‹⟨ Episódio 3 ⟩›

Pulo do penhasco com as mãos esticadas e caiu dentro da água. Nado rápido até a coisa de metal que caiu do céu, chegando lá, vejo a pessoa desmaiada. O desprendo do metal que o segurava e o levo para praia, deixo seu corpo fora da água. Analiso a pessoa que eu salvei, ele é um homem?! É algo totalmente desconhecido para mim, primeira vez que entro em contato com algo do mundo exterior. Vejo seus olhos se abrirem revelando seus orbes azuis como o céu.

—cof, cof, cof!—um pouco de água sai de sua boca. Quando se recupera, ele percebe a minha presença. Parece estar hipnotizado—jesus...

—você é um homem?—pergunto curiosa para o mesmo.

—hã... Sim, sim, eu acho que sou—sorrio com sua confirmação—Não pareço um homem?—ele se alto analisa.

Meu sorriso se desfaz e pergunto:

—quem é você?

—eu...

—DIANA!—ouço o grito de minha mãe vindo do alto do penhasco em cima de seu cavalo acompanhada de outras Amazonas—AFASTE-SE DELA!—ele vê o homem ao meu lado.

—ihhh, acho que tô ferrado—ouço o homem.

Do grande arco de pedra da direita, saí Antíope comandando outras Amazonas. O homem assustado se levanta e começa a correr pro lado oposto.

—mas...—os cavalos comandado por minhas irmãs, passam por mim o perseguindo.

—ahhh! Ahhh! Ahhh!—o vejo gritar desesperado enquanto corre. Por Zeus...

Ele não corre nem por 12 metros e o laço de minha tia o agarra, derrubando o homem. Com ele imobilizado, me encontro com minhas irmãs e mãe quando vou até o estranho.

—o que devemos fazer com ele, rainha?—Philippus pergunta ao lado de Antíope.

—devemos mata-lo—Menalippe fala—se ele veio até nós, devemos elimina-lo, antes que outros venham atrás dele!

—não podemos, se o matarmos não saberemos o por que do aparecimento dele na nossa ilha!—Philippus argumenta

—mãe, devemos saber por que ele veio até nós—falo.

—para o palácio—ouvimos a ordem da rainha.

Últimas irmãs se juntam à nós para o interrogatório do homem que chegou a nossa ilha, estamos na sala do trono. A rainha se pôs nas escadas do trono Antíope ao seu lado esquerdo e eu do direito, um degrau abaixo. Várias de nossas irmãs se juntaram a nós nesse momento. Menalippe tem o homem amarrado de joelhos pelo laço de Héstia, ele brilha o forçando a falar.

—eu... Eu sou... Eu sou o Capitão Steve Trevor pilotos das forças expedicionárias americanas. Número de série 814192, é só o que tenho a...—Menalippe aperta mais o laço, o forçando a continuar—ah! Lotado na inteligência britânica...! Que titica é essa?!—ele olha para Menalippe.

—esse é o laço de Héstia. Ele o força a revelar a verdade. Ninguém resiste a ele—falo e sua atenção vem a mim.

—mas queima!

—é inútil continuar assim, e doloroso se resistir—Menalippe completa.

—qual é a sua missão?l—sinto um arrepio pela poderosa voz autoritária de minha mãe.

—escuta, eu não sei que são vocês, mas precisam me escutar. A...

—eu perguntei: qual é a sua missão?!—a voz da rainha levanta o tom.

—eu... Eu... Eu sou um espião!!—ele sucumbi ao laço—isso... É isso.

—como veio parar em Themyscira?

—eu fui infiltrado no exército alemão para descobrir os planos e armas que eles tem. O governo britânico suspeitava que os nossos informantes estavam errados, pois informaram que o governo Alemão não possuía armas ou qualquer vantagens... Mas estavam errados. Descobri que os alemães estavam desenvolvendo armas novas, bombas, gases nunca antes visto pelo homem. Eu vi o que isso fez com uma pessoa, é horrível, desumano. O único jeito de termos vantagem e vencermos essa guerra, é se eu entregar esses planos para o governo britânico. Acabaram me descobrindo e tive que escapar, meu avião foi abatido e caí nessa ilha. De alguma forma, eles não me encontraram—a magia de Zeus nos protegeu.

—guerra?—pergunto e o homem volta para mim.

