s e v e n
Jeon Jungkook havia beijado Park Jimin.
Jeon Jungkook beijou uma pessoa mesmo estando noivo de outra.
E o que mais assustava Jungkook era que o mesmo não estava com nenhum resquício de arrependimento.
Jungkook havia beijado Jimin em um momento bem emocional da situação, na hora ele se sentia realmente emotivo, e isso o fez pensar que poderia se arrepender de tal ato depois de tudo, mas não, ele não se arrependeu e, deitado na cama, com o sol da manhã entrando pela grande janela do quarto iluminando o mesmo, Jungkook tinha certeza de que aquilo foi de longe a melhor coisa que poderia ter feito.
Ele não se arrepende.
Ele queria repetir.
Ele queria beijar Jimin de novo.
E de novo.
E de novo.
E mais uma vez.
Até que seja quase impossível sentir seus próprios lábios.
E foi com um sorriso no rosto que se levantou, indo em direção à porta, abrindo-a e dando de cara com um dos funcionários do hotel, que foi felicitado com um "bom dia" alegre vindo de Jungkook. Enquanto isso, via o funcionário empurrar o carrinho de metal para dentro quarto, logo curvando-se com um sorriso e saindo do ambiente, fechando a porta, deixando Jungkook sozinho, com um carrinho cheio de coisas gostosas para comer naquele início de manhã.
(...)
- Jeon Jungkook - Yang Mi entra pela porta numa velocidade gigantesca, fazendo Jungkook se assustar - Se arrume.
- Para quê?
- Vamos sair. - Mi dizia enquanto abria o guarda-roupa, na parte onde se encontrava as roupas de Jungkook, e o mesmo logo entendeu o que aconteceria.
- Ah, não, Yang Mi. Se for pra sair com aqueles seus amigos chatos novamente, eu nem me levanto dessa cama. - Jungkook se pronunciou, entrando mais fundo nas cobertas que o esquentavam do ambiente frio que o quarto se encontrava. Mesmo tendo o aquecedor ligado, o frio do lado de fora parecia impregnar nas paredes e passar o ar gelado para o lado de dentro.
- Eles não são chatos, você que é muito resmungão e não sabe socializar com as pessoas certas. - Kim ainda se mantinha dentro do guarda-roupa de Jungkook, jogando as peças para a cama.
- Então o problema de tudo sou eu. - Jungkook fechou o livro que lia, mas manteve o dedo indicador prendendo a página que havia parado - Engraçado como eu consigo socializar com qualquer pessoa, menos com eles, e a culpa ainda é minha.
- Você precisa dar mais valor às pessoas que valem a pena, e não aos seus amiguinhos estranhos de Busan - Mi virou-se para Jungkook com suas mãos pousadas no quadril. - Eu acho que eles nem tem empregos decentes, igual a vo...
Yang Mi parou de falar no mesmo segundo quando viu Jeon semicerrar os olhos e cruzar os braços, pendendo sua cabeça levemente para o lado.
- Igual a quem, Yang Mi? - Jungkook mordia o interior de sua bochecha, um gesto que fazia sempre que estava com raiva - Vamos, continue.
Jungkook viu Mi suspirar.
- Apenas se arrume.
- Eu já disse que não vou me encontrar com aquele casal fútil. - A voz de Jungkook soava baixa e rouca, um ato claro de raiva.
Yang Mi suspirou novamente, antes de se direcionar ao banheiro, fechando a porta com força. Jungkook abriu seu livro, iniciando novamente a leitura do mesmo.
(...)
- Você não vai mesmo, né?
- "O Retrato de Dorian Gray" é interessante demais para eu abandoná-lo só para me encontrar com pessoas de quem não gosto. - Jungkook pronunciava cada palavra pausadamente, sem tirar os olhos uma hora sequer do livro em suas mãos.
- Mas você já leu esse livro um milhão de vezes. - Mi dizia enquanto espalhava perfume pelo seu pescoço e pulsos.
- Mas ele não deixa de ser interessante.
