16. 8/10

Helen's pov

Acordei às 8h. Bruno estava com o braço em minha cintura, então me levantei bem devagar para não acordá-lo.

Fui ao banheiro, tomei um banho rápido, escrevi um bilhete para ele e saí apressada — já estava ficando atrasada para a casa de Sarah.

Chegando lá, encontrei os meninos, o Anderson e a Sarah já reunidos.Oii gente — falei sorrindo, e todos rapidamente responderam. — Desculpa a demora.

Imagina, acabamos de chegar — Phil respondeu.

— Seguinte, a Sarah já sabe a senha da porta de casa. O pessoal da organização vai chegar na hora do almoço. Precisamos manter o Peter ocupado enquanto isso — falei, tentando organizar as ideias na minha cabeça.

Dá para levar ele no jogo do Corinthians e São Paulo que vai ter hoje — Sarah sugeriu. — Jogo demora para acabar.

Tá, mas são só duas horas — falei, pensando rápido. — E o jogo começa às 16h.

Que horas pretendem terminar lá? — Anderson perguntou.

A festa vai começar quando vocês terminarem. Eles costumam demorar umas 11h para ajustar tudo — luzes, som, decoração. Como vocês vão ajudar, talvez fique mais rápido. O Phil já chamou os amigos dele e a família. Acho que com a ajuda de vocês tudo vai fluir melhor. O bolo chega às 20h — expliquei, checando mentalmente se tudo estava no lugar.

Ninguém desejou feliz aniversário para o Bruno ainda, né? — Eric perguntou. Todos confirmaram que não.

Quando terminarem, me mandem mensagem — pedi. — Eu e Bruno vamos chegar e peço que deixem todas as luzes de casa apagadas.

Certo — Sarah disse. — Às 12h estamos na sua casa. Sai com o Bruno antes disso.

Tá bom — falei, olhando no relógio. Já eram 10h30. — Já vou indo. Obrigada por tudo, gente. Até mais tarde.

Até! — responderam em coro, e eu voltei para casa.

Bruno's pov

Acordei às 10h30, e Helen não estava. Apenas um bilhete ao lado da cama:"Amor, tive que ir para a casa da Sarah para uma reunião. Já já volto, bjs."

Ela nem colocou um "Parabéns". Nem me acordou para dizer isso... Será que ela esqueceu do meu aniversário? Meu coração afundou um pouco. Era estranho, quase doloroso, pensar que nem ela, nem meus amigos haviam lembrado. O dia parecia mais frio de repente.

Peguei o celular e não havia mensagem de ninguém da banda, apenas uma do meu pai. A  frustração só aumentava.

Amor! — Helen anunciou ao fechar a porta de casa. — Cheguei!

Fui até a cozinha onde ela estava. Ela parecia agitada, andando de um lado para o outro. Algo estava estranho.

O clipe foi um sucesso, você viu? — disse com um sorriso tenso, mexendo nas mãos sem parar.

Havia algo diferente no tom dela, rápido demais.

Não, acabei de acordar — respondi, tentando disfarçar minha decepção.

Já está com quase 70 milhões de visualizações em 11 horas! — Ela falou muito empolgada.
Nossa! — falei surpreso. — Isso é incrível.

Apesar da notícia, uma parte de mim ainda estava chateada. Chegar a esse número em 11 horas era um feito histórico para mim, um marco na minha carreira. Mas o fato de ninguém — nem ela — ter me desejado feliz aniversário... Aquilo doía mais do que eu queria admitir.

Vamos sair para comer hoje? — Helen perguntou de repente, as palavras saindo mais rápido do que o normal. — Tem um restaurante que eu amo, quero te levar lá. O que acha?

Ela estava claramente nervosa, falando rápido demais, quase sem respirar. Algo estava acontecendo, mas eu estava ocupado demais com minha própria decepção para perguntar.

Claro! Seria ótimo — falei forçando um sorriso

Tem um restaurante chamado D.O.M, ele fica a 15km daqui, mas, por causa do trânsito demora uns 40 minutos — falou tentando clocar água em um copo, mas acabou derrubando metade na pia — O que você acha?

Parece bom — Falei observando todos seus movimento — Amor, você esta bem? O que esta acontecendo?

Ân... Que? Ah, nada — respondeu

A exitação em sua voz me procupava. Ela ficava desviando o olhar, gaguejando, falando rápido, tremendo e nao tendo tanto controle sobre seus movimentos. Eu queria ajuda-la, queria estar la para ela, mas por que ela não se abria comigo?

Comecei a pensar em tudo que havia feito ontem. Sera que eu fiz algo para ela? O fato dela parecer não confiar em mim para contar o que estava acontecendo me deixava ainda mais triste

Por que esta agindo assim? — falei um pouco inseguro — Você não confia em mim?

Claro que confio, amor — ela falou olhando para o chão — É que eu não sei do que esta falando. Não tem nada acontecendo. Agora vai tomar banho que vamos ter que sair mais cedo para não pegarmos muito transito.

Não falei mais nada, subi as escadas e fui para  o banheiro tomar banho.

A cada vez que eu falava com Bruno, uma onda de culpa se instalava em meu peito. Fingir que havia esquecido seu aniversário era um peso que eu não conseguia suportar, mas a ideia de surpreendê-lo com uma festa especial era muito importante para mim. Ele merecia algo memorável, algo que mostrasse o quanto eu o valorizava.

