CAPÍTULO 21:

No dia seguinte acordamos as 5:30 da manhã, meus colegas estavam com uma cara de sono, como já sou acostumado a acordar cedo nem me importei muito. O professor Aizawa nos deu uma orientação do que iria acontecer, ele pediu pro Bakugou arremessar uma bola como no primeiro dia de aula, queria ver se ele tinha melhorado sua força.

{Se eu me lembro bem o Bakugou jogou isso uns 705 metros, ele ficou mais forte com o tempo, então deve arremessar pelo menos uns 1000 a 1500 metros agora}

Meus pensamentos estavam errados, Bakugou jogou a bola apenas a 709 metros, ele nitidamente não tinha melhorado nada, ou seja, nós também estávamos no mesmo barco. O professor disse que o nosso treinamento iria nos fazer querer morrer.

(Professor Aizawa) Só tentem não morrer.

(Samy) Sim senhor! Selva!

Fomos até o local de treinamento, cada aluno foi pro seu canto treinar sua individualidade, o professor mandou ir até uma clareira ali perto e usar minha individualidade na força máxima.

(Professor Aizawa) Samy seu problema é o limite de tempo que tem ao trocar de elemento, use cada um ao máximo para melhorar sua potência e enquanto espera o tempo de troca faça algum exercício que melhore sua força física ok?

(Samy) Ok professor, não se preocupe se a floresta queimar ou algo do tipo, com meu elemento terra eu posso replantar isso, só vai demorar um pouco dependo do estrago.

Já na clareira eu respirei fundo e comecei o treino, o professor tinha razão, meu limite de tempo sempre me atrapalha e o elemento fogo sempre me incomoda devido ao intenso calor que emana de mim, então esse treinamento seria ótimo.

(Samy) Elemento vento: bater das asas da grande harpia!

O vento subiu alto no céu em forma de uma harpia fazendo as folhas das árvores voarem e subirem super alto, acho que uns 30 metros no céu. Posso controlar o vento apenas se tiver brisa ou uma ventania forte. Enquanto esperava o tempo de troca fiz alguns abdominais e cantava algumas músicas que meu tio me ensinou pra me motivar.

(Samy) Quando o treinamento é duro! O combate fica mole! O suor que poupa o sangue! E evita que a família chore!

{Que bosta... É sem graça cantar isso sozinho.}

(Samy) Elemento fogo: grande presa flamejante!

Cruzei meus braços e ao descruzar uma grande onda de fogo em forma de onça subiu a cima das árvores e o calor queimou um pouco da grama no local que eu estava. Novamente fiz abdominais esperando o tempo de troca de elemento.

(Samy) A Turma 1A é assim! É sem caô, não tem perdão! Quem perdoa é Jesus Cristo! Nós mandamo é pro caixão!

(Samy) Elemento terra: fúria das rochas!

Soquei o chão criando várias pontas de pedras gigantes e pontudas, atrás de mim o mapinguari de pedra apareceu e rugiu alto. Sinceramente o elemento terra é mais pra defesa ou intimidação. Não preciso dizer que sempre que uso um elemento faço um exercício né ?

(Samy) Elemento água: Fúria da Boiúna!

Juntei as mãos e criei uma grande serpente de água que molhou um pouco a grama, depois a fiz morder uma árvore espalhando a água em toda parte.

{É... Eu preciso melhorar, ainda falta muito pra alcançar... O nível dela}

Enquanto respirava um pouco depois de usar minha individualidade vi uma das instrutoras do acampamento de olhando treinar.

(Samy) Ei você, desculpe pela bagunça aqui, prometo arrumar tudo no fim do dia.

(Ragdoll) Estava vendo o que fez, não se preocupe, não bagunçou tanto quanto esperávamos.

Fiquei fazendo esse mesmo treinamento até o final da tarde quando todo mundo acabou e fomos comer. Ao chegar na área da refeição as instrutoras nos disseram para fazer nossa própria comida, lá tinha material para fazer um tal curry, nunca ouvi falar e nem comi isso. O Lida começou a motivar o pessoal pra fazer uma comida boa apesar de todo mundo estar cansado.

(Samy) Opa isso aí, vamo lá meu povo! Animação vai! A gente tá só começando a diversão.

Fomos então fazer essa comida. Peguei no quarto uma pederneira que o vovô colocou nas minhas coisas e a usei com uma faca pra acender um fogo a lenha que usaríamos pra cozinhar nosso rancho.

(Uraraka) Uau Samy, fez o fogo com sua individualidade?

(Samy) Que nada, fiz como meu tio me ensinou. Nunca saio pra acampar sem equipamentos.

Depois de algum tempo o curry ficou pronto, é um tipo de cozido de vegetais e carne muito bem temperado acompanhado de arroz, eu simplesmente gostei muito.

(Samy) Tu é doído! Que negócio bom da peste!

(Tsuyu) Você fala de um jeito engraçado Samy, Kero.

(Samy) Obrigado Tsuyu, você também fala de um jeito engraçado.

Vi o Midorya saindo pra floresta com um prato de comida, isso foi um tanto estranho, será que ele queria comer sozinho? Não, isso faz o tipo dele. Na hora de dormir eu fui deitar e todos os meninos ficaram em cima de mim tapando meu rosto com travesseiros.