- Por que você é assim? - Kim se sentou na ponta da cama, olhando para Jungkook.
- Assim como?
- Desinteressado.
- E você quer que eu me interesse pelo quê?
- Para começar... - Yang Mi tirou o livro das mãos de Jeon, o forçando a olhar para ela. - Poderia aproveitar a companhia do sr. Lee, aprenderia muitas coisas com ele.
- Aquele cara é um estúpido, como vou aproveitar a companhia de alguém fútil como ele? - Jungkook uniu as sobrancelhas. Não fazia a mínima ideia de onde Yang Mi queria chegar com aquilo.
- Ele não é fútil, só dá valor ao que importa hoje em dia.
- Tipo como você tem que se vestir, como deve se comportar, quantas faculdades já fez, quantas línguas você fala e quantos zeros tem na sua conta bancária? - Jungkook pronunciou rapidamente, sem respirar em nenhum momento, estava farto daquele assunto.
- Falando assim parece que são as piores coisas do mundo, mas se você for ver por outro lado, isso não é tão ruim assim e são bem importantes hoje em dia, talvez as coisas mais importantes.
Jungkook não acreditava no que estava ouvindo.
- Como é que é? - Jungkook cruzou os braços na altura do peito - Você acha mesmo que dinheiro e status social são as coisas mais importantes na vida?
- De certa forma, sim.
Aquilo doía os ouvidos de Jungkook. Ele só queria pegar o livro da mão de Yang Mi, expulsá-la do quarto e voltar a ler.
O silêncio pairou por minutos no quarto. Jungkook estava totalmente desacreditado do que havia ouvido instantes atrás. Como alguém poderia pensar daquela maneira?
Jeon não era hipócrita, ele sabia que o dinheiro, de certa forma, era importante pra você se manter bem, mas nunca, em hipótese alguma, poderia ser colocado como a coisa mais importante da vida, porque de fato ele nunca seria tão importante quanto o amor, por exemplo. Colocar o dinheiro acima dos sentimentos que a vida pode lhe proporcionar é de longe o mesmo que cair de um precipício, e continuar caindo, sem chegar no final, sem poder se segurar ou ter alguém que agarre a sua mão, porque no final não terá uma montanha de dinheiro para amortecer a sua queda.
É tornar sua vida futilmente útil, a ponto de baseá-la e vivê-la por uns - ou muitos - papéis com números imprimidos.
Yang Mi colocou o livro fechado de Jungkook em cima da cama e se levantou, caminhando lentamente até a porta do quarto e, sem olhar para trás, saiu do mesmo, deixando um Jungkook totalmente incrédulo para trás.
(...)
Um frio cortante passava pelo rosto de Jeon e o mesmo tremia levemente o queixo. O Hispano-Suiza havia acabado de deixá-lo em frente ao Lapérouse, o restaurante que foi com Jimin há poucos dias.
Entrou no estabelecimento, tendo a atenção de algumas pessoas que ali se encontravam. Mesmo sendo mais de meia-noite, Paris parecia ser uma cidade que nunca dormia, até mesmo nos anos 20.
Sentou-se à uma mesa distante, não querendo que nenhum garçom notasse o novo cliente ali; na verdade, Jungkook não queria ser notado por ninguém. Não gostava de ser o centro das atenções, mas mesmo estando tecnicamente bem vestido para "a época" que se encontrava, trajado com um largo casaco branco de gola alta, um blazer negro e um sobre-tudo igualmente negro, juntamente com um cachecol com largas linhas pretas e chumbo, parecia chamar mais atenção do que normalmente chamava.
"Deve ser por causa da calça jeans e das botas." Pensou.
- Você por um acaso está me seguindo? - Jeon se assustou com a voz que vinha atrás de si, fazendo-o virar e se deparar com Park Jimin e seu sorriso iluminado.
Viu o mesmo andar até o outro lado da mesa que Jungkook estava, sentando-se na cadeira da frente.
- O que te faz pensar que eu estou lhe seguindo? - Jungkook observou o menor em sua frente, o qual sorria abertamente, achando engraçada toda a situação.
