📖CAPÍTULO XII: QUASE AMIGOS📖
"Eu não sei o seu nome
Eu não sei o seu nome, sim
Eu não sei o seu nome
Como você está se sentindo nestes dias?
Eu não sei seu nome, seu nome, seu nome
Viajar nas memórias
Coisas que eu quero apagar
Como você está hoje, como você está, como você está?". — Amygdala (Agust D)
⚠️Esse capítulo contém descrições que podem dar gatilhos!⚠️
Ficar cerca de seis horas conversando com Yoongi estaria fora de cogitação para Jhope, mas ganhar o quádruplo de seu salário no mês para isso... era algo a se pensar e, depois de dois dias analisando sua situação, não teve jeito, aceitou o trabalho e começou a se preparar mental e emocionalmente para o que viria no dia seguinte: horas frente a frente com aquele homem que fazia seu coração disparar.
Quando voltou para aquele apartamento que desenhou em seu caderninho e achou que nunca mais veria, sua mente se nublou com a possibilidade daquela aproximação, afinal, passaria dias, horas, falando com ele, era quase impossível para Jeon fazer isso sem envolver seu trabalho, mas Yoongi tinha conseguido alcançar o máximo de sua presença sem coagi-lo ou algo do tipo.
A luz forte naquele apartamento às três da tarde o deixou ainda mais brilhante, o cheiro de limpeza e lavanda o deixavam calmo e, antes mesmo de ver Min, ele entrou já que a porta estava aberta, encarou o lugar e suspirou pensando que não poderia ser tão difícil assim conseguir manter uma conversa, mas por seis horas, até mesmo o mais hábil dos jornalistas não deveria fazer entrevistas assim tão longas.
— Seja bem-vindo de novo — a voz grossa e rouca o assustou, fazendo Jhope virar a cabeça rapidamente para trás, o rockstar estava bem mais casual desta vez, na reunião ficou sério e somente Tae falou as condições do trabalho enquanto ele encarava e analisava Jhope dos pés a cabeça, em um porte de soberba e poder, agora, ele estava usando uma camiseta preta com mangas curtas e uma bermuda cinza que parava em seus joelhos, mas marcava um tanto suas coxas grossas.
— Olá — Jhope falou segurando seu notebook no colo com as duas mãos e uma mochila nas costas. Parece um adolescente, Min pensou e sorriu para aquele que iria acompanhá-lo nos próximos quatro meses, o restante de suas férias.
— Venha, vamos para o escritório conversar — disse chamando Jhope com um aceno e o menino o seguiu até o cômodo.
O escritório era coberto com papel de parede escarlate com ornamentos pretos, Jhope não conseguiu decifrar os símbolos que estavam ali, respirou fundo quando viu os móveis góticos e em tons de preto, uma mesa de albano gigante e grossa e duas cadeiras com pontas, sentou-se em uma delas enquanto o cantor se dirigia para a outra.
— Como pretende que seja o livro? — perguntou, queria ser o mais profissional possível e evitar qualquer aproximação íntima do rockstar, mas sabia que, uma hora ou outra, iriam precisar ser pelo menos bons amigos para que o trabalho desse certo — sabe, o tom, a linguagem e o conteúdo.
— Bom... — Yoongi começou relaxando o corpo na cadeira e se encostando mais, ele apoiou um cotovelo na perna e deixou um dos pés na cadeira, como se fosse um playboy mimado se comportando em qualquer lugar público — eu quero que tenha um tom engraçado, apesar de que algumas partes da minha vida tenha bastante drama, mas quero que seja divertido, emocionante.
— Desculpa a pergunta, mas não acha um tanto prepotente escrever uma autobiografia com apenas trinta anos? — a pergunta fez Yoon sorrir mais ainda, sim, era, de fato, uma atitude bastante orgulhosa e soberba da parte dele, o rockstar concordo com a cabeça, o garoto respirou fundo, abriu a boca, mas não conseguiu prosseguir:
— De quais livros você gosta de ler? Já que trabalha com isso, imaginei que fosse um leitor assíduo — Jhope juntou as sobrancelhas ao ouvir isso.
— Achei que quem faria as perguntas sou eu — Yoon deu um riso baixo e desviou o olhar, levou uma das mãos até a nuca e a apertou, depois bagunçou um pouco os cabelos fazendo Jhope suspirar baixo.
Meu Deus, será que vou conseguir prestar atenção no que ele fala? Será impossível se ele continuar exalando tanto charme assim a cada segundo, ele pensou.
