♡Capítulo 41 - O retiro
Sinto sacudidas em meu corpo que me despertam de meu querido sono. Mal consigo abrir os olhos, apenas ver de forma embaçada a minha mãe na minha frente me chamando.
ㅡ Mãe. Me deixa dormir. É domingo e nem tem aula hoje. ㅡ Falo ainda sonolenta e me viro para o outro lado da cama.
Minha mãe respira fundo e me vira de volta. Agora ela parece ter menos paciência.
Isso só me faz bocejar ainda mais.
ㅡ Levanta logo dessa cama Beatriz. Hoje você tem que ir pro encontro com os jovens cristãos, esqueceu? ㅡ Informa e eu abro meus olhos arregalados no mesmo instante.
Ah não. Eu tinha esquecido.
ㅡ O quê? Por que não me avisou antes mãe? ㅡ Questiono me levantando rapidamente da cama.
ㅡ Eu tentei, mas a senhorita aqui não colaborou. ㅡ Afirma de braços cruzados.
ㅡ Ta. ㅡ Falo tirando minhas pantufas e corro em direção ao banheiro.
Tomo meu banho rápido desesperadamente. Depois de escovar bem meus cabelos, passo uma make o mais básica possível, já que irei para o ar livre.
Agora volto ao quarto e abro meu guarda-roupa em busca de algo bom para vestir. Não demoro a escolher, e coloco uma saia plissada tule branca e longa, uma T-shirt meio rosada com "paz" escrito em preto e com detalhes de bolinhas brancas nas mangas. Para completar, coloco um sapatenis.
Decido não colocar nenhum acessório, já que pode me atrapalhar, então finalizo o look com apenas um pouco de perfume. Agora pronta, me olho no espelho uma última vez.
ㅡ Vem logo Bia. ㅡ Ouço minha mãe gritar.
ㅡ Tô indo. ㅡ Berro de volta pegando minha mochila, que felizmente ontem eu já havia arrumado com tudo que precisaria.
Apenas coloco meu óculos escuro, que antes eu não iria levar, mas agora mudei de ideia.
Saio do quarto e vou em direção à sala. Agora sim estou pronta para ir ao retiro.
Me despeço de meus pais com um beijo. Eles apenas me pedem para me cuidar e me divertir lá.
Vou até a igreja combinada caminhando, já que não é longe o suficiente para ir de uber, ㅡ os jovens se encontrarão em várias igrejas específicas, e terão vários ônibus para levar todos.
Ao chegar, vejo mais cinco jovens comigo. O que me deixa triste é não encontrar Fernanda e nem Arthur aqui.
Quando o ônibus chega, vou até ele e me sento em um dos bancos. Coloco louvores nos fones de ouvido, para animar a pequena viagem.
Acho que demoramos quase trinta minutos para chegar no local de encontro, mas quando chegamos, todos descemos muito animados.
Percebo que há vários outros ônibus aqui, e que o pastor que organizou o retiro conversa com os outros instrutores. Mas não demora muito e o pastor pede para todos fazerem silêncio para ele começar sua fala.
ㅡ Olá meus queridos jovens de Cristo. Estamos aqui para mais um retiro, que esse ano temos jovens de várias igrejas da cidade reunidos por ser um encontro especial. Como vocês sabem, não terá acampamento, mas trouxemos vocês à um lindo lugar para se sentirem mais próximos do Criador, e ao mesmo tempo fazermos dinâmicas em que vocês jovens estejam trabalhando juntos. Esperamos que seja uma ótima experiência pra todos vocês, então qualquer dúvida podem me consultar. Nós teremos muitas atividades valendo pontos, e algumas delas com um forte significado, mas ao decorrer do passeio vocês saberão. Agora vocês serão divididos em grupos. Serão quatro grupos com seis pessoas em cada um. Para sabermos qual é o grupo, vocês pegarão fitas que representam a tal cor. Cada grupo terá seu instrutor, para ficar mais fácil. Podem vir pegas as fitas. ㅡ Explica e todos vão em sua direção rapidamente.
Corro junto com todos para pegar alguma fita. Tento ser rápida e pegar para ficar no mesmo grupo que Fernanda, mas não consigo. O grupo se enche. Fernanda e Arthur conseguem ficar no grupo amarelo e eu acabo ficando no vermelho.
