CAPÍTULO 47:

O clima frio e as folhas marrons caindo das árvores anunciavam o fim do ano e início do inverno, mas as nossas atividades pareciam estar a anos luz de acabar. Antes da aula da manhã começar ouvi alguns dos meninos comentando de um incidente que teve com o Endeavor no dia anterior onde ele tinha travado uma luta pesada contra um Nomu. Lembro de ter visto aquilo no jornal da noite, mas deixando isso de lado, vamos ao que interessa. O sinal bateu e o professor Aizawa entrou na sala falando que era hora de subir o nível da nossa turma. Não entendi exatamente o que ele queria dizer.

{Subir ainda mais? Já passamos por tanta coisa esse ano e estamos em um patamar que os outros alunos só conseguem com dois anos de curso}

De repente um alarme tocou dentro da nossa sala e as luzes ficaram vermelhas, todos se levantaram e ouviram atentamente o aviso em um alto falante:

(Voz de alerta) Exercício de emergência! Vilões hipotéticos entraram na U.A.

Nossa turma foi especialmente convocada para cuidar dessa situação. Enquanto ouvíamos o aviso as malas com nossos trajes de heróis foram liberadas, era hora de fazer valer a licença provisória. Todos então pegamos nossos trajes e organizadamente saímos até os vestiários.

(Lida) Atenção heróis da turma 1A! Vamos lá!

(Todos) Vamos!

No vestiário abri a mala ouvindo o som do trinco mexendo e então vesti meu traje refeito com os novos itens de suporte do Yoroi: calça de malha preta, camisa T-shirt preta , jaqueta azul escuro com detalhes cinzas, os óculos hightech com multiplia interface do Yoroi e as botas, luvas, protetores de antebraço e colete da T-700, admito que gostei de usar aquela armadura, é confortável e tudo de bom.

(Aparência do Samy com o traje. Feito no app: fábrica de heróis. Qualidade da imagem foi reduzida pelo Wattpad)

Depois de colocarmos os trajes corremos por um túnel até a área de treinos de onde a invasão tinha começado, mais especificamente no pátio beta. Ficamos no terraço de um prédio todos juntos, então mandaram a equipe de patrulha da turma formada pela Jirou, Koda e o Shoji. Enquanto isso os outros da turma saíram procurando por feridos nos locais próximos, cada uma parecia já ter combinado antes com o outro o que fazer e como sempre eu fiquei de lado. Desci do prédio e vi o Bakugou arrastando o Kaminari até um conversível vermelho junto do Kirishima.

(Kirishima) Oh Bakugou! Cê não vai não?

(Bakugou) Vamo logo procurar os vilões, a gente deixa o resgate pros figurantes.

(Samy) Tô com você nessa super esporro. Vamo detonar!

Entrei no carro com eles três e juntos fomos procurar pelos invasores. Passamos por algumas ruas próximas ao prédio de onde estávamos, mas tudo parecia calmo e tranquilo.

(Samy) Eu sei que é só uma simulação, mas alguém tem que ser muito idiota pra invadir a U.A, ainda mais conosco aqui.

(Bakugou) Exatamente, tô louco pra dar uns socos!

(Samy) Somos dois meu peixe, entre na fila.

De repente ouvimos um barulho alto vindo do centro seguido de um leve tremor no chão, sem pensar duas vezes fomos pra lá nas carreiras. O Bakugou subiu em cima do capô e segurou o Kirishima para o jogar no meio dos vilões, mas quando chegamos perto vimos o Amajiki e a Nejire no papel de vilões lutando contra os outros da turma. O Kirishima foi pra cima dele como uma bola de demolição, logo depois o Bakugou se atirou de cima do carro como um míssil , mas o Amajiki se defendeu e o jogou pra cima. Aquilo me deu uma abertura para eu agir e ajudar meu colega.

(Samy) Certo Kaminari, acelera com tudo e freia virando pro lado ok?

(Kaminari) Você e o Bakugou são malucos! Por isso que amo vocês!

Assim que o Kaminari freiou eu abri a porta e pulei na direção do Amajiki que se defendeu rapidamente. Ele me jogou pro lado e eu enfiei as mãos no chão e usando o elemento terra criando duas mãos  de pedra para segurá-lo enquanto a Bakugou vinha por trás e dava um golpe potente. Não acreditei que esse improviso tinha dado certo, pela primeira vez estava trabalhando em equipe com o Bakugou. Mas aquilo não foi o suficiente para saciar a sede de violência do loirinho estressado, mesmo com o Amajiki derrotado o Bakugou deu uma surra nele com várias explosões.

