Another Person's Shoes


Passo por Esme no caminho para fora e finalmente ela tira a atenção de Caleb e olha de volta para mim. Ela arregala os olhos mas abre um sorriso enorme e eu não posso evitar sorrir inundada de vergonha embora transmita um olhar de "tinhas razão".

Caleb solta uns gritinhos e ri alto batendo nas costas de Justin. Saímos da festa e sou guiada pelos carros até ao seu. Quando vejo o Range Rover preto os meus olhos brilham, mas não quero falar, ainda estou a tentar controlar a respiração depois daquele beijo. Ele abre-me a porta e deixa-me sentar mas depois puxa pelas minhas pernas. Separa-as e mete-se entre elas iniciando outro beijo delicioso, as suas mãos passeiam pelas minhas pernas, até ás coxas puxando o vestido para cima. Todo o meu corpo já está coberto em suor, só quero chegar a algum lado privado e aproveitar-me deste homem vindo dos céus.

- Justin...- Chamo pelo seu nome querendo dizer para ele se despachar e se deixar de rodeios, quero sair daqui. Já! Justin para o beijo e quase que corre para o outro lado do carro, senta-se e começa a dirigir. Não sei o que dizer ou o que fazer, vou olhando para o lado de vez enquanto para o ver a conduzir, o seu olhar concentrado é tão sexy que me faz sentir tola por apreciar o modo de ele conduzir.

- Há problema se formos para minha casa ? - Ele pergunta preocupado. Parece que só agora lhe atingiu. Eu nego com a cabeça.- Quero que saibas que não sou assim com todas ok ? - Ele fala sorrindo e eu percebo o porquê de ele sentir que tem que se desculpar, só quer explicar que não leva todas as raparigas para a casa dele mas eu sinceramente não preciso de explicações, afinal, Esme disse que não teria que o ver de novo. Mesmo que alguma parte de mim queira.

Quando ele vê que não respondo parece ficar tenso, então decide ligar o rádio. Privacy de Chris Brown começa a tocar e eu não posso evitar rir, conheço a música e as letras são apropriadas.

Girl, I just wanna take you home and get right to it

Know I gotta kiss it, baby

Give it to me, lick it, lick it inside and out

You know that I just wanna make love

Want you to scream and shout

Começo a cantar baixinho e ouço Justin rir ao meu lado. Num movimento de coragem pouso a mão na sua coxa e aperto-a. Ele limpa a garganta e move-se no assento.

We don't need nobody watching us

No eyes but your eyes

Ain't nobody here but you and me

Licking your private parts

And I know you love your privacy

Subo a mão pelas suas calças e ouço-o suster a respiração, pouso na sua ereção e tento conter o arregalar dos meus olhos, ele já está duro. Aperto-a na minha mão e ele fecha os olhos por uns segundos expirando o ar que estava guardando nos pulmões.

Começo a acariciar a sua ereção e sorrio ao ouvir os seus gemidos baixos. Finalmente depois de minutos chegamos ao estacionamento de um prédio alto e lindo que parece ter sido construído há pouco tempo. Justin parece cheio de pressa,desliga o carro e sai dele dando a volta para abrir a minha para eu sair. Não sei se é um gesto de cavalheirismo ou é só para me apressar. Ele pega na minha mão e guia-me até aos elevadores, gira a chave e ele aparece. Quando entramos no elevador o seu corpo projeta-se para a frente em direção a mim, agarra os meus cabelos e beija-me de novo. As nossas respirações estão tão aceleradas que sinto que tenho que parar este beijo para poder inspirar.

As suas mãos descem até aos meus seios e aperta-os com força fazendo-me gemer baixo contra a sua boca, depois agarram a minha cintura e a puxa contra si. Sinto o alto das suas calças contra mim e só o quero despir aqui e agora. Finalmente o elevador para e ele leva-me até a porta do seu apartamento.

Quando entramos fico pasmada, é o maior apartamento que eu já vi, mobilado impecavelmente. Estou pronta para fazer algum comentário mas Justin aparece à minha frente, leva as mãos ás minhas coxas e pega em mim. Enrolo as minhas pernas à sua cintura e olho para os seus olhos castanhos que brilham mais do que tudo neste momento. Ele abre outro sorriso e carrega-me até ao seu quarto, agarro os seus ombros largos e começo a beijar o seu pescoço deixando pequenas mordidas aqui e ali.

