Maratona 1/5

Acho engraçado a forma que Hortência age, é tão fofa e completamente delicada.

Ela parece se sentir insegura por ser o que é e tenho em mente lhe fazer entender de uma vez por todas que ela é especial desta maneira.

Sou uma pessoa calma, rígida em certos momentos, mas ainda sim sou calmo. Já vi como alguns amigos meus agiam com suas baby's e poderia arriscar dizendo que não teria coragem de ser tão duro com alguém que só está querendo carinho.

Estou aqui sentado na ponta da cama divido entre acordar ela para irmos pra aula ou deixa-la dormindo. Ela aparenta não estar gostando de estar na Universidade já que não está animada como os estudantes novatos daqui.

Olho pra ela mais uma vez e suspiro beijando sua testa, deixo um bilhete ao lado do travesseiro e pego minhas coisas saindo e trancando a porta para não ter o risco de entrar alguém aqui.

Ao longo do corredor avistei poucos alunos que pareciam estar dispostos a estudar após a festa, já outros eu não tinha certeza se iam ou não.

Rio baixo ao ver um garoto desequilibrar e quase cair e logo entro na cantina, busco somente uma maçã e vou direto para a sala de aula.

Sentado no fundo começo a comer e avistar os alunos, que assim como eu estão terminando o curso, adentrando a sala e indo para seus lugares enquanto outros começam a se pegar ali mesmo, dou de ombros bocejando e me levanto para jogar o que sobrou da maçã fora logo retornando para meu lugar.

Já se aproximava de meio dia e minha agonia para retornar para meu dormitório era enorme, não via a hora de ver minha baby e leva-la para sair daqui um pouco e respirar outros ares.

Como se alguém ouvisse minhas preces, o sino toca e rapidamente  me levanto juntando meus materiais em minha mochila e saio a passos rápidos da sala.

Para minha infelicidade, meu caminho é barrado por Yasmin, bufo revirando os olhos e cruzo os braços.

    — O que você quer Yasmin? – questiono rude.

    — Isso é jeito de falar amor? – diz com uma voz manhosa e suspiro asperamente. — Por onde esteve que não me responde?

    — Chega disso garota, vai querer continuar passando vergonha até quando? – olho pra ela sério e vejo nossos amigos vindo até nós. — Já lhe falei e vou tornar a repetir uma última vez, vê se me esquece porra, não sou seu namorado, amigo ou caralho a quarto, se quer dinheiro vai fazer algo útil da vida e trabalhar porque se acha que um dia chegará a ver a cor do meu dinheiro está muito enganada. – ela me olha com os olhos arregalados e logo fecha a cara. — Da próxima vez que tentar entrar no meu caminho ou vir insistir com essa porra toda pode ter certeza que deixarei a Ruth fazer um estrago nessa tua cara, te suporto por termos amigos incomuns.

Me viro para meus amigos e aceno saindo de lá tentando me controlar e logo me vejo em frente ao meu dormitório.

Yasmin

Ruth