CAPÍTULO 22:
Os vilões tinham derrubado a instrutora pixei-bob no chão, ela ficou desacordada e sagrando um pouco na cabeça. Os outros instrutores mandaram a gente fugir e voltar ao alojamento, o Lida levou o pessoal, mas eu não queria ir.
(Lida) Samy anda logo, vamos rápido.
(Samy) *em silêncio* Droga! Ok já vou.
Corremos pela floresta escura em direção ao alojamento, eu estava fervendo de raiva e a minha adrenalina ficou a milhão, queria lutar para ajudar os instrutores.
{Sabia que algo ia acontecer, eles só querem nos proteger, eu sei... Mas eu não posso viver sabendo que não ajudei quando podia}
Ao chegar vimos o professor Aizawa segurando um dos vilões, ele de repente sumiu das faixas dele, como se fosse feito de vento ou cinzas. O professor nos mandou entrar no alojamento enquanto ele correu para dentro da mata, eu decidi então o seguir.
(Lida) Samy não vá, o professor nos mandou...
(Samy) Eu ouvi claramente o que ele ok?! Mas eu vou ajudar no que posso, não vou só sentar a bunda na cadeira e deixar os vilões acabarem com nossos professor.
(Lida) Mas só podemos usar nossa individualidade em combate com a supervisão de um profissional.
(Samy) Cala a sua boca! Você só fica aí falando e falando! Me diz, se os vilões acabarem com os instrutores e com o professor, quem será o próximo alvo? Não vamos ficar sentados aqui e esperar que acabem conosco.
Sai correndo pra mata procurando o professor, mas tinha perdido o rastro dele, o cheiro de mato queimando era quase sufocante. Fui tentando procurar algum rastro ou aluno que tinha se ferido quando acabei encontrando o mesmo cara que o professor Aizawa tinha capturado. Ele atirou uma grande bola de fogo azul em mim, mas rapidamente me defendi usando uma parede de terra.
(Samy) Nem fez calor! O que é você? Por que atacaram o nosso acampamento?
(Dabi) *suspiro* Vocês não entenderiam, agora saia do meu caminho.
(Samy) Pode falar quantas besteiras quiser, vou te segurar aqui até meus colegas chegarem, aí vamos ver quem é insignificante.
Enquanto encarava o vilão recebi uma mensagem da instrutora Mandalay por telepatia, era um recado do professor Aizawa nos liberando para usar nossas individualidades para combate.
{Sábia decisão professor, não se preocupe que você não vai se arrepender}
Usei meu elemento terra na potência máxima criando pontas de pedra em volta do vilão a minha frente e meu mapinguari surgiu atrás de mim rugindo super alto.
(Samy) Vamos ver quem é insignificante seu cara de remendo mal feito.
Mexendo apenas minha perna fiz as pontas de pedra crescerem para perfurar o vilão, mas ele novamente se desfez em uma estranha cinza, era apenas um clone.
{Então com esse já foram dois. Devem ter mais dele por aí, tenho que achar quem está fazendo isso}
Enquanto corria pela floresta recebi outra mensagem da instrutora Mandalay, ela disse que o alvo dos vilões era um tal de kazinho, mas na turma não tinha ninguém com esse nome. Continuei na floresta ainda procurando alunos perdidos ou vilões para enfrentar, achei no meio da mata fechada uma menina loira com uma roupa toda estranha, meu monstro logo chegou e deu um rugído feroz na direção dela. Aquela altura eu já estava super irritado, minha sanidade começou a sumir devagar.
(Samy) Quem é você? O que está fazendo aqui?
Ela não respondia nada, só ficou ali me olhando e dando umas risadas enquanto apontava uma faca suja de sangue.
(Samy) Sangue... Quem você matou? Fala logo menina!
(Toga) Você é engraçado, tem uma cara tão redondinha, quer ser meu novo amigo?
(Samy) Do que tá falando? Você por acaso bate bem das idéias?
Puxei minha faca que deixei escondida na cintura e apontei na direção dela. Não usei mais o elemento terra, não tente entender pois naquele momento eu não tava batendo bem da cabeça.
(Toga) A sua faca é tão linda, parece ser super afiada.
(Samy) Chega mais perto pra conferir.
(Essa é a minha faca, comprei em uma loja de camping no shopping por 3.000 ienes)
Corri até ela e desferi um golpe giratório, mas ela se desviou e me fez um corte bem na pança, não foi algo muito profundo, mas deu uma dorzinha leve.
(Samy) Você até que é rápida. Vamos ver se consegue manter isso.
Continuei a atacar ela, a menina se defendia super bem e me deu um certo trabalhinho, não tanto quanto o Koneko, mas foi uma adversária bem difícil. No meio do conflito segurei o braço dela e a peguei pelo pescoço, joguei ela contra uma árvore e apontei a faca para os olhos dela.
(Samy) Chega de risadas sua maluca. Agora fala o que você e seus amigos vieram fazer aqui!
Ela tirou a máscara dela e começou a falar.
(Toga) Você é forte, muito fofinho, tô com vontade de morder suas bochechas, mas já estou apaixonada por um menino que vi depois de fazer duas novas amigas, você o conhece?
