Meu final de semana foi muito tranquilo e rotineiro. Fiz minhas tarefas, passei um tempo em família aprendendo receitas com minha mãe, limpei a baderna do meu quarto, falei com meus amigos e Danilo por vídeo-chamada e até tirei uma ótima quantia de tempo para me dedicar à leitura.

Já a semana foi mais comum ainda. Foi da escola para casa, de casa para igreja e para casa novamente. Tudo foi como normalmente é, porém, hoje sexta-feira é um dia diferente. Claro que sempre na sexta os alunos pulam de alegria e gritam "sextou", planejando o que fazer no final de semana. Eu porém, tenho planos para hoje.

Na sexta passada finalmente pude conversar com Danilo sobre minha intenção de conhecer sua família, e esse dia tão esperado chegou.

Saio da sala de aula animada. A parte mais longa do dia passou e hoje quero que meu jantar na casa da família de Danilo dê muito certo. Já combinei tudo com ele e com minha mãe também.

Agora há pouco estava mexendo em meu celular, descansando do almoço como sempre. Porém, decido fazer alguns exercícios. Há tempos estou meio sedentária, e acho que assim o tempo passará mais rápido.

Passado um bom tempo, decido já tomar um banho gelado, já que estou suada. Passei o tempo todo no chuveiro imaginando como devem ser os pais de Danilo. E se eles não gostarem de mim? Fico nervosa só de pensar sobre.

Saindo do banho, vejo em meu celular o horário, mas fico chateada quando vejo que ainda era cedo para tomar banho. Estou torcendo para essa tarde passar logo.

Como não tenho escola, me direciono até a cozinha para lavar a pilha de louças que sobrou do almoço.

Vamos Bia! Preguiça é pecado, não se esqueça.

Lavo toda a louça acumulada e depois volto para o quarto com intenção de fazer alguma outra coisa que faça as horas passarem mais rápido. Sei lá, talvez ver um filme, ler ou até praticar ioga.

🔹️💙🔹️

Desligo o celular e bocejo por um instante. Finalmente já é noite e chegou a hora de me arrumar. Espero que dê tudo certo lá.

Eu orei tanto para que vá tudo bem. Que os pais de Danilo gostem de mim e que eles possam se resolver um dia.

Como ainda são 17:40, tenho tempo suficiente para escolher com sabedoria o que irei vestir. Quero estar bem apresentável nessa noite especial.

Depois de tanto pensar no que usar, coloco um vestido da OceanLove rosado de verão slash neck, acompanhado de uma sandália da cor azul-marinho. Para fechar com chave de ouro, coloco em meu pescoço o lindo colar que Danilo me deu quando fomos ao shopping juntos.

Agora pronta, passo do meu melhor perfume. Ao me olhar no espelho respiro fundo. Estou tão nervosa quanto no nosso primeiro encontro.

De maquiagem passei o de sempre. Um pouco de rímel que não pode faltar e, um batom levemente rosado que apenas realçou a cor natural dos meus lábios.

Eu raramente prendo meu cabelo, gosto de mantê-lo solto, mas hoje decidi inovar e fazer um penteado. Um penteado simples e bonito, deixando meu cabelo meio solto e meio preso ao mesmo tempo. A parte da frente do meu cabelo está meio puxada para trás, já a parte de trás está solta, e deixei umas mechas destacadas na frente também. Ficou algo bem meigo, o que combinou com o vestido.

Quando olho no meu celular, já são 18:09. Porém, ainda está um pouco cedo, então decido esperar na sala vendo TV.

🔹️💙🔹️

Vejo meu pai adentrar a sala de estar. Hoje, ao invés de ir de uber, combinamos que meu pai me levaria, já que estou indo conhecer a família do meu namorado. Fico contente que meu pai encontrou um pouco de tempo para me levar.

Como já são quase sete da noite, está na hora de irmos.

ㅡ Está linda minha menina. ㅡ Elogia emocionado.

ㅡ Obrigada pai. ㅡ Agradeço sorridente.

ㅡ Vamos. ㅡ Chama e eu o sigo.