- Sempre que eu entro nos lugares, você está lá. - Jimin dizia, divertido.
- Então é você quem está me seguindo, porque, quando você chegou, eu já estava aqui. - Jeon sorriu, vitorioso por sentir que pela primeira vez venceria uma "discussão" com Park, visto que o menor em sua frente sempre tinha argumentos ótimos para quebrar as falas de Jeon e fazê-lo não ter o que responder.
- Oh, é mesmo? - Jimin se aproximou de Jungkook, apoiando os braços na mesa, prosseguindo com sua fala em um sussurro - E quem é que viaja no tempo, vindo para outra época, sendo um "intruso do futuro"?
E mais uma vez, Park Jimin levou a melhor.
- Por que você sempre me vence nas discussões? - Jungkook cruzou os braços, insinuando um pequeno bico com seu lábio inferior, tentando parecer irritado. Tentando.
- Talvez porque você não saiba discutir. - Jimin riu, batucando os dedos de leve na mesa de madeira forrada com um pano vermelho.
- Ou talvez você seja muito bom.
- Eu sou sempre muito bom. - Jungkook sentiu a ponta de malícia que continha na voz de Jimin e no sorriso que o mesmo lhe lançava.
- Com certeza você é. - Jungkook levantou uma das sobrancelhas, sorrindo de lado para Jimin. - A propósito, o sobretudo ficou realmente bom em você.
Jimin olhou para o sobretudo que vestia, se lembrando de quando Jeon lhe deu e como se sentiu feliz com o presente que recebera.
Um presente dado por Jungkook.
Um presente dado para si. Por Jeon Jungkook.
E essa lembrança fez Jimin sorrir, abaixando a cabeça e passando a mão por sua coxa que sobrepunha a outra, tendo-as cruzadas sob a calça de linho preta que usava e que contrastava com sua camisa de gola preta que se encaixava perfeitamente com o sobretudo vermelho.
Jeon sentiu-se internamente feliz por ver como Park havia reagido. Ele, envergonhado, com suas bochechas adoravelmente mais rubras e seu lábio inferior sendo levemente mordido; aquela era uma cena completamente linda, e Jeon não se importou de fixar seu olhar em Jimin, querendo de alguma forma marcar aquela cena em sua consciência, para lembrar sempre quando precisar.
- Obrigado. - Jimin finalmente disse, levantando seus olhos e encontrando com os de Jungkook que o olhava em admiração, fazendo Jimin cobrir suas bochechas avermelhadas a fim de fazer Jungkook não perceber o quanto estava envergonhado.
"Adorável." Jeon pensou.
(...)
Jungkook estava incomodado. Olhava de um lado para o outro e para si próprio alternadamente, tentando entender o que acontecia.
- Algo lhe incomoda? - A voz de Jimin soou baixa, como se estivesse contando um segredo.
- Por que eu chamo tanto a atenção? - Jungkook perguntou, seu tom de voz tinha uma pitada de inconformidade.
- Como assim?
- Todo mundo está me olhando desde que entrei nesse restaurante. - Jungkook quase sussurrava, queria que apenas Jimin ouvisse o que dizia.
Jimin apenas riu, olhando para os lados e se certificando de que sim, todos os olhares estavam direcionados ao ser em sua frente, que tentava se esconder ao máximo, descendo um pouco na cadeira que estava sentado e tampando parte de seu rosto com o cachecol enrolado em seu pescoço.
- Realmente, você chama bastante atenção. - Jimin levou uma das mãos a boca, tentando prender o riso com a expressão de revolta que Jeon tinha em seu rosto.
- E não é só aqui, na época que vivo também é assim. - Jungkook apoiou seus braços nos braços de madeira acolchoada da cadeira, tentando arrumar sua posição.
- Será que é por que você é bonito? - Jimin disse simples, arrancando uma risada um pouco alta de Jungkook, que dedilhou o braço da cadeira com seus longos dedos.
- Não diga bobagens.