- Estás a deixar-me louco.- Ele diz entre dentes. Subo os beijos até a sua orelha e mordisco o seu lóbulo.

- É esse o objetivo.- Sussurro ao seu ouvido e vejo a sua pele arrepiar. Sou pousada no chão quando chegamos ao seu quarto, tem alguns cómodos e uma cama enorme num canto. As paredes estão pintadas a cinzento com posteres colados.

Justin suspira e vira-me para a parede prensando o meu corpo contra ela. Ele agarra a minha cintura com força e pressiona a sua ereção no meu rabo. Desce as mãos ate a minha coxa e puxa o fim do meu vestido começando a subi-lo, eu levanto os braços para que ele me tire o vestido. Tiro os saltos e atiro-os para o lado.

Fico apenas de cuecas e sutiã de costas para Justin. Ele pega no cabelo e atira-o para um só lado do meu pescoço, aproxima os seus lábios e começa a distribuir beijos molhados pelo meu pescoço até ao meu ombro, a sua mão passa pela minha barriga arrepiando a minha pele, depois sobe para os meus seios, mete a mão por dentro da copa e aperta o meu mamilo entre os dedos. Gemo e atiro a cabeça para trás batendo contra o seu peito.

Depois desce a mão, bem devagar, até ao meu ventre. Os seus dedos passam por baixo da renda e eu sinto a sua mão quente em mim, ele alcança o meu clitóris e faz pequenos movimentos que me fazem mexer a cintura contra a sua.

Sinto que estou a dar em maluca quando ele me vira para si e vejo os seus olhos escuros, completamente pretos observando-me com desejo. Parece que a sua ereção está quase a saltar das calças. Ele tira a camisa num movimento rápido mostrando o seu peito repleto de tatuagens e os seus abdominais. Passo a mão pelo seu peito e desço as minhas mãos sempre de olhos colados nos seus, arranho a sua pele com as unhas trançando o caminho até às suas calças.

Desaperto o botão e deixo as calças lhe caírem pelas pernas. Depois baixo os seus boxers pretos e finalmente tenho uma visão do seu corpo nu.

Agarro-o com a minha mão e o faço arfar, começo a movimentar a minha mão para cima e para baixo devagar.

Sinto a minha intimidade completamente encharcada, e vendo-o assim de boca aberta, a gemer e a pedir por mais ainda me deixa pior. Justin abaixa-se e junta a sua testa à minha.

- Quero-te foder, agora.- Ele diz com a sua voz rouca tão sensual e autoritária. Afasto-me e deixo que ele retire o resto das roupas que tem.

Ando até á cama e deito-me esperando que ele venha para a minha beira. E é isso que ele faz, sobe para cima de mim e beija-me com vontade. Sem que ele me peça tiro o sutiã sem esforços e atiro-o para longe. Quando ele vê o meu gesto desce os seus beijos pelo meu pescoço até ao meu peito, ele agarra o meu seio e apalpa-o enquanto abocanha o outro. Chupa o meu mamilo com força fazendo-me delirar. Impulsiono a minha cintura contra ele pedindo para que ele acabe com a tortura e entre em mim e recebo um riso baixo contra o meu seio.

- Eu sei.- Ele beija os meus lábios de novo.- Também não aguento muito mais.- Justin diz com um sorriso malicioso nos lábios.

Ele baixa-se e tira a ultima peça de roupa que tenho, deixando-me completamente nua. Quando ele se tenta colocar entre as minhas pernas empurro-o e faço-o deitar na cama.

Subo para o seu colo e sorrio. Levantei-me afastando-me da sua boca e sento, bem lentamente, em cima de Justin. Sinto-o entrar em mim, preenchendo-me por completo. Fico quase salivando querendo mais e mais. Ambos gememos alto aproveitando a sensação que é estarmos ligados um ao outro.

Começo a rebolar devagar em cima dele, as suas mãos apertam minha cintura com força, está com a boca aberta e os olhos fechados, aproveitando todo o prazer que eu lhe posso proporcionar. Rebolo mais umas vezes e começo a saltar em cima dele, sentindo-o entrar e sair de mim dando-me uma sensação tão gostosa que nunca mais quero que acabe.

