O Visitante | 1º Lugar


Conto escrito por House_Of_The_Moon
Vencedor em  1º lugar

Vendo Lady Miriam sair de sua casa, ela sorriu. É uma espécie de alívio livrar-se da amiga de sua mãe sem pensar! Nisa nunca gostou dessa mulher, com grande relutância a deixou entrar em sua casa.

De certa forma, ela estava curiosa para saber o que uma visitante tinha a dizer, mas parecia não ter nada para adquirir sobre qualquer palavra dita.

— Pelo menos me poupa de ter que escrever para minha mãe — Nisa sussurrou, se aproximando da janela, ela estava feliz por não ter outra visita, até aquele momento.

Da mesma forma, Nisa tinha certeza de que seu recém-falecido marido colocaria a tinta no papel o mais rápido possível, pedindo à mãe de Nisa para que pudesse se desculpar por tais palavras ditas: mas as únicas palavras que fariam Nisa xingar.

— Oh! — Olhando pela janela, uma batida na porta interrompeu seus pensamentos — Entre — Afastando-se da janela, Nisa pediu o chá que foi posto na mesa. — Parece que a srta. Lincoln não poderá partir do Chá. Aceita me acompanhar, Sr. Tomás?

— Naturalmente, senhora

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Depois de tomar chá e ler três capítulos do livro, Nisa foi interrompida pela segunda vez
naquela tarde pelo mordomo.

— Senhora, você tem um visitante e ele precisa vê-la com urgência.

Fechando o livro, Nisa suspirou.

— Por favor, diga à Sra. Lincoln que não quero vê-la, tire-a daqui, mas se ela fizer barulho, quero retirá-la pessoalmente daqui.

— Sra. Donovan. Seu visitante é Sir. Leon Vásquez.

Sir. Leon Vásquez? Esse nome é bastante peculiar.

— Ele quer ver a senhora.

— Ele está vindo a negócios? — perguntou Nisa, intrigada, quem deveria ser esse Sir. Leon Vásquez. Ela perguntou se seu convidado era um conhecido de seu falecido marido.

— Não tenho certeza, senhora.

— Então, se for esse o caso, vou me recusar a vê-lo.

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Um momento depois, o mordomo de Nisa, volta ao quarto.

— Senhora, Sir. Leon Vásquez é sobrinho de seu marido. Lamento não tê-la informado adequadamente sobre ele.

—Sir. Vásquez esteve no velório de meu marido? — Não — respondeu o mordomo.

Nisa sorriu gentilmente.

— Foi um erro que não causou dano a nenhum de nós. Por favor, o acompanhe para sala de visita, eu estarei lá em alguns minutos — ela disse, Nisa assumiu que o homem queria expressar suas condolências.

Mas foi um grande engano.

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— Bem-vindo, Sir. Vásquez — sussurrou Nisa, não sabia por que estava surpresa, mas ao ver o sobrinho de seu falecido marido, entendeu perfeitamente seu grande espanto, ele era um jovem rapaz de aparentemente vinte e seis anos, o que não fazia o menor sentido esse espanto vindo dela.

— Sra. Donovan — respondeu o recém-chegado de Nisa.

— Sente-se, gostaria de um chá? lanches? Ou até mesmo um rum?

— Obrigado por sua gentileza, mas minha visita é breve.

Nisa aceitou sua decisão, sentou-se e fez sinal para que ele se sentasse.

— É um prazer conhecê-lo. Você é o sobrinho do meu falecido marido.

Sir. Vásquez acariciou com os dedos seus cabelo negros como a noite que lhe caía sobre a testa, ele acabou se sentando firmemente na cadeira em frente a ela.

— Sim — ele afirmou — Sinto muito por sua perda e por ter perdido o funeral do meu tio. Eu estava fora do país e tive notícias assim que voltei para a Inglaterra. Se eu estivesse em casa, teria aparecido para me despedir uma última vez dele.

— Foi um trágico acidente no seu cavalo tempestade —, murmurou Nisa, sem saber o que dizer.

Ele estava sofrendo pela perda de seu tio, e por uma fração de segundo ela desejou que seu marido estivesse vivo, especialmente porque Sir. Vásquez o via como um pai — além de tio — e esperava o encontrar quando voltasse.

— De fato, os detalhes foram me apresentados por seu enteado que escreveu para dar-me essa notícia lastimável — Seu tom de voz era calmo, mas também dispensava comentários insignificantes, principalmente vindo de uma mulher — Você está perto de William?