- Não estou dizendo, ou você acha que aquelas três mulheres ali na mesa perto da janela estão sorrindo em sua direção porque não gostaram da sua aparência? - Jimin disse um pouco mais baixo, encarando o rosto de Jeon, vendo sua expressão passar de raivoso para confuso em segundos.
Jungkook olhou sobre os ombros de Jimin, direcionando seus olhos para a mesa onde haviam três mulheres muito bem trajadas. Uma loira e duas morenas, tendo uma cabelo preto e a outra cabelo castanho. As três mantinham seus olhares em Jungkook e sorriam sedutoramente, e, quando perceberam o olhar de Jungkook, acenaram levemente para o mesmo, fazendo-o arregalar os olhos e afundar mais ainda na cadeira em que estava, choramingando de vergonha. Jimin gargalhou ao assistir tudo.
- Pare de rir, isso é constrangedor. - Jungkook dizia, puxando seu cachecol para cima, a fim de tampar seu rosto por completo.
- Ninguém mandou nascer bonito. - Jimin disse por fim, bebericando mais um pouco de seu vinho, ouvindo Jungkook bufar quase embaixo da mesa.
(...)
Jungkook sentia que seu rosto poderia ser pulverizado a qualquer momento. Sentia-o queimar de frio e seu queixo começar a bater inconscientemente.
Ouviu um som estranho ao seu lado, aparentando ser um choramingo vindo do menor que andava lentamente, aos mesmos passos de Jungkook.
- Eu deveria ter colocado outro casaco por baixo desse sobretudo. - Jimin pronunciou baixo, tendo algumas palavras sendo cortadas por conta do seu queixo que fazia seus dentes se baterem de frio.
Naquele momento, todo o frio que Jeon sentia havia ido embora, e a única coisa que passava por sua cabeça naquele instante parecia ser a coisa mais certa a se fazer.
Logo o sobretudo negro de Jeon estava em suas mãos, e as mesmas estavam sendo direcionadas aos ombros de Jimin, que se assustou com o peso do grande casaco.
- Isso vai te manter aquecido. - Jungkook disse, arrumando o casaco no corpo de Jimin, mas isso apenas era uma desculpa para manter suas mãos no menor ao seu lado.
- Oh, não, Jungkook, está muito frio, você vai sentir falta dele. - Jimin tentou tirar o casaco, mas Jungkook foi mais rápido e pressionou as mãos nos ombros de Jimin, fazendo-o virar para si. Agora os dois estavam de frente um para o outro.
- Você está precisando mais do que eu. - Jungkook sorriu para Jimin, a fim de confortá-lo, o que pareceu funcionar quando Jimin sussurrou um "tudo bem" com sua voz quase nula. Se Jungkook não estivesse tão perto, talvez nunca teria escutado.
Um silêncio se instalou entre os dois e a única coisa que se fazia presente ali era o assobio do vento que esfriava o rosto de ambos que agora estavam um pouco mais perto do que antes.
Jungkook desceu suas mãos lentamente até as mãos de Jimin, agarrando-as e entrelaçando seus dedos, vendo Jimin seguir os olhos até suas mãos e sorrindo ao ver tal ato. Jeon subiu uma das mãos até o queixo de Jimin, fazendo-o olhar para cima, encontrando seus olhos. Os dois estavam próximos o suficiente para sentir a quentura da respiração de ambos.
Naquele momento, tudo parecia extremamente certo para Jungkook, e tudo o que conseguia pensar era em como a boca de Jimin era mais macia do que qualquer veludo existente no universo inteiro. Queria beijá-lo.
O queixo de Jimin foi puxado levemente, fazendo o mesmo se colocar na ponta dos pés, a fim de alcançar o rosto de Jungkook, que lentamente ia se aproximando.
"Ele está me torturando?" Jimin se perguntou.
E foi como se tivesse desaprendido a pensar quando os lábios finos de Jungkook encostaram nos seus, e seus corpos foram aquecidos violentamente, causando um choque térmico em ambos. A boca de Jeon não tardou a se movimentar, fazendo Jimin derreter-se ao sentir a língua do maior roçando na sua. Não era possível que, naquele clima tão frio e em tão pouco tempo, os corpos de ambos estavam em estado de fervura daquela maneira.