Eu estava segurando ela quando ouvi uma voz dizendo pros vilões se reunirem em um ponto de encontro em cinco minutos. A tal da menina me atacou com a faca dela bem no meu braço, a soltei devido ao ferimento e ela saiu correndo, óbvio que fui atrás dela.
{Não acredito que levei o farelo de uma menininha psicótica}
Ela então chegou perto de um cara com uma roupa de ninja cinza ou sei lá o que e de um outro cara, era o mesmo cara com quem lutei que era um clone. Corri até eles, minha pança e braço esquerdo estavam sangrando, claro que eles me olharam estranho.
(Samy) Parados! Não se mexam!
(Dabi) Quem é você idiota? O que está fazendo aqui?
Antes que eu pudesse falar alguma coisa um dos vilões caiu no chão, ou melhor, foi esmagado por alguns colegas meus. O Midorya estava em cima do vilão todo machucado.
(Samy) Sabe quem eu sou seu cara de remendo mal feito? Eu sou amigo deles aí, e nós somos os mais sinistros da U.A seu otário!
O tal do Dabi lançou um fogo azul nos meus colegas que rapidamente desviaram, logo eu atirei várias bolas de fogo contra ele na intenção de matar mesmo. Não me lembro de tudo o que aconteceu naquela hora, só começamos a correr pra mata e um Nomu apareceu, eu distrai ele o chamando pra mata.
(Samy) Vem cá monstro! Isso aí, muito bem... Corre pessoal! Depois eu encontro vocês.
Aquele bicho era verde, não era roxo como o que eu tinha enfrentado antes, mas a força era igualzinha. Usando meu elemento terra o perfurei com várias estacas de pedra além de usar o mapinguari para lutar.
(Samy) Você não cansa de apanhar? Parece que você gosta disso.
Enquanto lutava vi um vulto roxo por cima das árvores, era um vilão que encontramos no USJ, também ouvi vários gritos do Midorya. O Nomu se soltou do meu mapinguari e correu até o portal roxo daquele vilão e fugiu, eu fui atrás dele só que cheguei tarde. Só vi meus colegas ali nervosos e assustados.
(Samy) *ofegante* Mas que droga, eles fugiram. Cadê o Bakugou?
Ninguém falou nada e o Midorya estava no chão chorando, já tinha entendido o que aconteceu. Eles levaram nosso colega.
(Samy) *Cabisbaixo* Não... Não... Não acredito!
Mais tarde chamaram as equipes de emergência que logo chegaram para nos ajudar, muitos alunos incluindo o Midorya foram as pressas ao hospital. Eu fiquei sentado na porta de uma ambulância todo cheio de curativos, nem tinha me dado conta dos meus ferimentos.
(Paramédico) Você tem sorte garoto, essa ferida na sua barriga foi bem feia.
(Samy) *Em silêncio olhando pro chão*
Nunca pensei em viver esse tipo de situação, um caos na floresta, tudo pegando fogo, pessoas feridas, desespero e medo. O nosso acampamento acabou naquela noite e então voltamos para casa. Meu vovô estava na porta do meu condomínio me esperando, quando cheguei ele logo correu e me abraçou chorando.
(Vovô) Graças ao criador você está bem! Fiquei tão preocupado que quase infartei de novo.
(Samy) Eu estou bem vovô, eu estou bem...
Não me julgue por chorar, isso é uma emoção natural do ser humano. Subi pro apartamento e meu vovô foi desarrumar minhas malas enquanto eu tomei um banho quente.
{Tudo aconteceu de novo, não queira que ninguém se machucasse... Agora levaram meu colega. O que estão fazendo com você Bakugou? Só... Seja forte até a gente te salvar ok?}
Depois do banho fui tentar comer alguma coisa, meu vô tinha feito peixe frito, mas eu não consegui comer nada.
(Vovô) Filho... Você precisa comer, eu sei que você passou por muita coisa hoje, mas não comer não vai trazer ele de volta.
(Samy) Eu sei vovô, mas a questão foi que... Eu falei umas coisas pra ele de tarde... E isso aconteceu.
(Vovô) *confuso* Como assim? O que você disse.
(Samy) Esse meu colega que foi sequestrado é um verdadeiro pé no saco, sempre gritando e contando vantagem, aí no acampamento eu explodi com ele.
*Lembrança*
Enquanto cortava os legumes o Bakugou começou a gritar com a Uraraka que tinha elogiado ele por saber usar a faca bem. Não aguentava mas isso e decidi tomar uma atitude.
(Samy) Aí seu fumacinha estressada!
(Bakugou) O que você quer seu balofo?
(Samy) Escuta aqui, eu tô cansado de você! Dos seus gritos e da arrogância maluca! Ninguém tá pedindo pra você ser amável, mas por favor para de gritar ok?!
Ninguém no acampamento falou uma só palavra, parecia que eu tinha cometido um crime.
(Samy) Faz um favor e some da minha frente ok? Você não faria falta mesmo.
*Fim da lembrança*
Assim que contei isso o vovô entendeu o que eu estava sentindo, era um remorso desgraçado. Mas ele tinha razão, ficar sem comer não o traria de volta.
Continua...
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