— Sim, mas achei que seria melhor conversarmos, nos conhecermos melhor, para conseguirmos fazer o melhor trabalho possível com o livro, certo? — e voltou a olhá-lo, aqueles olhos escuros, penetrantes e sedutores, Jhope desviou o olhar para baixo, não poderia se perder naquela escuridão, tinha um medo surreal de nunca mais conseguir voltar para a superfície se mergulhasse no interior dele.
Os olhos são a porta para a alma, Jhope tinha lido em algum lugar, não sabia bem onde, mas tinha certeza dessa frase a partir do momento que tinha sentido a escuridão, o poder, e a sedução dos olhares de Yoongi para ele, como se algo magnético o invadisse toda vez que aqueles olhos pousavam em sua carne, o fazendo sentir coisas que nunca achou que sentiria por alguém: medo, mas desejo, um desejo descomunal de se entregar, fosse a carne, a alma ou a mente.
— Sim, concordo, bom — e voltou a olhá-lo, evitando os olhos e focando nas madeixas pretas e belas que caiam de forma charmosa nos ombros do rockstar — eu gosto de livros de suspense, terror e... — viu a expressão de Min ficar confusa — que foi?
— Sei lá, achei que você gostasse mais de romances.
— Ah não — e soltou um riso de nervoso — gosto também, mas prefiro mistério, leio muito Stephen King, Agatha Christie.
— Romances dark?
— Nem pensar — respondeu de forma mais rápida do que gostaria, fazendo o cantor rir um tanto — eles me deixam ansioso.
— Muitas coisas te deixam ansioso, Jhope — disse estreitando o olhar, Jeon respirou fundo e deixou o notebook na mesa, ainda fechado, a bolsa do lado de seus pés no chão e juntou as mãos em seu colo, dando de ombros.
— Sim, inclusive você — Yoon ergueu as sobrancelhas.
— Eu?
— Sim, você e toda a sua reputação.
— Eu tenho uma reputação?
— Acho que sim.
— É exatamente isso que quero mudar com o livro.
— Como assim?
— Olha, a maioria das pessoas acham que me conhecem sem nem ao menos me conhecer, eles acreditam no que lêem na mídia e já quero deixar claro que disse que estava fazendo uma nova amizade, e não me apaixonando, como comentaram na entrevista. É isso que me assusta todos os dias, ver pessoas achando, afirmam, que me conhecem quando, na verdade, não sabem um terço sobre mim.
— Certo...
— E com isso elas me endeusam, o seu trabalho com o livro será me humanizar ao máximo, e preciso que seja coerente e sincero comigo, vou precisar me abrir para você como nunca fiz com nenhuma outra pessoa e isso me assusta, por isso, quero te conhecer mais para poder me abrir sem tantos medos.
— Tudo bem... mas você sabe que isso pode ser um tiro pela culatra, certo? Uma vez que te humanizar, elas podem se identificar mais, se projetarem até mesmo em você, na sua história.
— Duvido que muitas vão conseguir se projetar.
— Entendo, bom, acho que você não seria uma pessoa dos livros como eu? — Yoon riu e balançou a cabeça em negativa em resposta — seria mais da música, certo?
— Sim, mas ouço audiobooks, não sei se isso conta.
— Claro que conta.
— Perfeito então, mas sim, sou mais da música.
— E como começou sua história com a música? — Jhope perguntou pegando o notebook no colo e o abrindo e começando a abrir as notas que faria ali — posso gravar? — Yoongi concordou com a cabeça e o menino colocou seu celular para gravar.
— Antes de tudo, quero que fica claro que o livro precisa ser sincero, não quero que atenue nada na minha história e nem deixe ela bonita somente para vender, entendeu? — Jhope concordou com a cabeça — ótimo, minha história com a música começou com um certo drama, minha vida é repleta disso antes da fama — falou gesticulando com uma mão — então, espero não te assustar com o que vou te contar, talvez, seja melhor não adentramos nessa parte, começarmos mais devagar.
Isso fez Jhope ficar alguns segundos olhando para a tela do computador sem saber o que anotar e o que perguntar em seguida, enquanto Yoongi tentava afugentar as memórias tenebrosas de sua mente, fechou os olhos com força e respirou fundo, relembrando daquele chão velho, empoeirado e frio, de suas mãos pequenas e suadas, seu coração de criança pulsando de medo e os barulhos tenebrosos que vinham da cama, ficava sempre escondido embaixo dela quando acontecia.
