu pequeno para mãe.
O casal saiu andando pela vizinhança, Felix ia chutando pedrinha.
— Príncipe? - felix olhou para o alfa - A menina que era apaixonada por você era baixa, de cabelo preto, e gostava de pintar a unha de azul? - perguntou com a voz calma.
— Não, ela era altura mediana com cabelo castanhos-claro, e a unha sempre pintada de vermelho - Felix respondeu.
— Você conhece alguém com essas características? - Felix começou pensar em todos que já conheceu na Coréia, um nome veio em sua cabeça, mas era impossível ela fazer isso consigo.
— Não, ela não - resmungou.
— Quem, príncipe? Precisa me contar para eu descartar - Felix falou.
— A ômega que Wooyoung não gosta, ela tem essas características, ela amava pintar a unha de azul - Felix pensou em algo - Na época era minha cor favorita, mas deve ser coincidência.
— Como ela agia com você? - o alfa perguntou.
— Eu estudava com ela desde sempre se não estou enganado, ela sempre gostou de estar perto, ela foi uma das poucas meninas que beijei - a única na Coréia - Mas foi em uma brincadeira, quando a doida começou me perseguir ela que sempre me ajudava fazer tudo, uma boa amiga.
Hyunjin não pensou o mesmo, sabia que algo estava errado na relação dos dois, Miyeon era demais.
— Depois que vocês se beijaram como você agiu com ela? - Hyunjin já imaginava o que aconteceu.
— Normal, foi só um beijo, não vi importância - Felix respondeu.
— Tem foto dela? - o ômega pegou o celular que estava no bolso da calça, foi no final de sua galeria pegando uma foto que estava todos os seus amigos, era a única que guardou, entregou o celular na mão de Hyunjin - A do canto?
— Sim, se der zoom vai ver melhor - os dois chegaram na praça que ficava perto da casa do ômega, sentaram em um banco.
Felix sentiu o sol atingir sua pele pálida, estava a muitos dias sem sair, enquanto Hyunjin analisava a foto, o ômega se aquecia com a luz do sol.
Felix sentia um grande vazio, ele teve algo tirado de si, a dor psicológica era maior que a física, por isso não queria remédio.
O remédio não iria fazer seu coração parar de doer.
Ele não sabia se iria superar aquela perda, doeu muito.
Suas forças estavam se esgotando, viver daquele jeito era triste, sabia que não poderia continuar assim.
— Amor? - chamou por Hyunjin.
— Fala príncipe - o alfa largou o celular para olhar o ômega, nem se surpreendeu por ver os pequenos olhos cheio d'água.
— Quero fazer terapia - ele sabia que agora não teria como fugir, se quisesse continuar iria procurar ajuda.
— Tudo bem, vou procurar um psicólogo para você - Felix fechou os olhos voltando se aquecer com o sol.
Hyunjin estava orgulhoso do ômega, viu que ele estava tentando continuar, sabia que seria difícil, mas iria tentar.
[...]
Felix subiu para o quarto, Hyunjin ficou na sala para falar com os sogros.
— Ele está até mais corado - Iseul falou, seu peito doía ao ver seu pequeno daquela forma.
— Preciso falar com vocês - Hyunjin se sentou no sofá.
Minho prestava atenção em silêncio.
— Felix disse que quer fazer terapia - o amigo sentiu um alívio, seu soulmate não desistiu.
— Graças a Deus! - Hyeon falou.
— Eu me disponho para procurar um psicólogo - Hyunjin falou.
— Tudo bem, desde que ele vá isso é o que importa - Iseul falou.
— Tenho mais uma coisa para falar - agora que seria o mais complicado - O felix não caiu, alguém empurrou ele.
Iseul ficou pálida.
— Eu vou pegar água - minho correu para cozinha, Hyeon abanava a esposa - A água.
— Como sabe disso? - Hyeon perguntou.
— felix contou e eu tenho a gravação da câmera - Hyunjin respondeu.
