~Um ano depois~

— Cherylwise eu não acredito que você praticamente me sequestrou só para me fazer casar! — ele exclama irritado e eu reviro os olhos adentrando nossa casa. — Palhaça maldita...

Solto uma risada ao ver o esforço que ele fez para proferir a última frase, toco minha barriga de três meses e suspiro sentindo vontade de comer melão com carne.

— Estou com desejo — resmungo e ele me olha no mesmo instante, mas já se direciona para a cozinha.

— Qual é palhacinha? — questiona da cozinha e eu sinto minha boca salivar.

— Melão com carne, vou no esgoto pegar a carne — aviso e antes que eu me levante ele beija meus lábios.

— Nem grávida você deixa de comer carne humana, faz é comer mais! — ele diz e se volta para a cozinha, dou de ombros e me teleporto rapidamente para o esgoto.

Que bom que eu repus o estoque de crianças antes de descobrir que estava esperando uma criança! Porque agora Caille tá um poço de nervos por causa da preocupação, pego um braço e mordo para puxar a carne, coloco na sacola que eu trouxe e me teleporto para casa.

Ainda fico insegura com o fato de ter uma criança e se ela tiver medo de mim e eu sentir vontade de comê-la? Por mais que meu, agora marido, já tenha tentado me acalmar sobre isso muitas vezes.

Vejo o melão cortado dentro de uma tigela, sorri e pego a carne jogando lá dentro e mexi tudo com uma colher, vendo o sangue escorrer pela fruta.

— Isso é nojento, quando terminar me avisa — ele diz e sai da cozinha após beijar minha cabeça.

Como tudo rapidamente e sorri satisfeita, escovo os dentes no banheiro e fui para a sala me sentando no colo de Caille que me abraçou.

— Como você acha que ele ou ela vai se parecer? — meu marido questiona acariciando minha barriga e eu deito minha cabeça em seu ombro.

— Quero que tenha seus olhos — murmuro e fecho os olhos.

— E eu quero que tenha cabelos ruivos igual a você — ele diz acariciando meus cabelos e eu sorri. — Mas do jeito que vier, será amado afinal será nosso filhote mas se ele for um demôniozinho igual a você. Eu perco a cabeça!

Solto uma risada pelo drama e sinto meus olhos pesarem, nunca achei que poderia ter um filhote, para mim era algo impossível. Ainda mais pelo fato de que não tenho um género definido, posso virar um homem se quiser, mas isso ocasionaria um aborto no momento.

Eu decidi ser uma mulher, ter o corpo de uma mulher, então está tudo bem. E eu estou feliz, como nunca fui em todos esses séculos.

— Eu te amo criança — sussurro e ele me olha com um sorriso radiante beijando meus lábios lentamente, demonstrando carinho e amor.

— Eu também te amo minha querida palhaça — responde no mesmo tom e junta nossas testas.

° fleurs rouge = flor ruiva (francês)

•OBS: eu coloquei imagens em todos os outros capítulos