Abriu os olhos devagar e encarou as orbes de seu companheiro, não podia negar que o tanto que parecia inocente e frágil, Jhope também era muito gracioso, de uma beleza tão natural e comum, mas extraordinariamente instigante, como se seu jeito incomum de ser fosse uma voz melodiosa chamando Yoongi, como se suas gengivas que apareciam toda vez que sorria fosse a coisa mais fofa que poderia ver, como se suas expressões, respostas a tudo que o rockstar falava, era uma magia que o cativava a cada segundo que passavam juntos.
— Sua história com a música começou de forma triste? — Jhope perguntou e Yoon mordeu as bochechas por dentro da boca se ajeitando na cadeira.
— Traumatizante — sussurrou fazendo Jhope arregalar os olhos — veja, eu não sou esse cara poderoso, perfeito e encantador que a mídia retrata, que faz meu álbuns venderem, minhas músicas dispararem, eu sou só um cara quebrado em busca de paz de espírito — e disso Jhope entendia muito bem, desde sempre era assim que se sentia, antes de começar a ser julgado, era sempre um estranho no ninho procurando por momentos de paz que pudesse ter nessa ínfima vida.
Yoongi continuo encarando a bela criatura à sua frente, a camiseta baby look rosa bebê, o jeans claro, os cabelos castanhos escuros e lisos, mas mais curtos que os seus, notou que o garoto ainda tinha pulseiras com missangas e isso fez ele revirar os olhos ao pensar: ótimo, mas um fã de Taylor Swift. Mas, infelizmente, as belas informações na sua frente não conseguiam afugentar as lembranças crueis de suas infância, tudo começou quando tinha oito anos e só foi piorando com o tempo.
Seu pai tinha sumido quando nasceu e só apareceu quando sua fama estourou, foi filho único de mãe solteira por anos, passando por dificuldades e com padrastos chatos, mas os insuportáveis eram melhores do que os violentos que batiam em seu rosto sem a menor cerimônia enquanto a mãe não podia fazer nada, suspirou, mas os violentos eram melhores do que os abusadores que invadiam o quarto de sua mãe e faziam o que queriam com ela.
Aos oitos anos, não sabia exatamente o que acontecia enquanto se escondia debaixo da cama, mas entendia já que a mãe sofria, já que grunhia e gemia de dor.
E várias vezes ela pediu para que ele ficasse em seu quarto, quieto, mas ele não conseguia, sabia que era um ponto de paz em um momento de terror, enquanto se esgueirava para a cama dela de madrugada, até que ouvia o barulho da porta de seu padrasto entrando, corria para debaixo da cama e, então, uma das mãos de sua mãe ficavam suspensas no ar, saindo da cama, e ele a segurava, com a esperança de lhe dar algum tipo de suporte enquanto ela sofria.
— Enfim, como foi sua infância? — Yoongi saiu de seus devaneios e piscou duas vezes, se encostou mais na cadeira e suspirou ao cruzar o tornozelo em cima do joelho.
— Complicada, meu pai sumiu quando eu nasci e minha mãe batalhou para me criar.
— Imagino que agora você dê tudo que ela quer.
— Jhope, minha mãe faleceu...
— Sinto muito... — o garoto murmurou, Min sabia que não foi por mal, muitas pessoas sabiam disso, mas Jhope não era qualquer pessoa ou alguém que acompanha as fofocas e vida dos famosos.
— E antes da minha fama, inclusive, enfim, até os dezesseis anos morei com ela, depois comecei a me virar sozinho, tinha uma banda no colégio da escola, a gente fazia covers de músicas famosas de fock.
— Sim, sim, mas voltando para a sua infância, você nunca teve uma figura paterna?
— Uma figura paterna boa? Não. Somente homens violentos e que... enfim, não sei se estou pronto para falar sobre isso agora.
— Sem problemas, tinha muitos amigos na infância?
— Não, me sentia desajustado, enquanto a maioria dos meninos queriam jogar bola, eu queria ler poesia.
— Sério?!
— Sim.
— Quais?
— Bayron, principalmente.
— Começo do romantismo.
— Eu me considero um cara romântico — e piscou para Jhope, fazendo o menino corar e desviar o olhar e continuar com suas anotações — de forma geral, eu era um desajustado, não falava com ninguém na escola quando criança, usava os livros para me refugiar, mas só poesia, nunca tive paciência para ler contos, romances, essas coisas — respirou fundo — depois que descobri a música tudo mudou para mim, era como se aquelas belas palavras rimadas nas folhas ganhassem uma vida com os instrumentos, como se elas, de alguma forma, respirassem.