E se formam os grupos vermelho, amarelo, azul e branco.
Aceno para Fernanda de longe, meio chateada e ela acena de volta também cabisbaixa. Não vamos os três ficar no mesmo grupo, mas pelo menos fiquei em uma cor que gosto.
ㅡ Pessoal. Agora que todos estão em seu devido grupo, vou informá-los em como funcionará. Primeiro teremos uma atividade competitiva, mas que carregará um significado por trás. Depois outros jogos competitivos apenas para entretenimento e para incentivar exercícios físicos de forma mais divertida. Tudo valerá pontos para cada time vencedor. ㅡ Afirma.
Todos começam a comemorar muito animados, mas então o pastor pede silêncio mais uma vez para continuar.
ㅡ Agora vocês vão pra primeira dinâmica. Eu e minha equipe espalhamos exatamente sessenta objetos pelo local alugado, mas não se esqueçam que não devem sair da parte cercada por faixas amarelas de restrição. Não queremos que se percam na floresta. Mas voltando ao assunto, vocês encontrarão cestos espalhados por aí, que dentro irão conter surpresas que depois iremos explicar melhor. O time que pegar mais desses objetos vence. ㅡ Explica.
Me alegro. Estou muito ansiosa para saber como vai ser esse retiro tão diferente.
Depois de mais algumas instruções e regras, o pastor permite que todos vão procurar e caçar os tais objetos.
Vou com meu grupo para dentro da floresta, saindo da área de estrada mais aberta que fica na entrada do local.
Procuro ansiosa pelos cestos em silêncio, por não saber o que falar aos outros jovens que também estão concentrados.
Quando nos separamos, caminho mais atenta pelas árvores. Não quero fazer meu time passar vergonha. Espero achar pelo menos um dos cestos.
Ando mais e percebo que estou dando voltas por um bom tempo, mas paro para retirar meus fios de cabelo que estão presos nos galhos novamente.
Quando termino, consigo ver um cesto escondido entre duas árvores que estão meio coladas, então corro até lá. Como as árvores são altas, coloco um pé em uma delas, e estico meu braço esquerdo até conseguir finalmente pegar o cesto.
Quando desço, me assusto ao ver um esquilo. Disseram que aqui não tem animais, e isso é meio esquisito, mas ignoro já que é apenas um esquilo.
Curiosa, abro o cesto em minhas mãos. Nele encontro uma pedra, mas não uma pedra comum. É uma pedra extremamente bonita, diferente e única. A cor dela é roxa, e quando a coloco em direção ao sol, consigo ver um maravilhoso brilho nela.
O que achei estranho é ser uma pedra. Espero achar outras coisas mais legais para levar com meus colegas.
Guardo a pedra de volta e continuo a caminhar, em busca de mais objetos.
Ando por um bom tempo, sem encontrar completamente nada. Isso me faz suspirar de frustração.
Cansada de caminhar, paro um pouco e me encosto em uma árvore qualquer. Alí mesmo, pego minha garrafinha e bebo um pouco de água. Para minha felicidade, a água não está quente, já que a garrafinha é térmica.
Fecho minha garrafinha enquanto regulo minha respiração. Ainda bem que não coloquei muita maquiagem, já que eu poderia suar e estragar a mesma.
Ouço um barulho de galho quebrando que me assusta. Penso se não deve ser outro esquilo. Então quando tomo coragem, viro-me para ver o que é, mas sem aviso prévio alguém pula do meu lado, me fazendo cair junto por conta da bolsa de alça que está usando.
Quando me levanto confusa e viro para o lado, vejo Fernanda pegar um cesto ao lado da árvore e segurar firme em suas mãos.
ㅡ Fer? ㅡ Limpo minha roupa cheia de folhas.
ㅡ Desculpa Bia. Quando eu vi que você estava prestes a achar o cesto, eu tive que correr pra pegar. Não poderia perder essa oportunidade. ㅡ Explica ofegante.
Eu até ia perguntar o porquê de querer tanto pegar o cesto, mas então me lembro que Fernanda é meio competitiva.
ㅡ Tudo bem. Pode ficar com ele. ㅡ Digo. ㅡ E aonde está o Arthur?
ㅡ Nos separamos. Não dá pra trabalhar com ele. Ele é muito lerdo pra andar. ㅡ Afirma retirando uma pedra do cesto.