— Eu quero ver - Iseul falou.
— Nem pensar, só de ouvir você ficou assim imagina se ver - Hyeon falou.
— Quem vai me impedir? Você? Vai sonhando - falou para o alfa - Quero ver.
Hyunjin pegou o celular, colocou o vídeo e entregou o celular, minho grudou em Iseul para assistir também.
Hyeon não quis ver, não queria assistir tamanha crueldade com seu filho.
— Meu pequeno - Iseul voltou chorar, minho buscou mais água - Quem fez isso com ele?
— Só tem uma suspeita - Hyunjin foi sincero.
— É ela? - Hyeon perguntou - Não é a doida apaixonada de novo?
— Não, Felix falou que ela é alta e tem cabelo castanho - Hyunjin falou - Mas a amiga dele se encaixa perfeitamente.
— Que amiga? - Iseul perguntou.
— Miyeon - o casal se lembrou na hora da ômega.
— Ela era estranha, mas psicopata eu não imaginava - Hyeon falou.
— Eu preciso ir, tenho pendências para resolver - Hyunjin se levantou - Fica com ele, Minho?
— Se ele não me expulsar do quarto, sim - Minho falou.
— Ele não vai, pode tentar conversar com ele que vai ver que já está melhorando - Hyunjin falou.
O Lúpus foi embora, Minho subiu, o casal ficou na sala conversando sobre a situação.
— Você sabe que vai ser melhor para ele - Iseul falou.
— Nem pensar - Hyeon falou discordando.
— Vai ser teimoso assim na China - Iseul iria dar um jeito de conseguir o que queria.
— Nunca pensei que meu genro seria mafioso - Hyeon falou após um tempo de silêncio.
— Nem eu, mas ele faz Felix feliz, isso é o que importa - Iseul falou.
— A forma que tratamos isso é preocupante, outros pais iriam surtar e mandar o filho para longe do mafioso - Hyeon falou.
— Se fizermos isso Hyunjin vai atrás de Felix, os dois se amam muito para conseguir ficar longe um do outro - Iseul falou - Acredita que ele seguiu Felix até o Brasil?
Minho entrou no quarto encontrando Felix assistindo série no notebook, o mais novo olhou para o amigo.
Bateu no espaço vazio ao seu lado, chamando Minho para assistir com ele, Minho se sentou na cama ao lado de Felix, que tombou a cabeça no ombro do amigo.
Os dois passaram o resto do dia assistindo à série, Felix conseguiu conversar um pouco com Minho, que ficou muito feliz ao ver Felix tentando ficar bem.
Na casa dos Seo o assunto era Felix.
— Já conseguiu visitar ele, Soojin? - Daniela perguntou para filha.
Shuhua estava na sala assistindo filme com o sogro, só os dois gostavam daquele tipo de filme.
Daniela estava com Soojin na cozinha preparando o jantar.
— Fui uma vez, mas ele não queria sair do quarto - Soojin falou.
— Então vai visitar seu amigo, foi sempre ele que ajudou você, lembro como se fosse hoje ele trazendo a senhorita bêbada, ainda dormiu com você por ficar com medo de você acordar vomitando - Daniela falou - Da mesma forma que ele sempre ajudou você, é sua vez de ajudar ele nesse momento tão difícil que é a perda de um filho.
— Eu vou, mãe - Soojin sabia que a mãe estava certa - Mas eu não sei como ajudar.
— E você pensa que um filho de pastor criado na igreja iria saber cuidar de uma bêbada? Ele também não sabia, só deu o melhor dele para te manter bem, faça o mesmo dê o seu melhor para ver ele bem - Daniela tirou seu assado do forno - Chame shuhua e seu pai para comer.
Soojin foi pensativa para chamar a ômega e seu pai.
[...] Desconhecida on
— Ele morreu - eu sabia que conseguiria.
Ele não pode simplesmente me esquecer após tudo que vivemos.
Eu vou fazer Lee Felix me amar......................
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