Passaram dois dias completos desde os ocorridos no tribunal, e durante eles Parkinson praticamente morou com Draco.

Desde o julgamento, Pansy tinha ficado hipersensível e não se orgulhava disso.

Porém, é difícil manter qualquer dignidade quando se está chorando ao vento, tão parecida com seu eu adolescente quando descobriu todos os termos do seu contrato. Draco não falava muito; de certo modo, Pansy sabia que ele não tinha muito a dizer para lhe consolar, mas sempre estava ali, fosse apenas como uma presença constante ou trazendo alguma bebida quente. Quando o choro era muito intenso, ele a abraçava, sem palavras de conforto, apenas um aperto constante. E isso era bem melhor do que promessas vazias.

Malfoy, de fato, não tinha muito a dizer, não quando possuía uma pressão opressiva na garganta. Queria chorar junto da amiga, entretanto poucas vezes viu Pansy fraquejar e tinha certeza que ela iria se fazer de forte caso ele se perdesse em lágrimas.

Draco faria de tudo para que esse inferno na vida deles cessasse. Se pudesse, casava com Pansy naquela tarde, apenas para garantir uma liberdade provisória.

Ele faria tudo por ela, assim como ela tinha feito mais de uma vez tudo por ele.

Não importava os sacrifícios.