Dou risada com sua fala. Arthur não pode nem sonhar que ela disse isso.
ㅡ Agora tenho que ir Bia. Vou procurar mais cestos. ㅡ Informa guardando de volta a sua pedra.
ㅡ Ta bom. Tchau e boa caçada. ㅡ Digo risonha e Fernanda vai embora.
Que estranho. Não imaginei que todos os cestos teriam essas pedras. E a que Fernanda tinha em mãos, era de outra cor. Era uma pedra que também brilhava, e que não tinha exatamente uma cor, talvez fosse branca, não sei. Só sei que era meio transparente e bem bonita.
Ignoro esse fato estranho e volto a andar. Até agora só encontrei um cesto, o que é muito pouco comparado a todos que estão espalhados.
Perambulo pela floresta. Realmente é muito difícil achar aqueles cestos. Estou aqui há um bom tempo apenas caminhando.
Começo a andar mais rápido para achar logo alguma coisa, mas acabo apenas tropeçando. Não e fácil andar por aqui.
Me levanto e limpo minha roupa já cansada. Até que vejo um cesto camuflado dentro de um pequeno buraco que está atrás de uma árvore bem grossa.
O cesto está bem escondido.
Pego o mesmo e o abro sem pensar duas vezes. Finalmente encontrei alguma coisa. Dentro dele, retiro uma nova pedra. Essa é da cor de um amarelo bem forte, mas tem um formato um pouco diferente das outras, porém, não deixa de ser bela.
A guardo novamente e me levanto animada. Continuo então a minha jornada animada.
Caminho por mais um tempo, mas sem encontrar nada decido voltar ao lugar de encontro. Espero que o que encontrei seja o suficiente.
Nas árvores dá para ver placas com setas que informam o lado correto para voltar, o que facilita muito para mim. No caminho vejo três pessoas do time branco ㅡ que indentifico pela fita em seus braços ㅡ que estão conversando e parecem felizes pelos seus progressos.
Ao chegar no local de encontro, vejo que quase todos já estão lá. Apenas faltam alguns do time azul e um ou outro do amarelo.
Esperamos por uma parcela de tempo, até que todos estão reunidos novamente.
Todos mostram para o pastor o que acharam. Começou pelo time branco, que encontrou apenas 9 pedras. Depois o time amarelo, que encontrou 28 pedras ㅡ com certeza deve ter sido os que mais acharam. Dá para ver no rosto de Fernanda muita satisfação e alegria por ter ido bem na "prova". Algumas das pedras são muitíssimo lindas, de cor e tons azuis diferentes, e algumas meio esverdeadas e também de outras cores.
Depois eu e meu grupo ㅡ que é o vermelho ㅡ mostramos nossas pedras. No total achamos 11 pedras, o que não foi muita coisa, mas pelo menos sei que me diverti.
E por fim, o último grupo. O grupo azul se aproxima do pastor e mostra as pedras, mas quando vejo Danilo entre eles, eu me torno uma própria pedra. Fico simplesmente paralisada e extremamente nervosa.
Não tinha o visto antes, e nem pensei que viria. Tudo bem que antes de terminarmos ele estava animado com o retiro, mas não me passou pela cabeça depois que ele realmente estaria aqui.
Vejo que seu grupo encontrou 12 pedras. Apenas uma a mais que o meu. Eu sei que Danilo deve ter me visto quando fui lá na frente, mas pelo visto ele soube muito bem fingir que não.
Faço o mesmo que ele e apenas ignoro. Quero prestar atenção no que o pastor irá falar agora.
ㅡ Primeiro eu gostaria de parabenizar a todos vocês, que independente do resultado o importante é terem se esforçado e ajudado os parceiros. O resultado pela minha conta com os instrutores, foi que o time branco ganhou 4 pontos. O time amarelo ganhou 10 pontos, o vermelho 6, e o azul ganhou 7 pontos. ㅡ Informa.
Fico feliz pelo resultado do meu time, que embora não tenha sido super bem, foi um bom resultado e estou contente com isso.
