26
Coréia do Sul
O felix de 15 anos se arrumava para ir à escola, muito empolgado com o novo ano que se iniciava, rever os amigos que não via há dois meses.
Queria saber como foram as férias de todos, o ômega gostava de conversar e fazer amigos, não era nenhum um pouco tímido.
Consigo ver o ponto de interrogação nas cabeças de vocês, se ele era assim como se tornou extremamente tímido e inseguro?
O que aconteceu com o pequeno Lee na adolescência? Ele só se mudou para estudar? Por que beijava meninas para se sentir incluso em algo?
Vamos descobrir!
[...]
— Está atrasado, felix - o professor de física falou ao ver o menino entrar na sala.
— Desculpa, não irá acontecer novamente - o ômega pediu, foi se sentar perto dos amigos.
Nenhum dos amigos entendeu o que aconteceu com o Felix para ele se atrasar, ele nunca se atrasava.
— O que aconteceu? Você não chega atrasado - Changbin perguntou cochichando.
— Uma doida me parou no corredor, disse "namora comigo?" - o Felix respondeu imitando a alfa.
— Você aceitou? - o alfa questionou.
— Lógico que não, nem conheço ela - Felix passou ignorar os insultos do amigo para prestar atenção na aula super interessante.
Na hora do intervalo ele saiu acompanhado dos cinco amigos, Changbin o alfa solteiro, Seungcheol o beta do grupo.
Dokyeom e Joshua, o casal do grupo.
Por último e não menos importante, Miyeon, a ômega tímida muito inocente.
Felix com Joshua eram os únicos ômegas macho do grupo, por isso se davam bem, mas um apaixonado pelo canto e o outro pela dança.
— Então Felix, quem te pediu em namoro? - Joshua perguntou quando sentaram.
— A menina de salto rosa na fila - falou a característica mais marcante, quem vai com scarpin para escola?
— Você sabe quem é ela? - Seungcheol perguntou, Felix negou - Ela é a alfa mais desejada da escola, muitos ômegas e betas tentam se relacionar com ela, mas nunca conseguem nada.
— O último que conseguiu mudou de país, ninguém sabe o que aconteceu com ele, mas ele desapareceu da Coréia - Joshua contou.
— Olá Felix, certeza que não quer namorar comigo? - a alfa estava parada em pé ao lado da mesa, com mais três alfas fêmeas.
— Sim, não quero compromisso - e nem envolver com gente doida, o ômega pensou.
— Era melhor ter aceitado - falou e se retirou.
— Estamos em um filme americano? - Dokyeom perguntou.
Miyeon apenas observava em silêncio os amigos, raramente falava algo.
— Que doida - Felix resmungou.
[...] Três meses depois.
Dokyeom e Joshua voltaram para os Estados Unidos, mesmo Joshua sendo nativo do Canadá, morava no país abaixo.
Seungcheol foi morar com a avó em Seul, iria cuidar dela e estudar para assumir o lugar do avô.
Sobraram apenas Miyeon e Changbin o alfa não tinha planos de se mudar, muito menos a ômega.
Pode se dizer que Felix queria voltar no dia que rejeitou o pedido da alfa, sua vida na escola não estava nada fácil.
Trabalhos escolares sumiam das pastas dos professores, cadernos com matérias importantes, a sensação de ter alguém sempre observando.
Felix faltava enlouquecer, mas a tão prestativa Miyeon sempre o ajudava refazer tudo, e entregar a tempo tudo que foi roubado.
Uma excelente amiga.
Não aos olhos de Changbin, que começou pegar ranço da melação que Miyeon era.
"Como o Felix pode aguentar essa menina?" Esse era o pensamento diário do alfa.
Felix achava fofa a maneira que ômega sempre se prontifica o ajudar, sempre aparecendo quando mais precisava.
Isso foi acontecendo pelos meses seguintes.