(Samy) O que é isso?! Ficaram loucos? Querem me matar?

(Bakugou) Eu não importo com você, eu só quero dormir sem barulho nenhum!

(Samy) Ahh então meu ronco incomodou, me desculpa gente, eu vou tentar não roncar.

(Bakugou) Se fizer o menor barulho que seja eu mesmo te quebro todinho.

Fiquei olhando pra ele com uma cara de sono tentando não dar risada.

(Samy) Vai sonhando cabelinho loiro.

No dia seguinte durante o treinamento ouvi a orientação do professor Aizawa ele fez uma pergunta interessante: lembre de onde você veio. Aquilo me fez pensar bastante e refletir sobre o porquê eu estava lá.

{Por que eu estou aqui? Pra brincar? Me divertir? Não... Vim aqui por causa da bolsa de estudo que meus pais conseguiram pra mim, eu vim pra ser o orgulho da minha família. O que eu estou fazendo? Só brincando? }

Ouvi uma das instrutoras falando que a noite teria um tipo de competição de coragem, algo como uma brincadeira de acampamento. Depois de uma tarde de treino intenso parei e olhei pro céu vendo o sol de pondo devagar.

{O que eu estou fazendo com o dom que você me deu criador? Eu não... Não quero ser uma decepção, mas me responda... Por que ela escolheu aquele caminho?}

O professor tocou em um ponto importante pra mim, mexeu com meu psicológico legal. Enquanto cortava os legumes pro curry parei e continuei pensando naquilo, quase cortei meu dedo, o Kirishima me "salvou" de um corte.

(Kirishima) Cê tá bem cara? Tá meio desligado, o treinamento tá puxado né.

(Samy) Ops... desculpa, eu só... Tava pensando naquilo que o professor disse sabe, aquilo sobre lembrar de onde a gente veio.

(Kirishima) Lembrou do seu tio? Da sua família?

(Samy) Sim sim, eu lembrei de todos eles. Mas também lembrei da minha irmã e das escolhas que ela fez, isso afetou a todos lá em casa.

Isso é uma coisa que depois eu conto, vamos voltar pra história porque a noite foi bem intensa. Após comermos e lavarmos a louça a tal competição ia começar. A instrutora disse que teria um caminho onde a turma B ficaria assustando a turma A que iria em duplas por um circuito e pegaria um cartão com os nomes da dupla. 5 alunos que ficaram de recuperação foram pra aula com o professor Aizawa, então ficaram 15 dos 20 alunos, ou seja, alguém ficaria sozinho. Esse alguém era o Midorya, mas contando comigo eram 21.

(Midorya) Espera, se dos 20 alunos 5 saíram, então tem 8 duplas, eu fiquei sozinho.

(Samy) Ah ei? Eu estou invisível aqui rapaz?

(Midorya) Ah Samy, você quer ser minha dupla?

(Samy) Se quero? É óbvio, finalmente vamos fazer alguma coisa com a turma e eu não vou ficar sobrando! Finalmente não sou o cara que fica no canto sozinho!

A gente tinha que esperar as duplas irem e passar algum tempo, dava pra ouvir os gritos dos outros lá dentro da floresta.

(Samy) Não se preocupe amigo Midorya, você teve a sorte de fazer dupla comigo que não me assusto com facilidade.

(Midorya) Você não está com medo de entrar aí dentro?

(Samy) Eu não, já entrei em florestas mais assustadoras que essas, e lá tinha onça, tinha jacaré, piranha, peixe elétrico e tudo mais. Claro que eu ia com meu tio e os amigos do meu pai. A gente entrava no sítio de um amigo do meu pai e ia se embrenhava no mato atrás de local pra pescar.

(Midorya) Que loucura...

(Samy) Fora que eu pensei que essa atividade seria um cabo da vida, mas tá bem tranquilo

(Midorya) Cabo...da vida?

(Samy) Sim, o cabo da vida é uma corda grande de uns cinquenta metros amarrada em uma árvore. Aqui tem trilha, a corda fica no meio do mato, passando pela casa da onça no escuro absoluto. Fora que você precisa decorar uma frase como... "Helicópteros apaches atacaram a cota 135 no morro da jararaca"

(Midorya) Helicópteros... O que?

(Samy) Se não entendeu já se lascou.

Faltava pouco tempo pra nossa vez, de repente todos sentiram um cheiro de coisa queimando.

(Samy) Tem algo pegando fogo, isso é cheiro de folhas verdes queimando.

Sem aviso alguns vilões apareceram e derrubaram uma das instrutoras, só contei dois, mais deviam ter mais dentro da floresta.

{Droga a turma B tá dentro da floresta! O pessoal da nossa turma também! }

Os outros alunos ali presentes ficaram com medo, mantive uma postura séria diante dos vilões, afinal não era a primeira vez que isso acontecia com a nossa turma.

(Samy) Falando nos vagabundos olha quem decide dar as caras. Querem apanhar? Vocês são muito burros de atacar um acampamento onde tem nós... A galera mais sinistra da U.A

Continua....

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