ㅡ Tchau mãe. ㅡ Falo para minha mãe que está na cozinha.

ㅡ Tchau filha. Deus te acompanhe. ㅡ Berra de volta.

Entro no carro e respiro fundo. Estou nervosa demais, então faço uma oração mentalmente no caminho.

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ㅡ Se cuida filha. Qualquer coisa é só ligar pra um de nós. ㅡ Diz meu pai enquanto desço do carro.

ㅡ Pode deixar pai. ㅡ Respondo.

Ele então acelera e sai do local.

Chego mais próxima ao portão e toco o interfone da residência. Toco duas vezes para garantir, e espero ansiosa.

O portão é aberto por alguém que não imaginaria. É uma garotinha, que aparenta ter uns 8 anos de idade. Ela parece muito simpática e fofa. Amo a pureza e inocência desses pequeninos.

ㅡ Pode entrar. ㅡ Balbucia com um sorriso meigo no rosto. Suas bochechas macias e rosadas são destacadas com seu sorriso.

Sorrio para ela e passo pelo portão.

Olho paro o quintal de Danilo, que é grande e bonito. Não é uma decoração chique ou moderna, mas também não é muito simples. Sua casa é bela e confortavelmente agradável.

Consigo ver diversar plantinhas lindas espalhadas pelo quintal; como samambaias, orquídeas e outras, o que indica que minha sogra deve gostar muito delas.

Quando vejo Danilo correr em minha direção animado, um sorriso se abre em meu rosto. Ele me abraça assim que se aproxima, e fico meio tímida com a situação. Abraçar ele na casa de sua mãe desse jeito é meio esquisito.

ㅡ Vem. Entra. Já, já o jantar vai ser servido. ㅡ Chama e vou com ele para dentro da casa.

A casa não é muito grande, mas é tão organizada que a deixa com um ar diferente. Um local bonito e iluminado.

Me sento no sofá da sala para esperar por Danilo, já que ele disse que logo voltaria. O sofá é muito confortável, inclusive.

Quando a menininha de cabelos encaracolados e loiros se aproxima com seus olhinhos brilhando, parece um pouco tímida e animada com minha presença.

ㅡ Você é muito bonita. ㅡ Fala.

ㅡ Ah, muito obrigada. ㅡ Agradeço com um sorriso sincero.

Ela fica ainda mais contente, e começa a olhar para a barbie com asas que está em sua mão.

ㅡ O que Alice já está aprontando? ㅡ Questiona uma mulher ao entrar na sala.

Ela aparenta ter uns 38 anos. Creio ser a mãe de Danilo.

ㅡ Ela não está incomodando. Está apenas brincando um pouco. ㅡ Explico timidamente.

ㅡ Olá Beatriz. É um prazer imenso conhecê-la. ㅡ Cumprimenta gentilmente, ignorando o que falei anteriormente.

ㅡ Oi dona Alissa. Também é um prazer te conhecer. ㅡ Digo com um sorriso ainda maior.

ㅡ Bom minha querida, fique a vontade. Já, já iremos comer. Enquanto isso a pequena Alice pode te fazer companhia. Depois que ela brincar com você vai te mostrar nosso álbum com fotos de quando Danilo era pequeno. ㅡ Profere a senhora Alissa.

Apenas consenti com a cabeça e um sorriso.

ㅡ E então, quer brincar de alguma coisa, Alice? ㅡ Pergunto para a pequenina.

ㅡ Posso te contar minhas histórinhas? Eu que "fachu" ㅡ Pede com biquinho.

ㅡ Claro. Pode contar todas que você quiser. ㅡ Afirmo e ela dá pulinhos de alegria. Seu sorrisinho banguela e fofo me faz rir.

🔹️💙🔹️

Quando finalmente chega a hora do jantar, todos nos sentamos à mesa. A pequena Alice vai extremamente animada para seu lugar, parece estar morrendo de vontade de comer.

Quando sinto o cheiro da comida, meu apetite aumenta na hora. Parece maravilhoso.