- Não pares Billie.- Ele fala no meio dos gemidos. E eu não paro, aumento os meus movimentos, cada vez mais rápido, cada vez mais gostoso.
Arranho o seu peito e sinto umas das suas mãos apalpando o meu seio com força.- Não pares.- Ele sussurra gemendo cada vez mais alto, e eu acompanho-o, gemendo o seu nome baixinho. Ele faz força contra mim indo ainda mais fundo e leva-me á loucura, sinto as minhas paredes contraírem, prontas para se liberarem assim como Justin que cada vez faz mais força para aproximar os nossos corpos.

Quando estou a chegar ao meu ápice Justin puxa pelo meu corpo e faz-me curvar para beijar os seus lábios, agarra no meu rabo e fode-me com força fazendo-me gemer ainda mais alto contra a sua boca. Quando chego ao meu climax agarro os seus ombros e gemo o seu nome o mais alto que posso e Justin faz o mesmo, dá mais umas investidas com força e geme até descarregar todo o seu liquido dentro de mim.

Meu Deus o que é que acabei de fazer ? E porque é que me soube tão bem ?

Deito a cabeça no seu peito e tento, assim como ele, controlar a respiração. Ouço o seu coração bater com extrema velocidade e sinto a sua pele macia contra a minha bochecha.

As suas mãos pousam na minha coxa e no meu cabelo, fazendo pequenos carinhos. Fecho os olhos por apenas por alguns segundos, saboreando o momento de segurança e de proximidade, era algo que não tinha há muito tempo e que precisava, por muito que negasse isso a Esme.

Quando me lembro de Esme também me lembro do que ela me disse, que isto não era nada mais do que uma brincadeira, que eu devia fazer o que tinha a fazer e ir embora.

Estou a recordar o que me foi dito quando sinto os seus lábios na minha testa, num beijo delicado e sem demoras. Abro os olhos encontrando os seus, já recuperaram a sua cor castanha caramelizada, já não estão escuros como a noite. Ganho coragem e saio dos seus braços levantando-me da cama e caminhando até a casa de banho para poder me lavar. Quando saio vejo-o ali deitado, com os braços atrás da cabeça, gloriosamente nu, observando-me. Procuro as minhas cuecas e pego nelas.

- Já vais ? - Justin senta-se na cama e olha para mim como se estivesse chocado. Faço um som de concordância.- Não Billie, fica comigo hoje.- Olho para ele confusa.- Só hoje, está a ficar tarde, eu levo-te a casa amanhã de manhã ok ? - Olho para ele na dúvida, porque é que ele quereria que eu passasse a noite com ele ? Dou de ombros e dirijo-me de novo á cama. Ele levanta as cobertas e cobre-nos, vira o seu corpo para mim e puxa pela minha cintura.- És um estrondo.- Ele sussurra contra o meu rosto e eu não posso evitar corar. Aproxima ainda mais a sua cara da minha beijando os meus lábios apenas por uns momentos.- Boa noite.- Diz antes de fechar os olhos, e eu o acompanho sem vergonhas.

Precisava mesmo de descansar, por isso deixo me inspirar o seu cheiro delicioso uma ultima vez antes de me deixar cair no sono.

Já não estou no quarto, estou no meu espaço ilimitado coberto por paredes pretas e brilhantes que por algum motivo não me traduzem segurança.

Não preciso ouvir a sua voz para saber que ele está aqui, o vibrar da minha pele diz-me tudo, ele está aqui, e bem perto. No meio das sombras que o meu subconsciente cria para suspense uma figura aparece, um homem, ele veste um fato preto e anda até mim. Os seus olhos azuis fitam-me com intensidade, tem o cabelo loiro escuro perfeitamente arrumado. Parece estar atingindo os seus quarenta anos, e eu penso nunca o ter visto na minha vida. Como posso estar a imagina-lo ?

"Billie..."

Ele diz o meu nome mas desta vez não com o intuito de me chamar ou assustar, parece um cumprimento.

"Quem és?"

Ele nega com a cabeça com um sorriso no rosto, como se estivesse a fazer as perguntas erradas.

"Não sou ninguém Billie, e tu também não."

Faço uma cara confusa e olho para o meu corpo. Não, eu sou eu. Não sou mais ninguém. Por muito que queira por vezes. Quando volto o meu olhar para ele, o homem contorce-se no chão, a sua roupa torna-se larga no corpo que parece diminuir a cada momento. O cabelo loiro começa a cair, dentes caiem no chão assim como as unhas que ele tinha na mão.

O que está a acontecer?

O homem arranca a roupa do seu corpo e eu vejo os seus ossos se mexerem, a pele formar grumos que ele arranca com as mãos e dão lugar a um novo tom de pele.