{Que é isso meu filho. Calma... Não precisa disso tudo}

Nem preciso dizer que depois da aula o Bakugou levou aquela bronca federal dos professores. Sinceramente ele fica mais forte e fica mais burro também, nunca vou entender esse garoto. No caminho de volta pro dormitório fui falar com ele.

(Samy) E aí cara, tudo tranquilo?

(Bakugou) E isso importa? O que cê quer de mim?

(Samy) Nada, só saber como você está. Aliás, você mandou bem hoje, tá muito melhor que no começo do ano. Esse é o rumo viu.

(Bakugou) *Bufa* Só não fica na minha frente da próxima vez pra não me atrapalhar. Você não aguentaria me acompanhar mesmo.

Deixei ele andar alguns passos a frente e pensei no que ele falou. Então para ele eu não era durão o suficiente? Aquilo me deu uma Ideia e mais tarde o Bakugou ia se arrepender de falar isso.

(Samy) Beleza então gente fina, se você diz tá dito né.

Samy off/ Narração on:

Enquanto isso na cidade Nozomu a central de inteligência da corporação Senshi tinha descoberto algo não muito agradável. Shadow, o inimigo com que Samy tinha lutado um tempo atrás ainda estava vivo e parecia estar montando uma equipe de vilões intitulada "O caminho das sombras" além de fazer vídeos para promover suas idéias de dominação mundial. Colocaram o agente Arashi em campo com uma equipe disfarçada para investigar o paradeiro de Shadow, eles deveriam achá-lo e prendê-lo imediatamente. Já era tarde da noite e Arashi e sua equipe estavam em uma praça no centro da cidade onde algumas pessoas ainda passeavam e o noticiário passava nos telões do local. No meio dos programas uma tela começou a dar interferência e de repente um vídeo do Shadow foi transmitido, nele o mesmo falava sobre como os heróis e vilões faziam da vida das pessoas uma verdadeira gangorra entre guerra e paz e que com ele no poder isso acabaria, o mundo seria apenas de paz.

(Arashi) É, mas a que preço? Ter um maluco no controle de tudo.

Enquanto assistia aquilo um sujeito encapuzado se aproximou de Arashi e comentou sobre o vídeo que tinha acabado dando espaço a programação normal.

(Sujeito encapuzado) Admita que seria interessante, deixar tudo nas mãos de alguém e viver em paz.

(Arashi) Discordo de você. Não devemos deixar nada nas mãos de ninguém, ainda mais de um vilão como ele.

(Sujeito encapuzado) Não é isso que a corporação Senshi faz? Coloca câmeras por todos os lados, aponta armas para todos e diz "fiquem tranquilos".

(Arashi) A diferença é que a Senshi protege as pessoas e se mantém na lei. Você fala de um jeito engraçado. Sua voz parece a do...

Antes que Arashi terminasse sua fala o homem saiu correndo em direção a um beco e sumiu na noite. O agente não teve dúvidas de que estava falando com o próprio Shadow e emitiu um alerta para o QG que fez a polícia local entrar em alerta máximo.

(Arashi) *falando em um rádio* Fechem a cidade temporariamente. As pessoas só saem daqui com uma autorização da central. Não podemos arriscar que ele fuja.

De volta a U.A o jovem Samy mal fazia ideia do que estava acontecendo. Ele só tinha que se preocupar em passar nas provas finais e depois com suas férias de verão, mas algo iria acontecer naquela noite que faria o sangue dele gelar. Enquanto dormia Samy ouviu um barulho alto vindo de sua varanda, quando abriu os olhos ele caiu da cama assustado ao ver Shadow em pé na varanda com uma tranquilidade no olhar. Samy correu para acender a luz e ao olhar lá fora não viu nada, ele respirou aliviado, mas não conseguiu mais dormir e passou a madrugada inteira de luz acesa e vendo tv no volume baixo para não incomodar os outros que estavam dormindo.

{Meu Deus...que porcaria foi aquela?}

Ele sabia que alguma hora o mal viria atrás dele, a questão era: será que Samy estaria pronto? Ele seria capaz de enfrentar um vilão como Shadow novamente usando sua força total? Todas essas coisas passaram pela mente do jovem até que o dia finalmente amanheceu, infelizmente ele não poderia ficar na cama o dia todo, pois as aulas começariam em poucas horas.

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