ㅡ Agora quero um minuto da atenção de cada um de vocês. Eu sei que essas dinâmicas servem de entretenimento e para unir nossos jovens da igreja, mas não mandei vocês procurarem aqueles objetos apenas para isso. Como eu disse, essa atividade tem um significado por trás. Vocês encontraram belas pedras, todas da mesma espécie, porém cada uma única e diferente em si mesma. E não sei se vocês perceberam, mas essas pedrinhas brilham, e onde quer que elas estejam, iluminam o lugar. Mas mesmo com a mesma função, elas ainda sim têm suas próprias características individuais. Em meio àquele cesto elas brilhavam, e mesmo sendo retiradas de lá em meio à natureza, elas ainda sim se destacavam de forma natural. O que quero que vocês jovens entendam com isso, é que assim como essas pedras devemos ser luz na escuridão. Devemos fazer a diferença nesse mundo, e ser sal e luz da terra, espalhando o amor e a luz de Cristo. Assim como essas pedras, nós a igreja, temos a mesma função de ser luz, mas devemos nos lembrar que ainda sim somos únicos e individuais. Cada um de vocês têm algo em comum, que é ser filho, mas vocês nunca devem se esquecer que não precisam ser igual a tal irmã ou irmão. Você ainda é único, e Jesus te ama desse jeito. Então meus jovens, levem luz aonde forem, mas ainda sim se lembrando de quem vocês são. Cada um de vocês têm seu próprio relacionamento com Jesus, um propósito diferente, mas mesmo sendo únicos e diferentes, vocês mesmo em um cesto escuro conseguem levar uma luz natural, que é fruto do amor e da graça do Senhor. Lembrem-se também da lua, que é iluminada e linda, mas essa luz não é dela mesma, e sim do sol que a ilumina. O mesmo com vocês que são guiados pelo Espírito Santo, e carregam a luz que não é de vocês, mas de Cristo. Pois dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. ㅡ Prega e no final todos aplaudem.
Me alegro com essa reflexão que o pastor nos fez ter com algo tão simples que é uma pedra. Isso me faz pensar melhor sobre o assunto, e todos parecem da mesma forma também.
ㅡ Glória à Deus irmãos. ㅡ Finaliza o pastor e todos repetem a fala.
Isso é realmente emocionante. Eu sabia que seria interessante e bacana vir e até conhecer outros cristãos, mas não imaginei quão intenso seria. Creio que Deus falou no coração de muitos aqui hoje. Foram belas e sábias palavras.
E agora, a esposa do pastor toma a palavra. Ela fala sobre fé, constância e perseverança. Diz que nós ainda teremos muitas escolhas difíceis na vida para tomar, mas que estando enraizados conseguiremos tomar todas elas. E que nunca devemos nos esquecer de quem é o nosso Deus.
Todos contentes aplaudem as palavras faladas.
ㅡ Agora que já tivemos um momento de reflexão, iremos começar os jogos competitivos de verdade. ㅡ Avisa o pastor.
Nós o seguimos até uma outra parte próxima à floresta, mas que tem um campo mais aberto. Nele consigo ver quão trabalhoso deve ter sido organizar tudo. Foi arrumado todo um cenário para essa dinâmica.
ㅡ Agora nós iremos dar uma breve pausa para comer alguma coisa, mas depois vocês jogarão um pouco de queimada para aquecer. Venha cada grupo com seu instrutor e coma, depois de um tempo voltaremos às atividades. ㅡ Afirma o pastor.
Após comermos e descansarmos um pouco, chega a hora da queimada. Sempre amei jogar queimada.
Ficou os times vermelho vs amarelo e azul vs branco. O jogo foi bem rápido e divertido. Meu parceiro eliminou Fernanda, mas foi eliminado por Arthur quando se distraiu. Depois de outros irem se eliminando, sobrou apenas eu e Arthur, mas com muita habilidade consegui eliminá-lo e vencer o jogo, o que me deixou muito feliz e garante 5 pontos a mais para o meu time ㅡ e para o time azul também, que venceu o time branco.
Agora vamos todos para uma parte onde há vários obstáculos. É um desafio de corrida com vários obstáculos para chegar até o final, onde o time que vencer ganhará 5 pontos. O pastor disse que devemos ser insistentes nesse jogo e não desistir, para aplicar isso em nossas vidas também.
ㅡ Cinco, quatro, três, dois, um e já. ㅡ Grita o pastor e sua esposa aperta um objeto que faz o som de "zumm".
