CAPÍTULO 42:
O inverno estava se aproximando assim como o fim do meu primeiro ano no colégio U.A, não acredito como o tempo passou rápido. Parece até que foi ontem que entrei no curso de heróis cheio de expectativas e agora... Já tenho até uma licença provisória de herói, como o tempo voa não é? Mas infelizmente também foi um ano de muitas perdas e entre elas está o Sir Night Eye, ele faleceu em ação enquanto lutava contra um vilão extremamente poderoso, o pior foi que eu soube que o Midorya e o Togata viram ele morrer no hospital, o coração deles deve ter ficado pesado com tudo isso. Nossa turma foi ao velório do Night Eye para prestas homenagens, eu não o conheci pessoalmente, mas estava sentindo a dor dos presentes ali por osmose. Fiquei me perguntando como um único vilão deu tanto trabalho para vários heróis ao ponto de fazê-los chegar ao seu limite.
Por conta dos ataques recentes a direção da U.A decidiu suspender nossas residências, isso era para nos tirar da zona de perigo e deixar os adultos resolverem o resto. Comecei a pensar no que teria acontecido se eu tivesse lutado junto do Midorya e dos outros, eu teria evitado a morte do Night Eye?
{Talvez sim, talvez não... Nunca vou saber... Agora o importante é estar junto deles e os ajudar no que precisar. Sei que sou o aluno que sempre sobra, mas eu estou nessa turma gostem ou não... Continuo na luta... Até cair de vez}
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No dia seguinte logo de manhã na aula de matemática o professor Ectoplasmy passou uma equação extremamente difícil, fiquei ali quieto na cadeira fritando o cérebro tentando resolver aquilo, mas os números pareciam não fazer sentindo, matemática realmente não é o meu forte. De repente o Midorya levantou mão parecendo ter achado a resposta:
(Midorya) É 107,14 avos!
(Prof. Ectoplasmy) Errado!
Logo depois que o professor terminou de falar a Yamomo levantou a mão e disse:
(Yayorozu) É 107,28 avos.
(Prof. Ectoplasmy) Correto! Vamos passar para a próxima página.
Ao ouvir as respostas olhei para os dois gênios e depois para meu caderno todo rabiscado de cálculos tentando entender como eles tinham chegado naquele resultado.
(Samy) *Sussurrando* Caraca o meu deu 2.350,46 avos, como que eles chegaram em 107?
Na hora do almoço fui até o refeitório atrás de algo para comer, peguei minha bandeja e me sentei junto do meu velho amigo Yoroi que como sempre estava com a mesa cheia de papéis.
(Samy) Misericórdia, você não para pra comer não?
(Yoroi) Claro que sim, mas tenho que terminar essas coisas logo.
(Samy) Ah sim, falando nisso, seus protótipos de trajes funcionaram bem. Eu só melhoraria a flexibilidade do colete, tá meio... Sabe... Meio travado.
(Yoroi) Já anotei, vou arrumar... Que cicatrizes são essas nas suas mãos?
(Samy) Isso? Lutei contra um clone do mal meu na minha residência, nada de muito grave... Mas ele usou os elementos em 100%, foi tão assustador.
(Yoroi) Uou... Ele usou seus elementos em 100%? Incrível... Quer dizer, é incrível saber que você tem muito poder, mas...
(Samy) Olha melhor cortar esse assunto cara, aquela luta foi bem intensa e estranha no final... Ele queria que eu o matasse, até jogou um pedaço de metal afiado na minha direção e disse "acabe o que começou"
(Yoroi) E você o matou?
(Samy) Não...
(Yoroi) Por que?
(Samy) Eu... Eu não consegui matar ele porque eu vi a mim mesmo... Ele tinha a mesma aparência que a minha só que em uma versão sombria... Ali eu vi a mim mesmo como vilão... Esse poder é grande... E pode me seduzir para o mal... Eu não consegui matá-lo porque eu sei que o ciclo do mal só iria continuar, eu sou um herói... Um herói ajuda, protege e serve, matar... A única coisa que eu mato é o tempo e minha fome.
(Yoroi) Hum... Poético... Acho que entendi, bem... Bom te ver de novo Samy, se me dá licença eu tenho que terminar algumas coisas no laboratório, depois te trago um presente especial, acho que você vai gostar muito.
Na aula vespertina de treinamento básico de heróis fomos até a arena de testes com o professor Cementos, ele nos mandou treinar nossas técnicas secretas e disse que cada aluno deveria ter pelo menos duas delas. Os meus outros colegas ficaram na parte da frente de algumas pilhas de rochas gigantes treinando enquanto eu fui para a lateral treinar as combinações de elementos, só tinha feito aquilo apenas uma vez e ainda precisava aprender a como fazer de novo. Decidi começar pela água e ar, então peguei uma garrafa d'água e joguei todo o conteúdo para cima, depois estralei os dedos da mão direita fazendo a água girar em círculos e ficar dentro de uma esfera de ar.