Com um mês para encerrar mais um ano Felix teve uma surpresa não tão agradável pelos armários da escola.
No jantar com Hyunjin, Felix citou seu problema com alimentação, que aparece às vezes.
E a barreira que ele queria criar quando Hyunjin o viu nu, para tudo existe um motivo.
Uma foto sua apenas de cueca em todos os armários da escola é um bom motivo.
O pequeno Lee estava em choque, olhava a foto em seu armário, conseguia ouvir as pessoas cochichando e rindo ao redor.
— PAREM COM ISSO! - era Changbin tirando todas as fotos das mãos daqueles adolescentes sem maturidade suficiente.
Felix saiu correndo da escola, não deu atenção para Miyeon gritando seu nome, só queria o colo da sua mãe.
Todos os murmúrios sobre seu corpo não saiam da sua cabeça.
"Ele precisa fazer uma dieta"
"Parece um porco"
"Como ele se olha no espelho com esse corpo?"
O padrão estético da Coréia é algo fora do normal, as dietas malucas, fazer exercícios até desmaiar por não se alimentar direito.
Os adolescentes na escola amam apontar o colega que não está no padrão.
E Felix era o que estava fora do padrão.
As bochechas gordas, as cochas, os pneus na barriga, tudo foi apontado por seus colegas.
Felix não saiu de casa, terminou o ano letivo em casa, seu pai buscava suas atividades e provas.
A mãe preocupada pediu férias da clínica para cuidar do menino, o medo de não o encontrar com vida quando voltasse para casa era grande, por isso dobrou a atenção e o cuidado.
Na segunda noite após o acontecimento Iseul ouviu barulho nos talheres da cozinha, teve um leve ataque cardíaco.
Encontrou o filho comendo gelatina, era a primeira refeição que ele estava fazendo naquele dia.
Após isso, foi o ômega pegar no sono, os pais preocupados retiraram qualquer coisa de corte, sumiram com tudo.
O casal revesava quem iria ficar orando e acompanhando o sono do pequeno, às vezes ficavam os dois orando.
O alfa ia sozinho para igreja, a ômega não saiu de casa, presava pela segurança do filho.
Foi um momento extremamente difícil para os Lee.
Changbin tentou falar com Felix, mas o ômega não conseguia olhar na cara de ninguém que não fosse seus pais.
Rejeitou todas as ligações, não atendia quando ele vinha o visitar, Changbin nunca desistiu, queria saber como o amigo estava.
Miyeon só tentou contato na primeira semana, após isso seguiu com sua vida.
[...]
Os Lee conversavam na mesa de jantar, sem a presença do Lee mais novo, sobre se mudar de cidade para o menino conseguir frequentar a escola.
— Seul é uma boa cidade, tem escolas excelentes, pode abrir uma filial da empresa lá - a ômega falou observando algumas fichas de seus pacientes.
— Sim, ela é boa, mas o Felix vai querer ir? Faz dois meses que ele não vê a luz do sol - o alfa falou.
As festas de final de ano passaram, Felix não quis ir para casa dos parentes, até disse que os pais poderiam ir, mas eles não saíram em nenhum momento.
— Posso falar com vocês? - Felix apareceu na sala de estar, com o moletom que fazia parte dele agora.
— Claro pequeno - a ômega largou as fichas para dar atenção ao filho, era a primeira vez que ele iria começar um assunto com os pais.
— Eu queria pedir uma coisa - falou tímido, agora o menino era tímido e totalmente inseguro.
— Pode pedir - o pai falou.
— Eu quero voltar para escola - os pais se alegraram - Mas não aqui, quero estudar no Canadá.
O casal se olharam, os dois eram ótimos em se comunicar pelo olhar.
— Seria intercâmbio, eu volto quando terminar - esse era o plano do ômega.
— Nós vamos com você, já estávamos conversando sobre mudança, não de país, mas se isso vai te fazer bem nós vamos te apoiar - o alfa falou.