O jogo começa e todos se apressam. Começamos a correr. O primeiro obstáculo que já vejo, são barras. Nós então corremos pulando por cima de quatro delas.
Quando chega na parte das barras encruzilhadas, fico meio confusa, mas logo passo por elas muito cuidadosamente. Abaixo meu corpo e tento colocar minhas pernas, braços e cabeça no lugar correto como estratégia para conseguir passar por todas elas que bloqueiam a corrida.
Com muita concentração e determinação, consigo finalmente passar pela última barra que foi a mais difícil.
Vejo que o time amarelo fica para trás sem conseguir passar, com exceção a Fernanda que continua ágil no jogo.
Continuo a corrida até chegar em um novo obstáculo. Há três grandes buracos em minha frente que bloqueiam a passagem. Dois estão cheios d'água e outro está com lama. Para passar neles, apenas há uma tábua de madeira que exige muito equilíbrio.
Todos conseguem passar os dois primeiros buracos, mas no último, que a tábua é mais fina, dois integrantes do time branco caem deixando apenas 4 restantes no jogo.
Eu fico assustada, mas ainda assim tento passar pela tábua com muito cuidado. Eu quase me desiquilibro no final, mas me inclino para frente caindo na grama.
Volto a correr com os outros. Nós corremos por uns dois metros, até que chegamos em mais um obstáculo. No meio da corrida, duas pessoas desistem por cansaço, sendo elas uma do time branco e outra do azul.
No novo obstáculo, nos deparamos com uma grande parede de escalagem que bloqueia nossa passagem. Para escalar a mesma, nós colocamos fios em nossas roupas que nos auxiliará a subir, e se cairmos será em um colchão macio inflável.
Começo a subir na alta parade. Enquanto escalo, consigo ver Danilo ao meu lado muito concentrado, então para passá-lo, tento me apressar, mas infelizmente tropeço e quase caio. O que não me deixou cair foi meu fio enganchar e eu segurar com uma das mãos, que agora está escorregadia.
Quando penso que já é o meu fim, uma pessoa do time branco me ajuda e eu consigo prosseguir, porém por conta disso, a pessoa acaba caindo e perdendo a corrida.
Olho para baixo me sentindo culpada e com pena, mas me lembro que não tem como eu ajudar, então volto a escalar. E quando chego no topo, desço do outro lado da parede por um escada na própria parede.
Continuo correndo, mas percebo que dois integrantes do meu time não estão mais aqui, o que significa que sobrou apenas eu e mais três.
Corro por mais um tempo, conseguindo alcançar o time azul e Fernanda que estavam na frente. Paramos quando vemos um novo obstáculo, que dessa vez é aparentemente uma espécie de brinquedo inflável. Daqueles de festa de criança, porém maior.
Passo por dentro de uma passagem estreita e redonda, que inslusive é bem quente. Em seguida, subo a escadinha que encontro, tentando ser mais rápida. Eu escorrego algumas vezes, mas consigo subir junto com os outros e então desço pelo escorregador inflável.
Quando chego numa piscina de bolinhas ㅡ todas elas azuis ㅡ leio na placa que informa que devemos encontrar as bolinhas brancas. Procuro nervosa, e apenas depois de procurar muito, encontro uma e volto a correr para alcançar todos novamente.
Corro por quase dois metros novamente, e pulo por cima de outros três obstáculos, e então continuo a correr. Agora estamos apenas eu, Fernanda e mais quatro integrantes do time azul.
Tento acelerar os passos, mas estou cansada demais. Todos estamos no mesmo ritmos, então quando vemos a linha de chegada, eu Fernanda e Danilo nos impulsionamos para frente, mas infelizmente Danilo é mais rápido e pega a buzina, apertando a mesma e indicando que ganhou a corrida.
O restante do time azul se juntam e começam a comemorar muito contentes com a vitória do grupo.
Acabo me deitando alí mesmo, exausta, e então abano a mim mesma. Vejo ao meu lado Fernanda chateada por ter perdido, mas sei que pelo menos foi divertido para todos. Atrás o time branco também não parece muito animado, mas o pastor parabeniza à todos mesmo assim e nos relembra do propósito da atividade.
Depois o pastor diz que os times branco e amarelo foram eliminados por terem ficado com menos pontos, mas que mesmo assim eles foram muito bem.