— Quando você compõe, é como respirar? — Jhope perguntou e Yoongi sorriu com isso concordando com a cabeça.
— Mais do que isso, é quando me sinto verdadeiramente vivo, é como se antes eu vivesse em uma inércia, uma letargia que nunca ia embora... sabe de uma coisa? Muitos artistas falam que o show é o momento que os fazem gostar de tudo, mas eu não me importo nem um pouco com essa parte, óbvio que gosto dos meus fãs, sem eles eu não seria nada, mas nada é melhor do que ficar sozinho e deixar os sentimentos virarem músicas e, as músicas, ganharem dia.
— Se sente em paz — não foi uma pergunta, mas Yoongi respondeu mesmo assim.
— Sim, o que te deixa em paz?
— Desenhar — falou respirando fundo e Yoon sorriu com isso — gosto muito do grafite, mas pintar é ainda mais terapêutico, eu olho algo, por exemplo, a sala do seu apartamento, e sinto vontade de registar isso em mim, como se eu vivesse também aquilo que é apenas uma imagem, uma forma de gravar momentos para sempre, não confio muito na minha memória.
— Gostaria de desenhar minha sala?
— Eu... — e engoliu o seco — já desenhei — Yoongi ergueu as sobrancelhas.
— Me deixe ver.
— Não — e negou envergonhado com a cabeça — não posso, é só um esboço, nada demais.
— Se não é nada demais, por que não posso ver? — e a pergunta fez Jhope erguer a cabeça e encarar o homem, respirou fundo, concordou com a cabeça de leve, se inclinou para a sua bolsa e tirou seu caderninho de lá, folheou até o desenho e estendeu ele aberto para Yoongi que o pegou rapidamente.
Mas não tão rápido o bastante para que a ponta de seus dedos não tocasse as de Jhope, fazendo uma ansiedade crescer no peito do rapaz com uma tão sutil e rápida aproximação e toque, mas, por mais estranho que fosse, essa ansiedade não era tão grande como das outras vezes, como se a cada dia que passasse tocar em Yoongi não parecesse mais um tormento, uma tortura, mas uma dádiva, um momento que anseia a chegada,a mas nunca se sabe para onde vai levar.
— É muito bonito — Yoon comentou quase sussurrando e sorriu ao se ver ali — não sabia que ficava tão torto deitado naquele sofá — e soltou um riso forçado.
— E bonito — Jhope arregalou os olhos na hora que falou, fazendo a escuridão do olhar de Min encontrar sua face na mesma hora, ele engoliu o seco, não sabendo mais o que fazer, tinha sido tão natural, como se pensasse e falasse em seguida, como se sua mente e sua boca estivessem ligadas para relatarem juntas o que queria fazer: falar, sem hesitar, e foi o que ele fez.
— Me acha bonito assim? — Yoongi falou apontando para o desenho e o garoto concordou com a cabeça, o rockstar desviou o olhar para o desenho e entregou o caderno aberto para Jhope, desta vez, sem tocar em seus dedos, o que fez o coração do desenhista se encolher um tanto — se soubesse disso, não me arrumaria para te ver.
— Se arruma para me ver?
— E eu não posso querer ficar o mais bonito possível?
— Claro que pode, mas para mim?
— E por que não? — Jhope suspirou.
— Olha, isso aqui vai ser algo profissional, você não pode ficar...
— O que?
— Flertando, ou seja lá o que esteja fazendo, comigo — Yoon começou a rir deixando Jhope envergonhado.
— Ora, estou pagando o triplo do valor para o serviço da editora que te contrata, claro que vamos ser profissionais, mas seria muita ingenuidade sua achar que não fiz tudo isso somente para passar um tempo com você.
— Passar um tempo comigo?
— Você me intriga, sabe? Primeiro, você evita toque físico com qualquer pessoa, ficou nítido quando Adeline tentou te abraçar, segundo, você não gosta de mudanças ou luzes fortes, o filme te denunciou, segundo, você teve um ataque de ansiedade com a música alta da Love Is Blind, me diga, Jhope, o que tudo isso significada?
— Que sou estranho?
— Que você é inusitado, surpreendente e misterioso — Jhope suspirou, abriu a boca para falar, ergueu o olhar, mas a escuridão dos olhos de Yoongi o tomou novamente — além de muito bonito e charmoso — Jhope riu de nervoso.
