38 • Avestruz Struthio Cemelus.
O avestruz – Struthio camelus – é uma ave não voadora, originária da África. É a única espécie viva da família Struthionidae. São considerados a maior espécie viva de ave. As fêmeas possuem um ninho que é mais como um buraco de trinta a sessenta centímetros de profundidade para esconder seus ovos e de vez em quando também escondem suas cabeças, mas essa segunda parte, eu não sei o motivo, que tal perguntar a algum cara que trabalhe na Animal Planet?
Neste momento eu só gostaria de um buraco de avestruz para me esconder, porque ser pega beijando Jungkook em cima de uma máquina de lavar não é o que costumamos chamar de "rotina" e meu rosto estava quente e vermelho. E não, eu não estava me fantasiando de vulcão para o carnaval sendo "quente e vermelha". Será que sessenta centímetros é o suficiente para o meu tamanho? Desde que a Chanel me recusou, eu não tenho mais certeza de que tenha de fato os meus um metro e cinquenta e oito de altura.
E estar numa casa com sete garotos pelo menos vinte centímetros maiores do que você não é o que considero como "ajuda". Muito menos quando todos estão sentados em uma sala, um afastado do outro, e todos estão te encarando enquanto Jin toma suco de caixinha fazendo aquele barulho de sugar o vácuo, quando o suco acabou e você continua chupando apenas para estourar os neurônios de quem está por perto. E ele estava conseguindo.
– Ok, vocês podem parar de me encarar assim? – grunhi, cruzando os braços e abaixando a cabeça. Deixei todo meu cabelo cair na minha cara, se assim era a única forma de esconder meu rosto corado.
– Ah, então é por isso que estamos aqui? – Yoongi arregalou os olhos brevemente surpreso. Se eu não o conhecesse, diria que ele estava dormindo de olhos abertos.
– Por quê outro motivo estaríamos encarando acusadoramente a Mad e o Jungkook, Yoongi? – Jimin questionou deixando sua voz firme.
– Eles fizeram coisas feias. – Namjoon falou nos encarando com os olhos estreitos.
– É! – J-Hope concordou.
– Na máquina de lavar. – continuou Jin.
– É! – O raio de sol repetiu. – E me atrasaram. – J-Hope finalizou de forma assombrosa, e lançou seu olhar mortal para mim e depois para Jungkook.
– Por que vocês falam como se nós tivéssemos matado alguém ou feito um filho? Ou os dois ao mesmo tempo? – Jungkook se pronunciou pela primeira vez desde... Desde quando ele resolveu me prender a força no tampo de uma máquina de lavar e me obrigou a respirar seu gás carbônico usado ou experimentar o gosto de seus lábios. Qual é, não sou uma planta que faz fotossíntese e sobrevive de carbono e oxigênio ao mesmo tempo. Foi unânime. – Em minha defesa, ela me chamou de defeituoso! Falou dos meus erros genéticos! Vocês sabem que só o Taehyung pode fazer isso.
Seis pares de olhos me encararam como se eu tivesse cometido um crime, e aí nós voltamos a aquele momento em que eu me questiono se estou na história certa ou se isso é algum bromance vkook e eu invadi como vizinha fã lunática.
– É claro que isso esclarece porque você me beijou. – resmunguei ironizando. Contra-ataque!
– Quando isso se tornou uma guerra? – perguntou do nada uma voz feminina, e adulta. Todos nos viramos para a porta de entrada, onde estava em pé, uma mulher de cabelos em um tom parecido com beterraba, ou um azul meio estranho. Ela segurava um bebê no colo. Não apenas um bebê, mas um bebê muito fofo. – Eu pensei que o Jungkook estivesse apaixonado por ela, pelo menos foi isso o que Hyun me disse.
– Ele está. – os seis meninos responderam em uníssono.
– Que bebê fofinha. – arregalei os olhos para a linda bebê em seu colo.
– Adolescentes são complicados. – a moça revirou os olhos. – J-Hope, vamos escolher sua roupa para o encontro com a Sun? Não temos muito tempo. Jungkook, fica com a Yu por alguns minutinhos, por favor?
– Vem para o titio Junkookie, Yu!
O garoto ao meu lado saltou do sofá com um sorriso enorme no rosto e estendeu os braços para a pequena bebê, que se inclinou na sua direção e em segundos, já estava em seu colo mexendo em seus cabelos e o fazendo rir. A moça ao qual eu não sei o nome subiu as escadas com J-Hope e um Yoongi sonolento, Jin e Namjoon foram para a cozinha em passos de camelo e Jimin e Taehyung foram para rua fazer sei lá o que e só eu estava sobrando na sala com Jungkook e a bebê fofinha. Me levantei do sofá e fui na direção de Jungkook, que no momento, se sentava no chão e colocava a bebê sentada no tapete.
– Ela é muito mais fofa de perto! O nome dela é Yu?
– Yuny.
- Oi, Yuny! – eu soltei uma risada fraca e estendi as mãos para a criança bochechuda, que logo colocou as mãos nas minhas e sorriu cheia de saliva e alguns dentes. De repente, Yuny se virou para Jungkook e lhe deu um tapa na cara, me fazendo rir e Jungkook me encarou feio. Eu engatinhei um pouco mais para perto do Jeon e a bebê, me sentando bem na frente dele, enquanto Yuny continuava a bater aleatoriamente e puxar os cabelos de Jungkook. – Ei Yu, qual o problema? Pare de bater nele, ele não merece suas mãos fofinhas. – perguntei ainda rindo.
Jungkook, que ainda me encarava feio, resmungou:
– O problema é a distância. – e com isso, ele me deixou boiando. Do que ele estava falando? – Olha só como sua boca está muito longe da minha.
Jungkook segurou meu braço e me inclinou na sua direção, indo direto a minha boca e selando meus lábios com os seus. Mesmo com Yuny no nosso meio, parece que ela decidiu parar de bater e puxar os cabelos de Jungkook, e se sentou quietinha esperando que o que estava acontecendo em cima, acabasse.
Sua mão segurou meu rosto, me mantendo onde estava e minhas mãos foram imediatamente ao seu pescoço, apoiando-me de forma que eu pudesse continuar naquela posição. Jeon encaixou nosso lábios e forçou sua língua na minha boca, separando-a até que conseguiu aprofundar o beijo com minha total permissão, é claro. E como eu já havia experimentando, beijá-lo era quente de uma forma muito especial.
Eu esperava que não fosse coisa da minha cabeça, mas eu sentia que seria assim apenas com ele. Era de uma suavidade apenas dele, porque Jungkook tinha uma boca perfeita, e parecia domá-la muito bem.
O ar me faltou antes dele, então eu o separei da minha boca com um selinho demorado e o encarei. Seu rosto também estava um pouco avermelhado.
– Você para com isso. – resmunguei emburrada. A quem eu estou tentando enganar?
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