Mas, por outro lado, a mentira me consumia. A alegria de planejar tudo contrastava com a dor de ter que esconder a verdade dele. Ele confiava em mim, e essa fachada estava se transformando em um fardo. A ansiedade me deixava inquieta, cada riso forçado que eu dava apenas intensificava a sensação de estar enganando alguém que amava.

Era um dilema: manter a surpresa ou ser honesta. Cada hora que passava, a pressão aumentava, e eu sabia que, ao final, o que mais desejava era que ele soubesse o quanto o amava. Mas precisava fazer isso, precisava que a festa fosse perfeita. E, por isso, suportava o peso da mentira, esperando que, quando tudo se revelasse, a alegria no olhar dele fizesse tudo valer a pena.

Enquanto conversávamos no carro, nossa tensão diminuía. O clima estava voltando ao normal.

Demoramos um pouco para chegar ao restaurante. Sarah ja havia me enviado uma mensagem dizendo que ja estavam em casa.

Nos sentamos à mesa e o garçom veio entregar o cardápio.

Hoje de tarde podemos ensaiar as músicas que compusemos? — perguntou

Tinha outros planos para hoje à tarde — falei

Sério?? Qual?? — perguntou empolgado

Tem jogo do São Paulo e do Corinthians no Morumbis às 16h. Eu estava querendo ir — falei — Mas se você não quiser ir, tudo bem.

Ah, tudo bem, podemos ir — falou — Uma vez fui em um Fla x Flu (Flamengo x Fluminense).

O que achou? — falei tentando desenrolar assunto.

Não pararam de cantar um minuto, foi bem legal — falou

Espera só para ver esse jogo então... — falei.

O tempo todo fiquei tentando aliviar o clima e fazer parecer que não havia nada de errado.

Após comermos, pedi sobremesa para enrolar e comi bem devagar. Fomos embora no local quase 15h. Como pegaríamos mais trânsito até chegar no Morumbis, falei para irmos direto.

Ficamos no camarote VIP e eu não sei o que me deixava mais tensa, o jogo ou mentir para ele.

A atmosfera do estádio estava impressionante. O jogo estava equilibrado, os gritos e cantos das arquibancadas deixavam o clima ainda melhor. Ver os jogos do estádio era algo que eu fazia frequentemente com meu pai quando pequena. Eu amava.

Nesse jogo foi disponibilizado as duas torcidas, era incrível ver uma tentando gritar mais alto que a outra. Apesar disso, tudo parecia distante para mim. A tensão no meu estômago crescia a cada minuto que passava.

Olhei para Bruno e ele estava realmente empolgado. Ele estava tão feliz, tão envolvido no jogo...

Tentei me concentrar na partida, mas a ansiedade me fazia querer fugir. Em menos de 30 minutos eu ja havia tomado quatro garrafas de água, para ver se amenizava meu nervosismo.

O primeiro gol do jogo saiu e a torcida do Corinthians vibrou muito. Bruno gravou um story mostrando que estava presente no jogo e postou. Eu amava ver ele feliz daquele jeito.

O jogo havia chegado ao fim, e a vitória do Corinthians trouxe uma onda de euforia. Mesmo assim, não estava conseguindo aproveitar o momento.

Por outro lado, Bruno estava radiante, seus olhos estavam brilhando enquanto comentava sobre momentos da partida.

Assim que entramos no carro ele disse:

Foi incrível, né? Que jogo emocionante. — ele falou colocando o cinto de segurança — E ainda por cima o Corinthians ganhou.

Foi sim — eu realmente estava feliz por ele estar feliz e pela vitória do corinthians, mas não estava gostando daquela situação. Ao falar minha voz acabou saindo mais fraca do que o normal.

Acabou demorando um pouco para conseguirmos sair do estádio. E demorou mais ainda para chegarmos em casa, as ruas estavam lotadas.
O caminho todo Bruno foi falando sobre a experiência, etc...
Parece que ele havia esquecido que eu não tinha desejado um feliz aniversário a ele.
Isso era bom, porque no final das contas, nós queríamos que ele estivesse feliz nessa data importante.

Recebi a mensagem logo depois de ter entrado no condomínio. Dirigi mais aliviada até em casa.
Ao destrancar a porta de casa, realmente estava tudo escuro.

Ué, a gente apagou tudo antes de sair? -- Bruno perguntou

Não sei -- falei

Entramos e acendemos algumas luzes.

Bruno, vem cá rapidinho, preciso da sua ajuda com uma coisa -- falei

Claro — ele respondeu

Andamos até a porta do salão. Ao abrir todos gritaram "Surpresa" e as luzes se acenderam.
Estava mais cheio do que eu imaginei que tivesse.

Feliz aniversário, meu amor — falei e pude ver seus olhos com lágrimas

Eu te amo muito — ele disse me abraçando — Obrigado amor

Imagina — respondi

Em seguida todos vieram cumprimentar ele.

...

Oii amigas 💗
como vocês estão?
Espero que estejam gostando
O episódio da festa vai ficar para amanhã 🤪 quero deixar ele bem produzido.
Comentem o que estão achando.
Críticas e sugestões são sempre muito bem vindas
Não esqueçam de clicar na estrelinha.
Até o prox ep
Bjocas💗

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