— Eu não preciso estar perto de William, ele é um homem adulto, Sir. Vásquez — Houve um toque de irritação e indignação ao ouvir minhas palavras, mas não mudaria nada — Foi um prazer em conhecê-lo — Nissan já havia percebido o real motivo de sua presença e não queria ouvi-lo mais.

— Estou curioso, Srta. Donovan, lamento dizer que não foi muito receptiva à minha chegada, principalmente vindo de uma mulher que foi casada.

Nisa sorriu.

— É eu acho curioso, não espere, surpreendente seu jeito é imprudente de falar comigo, principalmente por estar dentro da minha casa. Esse não é um comportamento de um cavalheiro.

— Estou me comportando como um cavalheiro, mesmo que uma mulher como você não mereça.

— O que está querendo dizer com isso? Por favor, me explique o que está pensando sobre minha pessoa?

— Muito bem — ele respirou profundamente e disse — Fiquei surpreso que meu tio tivesse se casado com uma mulher tão jovem...

— E? — Nisa interrompeu rapidamente. Casar-se com seu tio não foi um mar de rosas, ela havia sido entregue a um homem vinte e cinco anos mais velho que ela e se alguém acreditasse que ela havia sido importante para seu marido queria ouvir pessoalmente dessas pessoas, mas agora ela era independente e não precisava de mais ninguém para ser feliz.

— Ele não precisa se casar novamente, ele tinha o seu filho William e vivia muito bem, antes de você aparecer. Convenhamos que a morte dele foi conveniente para sua liberdade repentina, não é? 

Franzindo o cenho, Nisa rapidamente entendeu suas palavras acusatórias.

— Você está me culpando pela morte dele? Sir. Vásquez, isso seria patético e inadmissível, você realmente conhece os fatos que foram entregues. Você não disse que William compartilhou os detalhes? Ou será que você junto ao meu enteado, querem me ver infeliz?

— Sim, ele compartilhou os acontecimentos daquele dia, e não estou acusando você de ter matado ele. Foi um acidente, mas vejo que a morte prematura dele lhe caiu muito bem.

— Eu nunca disse que você estava me acusando, havia dito que estava me culpando, é muito diferente — isso a ofendeu profundamente, mas não era da conta de ninguém, até aquele momento, ele havia insultado dentro da sua própria casa, ela não se importava que seu marido estivesse sido enterrado, mas culpá la de ter o matado foi demais — Portanto, Sir. Vásquez, embora eu o tenha recebido em minha casa, eu peço que se retire imediatamente daqui?

— Sua casa, essa casa pertence a William, e se ele não aceitar, pertencerá à minha mãe, Lady Charlotte Vásquez.

— A casa não pertence a William, pois está em meu nome. A Sra. Vásquez, como foi citado, tem uma parte nela, mas nós dois perfeitamente sabemos que ela não precisa. Então francamente, sua opinião não importa.

Irritado, ele não conseguia acreditar na ousadia que ela tinha, exclamando sua opinião sem se importar com o que poderia acontecer, a opinião dela sempre importante.

— Minha opinião não importa? Essa é a sua opinião, mas devo lhe contar que você não tem direito a absolutamente nada.

— Você pode pensar o que quiser sobre quem deve herdar, mas o simples fato é que esta casa é minha. Então, Sir. Vázquez, tem algo a mais a me dizer?

Suas palavras saíram muito calmas, sua expressão ainda era calma, mas ela estava fervendo de raiva quando foi questionada novamente.

— Meu tio morre alguns meses depois do seu casamento, e você já deve estar com outro, não é?

Nisa riu e não foi uma risada zombeteira, porque não poderia ficar mais brava com essa situação tão vergonhosa.

— Não tenho obrigação de confirmar ou negar nada.

— Você é tão complicada.

— Por favor, saia da minha casa.

Sir. Vásquez não estava acostumado a receber ordens, especialmente quando seus desejos eram ignorados.

— Suas roupas não são para uma viúva, você desrespeitando o meu tio.

— Não é da sua conta, como me visto, me comporto ou falo com as pessoas. Então, por favor, Sir. Vásquez vai embora. Se você não for embora? Terei que literalmente, expulse-o da minha casa.

— Não se preocupe, estou indo.

Ouvindo sua resposta repentina, Sir. Vásquez levantou-se e, sem dizer mais nada, saiu da sala, batendo a porta atrás de si.

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