—sim! Guerra! Uma guerra de anos! Pessoas inocentes morrendo, suas casas sendo tomadas. Sendo mortas por simplesmente existirem. Sem chances de se defender ou como se defender. Mulheres, crianças, crianças sendo mortas todo dia, todo santo dia—minhas lágrimas aparecem em meus olhos por pensar em tamanha atrocidade—nunca vi algo parecido antes. É algo desesperador!

Só conheço um ser capaz de trazer tamanha atrocidade ao mundo, sem pena de todos querendo somente o caos, por que isso o alimenta, isso lhe dá o poder de Deus. Ares. Olho para minha mãe visivelmente abatida com as palavras desse homem, ela parece sentir um pouco do mesmo que eu.

—o que devemos fazer com ele, minha rainha?—Artémis pergunta quando saímos da sala do trono após o interrogatório.

—cuidem para que ele cure os seus ferimentos, depois o lancem na prisão. Não podemos arriscar que mais deles venham para cá—minha mãe responde.

—eu voto por matar—Atémis fala tranquila.

—mãe!—a chamo. Passando por sua guarda real as fazendo parar com o meu chamado—ouviu o que aquele homem disse. Só pode estar falando do Ares!

—que quer dizer, criança?—ignoro a pergunta de Philippus.

—você mesma disse: Zeus criou o homem para ser justo e bom, somente Ares deve estar por traz disso, assim como no passado—argumento em sua frente.

—isso foi só uma história, Diana—ela revira os olhos—o mundo dos homens... Não é como você imagina. É cruel.

—isso é o que a senhora diz. Devemos salvar esse mundo. Como Amazonas, esse é o nosso dever!—falo para todas—eu levarei o homem de volta ao seu lar e impedirei essa guerra. Matarei Ares—demonstro minha determinação.

—você não fará nada!—sua voz se levanta—agora deixe disso. O mundo dos homens está perdido, esqueça essas coisas!—ela se vai seguida por sua guarda mas Antíope fica.

—acredito em você, Diana—ela fica ao meu lado enquanto estou desamparada por minha mãe não me apoiar—Hipólita tem medo de perde-la, ela é mãe. Mas se acredita no que fala, eu não tentarei impedir—ela se vai.

Vou até a sala onde tratamos nossos ferimentos. Foi aqui que trarei os mais variados tipos. Lembro-me da vez em que Philippus estava me treinando e derrubou uma pedra gigante que caiu em direção a um grupo de Amazonas despercebidas. Antes que eu pudesse fazer algo, Philippus disparou uma flecha em minha perna e disse para mim pensar em como salva-las. A força, nem sempre é útil.

Quando chego na sala, vejo o homem sendo curado pelo raio de cura púrpura.

—ah, olá—ele se surpreende com a minha presença. Ele está sem camisa. Posso dizer que ele não está fora de forma.

—vim ver como estava—adentro a sala ficando ao seu lado da cama onde foi curado.

—bom, como pode ver—ele mostra o braço onde avia os ferimentos e que agora, está curado—estou bem. O que é isso?—ele aponta para o projetor do raio de cura púrpura.

—é o raio de cura púrpura—o repondo.

—e como se chama?

—raio de cura púrpura—falo com um sorriso gentil no meu rosto.

—ah, ok...

—o que é isso?—pergunto indicando o objeto em ao seu lado.

—ah, é... É um relógio. Vocês não tem isso aqui, né?—balanço negativamente a cabeça—é uma coisa que indica o horário do dia.

—ah, bom, isso pode se ver pela posição do sol—falo inocentemente.

—sim, mas é mais prático pelo relógio. Ele era do meu pai. Meu pai foi um homem muito importante para o exército americano. Enquanto estou com ele, me sinto perto dele—sinto um sentimento de sinceridade nas suas palavras. Isso me toca.

—você é um bom homem, Steve Trevor—falo.

—obrigado.

—você, homem—Ártemis surge com Venelia—vamos para sua cela.

Ele levanta sem protestar e as acompanha. Eu não vou deixar que o mundo morra, isso não é certo. Ficar parada enquanto uma guerra acontece fora dessas barreiras mágicas é ignorância, mesmo que as Amazonas não queiram qualquer relação com esse mundo. Me desculpe mãe, mas não posso ficar parada.

[...]

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