Felix ficou feliz por seus pais o apoiarem.
— Com uma condição - estava bom de mais para ser verdade - Você vai voltar se alimentar direito, não aceito que fique vivendo de gelatina e água.
— Tá bom, mãe - insistir não iria mudar nada.
O alfa pernoitou, arrumou tudo para a mudança, a escola, a casa, a igreja, e as coisas para empresa.
A ômega decidiu que não iria mais trabalhar, cuidar do filho era mais importante, a desculpa que deram ao Lee mais novo "sua mãe decidiu que vai descansar".
Quando a família acordou, tudo já estava pronto para se mudarem.
Em uma semana embarcaram para o Canadá, Felix trocou de número quando colocou o pé no aeroporto.
— Quando pretende vestir algo que não seja moletons gigantes? - a mãe perguntou enquanto andavam pelo aeroporto.
— Não sei - o ômega falou.
Felix estava usando aquele moletom para esconder o corpo, ter seu corpo exposto para escola inteira não é nada fácil.
Quando chegaram na casa senhora Lee não gostou muito do tamanho, mas não iria reclamar já que o pequeno parecia contente com a mudança, senhor Lee não gostou da vizinhança, eram muito estranhos.
Mas achou ser impressão sua.
O jovem Lee gostou da casa, qualquer lugar seria melhor que o lugar onde teve os piores pensamentos.
No dia seguinte o alfa foi fazer a matrícula do filho, e pagar pelos três anos de estudos, já comprou tudo que o menino iria precisar.
— Conseguiu ver tudo? - Iseul perguntou ao ver o alfa entrando com muitas sacolas.
— LEE FELIX - gritou pelo filho.
O ômega desceu pulando os degraus.
— Se quebrar os dentes quando cair fazendo isso, vai ficar banguela - a mãe o alertou.
— Aqui seu uniforme filho, só usam nas sextas-feiras, e seus livros para esse ano - entregou metade das sacolas - Aproveitei para comprar um iPad novo, sei que você usa muito para estudar, e um celular novo, todos já estão bloqueados.
— Obrigado, pai. - Felix agradeceu abraçando o pai.
— E eu? É assim mesmo, dou amor e carinho, para nem abraço eu ganhar, ninguém me ama nessa casa - a ômega fez drama.
— Obrigado mãe, eu te amo - o ômega abraçou a mãe, que se segurou para não chorar na frente do filho.
O menino saiu com suas muitas sacolas, deixando os pais sorridentes para trás.
— Ele vai ficar bem Iseul - o alfa falou.
— Amém, não vou desistir do meu pequeno - a ômega falou.
[...]
— Felix, primeiro dia de aula - a mãe abriu a cortina para que luz entrasse no cômodo - Acorde para não se atrasar.
— Já acordei - sentou na cama bagunçando os fios pretos.
O ômega estava muito ansioso, e com muito medo.
Não iria fazer nenhum amigo, ganhou medo de falar com os outros e ser rejeitado ou zombarem de si.
O pai o levou até a escola.
— Boa aula, se precisar de algo me liga - outro que estava preocupado.
— Tudo bem, tchau! - se despediu do pai.
O ômega usava um conjunto de moletom azul bem clarinho, queria o preto, mas a mãe o escondeu para que isso não acontecesse.
— Bom dia alunos, eu sou a diretora Mary e irei falar as regras mais importantes - a senhora falou no microfone, estavam todos os alunos sentados na arquibancada.
Felix se sentou bem afastado de todos, atrás de si, havia duas meninas que não paravam de falar, ele não ligou até citarem "o que está de moletom azul clarinho".
Decidiu não prestar atenção nelas, e apenas nas palavras da diretora.
— Somos a melhor escola do Canadá, aceitamos alunos de todo o mundo, esse ano teremos um coreano - Felix congelou - Espero que ele não venha reclamar sobre piadinhas idiotas, não aceitamos esse comportamento.
