‹⟨ Episódio 1 ⟩›

Ponho a cabeça pra fora de traz de uma pilastra, averiguando se ela está perto. Não! Hora de sair. Saio com a confirmação de que ela não está perto. Quando estou para sair do grande corredor com grandes pilastra, ouço a pessoa que dá qual estou fugindo.

—DIANA!—Philippus me chama—volte aqui!

Não dou ouvidos para ela e saio correndo, ouço ela bufando e vindo atrás de mim. Passando pelas nossas irmãs, as ouço me comprimentando.

—oi, Diana!

—olá, Diana!

—tenha cuidado!—sorrio em retribuição enquanto corro.

—DIANA!—acelero mais minha corrida e a vejo ficar para trás.

A minha frente, vejo o penhasco atrás do pequeno muro. Subo nele e observo Philippus vindo, antes dela me pegar, pulo dali, vejo as árvores e folhas enquanto vou caindo. Antes de cair em outro muro, uma mão agarra meu braço esquerdo e acabo ficando pendurada. Quando olho brava com quem impediu a minha magnífica proeza, um sorriso toma o meu rosto ao ver quem é.

—oi, mamãe!—digo sorridente para ela.

—Diana...—ela suspira aliviada. Provavelmente por que impediu a minha proeza.

Faço um carinho no cavalo de minha mãe enquanto ela me lava montada a sua frente, ao nosso redor estão as acompanhantes fiéis de minha mãe. Venelia, Menalippe, Philippus, Ártemis e minha tia e sua irmã, Antíope, tirando as outras guerreiras que formam a guarda real.

—deve tomar mais cuidado, Diana!—começo a levar a sua bronca—não pode agir com irresponsabilidade!

—mas mãe, eu gosto de aventura, gosto de sentir e...

—eu sei, Diana, mas você...

—deixe-a fazer o que quer, Hipólita—Antíope a interrompe—já a impediu de trinar conosco. Ela deveria se preparar para uma possível guerra, treinando com nossas irmãs. Sabe que devemos nos preparar para tudo, inclusive contra o...

—uma guerra que está só em sua cabeça. Ela é a única criança da ilha, deixe-a ser criança!—ela fala firme.

—mas mãe, eu gostaria muito de trinar...!

—já está decidido que não, Diana! Não insista!—acabo por ficar quieta enquanto cavalgamos.

Depois de terminar o passeio com a minha mãe, ela se foi para resolver problemas da ilha, aproveito para dar mais uma escapada correndo pela nossa bela cidadela. Vejo os cavalos livres correndo nos campos, minhas irmãs no mercado. Enquanto passo por uma de nossas ruas, vejo a grande estrutura que se destaca.

Nela, estão as armas mais lendárias usadas por nosso povo nas guerras, incluindo na Última Guerra, algumas armas se perderam pelo mundo, assim como a Armadura da Águia Dourada, usado pela grande Astéria, que ficou para trás para segurar os homens, quando nosso povo fugiu para essa ilha. Minha mãe conta histórias sobre seu tempo de guerra, eu fico maravilhada com os olhos brilhando a cada palavra que ela conta minha alma se enche com minha vontade de ser como ela, ser como a minha mãe: a grande Hipólita.

Quero fazer o bem também, lutar por pessoas que não podem lutar, como a minha mãe fazia. A minha curiosidade para ver as grandes armas que tem atrás daquela grande porta guardada por duas guardas com suas lanças enormes e escudo é gigantesca. Passo só observando, já que ainda não posso entrar ou consegui... Ainda.

Sigo correndo para o campo de treinamento. Quando chego, me escondo atrás de um grande vaso de mármore, observo o campo aberto com vários equipamentos e obstáculos para ajudá-las a se superar cada vez mais, se tornando guerreiras mais impiedosas. Fico maravilhada com os reflexos delas.

Meus olhos percorrem todo o campo e encontram os de Antíope e Philippus que me enviaram, o olhar de Antíope me faz entender que é melhor não estar aqui, minha mãe não pode desconfiar. Sorrio gentil para ela que comanda o treinamento e sigo embora dali.

A noite caí e me encontro sentada na minha cama esperando minha mãe que vem sempre me dar boa noite. Espero que ela conte histórias para mim, amo quando ela faz isso.

—hora de dormir, Diana—a vejo entrar pela porta do meu quarto. Ela vem até mim para me ajeitar para dormir.

—mãe, e se eu usasse só uma espada?—falo enquanto sou coberta pelo cobertor, apoiando minha cabeça no meu braço direito.

—lutar não a torna uma heroína, querida.

—então só um escudo, nada afiado—tento convencê-la.

—Diana, eu a amo demais. Amo tanto, que eu mesma a esculpi no barro e implorei a Zeus para lhe dar vida—vejo seu lindo sorriso enquanto está sentada ao meu lado.

—você já contou essa história—falo meio decepcionada, pois não gosto de histórias repetidas.

—e é por isso—ela se levanta e vai até a mesa do cômodo e pega um livro—que contarei a história das Amazonas e do meu tempo de guerra.

—simm!—digo alegre.

