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Hermione sempre achou que depois da guerra não teria mais como violência e sangue lhe surpreenderem, inclusive acreditava que grande parte do seu sucesso com o trabalho na defensoria pública vinha dessa completa falta de sensibilidade para tais coisas. Não era uma qualidade para se gabar, mas acreditava piamente que corpos com e sem vida, sangue em ampolas ou em cima de uma pele, e até mesmo o odor de pele queimada nunca mais iriam lhe revirar o estômago ou causar vertigem.
Mas isso era o que achava.
Pois nada iria lhe preparar para as cenas que viu.
Tudo aconteceu tão rápido, num momento observava Harry chutando a porta, no seguinte feitiços eram disparados e o cheiro de magia podia ser sentido sem esforços. A voz de Draco era uma das mais altas no local, ele lançava uma quantidade absurda de feitiços contra o Parkinson.
O homem revidava, tinha uma face quase maníaca de diversão, mas não contava que Hermione e Blaise fossem se meter, e mais que isso, que iriam atacar com igual violência. Mas foi o que recebeu. Assim como ele não esperava o ataque, e Hermione sabia que isso iria assombrar seus dias, ela não esperava pelas imagens que se seguiram e iriam atormentar seus pesadelos por anos.
Pansy meio presa na parede completamente ensanguentada, banhada no mais puro vermelho.
Pansy com vários cortes e a roupa esfarrapada, exalava cheiro de queimado e sangue.
Pansy desmaiada e pingando sangue no chão, que era uma poça meio coagulada.
Pansy parecendo muito mais morta do que viva.
Hermione precisava olhar, fazia parte das ordens do ministro, usariam as memórias dos quatro no julgamento, mas não sabia o que isso custaria, não sabia se conseguiria lidar com aquilo, teoricamente deveria ver o escritório por completo, observar aquele monstro ser preso, o máximo de testemunhas possíveis... Teoricamente.
Mas Hermione só via Pansy.
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