Ao ver o prato da noite, fico ainda mais feliz. É um maravilhoso filé a parmegiana que aparenta estar perfeito, acompanhado de arroz, salada de alface e tomate, salada de maionese e até batata doce frita. Ao lado, uma jarra de suco natural.

Todos nos servimos e nos deliciamos do jantar. Estava tudo extremamente maravilhoso e delicioso. A mãe de Danilo realmente cozinha muito bem.

No início ficamos todos em um silêncio meio constrangedor, mas a comida está tão boa que nem liguei muito. Até que a mãe de Danilo resolve de repente quebrar o silêncio instalado na sala de jantar.

ㅡ Você é uma moça muito educada Beatriz. ㅡ Elogia com um sorriso simpático.

ㅡ Muito obrigada. Sua comida está ótima. ㅡ Devolvo o elogio após agradecer.

ㅡ Me conte mais sobre você. O que gosta de fazer? Tem planos pro futuro? ㅡ Pergunta, a fim de me conhecer melhor.

ㅡ Bom, eu gosto de cantar, ler, cozinhar, escrever poemas, mergulhar. Várias coisas. E sobre o futuro eu espero fazer faculdade e formar uma família, mesmo que ainda não saiba que profissão quero, irei aonde o Senhor mandar. ㅡ Respondo suas perguntas sorrindo.

Vejo que ela gosta do que falei.

ㅡ Que bom que pensa em ter um futuro próspero. E não sabia que gostava de escrever. Você é uma garota cheia de talentos e muito simpática. ㅡ Opina ainda sorridente.

ㅡ Muito obrigada. ㅡ Agradeço e beberico um pouco do meu suco em seguida.

Enquanto isso, Danilo e seu pai permanecem comendo quietos. Já Alice, está animada bebendo seu suco e observando nossa conversa. Apenas nós duas já terminamos nossa refeição.

ㅡ Quando Danilo era pequeno amava fazer aulas de piano, e era muito bom também. Chegava super elétrico em casa contando sobre sua admiração pelo som do piano. Ele também tinha muito ciúmes de me ver segurando outras crianças no colo. ㅡ Conta risonha.

Danilo parece engulir em seco ao ouvir isso.

ㅡ Nossa, não sabia que Danilo sabia tocar piano. ㅡ Digo impressionada e o olho por um instante, mas ele desvia o olhar e continua a comer.

ㅡ Pois é. Ele era uma criança muito prendada. ㅡ Afirma e eu sorrio ao saber. ㅡ Sabia que ele parou de fazer xixi na cama com sete anos de idade? ㅡ Comenta se empolgando e todos na mesa rimos.

Não queria rir disso, mas foi engraçado demais e não me segurei. Apenas Danilo permaneceu sério.

ㅡ Mas com o tempo ele não foi mais sendo o menino extrovertido de antes, e que tanto amava estar com a família... ㅡ Comenta como desabafo, deixando o ar um pouco pesado.

Fico apreensiva com a cena. Creio que não foi sua intenção falar de algo tão pessoal, mas acabou saindo com o resto da conversa.

ㅡ Isso não teria acontecido se minha família não fosse tão egoísta. ㅡ Rebate Danilo abrindo a boca pela primeira vez no jantar.

Vejo seu pai tossindo, quase engasgando com a comida. Já Alice decide comer o alface que havia deixado de lado no prato, tentando disfarçar o desconforto.

ㅡ Você que se afastou e começou a agir como um rebelde inconsequente. ㅡ Afirma a mãe indignada.

ㅡ Ta bom então. Continue fingindo que a culpa não foi de vocês. ㅡ Responde sem paciência, fazendo seu pai arregalar os olhos.

Ai não. Estou presenciando uma discussão familiar. O que eu faço? Senhor nos ajude.

ㅡ Você cresce, perde a vontade de ter um futuro, começa a sair sem dar satisfação, se afasta da sua família pra ficar com seus amigos e ainda diz que a culpa é nossa? Tem certeza Danilo? ㅡ Questiona com um sorriso irônico, largando o talher no prato.