— Eu sou charmoso? Já se olhou no espelho? — E isso fez Yoon começar a rir.
— Está flertando comigo de volta?
— Não estou.
— Está sim, ganhei na loteria agora por isso.
— Não estou!
— Está sim!
— Tudo bem, chega, preciso de uma água.
— Sei que paguei três horas ou seis de conversa diária, mas não precisa de tudo isso no começo, pode ir se quiser, mas saiba que eu vou ganhar pontos a cada dia que passa, só não esperava que esses pontos contigo me dessem recompensas como você flertar comigo de volta.
— Você é inacreditável.
— Você tem epilepsia?
— O que? Não.
— Ótimo, uma coisa a menos na minha lista.
— Lista?
— Tenho uma lista sobre você.
— Me deixe ver.
— Claro, quando terminar o livro, vai ler ela, enquanto isso, vou aprimorando minha lista e você fazendo seu livro, no final de tudo, será que vamos nos surpreender sobre o que escrevemos um do outro?
— Talvez sim. — Jhope falou.
— E talvez não. — Yoongi completou.
A conversa se seguiu com trivialidades da rotina, Jhope descobriu que Yoongi tinha uma rotina de skin care, não utilizava nem metade das marcas que fazia propaganda, gostava mais de ficar sozinho no estúdio criando do que gravando o álbum em si, gostava do shows, mas as sessões de autógrafos o deixavam mais feliz, poder abraçar e agradecer pessoalmente as pessoas no camarim faziam aquela multidão virarem rostos e pessoas serem reais na sua frente.
Descobriu, também, que quem gostava de romances clichê era ele, via todos os filmes que tinha Anne Hathaway, amava histórias que o casal ficava junto no final e se recusava a assistir aquelas que não ficam porque, para ele, isso não pode ser considerado um romance romântico, notou que o rockstar, por debaixo daquela casca grossa e de aparência metaleira, tinha um coração de uma menininha de quinze anos, fantasiando com um amor romântico com cada filme que via.
Soube, também, que ele preferia mais chás frios do que café quente, que gostava também do cheiro de lavanda, que limpeza era uma prioridade e seu perfeccionismo o irritava todos os dias e quase o deixava sem produzir, um ponto em comum com Jhope e seus desenhos ou revisões, Yoon nunca achava uma música sua boa o suficiente e rezava para um dia produzir algo que jurasse ser realmente bom.
Comentou até mesmo que talvez precisasse da inspiração correta, aquela que quebra seu coração sem aviso prévio, que tortura sua mente e percorre cada canto da sua alma, aquela que te faz sentir como se conhecesse a pessoa de outras vidas, aquela que seria digna de uma ótima música romântica, mas que também fosse intensa, visceral, que tocasse quem ouvisse de uma forma totalmente nova.
— Sabia que em um show, antes de eu ficar muito famoso, falei que se eu cantar Your Song do Elton John significaria que eu estou realmente apaixonado?
— Não sabia.
— Agora em todo show eu coloco o começo da música para tocar, os fãs vão à loucura, mas não passa do instrumental e outra música começa.
— Será que um dia vai passar do instrumental?
— Me diga você, Jhope, eu vou passar?
— Só cabe a você saber — e Yoon sorriu com isso.
🎸🎸🎸
Agradeço por ler até aqui!
Me siga no Instagram: @/palavrasdasilvestri e no tiktok @/palavrasdasilvestri
Queria dizer para vocês que AMYGDALA é minha música favorita da vida, em maio de 2023 eu sofri um acidente de moto que me deixou com o lado esquerdo do corpo completamente ralado e, neste dia, eu quase fui de arrasta pra cima na garupa de uma motocicleta, ver a coragem do Yoon ao compôr essa música, e a forma como ela me fez chorar de soluçar, me dá forças todos os dias para enfrentar os medos da vida.
Enfim, gostaria de avisá-los que pretendo fazer esse livro ter entre 30 a 35 capítulos, e depois vou começar um livro de sobrenatural com o ship Jikook, vocês gostariam de acompanhar um escrita mais gótica e com um padre safado (Jimin) e um vampiro sarcástico (Jungkook)? Comentem aqui o que acham da ideia, a sinopse do livro está disponível já no meu perfil e se chama Hunt Me Father.
Segue a capa e so separadores:
Comente, vote e converse comigo!
Até o próximo capítulo!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top