A mão livre de Park foi levada até o pescoço do maior, desenrolando o cachecol do mesmo, porém ainda mantendo o meio dele enroscado no pescoço de Jungkook. Pegou as duas pontas e jogou sobre seus próprios ombros, agora esquentando o pescoço de ambos. Jungkook, ao perceber o que foi feito, sorriu por entre o beijo e não tardou em levar suas duas mãos para a cintura do menor por dentro dos casacos que o cobriam, trazendo-o mais para perto.
Jimin levou suas mãos para os braços de Jungkook, acariciando o local, sentindo os músculos levemente rígidos sob o blazer negro do maior. Passou suas pequenas mãos pelos ombros de Jungkook, indo em direção ao peitoral tampado do mesmo, agarrando o blazer com seus dedos, trazendo o corpo de Jungkook mais para perto de si.
Suas bocas e suas línguas dançavam no ritmo de uma música bem lenta, apenas saboreando um ao outro. Leves mordidas e sugadas eram deixadas nos lábios de ambos, fazendo-os sorrirem constantemente. Não se importavam com as respirações, que passaram a ser falhas, pois aquele momento estava sendo bom demais pra ter um fim. Nenhum dos dois queria que tivesse.
As mãos de Jungkook se alternavam entre segurar a cintura de Jimin e acariciar o meio de suas costas, fazendo o menor suspirar pesado em vários momentos, apertando seus pequenos dedos mais fortemente na gola do blazer de Jeon.
O beijo foi lentamente parado, seus pulmões clamando por ar. Jeon deu uma última mordida nos lábios de Park, puxando-os e soltando lentamente, fazendo Jimin sorrir. Ainda de olhos fechados, os dois juntaram as testas, suas respirações se misturando por entre o pequeno espaço que separava os dois rostos. Uma das mãos de Jimin foi levada até a nuca de Jungkook, acariciando o local, fazendo o maior se arrepiar e puxar o menor para mais perto, dando-lhe um abraço confortável e quente. A respiração de Jungkook batia no pescoço de Jimin e o mesmo sentia o perfume do menor com um cheiro exótico, algo puxado para o cereja. Inebriante.
Park também saboreava do aroma do pescoço de Jungkook, um misto de amadeirado com um leve ardor de eucalipto fazia Jimin se viciar, levando em consideração o fato de que aquele cheiro, com toda certeza, já havia passado a ser o seu favorito.
Os dois, abraçados ali, tendo um frio cortante queimando suas peles, sem se importar com quanto tempo ficaram abraçados, ou quem poderia ver, ou até mesmo sem pensar no que fariam dali em diante. Os dois apenas queriam cravar todas aquelas lembranças dentro de si para que nunca mais possam esquecê-las.
(...)
- Jimin? - Jeon chama o menor, que tinha as costas levemente encostadas em seu peito. As mãos de Jungkook estavam enroscadas na cintura do menor, enquanto ambos se encontravam sentados no banco, em uma das pequenas praças que cercavam o centro de Paris. O vento naquela parte da praça era mais ameno.
- Sim?
- Para você, qual é a coisa mais importante na vida? - Jungkook perguntou, aquela dúvida estava lhe corroendo a mente.
- Que pergunta inesperada - Jimin se ajeitou no peito de Jungkook, rindo e sendo acompanhado pelo mesmo - Talvez a família, os seus sonhos, mas indo para um lado mais filosófico e sentimental, acho que, para mim, a coisa mas importante na vida é a intensidade do seu amor pelas coisas. Porque, se você tiver amor à sua vida, amor às pessoas, amor aos seus sonhos e amor a tudo à sua volta, você será uma pessoa melhor e sua vida valerá a pena.
Era a resposta que os ouvidos de Jeon Jungkook estavam pedindo.
Porém, outra dúvida lhe assombrava.
- E o que você acha da minha profissão?