Glória a Deus, felix pensou.
— Não venham sem uniforme nas sextas-feiras, não irá entrar na escola - a diretora começou citar as regras mais importantes - Apesar de ser uma escola bem rígida, a direção não se importa com os namoricos de vocês, podem beijar a vontade, mas lembre da palavra "limite".
Os alunos comemoraram, não irei beijar ninguém, não me importo com isso, nem namorar eu irei, felix pensou.
— Quase que eu esqueço, vocês não verão professores alfas, não aceitamos professores alfas - felix não entendeu - O último professor alfa que tivemos namorou um dos alunos, e os pais processaram a escola, não queremos outro processo.
Quem namora o professor? Coisa de filme, o ômega pensava.
— Hoje vocês não terão aula, tem muita comida e bebida no refeitório esperando por vocês, se conheçam e se divirtam - todos aplaudiram e saíram.
Felix seguiu a multidão para não se perder, ainda não conhecia a escola.
No refeitório, pegou um pratinho com alguns petiscos, e um copo de refrigerante, se sentou na mesa mais afastada.
Com o celular em mãos, comia vendo qualquer coisa no Pinterest.
Estava tranquilo até notar gente o observando, olhou no refeitório cheio, achou dois pares de olhos presos em si.
— Pronto, as patricinhas da escola já me odeiam e faram da minha vida outro inferno - felix cochichou.
De longe as duas realmente parecem patricinhas, até ver as duas brigando pelo último pedaço de bolo, ou uma bala.
— Elas vão me matar! - Felix resmungou vendo as duas caminhando até sua mesa.
— Podemos sentar? - a com cheiro extremamente doce perguntou.
Felix apenas confirmou, não confiava na própria voz, iria gaguejar com toda certeza.
As duas se sentaram de frente para o ômega acuado.
— Olá - a adocicada falou.
— Oi - felix respondeu baixo.
— Meu nome é shuhua, qual é o seu? - Felix poderia passar mal com o cheiro da ômega, muito doce.
— Lee Felix - o ômega não entendia o motivo das duas estarem ali.
— O meu é Soojin, você é novo aqui na cidade? - a com cheiro cítrico perguntou.
— Sim, me mudei semana passada - Felix ainda estava com vergonha, mas não seria mal-educado.
— Quer ser nosso amigo? - a adocicada perguntou sorridente.
— shuhua, não é assim - soojin a repreendeu, e a mel mostrou a língua - Ignore ela, vimos que você é da nossa sala, como já conhecemos tudo por aqui seria mais fácil se sentasse conosco.
— Tudo bem - Felix aceitou, estava com medo de se perder na escola.
— Vem, vamos te mostrar a escola - Shuhua grudou no novo amigo e o levou para conhecer a escola.
No mês seguinte aconteceria o baile de "Bem-vindo", as meninas estavam empolgadas para levar Felix, seria o primeiro baile que o ômega participaria, na Coréia não acontece esse baile.
Normalmente você convida alguém para te acompanhar, Felix quis ir sozinho.
As duas meninas amaram fazer amizade com o ômega, foram muito bem tratadas pelos pais do mesmo, que amaram as meninas, levemente doidas.
Felix amou o baile, estava quase no fim, muitos já haviam ido embora, os que ficaram estavam espalhados se pegando, ou dançando abraçado com alguém.
Os três amigos estavam perto da mesa de doces, shuhua devorando todos, felix concentrado no potinho com mousse de chocolate, soojin apenas observava o lugar.
Ela estava acostumada ficar como guarda dos dois ômegas, quando apareceu algo no telão, as luzes piscando em cores diferentes, ajudaram ninguém ver.
— felix, é você? - soojin apontou para o telão já pegando o celular.
— Sim, sou eu - era a mesma foto, um nó se formou na garganta do ômega.
