Capítulo 14

Maratona 3/4

Observo as bebês dormindo no carrinho e volto a preparar as guloseimas para meus pequeninos, já faz três meses que conseguimos adotá-los e havíamos colocado eles na escolinha perto de onde morávamos.

Os três ficam apenas meio período e busco eles sempre antes do almoço, é uma rotina que já estamos acostumados e eles amam isso.

Vejo que colocar eles na escola foi uma ótima opção, todos os três estão se desenvolvendo melhor, Junhoo toda semana tem terapia, o acompanhamento psicológico está sendo necessário para que haja o diagnóstico de que ele tenha ou não o autismo.

Graças a Deus ele vem soltando bastante palavrinhas e todos os três são muito bem cuidados durante o período em que estão na escola.

Eles já fizeram amizades por lá e eu agradeço aos deuses por todos cuidarem deles lá, principalmente a Annelise que é um grude com Junhoo e o protege com unhas e dentes.

       — mama? — desci o olhar vendo os três chegando animados, sorrio e me abaixo abraçando eles.

Hoje eles vão fazer uma festa do pijama invertida, por serem muito novinhos, optamos por fazer essa festinha durante o dia todo e no final da tarde os pais vem buscar as crianças.

        — Oi meus bebês. — sussurro enchendo o rostinho dos três de beijos, isso faz com que eles soltem risadas altas e me abracem.

Suspirei retribuindo o abraço e ergo o olhar vendo meu daddy nos analisando com um sorriso no rosto, sinto minhas bochechas esquentarem e aceno pra ele antes de me levantar.

      — Já arrumaram as barracas? — pergunto para eles que acenam animados e sorrio ao ver eles correm em direção a porta quando soou a companhia.

Max foi com eles enquanto eu terminei de ajeitar tudo corretamente.

Com cuidado levo tudo para o jardim e deixo sobre a mesa, forro os panos no chão para fazerem o picnic primeiro.

  Observo atentamente as crianças assistindo o desenho "As três espiãs demais" e sorrio vendo todos empolgados, o melhor de tudo é a felicidade dos meus filhos em poderem fazer isso pela primeira vez.

Enquanto eu puder e enquanto eles quiserem, esse momento nunca vai faltar. Se para ter essa felicidade estampada em seus rostinho, então sei que serei capaz de mover céus e terras para ser agraciada com tudo isso.

       — Eles estão tão felizes. — ergo o olhar e aceno deitando a cabeça em seu peitoral.

        — Sim daddy, eles estão e eu também estou feliz. — disse baixinho e olho para os carrinhos onde as trigêmeas estão, apenas uma está acordada e antes que ela chore já lhe pego no colo. — Oi meu amor, você quer leitinho? — cheiro sua barriguinha vendo-a soltar uma risada fofa.

Com a ajuda do maior pude colocar meu seio na boca da pequena que começou a sugar com fome. Toda vez que amamentou as três é como se fosse a primeira vez, me sinto em paz e completamente feliz por saber que minha família está sendo formada e moldada aos poucos.

Estamos sempre em constante momento de evolução, vamos evoluir e retroceder sempre. O importante é nunca desistir e sempre levantar pronta para enfrentar o que quer que esteja pronto para nos derrubar.

Demorei a entender, mas depois que minhas crianças entraram na minha vida, pude compreender o que a psicóloga disse para mim.

Perder um filho dói, mas saber que ele estará olhando para você lá do céu é algo estranho de sentir. Eu posso ter perdido meu bebê, mas ele me colocou na vida dessas crianças pois elas precisavam mais de mim do que qualquer outra coisa.


         — Daddy? — o chamo baixinho e abri sua blusa, as crianças já estavam dormindo e seus amiguinhos foram embora fazia pouco tempo.

        — Sim, meu amor? — me olhou atento e me inclinei lhe dando um selinho.

        — Eu te amo muito. — sussurrei para ele que abriu um sorriso pequeno.

        — Eu te amo muito mais... — exclamou me dando um beijo carinhoso.

É gente, mais um pouco e acabamos...




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