—e verá que uma guerra não é algo para ser desejado—ela volta para minha cama e me sento ao seu lado para ver as ilustrações do livro enquanto ouço sua história—Antes do mundo chegar onde ele chegou, os Deuses reinavam sobre a terra, admirados pela sua criação: os homens. Zeus, o rei dos Deuses era o mais poderoso entre todos, se importava demais com a sua criação. A raça humana, como assim foi chamada, era boa, todos tinham em seu coração alegria e compaixão. Mas, o filho de Zeus, Ares, sentia inveja da sua criação e implantou ódio e maldade nos corações dos homens. Para tentar mudar isso, por ordem do líder supremo dos raios, as deusas criaram novos seres. Mergulhando as almas de mulheres mortas no mar Egeu e dele emergiu nós, as Amazonas. Conseguimos encher os corações dos homens com compaixão e uma paz se instaurou. Mas... A paz, não durou. A escravidão das Amazonas se iniciou. Depois de anos de sofrimento, liderei a libertação de nosso povo e uma conflito se iniciou. Mas Ares não ficou parado e com seu exército de criaturas monstruosas, atacou as Amazonas e a humanidade, querendo destrui-las por fim. Os Deuses, liderados por Zeus, saíram em nossa defesa. E assim, se iniciou a Última Guerra. Quando os Deuses enfrentaram o Deus da guerra, Ares os matou, um a um até que sobrasse o próprio Zeus. No final da batalha, Zeus usou todo o poder que ainda lhe restava contra seu filho, o obrigando a recuar. Fim, por hoje—ela fecha o livro.

—ahhh!—fico triste e faço beiço.

—a história é essa por hoje, hora de dormir.

—tá bom!—me dou por vencida e me ajeito nas cobertas em minha cama.

Minha mãe vem até mim e deposita um beijo em minha testa e se vai dando boa noite. Depois de alguns minutos, esperando a confirmação de que ela já tinha ido, me levanto e pego minha capa, saio do palácio e sigo para o ponto de encontro. Me escondo e evito toda a guarda que ronda a noite, saindo das vistas, sigo para o campo de treinamento e adentro a floresta perto. Quando chego em um determinado ponto, vejo a caverna iluminada por uma luz de tocha, caminho até lá e a vejo segurando uma lança.

—pronta?

—sim!—confirmo a pergunta de Antíope.

Me entregando a lança, ela me ensina movimentos com a arma. Ela é a melhor e mais feroz guerreira entre nós e ser treinada por ela, é uma honra.

—pulso firme, concentração!—faço o que ela diz—visualize seu inimigo, foque nos olhos, é por onde preverá seus movimentos! Agora, comigo!—a vejo fazer movimentos de golpes coma a lança e a acabo a seguindo.

Treinamos por um longo tempo mas paramos por um minuto para descansar e recuperar a energia.

—sua mãe lhe contou que história hoje?—ela se senta ao meu lado se encostando na parede da caverna junto a mim.

—sobre os tempos de guerra dela e os Deuses. A Última Guerra—falo.

—conte-me o que ela te disse—conto cada palavra que ouvi saindo da boca de minha mãe—mmm, sim, foi exatamente isso. Mas sua mãe também não lhe contou algo.

—o que?—fico curiosa em saber.

—depois de derrotar Ares, Zeus, no seu último sopro de vida, nos deixou uma arma, poderosa o bastante para matar um Deus—fico maravilhada e sorridente com tamanha revelação. Nunca ouvi falar dessa tal arma.

—que arma é essa?—pergunto querendo saber mais.

—seu nome é Matadora de Deuses.

—e onde ela está?

—ora, pergunte a sua mãe—ela se levanta e nem me sobra tempo de fazer outras perguntas pois já começa outra rodada de treinamento, assim se seguiu a maior parte da noite.

No dia seguinte, caminho junto de minha mãe como de costume. Paramos em um de nossos penhascos observando a ilha de baixo. Me apoio no muro para ver mais e minha mãe me paga de surpresa no colo, me possibilitando ver mais do nosso lar.

—olhe para isso, Diana. Tudo isso, foi nos dado pelos Deuses, tudo. Não é belo?—seu olhar brilha admirando a criação dos Deuses. Realmente é belo, as águas calmas que se movimentam no mar e o vento que leva as folhas verdes das grandes árvores, toda a natureza aqui é linda e cheia de vida.

—mas... E a matadora de Deuses?—lanço a pergunta que me segurei desde que acordei em fazê-la. Melhor ser de surpresa.

—Matadora de Deuses?—ela me põe no chão estranhando minha pergunta, como se não soubesse do que estou falando.

—é! A arma poderosa o suficiente para matar um Deus!—específico.

Me vejo frente as portas da grande torre onde fica nosso arsenal. É aqui que ela fica? As guardas abrem a grande porta e adentramos, meus olhos se enchem com as preciosidades, armaduras, espadas, escudos, tudo é fantástico! No centro, vejo uma espada em destaque com umas estruturas a envolvendo destacando a sua beleza.

—é linda!—elogio.

—é sim—minha mãe observa.

—quem poderia empunha-la?—pergunto.

—só a mai feroz de nós consegue faze-la liberar o seu poder total. E você não é uma delas—minha mãe vem para trás de mim e pousa suas mãos nos meus ombros—não precisa se preocupar, Diana. Sempre estaremos e estará segura aqui. Nunca precisaremos empunha-la.

Sorrio em determinação de um dia poder erguer essa espada e mostrar quem sou. Esse dia pode demorará, mas chegará.

[...]

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