— Merda - Shuhua já grudou no ômega para ele não se afastar dela.
Soojin em dois minutos invadiu o computador da escola e tirou a foto do telão, excluiu a foto sem pensar duas vezes.
— Vamos embora - soojin falou.
Os três pegaram um táxi e foram rumo a casa do ômega.
Felix quieto o caminho inteiro, ele jurou ter se livrado daquilo, já estava quase completamente curado, quando tudo foi ressuscitado.
Nem precisou chamar as duas que elas se alto convidaram e entraram com o ômega, Iseul estava sentada no sofá quando viu os três entrando, sentiu que algo estava errado.
— O que aconteceu? - se levantou preocupada perguntando.
— A foto apareceu no telão da escola - Felix respondeu e abraçou a mãe.
— De novo, quando isso vai acabar meu Deus? - fazia carinhos na cabeça do filho.
— De novo? Já aconteceu antes? - soojin perguntou.
Shuhua já sentou, estava muito cansada de dançar.
— Não contou para elas? - perguntou e o ômega negou - Agora pode contar.
O ômega sentou no sofá, soojin se sentou ao lado de shuhua, Iseul saiu para dar privacidade ao filho, ela já sabia a história e não queria ouvir outra vez.
— Ano passado eu rejeitei o pedido de namoro da alfa mais desejada da escola, ela fez da minha vida um inferno, sumia com os meus trabalhos, meus cadernos cheios de matéria para prova, o ano inteiro ela fez isso - Felix começou contar - Faltava um mês para acabar o ano letivo, quando eu cheguei na escola havia várias fotos minhas nos armários, entrei em choque e não soube o que fazer.
— Que vadia - shuhua sussurrou, sabia que a mãe do ômega não gostava de palavrão.
— Ela é pior que isso - Iseul falou da cozinha, Shuhua se assustou.
— O que você fez? - soojin perguntou.
— Um amigo que eu tinha tirou as fotos das mãos do povo, e gritou para pararem de fazer aquilo - shuhua cochichou "Gostei dele" - Após isso eu corri da escola, ignorei uma amiga que eu tinha na época me gritando, só queria o colo da minha mãe.
— Que dó do neném, como faz isso com esse bebezinho? - shuhua apertou as bochechas do amigo.
— Não saí de casa após esse acontecimento, as coisas que eles falaram martelava na minha cabeça, parei de comer - felix estava feliz por aquilo não o fazer chorar mais - E como eu queria voltar para escola, sugeri fazer intercâmbio aqui, mas meus pais decidiram vir junto, e minha mãe não trabalha mais quis descansar.
Tanto soojin como shuhua entenderam que não era para descansar e sim, para cuidar dele.
Mas Felix é muito lerdo para entender isso.
Felix subiu para dormir e as duas iriam embora, mas Iseul as pararam na porta.
— Obrigado por fazer meu pequeno sorrir de novo - ela agradeceu com lágrimas nos olhos.
— Foi nada tia - Shuhua falou - Não é para descansar né?
— Não, eu e meu marido estávamos muito preocupados com a segurança dele, por isso decidimos ser melhor eu me aposentar e ficar em casa cuidando do Felix - Iseul contou - Como uma madrugada eu peguei ele mexendo nos talheres, tiramos todos os objetos de corte, não queríamos arriscar.
— Tadinho dele, se eu pegar essa alfa ela se arrepende de ter nascido - Shuhua falou.
Mesmo com 1,55 era muito brava, o Pinscher do trio.
Felix estava na cama apenas observando o teto, após passar um tempo na escola vendo os casais andando de mãos dadas, ficando abraçados olhando a neve, ou apenas no mundinho deles, quis isso também.
— Deus, eu queria namorar, que essa pessoa me ame do jeito que eu sou, que faça de tudo para me ver feliz, e eu não vou me importar de como a pessoa é, o que ela faz também não, só quero que me ame......................
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