- A de escritor?
- Sim.
- Acho incrível. - Um sorriso brotou no rosto de Jungkook no segundo seguinte.
- Jura? Acha mesmo? - Os olhos de Jungkook brilhavam de pura felicidade.
- Sim, acho. - Jimin desencostou de Jungkook, o encarando - Ser escritor é um dom dado apenas para algumas pessoas. Elas são raras, porque nem todos tem a capacidade e a transparência de escrever algo que apenas lendo lhe passe a emoção certa. Ter o dom da palavra é uma dádiva, e escritores como você utilizam dessa dádiva para nos presentear com as melhores histórias, que nos fazem viajar, nos fazem felizes, nos inspiram, e isso tudo graças a vocês.
Jungkook foi iluminado com o sorriso que Jimin direcionou a ele. Jeon estava inebriado com as palavras de Park, e sua felicidade não podia ser medida de nenhuma forma existente. Sua cabeça estava borbulhando de pensamentos contínuos, revendo tantas cenas, tantas falas direcionadas a si, tantas pessoas que duvidaram do seu potencial de ser escritor, até duvidaram da profissão como um todo.
No mundo de hoje, você dizer que sonha em ser um escritor, ou um ator, cantor, e todas essas coisas remetentes a arte, é de longe não muito bem visto, justamente por ser profissões imprevisíveis, que o dinheiro nunca de fato é certo. E em um mundo onde a maioria se preocupa mais com seu salário do que com sua felicidade, quando você mostra ser diferente, o lado negativo das pessoas à sua volta é ativado, e se você não souber da sua capacidade, se não for persistente e principalmente, não tiver amor ao que sonha ou ao que faz, você se deixará levar e acabará sendo infeliz para o resto da sua vida por não ter seguido aquilo que sempre sonhou.
E, para Jungkook, ouvir as palavras de Jimin foi como uma luz, como um gás que o encheu de sentimentos muito bons, dentre eles a esperança e o amor.
Jeon não soube por quanto tempo ficou encarando Park, e não fazia ideia do tamanho do seu sorriso, a única coisa que parecia plausível naquele momento era abraçar Jimin.
E foi o que fez. Seus braços que já estavam na cintura do menor apenas se apertaram, trazendo Jimin para perto, fazendo o menor enroscar seus braços no pescoço de Jeon, enquanto o mesmo o apertava forte. Seus olhos estavam fechados, e a única coisa que pensava naquele momento era que Jimin, de alguma forma, apareceu em sua vida para somar, e mesmo que isso que eles tinham - seja lá o que for - não durasse muito, Jeon estava agradecido.
- Obrigado. - Jungkook disse finalmente, arrancando um suspiro de Jimin quando deu um leve selar na pele de seu pescoço.
Jeon Jungkook estava feliz.
×××
Oioi (:
Eu disse que voltaria rs
O que a autora burra fez? Publicou o capítulo six sem colocar os itálicos. Vai ficar assim mesmo kskxkskxkskskd
O que estão achando? Quero ver o que vocês tem a me dizer.
Eu tenho toc, então eu vou dar uma mudadinha nas mídias de cada capítulo. Elas vão continuar com as mesmas fotos, só vou mudar o efeito, okay?
Vou contar uma coisa importante: a fic vai para o oitavo capítulo e ela termina no décimo capítulo, então sim, a fic tem 10 capítulos, tirando o prólogo e o epílogo, ou seja, estamos praticamente na reta final de Minuit à Paris (essa é a hora em que todos choram).
Sei que não é o final mas já queria agradecer a todos que votam e comentam, e quero agradecer até mesmo aos leitores fantasmas, porque eu sei que existem (estou vendo vocês). Então muito obrigado por tudo, está sendo gratificante tudo isso, estou sem palavras.
Aceito teorias até o capítulo nine [espaço para teorias].
Por hoje é só (eu acho). Como sempre, se quiserem falar comigo, meu Twitter está fixado na bio e mas podem me mandar mensagem por aqui também.
Beijos e até o próximo capítulo <3
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