{Quanto poder... Chega até a arrepiar}
Usando a mão esquerda reduzi o tamanho da esfera de ar com água a deixando do tamanho de uma bola de handebol, depois corri em direção a parede de rocha, saltei o mais alto que pude e lancei a esfera fazendo ela penetrar na rocha e depois a água dentro dela triurou tudo o que achou pela frente até formar um monte de pedrinhas. Quando pousei eu não perdi tempo e me concentrei para trocar o elemento água pelo fogo. Fiz de tudo para ficar irritado e acender as chamas dentro de mim e não ter que usar uma fonte de fogo externa como um isqueiro, mas não estava conseguindo.
{Vamos lá! Você consegue... Se irrita menino! Pensa em algo pra te irritar! ... Problemas de matemática... Vilões por toda a parte... Barulhos irritantes... }
Enquanto estava me concentrando ouvi o Bakugou gritar com o Midorya e aquilo foi o meu estopim, sinceramente o Bakugou me irrita mais do que qualquer coisa.
(Samy) *Gritando* Esse moleque!
Senti meu corpo se esquentando e das minhas narinas saia muita fumaça quente. Meu cabelo brilhava como se fosse uma pequena fogueira e meus olhos emanavam um brilho amarelo com tons de laranja. Dei alguns passos para trás de corri em disparada até a parede de rocha, depois saltei e me posicionei para dar um golpe, a onça e a harpia surgiram atrás de mim e depois se desfizeram em seus respectivos elementos me dando a energia necessária para o golpe:
(Samy) Fusão fogo e ar: NOZOMU... SMASH!!!!
Acertei a parede de rocha com um golpe poderoso que fez as pedras derreterem e abriu um enorme buraco no meio da arena. Assim que aterrissei vi meus colegas um pouco assustados, afinal nunca tinha demonstrado ter um poder tão destrutivo assim.
(Samy) Opa... Professor Cementos, desculpa pela bagunça... Ainda preciso dominar isso...
(Cementos) Não precisa se preocupar garoto, você está aqui justamente para aprender a desenvolver essa técnica.
Meus colegas vieram até mim me cumprimentar cheios de admiração, pela primeira vez desde que entrei na U.A eu me senti o mais forte da turma.
(Kirishima) Uau Samy! Aquilo foi incrível!
(Midorya) Impressionante como você trocou rápido de um elemento para o outro, como fez isso?
(Samy) Ainda não entendi muito bem, eu só me irritei... Aí uma coisa levou a outra.
Enquanto conversava o Bakugou passou por mim e me deu uma trombada no ombro enquanto falava:
(Bakugou) De que adianta ter uma individualidade tão poderosa se não pode controlar ela?
Segurei o braço dele e o olhei nos olhos com raiva, o clima no local ficou tenso e ninguém ousou falar nada.
(Samy) Quer tentar a sorte comigo loirinho? Se tu é macho de verdade cai dentro... Se não... Fica na tua.
(Bakugou) Cala a boca seu merda!
(Midorya) Kazinho se acalma.
(Bakugou) Cala a boca seu nerd idiota! Isso é entre mim e esse gordo!
Bakugou veio pra cima de mim com um soco direto, me defendi sem dificuldade usando o cotovelo e o imobilzei com um mata leão segurando com força.
(Samy) Pode se debater meu filho, só vai piorar pro seu lado.
O professor Cementos logo interveio e tive que soltar o Bakugou, deixei ele no chão tossindo um pouco e me abaixei na frente dele com um ar sério.
(Samy) Escuta aqui... Eu tô cansado dessa sua imaturidade... Então fica na tua e deixa o Midorya em paz... Ou eu juro que na próxima vez aperto seu pescoço com mais força e quebro ele. Não me provoca rapaz...
(Bakugou) Cai fora da minha frente ou eu mato você.
(Samy) Não sou fácil de matar... Mas se quiser tentar... Eu pago pra ver.
Enquanto voltava para os dormitórios depois do treinamento o Midorya veio até mim e começou a falar sobre o que tinha acontecido na aula.
(Midorya) Oi Samy, posso falar com você?
(Samy) Fala aí... O que deseja?
(Midorya) É sobre o que você falou com o Bakugou... Você estava falando sério quando disse...
(Samy) Mais ou menos... Eu só não gosto do jeito que ele trata a gente, você parece sempre levar na boa.
(Midorya) Eu sei, mas...
(Samy) Midorya escute, eu sei que você e o Bakugou são colegas a muito tempo, mas vai por mim, aquele garoto precisa amadurecer e muito. Olha somos adolescentes, eu sei que os hormônios estão aflorando, mas nunca aceite ele te fazer de idiota de novo ok?
Sei que fui rude e peguei pegado pesado com meu colega e tenho consciência que não devemos lutar entre nós e sim contra quem está contra nós, mas se não estivermos unidos nesse propósito de nada irá adiantar fazer esse curso.
Continua...
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