ㅡ Ah pronto. Agora sou obrigado a seguir seus sonhos? Eu sou um adolescente, quis curtir um pouco a vida já que vocês viviam me excluindo da sociedade. Vocês nunca ligaram de verdade pra mim, e quando eu arrumei o que fazer ficaram me enchendo o saco. ㅡ Desabafa sem paciência.

ㅡ Talvez isso tenha acontecido por que você se tornou um garoto irresponsável e sem limites. ㅡ Afirma aumentando o tom de voz.

Danilo apenas a olha quieto e com um semblante sério e chateado.

Fico sem saber o que falar. Simplesmente não sei como agir em uma situação dessas e isso me deixa mal.

Olho para Alice e ela ainda está tentando disfarçar sua aflição, cortando com o garfo e faca o alface em seu prato.

ㅡ Eles são sempre assim? ㅡ Pergunto sussurrando.

ㅡ Na verdade não. Fazia tempo que eles não discutiam, apenas não estavam se falando e às vezes o Danilo jantava no quarto, mas não chegavam nesse nível. ㅡ Sussurra de volta.

Mostro que entendi com o movimento da cabeça.

Então a culpa é minha? Danilo parou de sair e não tinha mais discussões com seus pais, apenas não conversava com eles, mas de alguma forma eu causei uma briga familiar. Me sinto extremamente mal por isso.

ㅡ Não criamos ele assim. Ele que se tornou esse moleque sem educação, responsabilidade e sensatez. ㅡ Comenta a mãe de Danilo em voz baixa, olhando para seu prato, mas todos a ouvem e olham para ela no mesmo instante, assustados.

ㅡ Já entendi. Conseguiu me humilhar na frente da minha namorada, e meu pai conseguiu ficar quieto como sempre. Agora que já estão satisfeitos, com licença. ㅡ Afirma Danilo se levantando da mesa bruscamente e indo embora.

Sua feição está demonstrando raiva e chateação. Ele então entra em seu quarto e fecha a porta com força.

Percebo que o pai de Danilo parece cabisbaixo, e então volta a comer devagar. E a mãe de Danilo solta um suspiro frustrado.

Baixo minha cabeça, me sentindo mal pela cena. Nem soube como reagir, foi muito constrangedor.

ㅡ Alice, vai pro banheiro escovar os dentes e arrumar sua cama para dormir depois. ㅡ Manda a dona Alissa de repente.

ㅡ Mas... ㅡ A menina tenta contestar, mas é interrompida.

ㅡ Por favor Alice. Vá. ㅡ Pede novamente.

ㅡ Ta bom. ㅡ Alice responde e se direciona ao quarto ao lado do de Danilo.

ㅡ Sinto muito por isso Beatriz. Muito mesmo. Não queria que você presenciasse esse show. ㅡ Diz tristonha.

ㅡ Tudo bem. Eu vou falar com ele, não se preocupe. ㅡ Afirmo me levantando da mesa.

ㅡ Tem certeza que prefere ir falar com ele? Quando ele se tranca no quarto não responde nem Alice. ㅡ Pergunta para conferir se estou certa da minha decisão.

ㅡ Deixa a moça ir meu amor. Ela é a namorada dele, pode ajudar. ㅡ Opina o senhor Joaquin e dona Alissa consente com a cabeça.

Saio dalí e vou em direção ao quarto de Danilo. Espero conseguir conversar com ele.

Bato levemente em sua porta, mas ninguém responde. Bato de novo e então Danilo finalmente se manifesta.

ㅡ Quem é? ㅡ Pergunta sem paciência.

ㅡ Sou eu Danilo. ㅡ Respondo e ele permanece em silêncio.

Quando penso em desistir de falar com ele, ouço sua voz novamente.

ㅡ Entra. Tá aberta. ㅡ Afirma secamente.

Assim que entro em seu quarto, fecho a porta e me direciono à cama de Danilo, que é onde ele está. Me sento ao seu lado.

Respiro fundo antes de tentar conversar com ele.