Quero gritar, quero fugir mas o meu corpo permanece quieto, ele não me deixa mexer. Cabelos começam a crescer na sua cabeça, são azuis e brilham como se tivessem acabado de sair de uma lavagem. Tudo nele começa a tornar-se demasiado familiar, aquele corpo nu ergue-se à minha frente, e os meus próprios olhos azuis fitam-me curiosos. Sou eu, ele tornou-se em mim. Ainda vejo os ossos mudando dentro do seu corpo e a sensação parece incomodá-lo, mas isso não o impede de andar ate mim.

Passo a passo, cada vez mais perto, um eu com um olhar assustador de quem está prestes a matar-me para ficar com a minha forma para sempre. Aquela criatura pousa a sua mão no meu ombro e aproxima nossos rostos. Ela abre um sorriso grande e entorta a cabeça para um lado, os seus olhos tornam-se brancos, um branco que me leva numa espiral de desespero. E, na sua voz exatamente igual a minha fala:

"Abraça a tua herança"

Acordo num salto de novo, hiperventilando, com a mão pressionando o coração na tentativa de o acalmar. Respiro fundo, e procuro a criatura em algum lado no quarto, apenas vejo a luz do sol que começa a nascer. Só com o som de alguém a ressonar levemente é que percebo onde estou, Justin dorme calmamente ao meu lado, não devo ter feito muito barulho para o acordar. Depois olho para a minha almofada vendo ainda mais cabelo do que o normal, o cabelo está misturado com uma mistela bege, igual àquela do banho de ontem quando saiu do meu pulso. Existe mais daquela mistela espalhada pelo lençol onde estou deitada. O que se está a passar?

Com muito cuidado saio da cama, com movimentos lentos e calculados para que ele não acorde e se assuste com tudo isto. Qualquer pessoa no seu perfeito juízo corria a sete pés de mim. E fariam o certo.

Pego no cabelo e corro para a casa de banho atirando-o para a sanita, depois pego na massa viscosa que parece descolar do lençol com facilidade e faço o mesmo. Encho a sanita quase até cima e suspiro desesperada, não quero entupir a sanita com esta coisa que saiu de mim. O que é que eu faço ? Inspeciono o colchão e os lençóis para que não haja mais nenhum pedaço e volto á casa de banho fechando-me lá dentro.

Descarrego o autoclismo e vejo tudo aquilo descer com dificuldade, mas para a minha sorte, tudo desceu.

Levo a mão ao cabelo num movimento nervoso e sinto-me mais pequeno. Muito mais pequeno. Puxo os meus fios e percebo que perdi quase todo o meu cabelo, olho para as minhas mãos para ver se mais algum cabelo cai e aí vejo minhas mãos. As minhas mãos estão enormes, viro-as ao contrário e vejo-as tatuadas, as tatuagens sobem pelo meu braço e quando chego ao meu peito é que tenho uma visão do meu corpo inteiro. Não sou eu. Viro-me para o espelho e grito em plenos pulmões.

Justin está do outro lado, apavorado, tão pálido que temo que vá desmaiar. Mas aquele nao é ele, sou eu. A pessoa faz os meus movimentos, eu não sou eu. Levo a mão à cara e a pessoa do outro lado do espelho imita-me, os meus olhos estão castanhos, já não são azuis. Olho para os meus pés e sinto que cresci uns bons centímetros.

Como é que isto é possível ?

Caio de joelhos em frente á sanita e vomito tudo o que tenho na barriga, que é maioritariamente a bebida de ontem e pouco mais. O meu corpo tenta expulsar o choque com vómitos que não querem cessar.

- Oh meu Deus.- Eu falo mas é a voz rouca de Justin que sai pela minha boca. Tenho a sua voz também ?
Dou várias palmadas na cabeça e nas bochechas com o objetivo de acordar mas não funciona, esta é a realidade e eu sou Justin. Estou no seu corpo, sou ele.

- Billie ? - Justin chama pelo meu nome do outro lado da porta. Parece preocupado.- Billie está tudo bem ? - Ele bate na porta e espera que eu lhe responda. Mas eu não posso responder-lhe pois não ? O que ele faria se ouvisse a sua própria voz vinda de mim ? - Billie por favor, responde.- Eu não posso, eu não posso! - Billie eu vou arrombar a porta.

Meu Deus, o que é que eu faço ?

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