Consolo Fernanda com um olhar que significa "relaxa. Você foi muito bem" e uma piscada de consolação.
Agora, nos preparamos para a última prova, que é o famoso "cabo de guerra". Sendo assim o meu time ㅡ o vermelho ㅡ contra o time azul.
Será difícil ganhar do time azul, já que nós estamos com 11 pontos e eles com 17.
ㅡ Pastor, não vou poder jogar. Quando caí no obstáculo da lama, na hora de me limpar com os outros escorreguei e machuquei o pulso. Nada de grave, mas é que não quero forçar ele. ㅡ Diz uma menina do meu time.
Eu e meus outros parceiros nos lamentamos.
ㅡ Tudo bem. Mas infelizmente o time vermelho ficará em desvantagem. ㅡ Conta o pastor.
E então, me surge uma ideia em mente.
ㅡ Pastor, e se a Fernanda jogar no nosso time? Ela se destacou no time dela. ㅡ Sugiro.
ㅡ Pode ser então. ㅡ Aprova o pastor e Fernanda me olha animada.
E então, ambos os times se preparam segurando a corda.
ㅡ Um, dois, três e já. ㅡ Profere a esposa do pastor e nós começamos a competição.
Puxo a corda com bastante força, me lembrando de quando brincava disso na infância. Quero ganhar ao menos essa prova.
Passa um ou dois minutos e continuamos empatados. Pelo visto ambos os times são muito bons. Mas já cansada disso, puxo a corda com ainda mais força o máximo que posso, incentivando os outros do meu time a fazer o mesmo. Quando sinto que não vou mais conseguir segurar, jogo meu corpo para trás puxando bem a corda, e caio junto com meu time vencendo a prova.
E nós todos pulamos e comemoramos, mesmo suados.
ㅡ Pessoal, parabéns à todos. Mas é que a prova valia cinco pontos, e o time azul permaneceu com seus 17 pontos, já o vermelho ficou no total com 16 pontos, o que significa que ainda assim o time azul ganhou por um ponto. ㅡ Explica o pastor e eu e meu time paramos de comemorar, então o time azul que começa a pular contente.
ㅡ Pelo menos foi divertido. ㅡ Afirmo para os membros do meu time e eles sorriem gentilmente.
Todos limpamos nosso suor com panos trazidos pelos nossos instrutores. Então, para descansar sentamos em troncos de madeira. Alí juntos, todos os grupos, oramos em conjunto. Foi extremamente bom estar com todos os irmãos, de tantas igrejas diferente, orando na presença do Pai.
Após isso todos nós conversamos um pouco para nos conhecermos melhor. Descobri que os membros do meu time são bem legais, e até começamos a nos seguir nas redes sociais.
Depois de alguns minutos, o pastor fica alí com sua esposa para descansar e arrumar algumas coisas, e nós saímos com os intrutores para conhecer melhor o lugar.
Eu e meu grupo vamos com nosso instrutor e passamos por uma trilha no meio da floresta. Caminhamos por um tempo, e até encontramos uma corrente de água bem transparente que nos encanta, e que serve para alguns encherem suas garrafinhas.
Andamos até parar no alto do monte. Fico totalmente maravilhada com a vista do lugar. O céu está extremamente lindo. O azul junto aos tons de alaranjado e até lilás, deixam ele ainda mais bonito. E as bonitas e delicadas nuvens dão um destaque ainda maior, parecendo estar em constante movimento.
Uma vista perfeita, assim como quem a fez.
Olho para trás para comentar sobre isso, mas me assusto ao não ver ninguém. Todos sumiram e prosseguiram na trilha, que com certeza eu não conseguiria encontrar sozinha.
E agora, o que eu faço?
Continua...
•N/A•
Olá pessoas muito amadas, tudo bem? Hoje o capítulo foi um pouco mais longo.
Mas eaí, o que acharam do retiro? Um pouco diferente, mas muito divertido, não? Esperavam que Danilo estaria lá?
Vocês gostam de ir em retiros? E como é? Conta aqui pra mim.
E infelizmente a Bia se perdeu, e agora gente?
Mas enfim, esse foi o capítulo. Não esquece da estrelinha☆.
~Bye e Jesus te ama!❣
Versículo de hoje:
"Como é bom e agradável
quando os irmãos convivem em união!".
Salmos 133:1;
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