ㅡ Danilo, você precisa resolver sua situação com seus pais. Não podem continuar assim. Não quero me casar com alguém que não honra o pai e a mãe, pois essa pessoa dificilmente saberá me dar valor e manter um relacionamento. Você sabe o certo à se fazer, e o que vai agradar ao Senhor. ㅡ Afirmo sem rodeios.

ㅡ Eu sei Bia, mas não dá. Nós nunca vamos nos entender, você viu o que aconteceu só de tentarmos trocar poucas palavras. ㅡ Diz sem esperança alguma.

Isso me lembrou quando ele disse que não teria salvação e não conseguiria mudar e largar o mundo, mas olha ele aqui.

ㅡ Como você vai saber se não tentar? Precisa se esforçar, apesar de tudo eles são seus pais e pelo que vi só querem seu bem. Você sabe que muitos queriam ter a oportunidade de ter uma família, não sabe? ㅡ Afirmo o questionando e ele parece refletir sobre.

ㅡ Mas é quê... Por que eu tenho que pedir desculpas? Por que não eles? ㅡ Questiona.

ㅡ Não é questão de quem está certo ou errado Danilo. Se você continuar com esse pensamento egocêntrico e eles também, nunca farão as pazes. Alguém tem que dar o braço à torcer, e se você deixar de orgulho pode fazer isso. Sei que você consegue ser humilde. ㅡ O faço refletir sobre. ㅡ Eu aprendi que em qualquer tipo de relacionamento, deve ter empatia. Não dá para serem orgulhosos e não dialogarem. Dê valor aos seus pais enquanto eles estão aqui Danilo. ㅡ Continuo.

Vejo que Danilo respira fundo e compreende o que estou falando.

ㅡ Ta bom. Mas como eu faço isso? ㅡ Pergunta.

ㅡ Volte lá e peça para conversar com ambos a sós. Peça desculpas e adimita seus erros, que eles farão o mesmo. Tente ouví-los e depois falar, pra poder entender o lado deles também. É só conversarem com calma e sem julgamentos, lembrando o que eles já fizeram por você. ㅡ Aconselho.

ㅡ Ta bom. Eu vou tentar, mas se não der certo você está de prova que eu tentei. ㅡ Diz e eu sorrio.

ㅡ Vai lá. Fala com jeitinho. ㅡ Mando e ele vai até a sala de jantar novamente.

Fico na porta para ver como tudo vai acontecer. Quando vejo, Alice está do meu lado espiando, o que me assusta, mas desisto de falar ao ver que ela pede silêncio com o sinal de sua mão.

ㅡ Oi. Podemos conversar? ㅡ Pede Danilo ao se aproximar deles.

Vejo que seus pais apenas consentem com a cabeça.

ㅡ Bom, não sei como dizer isso mas, sei que agi mal. Olha, eu não sou mais o Danilo o irresponsável que só pensa em festas e curtição, vocês sabem disso. Mas eu devia ter tentado conversar com vocês e desabafar, ao invés de continuar afastado e rebelde. Desculpa por não ter respeitado vocês e por ter pensado só em mim mesmo. ㅡ Se desculpa em meio ao desabafo.

ㅡ Claro que te perdoamos filho. ㅡ Afirma seu pai.

ㅡ Danilo, eu também queria pedir desculpa. Talvez eu não tenha sido uma boa mãe, fui injusta. Me preocupo muito com você, mas vejo que te prendi demais e falei coisas que não foram legais, ainda mais na frente de visita. Me perdoa por ter agido sem pensar em como você se sentiria? ㅡ Pede desculpas com lágrimas nos olhos.

ㅡ Claro mãe. Eu é quem devo desculpas por ter dado tanta dor de cabeça pra vocês. ㅡ Afirma Danilo e seus pais o abraçam com muita devoção.

Ambos ficam por um bom tempo abraçados, aproveitando o que não fizeram por tanto tempo.

Quando vejo estou até limpando minhas lágrimas de emoção.

Vou até a sala de jantar com um sorriso enorme no rosto. O Senhor mais uma vez atendeu minhas orações, e eu fico muito feliz por Danilo finalmente ter se reconciliado com sua família.

ㅡ Muito obrigada menina. Graças à você meu filho mudou. ㅡ Diz a mãe de Danilo me chamando para um abraço.

ㅡ Foi graças à Ele. Só faço o que é de Sua vontade. ㅡ Afirmo sorrindo e apontando para cima.

Depois nos sentamos todos novamente à mesa, muito contentes. Nós comemos a sobremesa que dona Alissa fez, enquanto gargalhamos muito das histórias da infância de Danilo. Eu mal conseguia acreditar que tudo estava acabando tão bem.

Ao terminarmos, chega o momento de eu ir embora. Enquanto Danilo e seu pai retiram a mesa, vou para um canto conversar com a dona Alissa.

ㅡ Muito obrigada por vir Beatriz. Eu e meu marido nos alegramos muito em saber que nosso filho amado namora com você. Você é uma menina encantadora. Desde que te vi entrar por aquela porta, percebi uma luz diferente em você. ㅡ Comenta satisfeita com minha vinda.

ㅡ Eu que agradeço. Vocês me receberam muito bem. ㅡ Digo sorridente.

ㅡ Pode contar conosco pro que precisar. Até se um dia você não estiver mais com meu filho, as portas da minha casa sempre estarão abertas pra você. ㅡ Afirma, me deixando lisonjeada.

Apenas a respondo com um sorriso gentil.

Após me despedir da dona Alissa, do pai de Danilo, e até de Alice que ficou triste com minha ida, saio da casa e me direciono ao portão para partir.

ㅡ Muito obrigado Bia. Você como sempre melhorou minha noite. ㅡ Agradece Danilo de forma sincera. Seu sorriso de lado e mãos nos bolsos de forma elegante me encantam.

ㅡ Ah, que isso. Amei sua família. ㅡ Digo contente. ㅡ Por que não me contou que tinha uma irmã mais nova?

Danilo arregala os olhos com minha pergunta.

ㅡ Ela não é minha irmã.  É uma priminha minha. Os pais dela estão numa segunda lua de mel e meus pais como são padrinhos dela, estão cuidando por um tempo. ㅡ Explica entre risos.

Nossa. Agora tudo faz sentido.

ㅡ Ata. Entendi. ㅡ Respondo também risonha. ㅡ E depois você vai me explicar por que nunca comentou que gosta piano. ㅡ Afirmo em indignação.

Danilo apenas dá uma breve risada.

ㅡ Meu pai me mandou mensagem e disse que já está pra chegar, então tchau. ㅡ Me despeço.

ㅡ Tchau Bia. ㅡ Se despede de volta, com um sorriso e olhar apaixonado.

🔹️💙🔹️

Coloco meu pijama orando mentalmente. Tudo que consigo agora é agradecer à Deus por eu ter sido usada na reconciliação de Danilo com sua família. Nunca imaginei que seria assim.

O mais legal foi contar tudo para os meus pais. Minha mãe ficou tão feliz que disse que quando puder quer fazer um encontro com churrasco entre as famílias. Eu apenas ri com a ideia.

Agora estou aqui, pronta para descansar e dormir. A noite foi cheia, mas ao mesmo tempo maravilhosa.

Não sei o que o Senhor aguarda para o meu futuro, mas fico cada vez mais animada e confiante com a ideia.

Continua...

•N/A•

Olá pessoas amadas desse país, tudo bem? Mais um capítulo novo pra vocês, mas um pouco maior do que de costume.

E então, oque acharam da família de Danilo? Ainda bem que gostaram da Bia, ne?

E a Alice muito fofa, não é mesmo? Sem contar que descobrimos coisas muito divertidas sobre Danilo.

E felizes com a reconciliação familiar? Finalmente Danilo se resolveu com seus pais, agora sim ele é pra casar rs.

Mas enfim, esse foi o capítulo. Se gostou deixa a estrelinha☆ pra ajudar.

~Bye e Jesus te ama!❣

Versículo de hoje:

"Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente".

1 Timóteo 5:8;